Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hey, primeiramente gostaria de agradecer a todos os comentários demonstrando ódio eterno as palavras do Steve! huashuahs, eu até pensei em tirar, mas queria ver a reação de vocês! Não houve segundas intenções por parte do Steve, apenas educação :)
Enjoy!



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Por alguns segundos tudo o que Maria conseguiu fazer foi ficar parada. As mãos esticadas, ou dedos posicionados sobre o teclado e os olhos grudados nos monitores a sua frente. Ela conseguia ver de vários ângulos diferentes Pepper rendida por um cara que surgiu praticamente do nada.

“Droga!” ela murmura voltando a si.

Seu cérebro trabalhando rapidamente em uma forma de ajudar a amiga que permanecia parada. Seus olhos iam do teclado para as telas e vice versa. Em um rápido movimento, o homem conseguiu tirar o ponto que estava na orelha de Pepper. Ele o joga por sobre o ombro e ela pode ver seus lábios se movimentarem.

“O que vocês estão falando?” ela pergunta em voz alta, embora ninguém pudesse ouvi-la.

O grande furgão estava estacionado poucos metros à frente do grande prédio onde tudo acontecia. Como a melhor no quesito sistemas operacionais, ela fora designada para invadir as câmeras de segurança do prédio e dar todo o suporte que as duas agentes em campo precisassem. Obviamente, ela havia falhado.

Ela retirou os olhos da tela a sua frente e rapidamente dirigiu seu olhar para o prédio, do outro lado da rua. Era possível ver a quantidade de carros e pessoas aglomeradas na entrada. Ela suspira e ao voltar os olhos para a tela, seu queixo cai ao ver o homem estirado no chão.

“Maria?” ao ouvir a voz de Pepper em seu ponto ela sente um misto de alivio e decepção.

“Pepper, me desculpe. Eu não o vi, ele apareceu do nada. Me desculpe.” Ela se desculpa rapidamente.

“Está tudo bem.” A loira afirma e dirige um sorriso a câmera mais próxima. “Eu preciso da localização do Nathan.”

A morena volta ao teclado e logo uma luzinha começa a piscar no monitor a sua esquerda. “Ele está na garagem subterrânea.” Maria avisa checando novamente a localização.

“Eles sabem que estamos aqui.” Pepper resmunga alguns palavrões. “Avise a Nat. Vou atrás do Nathan.” Ela avisa e logo está indo em direção ao elevador mais próximo.

A loira aperta o botão do elevador com as mãos tremulas, porem as portas não abrem. Ela olha o mostrador acima, e percebe que o elevador sequer está se movendo. Com um xingamento em voz alta, ela sai correndo em direção as escadas e começa a descer. A adrenalina ainda corria em suas veias e isso lhe ajudava a não diminuir o ritmo enquanto corria escadas abaixo.

Ela repassa a pequena luta que havia travado com o homem alguns minutos atrás. Bastou um pouco de paciência, algumas palavras com o nível certo de medo e apreensão, a pegada certa no braço, uma torção no pulso e o cara estava tão desnorteado pela dor que não pode se defender do chute bem dado em seu rosto.

Embora tivesse sido executado com toda a técnica e perfeição que Natasha sempre exigia, o grande rasgo no vestido que subia pela coxa fazia ela questionar se não poderia ter dado um chute um pouco mais baixo. Era um vestido caro, de grife e agora estava reduzido a farrapos. Mas pelo menos ela tinha uma arma extra agora.

Natasha olhou para o grande relógio que estava posicionado acima de uma espécie de balcão em um grande corredor. 07:45 p.m. o suspiro lhe escapou dos lábios antes que se desse conta do ato. Ela estava atrasada. Muito atrasada!

“Onde diabos eles estão indo?” ela sussurra.

Talvez Maria tivesse alguma ideia.

“Provavelmente garagem subterrânea.” Maria responde rápida. “É para onde Nathan está indo. Acho que eles só estão dando voltas, tentando despistar.” Aquela suposição irritou Natasha.

Para tentar despistar eles teriam que saber que havia alguém ali tentando pega-los. Elas haviam estudado todo o plano. Não havia espaço para acidentes ou imprevistos.

Natasha continuou seguindo-os de longe e não pode deixar de revirar os olhos ao notar que a suposição de Maria estava correta. Assim que entraram no estacionamento, Natasha notou a quantidade de carros blindados que havia ali, assim como uma pequena quantidade de pessoas, homens em sua maioria, reunidos ali.

Ela se aproximou com cautela, usando os carros como esconderijo e se aproximou o máximo que pode.

“Pepper?” ela chamou a loira pelo ponto.

“Acabei de chegar à garagem!” a mulher responde em meio a arfadas.

“Estou vendo o Alexander... mas nem sinal do Nathan... ou da pasta.” Natasha murmura baixo procurando a segunda pasta na qual deveria estar os documentos.

Ela observa Alexander caminhar até um homem alto com cavanhaque que estava cercado por alguns homens. Eles trocam um aperto de mão formal e algumas palavras. Natasha tentava fazer leitura labial, mas os homens ficavam andando em volta deles como um bando de urubus rodeando carniça.

“Maria, você está conseguindo registrar isso?” a ruiva pergunta.

“Sim, mas não consigo áudio. Há um bloqueio para o áudio.” Maria esclarece alarmada.

Apenas imagens sem áudio não valeriam nada. Elas precisavam do áudio para comprovar as compras ilegais.

“Temos que pegar os documentos.” Pepper afirma.

Natasha volta a assistir a cena e semicerra os olhos ao ver a quantidade de dinheiro dentro da pasta que foi aberta por um dos capangas do homem de cavanhaque. Ele tira um grande maço de notas e as leva ao nariz, inalando o cheiro. Em seguida, ergue a mão direita e estala os dedos. As portas de um grande carro blindado são abertas e delas saem três homens. Natasha reconhece Nathan Pierce, embora ele pareça um pouco mais magro que da primeira e última vez que se viram. A face estava levemente lívida e ele carregava a pasta como se sua vida estivesse dentro dela. Dois homens o acompanhavam de perto, cada um de um lado.

“Pobre Nathan...” Pepper fala com desdém e Natasha percebe um brilho perolado do lado oposto ao qual estava no estacionamento.

“Meu vestido pode até ser chamativo, mas pelo menos ele não brilha.” Natasha observa irônica e lança um olhar na direção de Pepper.

A loira encontra o olhar de Natasha e faz cara de ofendida, embora, aquela observação tivesse lhe deixado apreensiva. Ambas as mulheres assistiam silenciosas a troca que ocorria no meio do estacionamento. Nathan se aproxima do tio e a voz dele soa clara. “Eles assinaram os papeis. Tudo certo.” Natasha leva a mão a arma que estava escondida em um coldre na sua coxa. O ar parecia eletrificado e ela podia sentir que teria que ser rápida.

A porta de um segundo carro é aberta e um único homem sai dele, carregando uma pequena pasta.

“Hã, Maria, essa pasta não devia ser um pouco maior?” Pepper pergunta tão confusa quanto Natasha.

Antes que a morena pudesse responder, o homem abre a pasta e uma espécie de recipiente cilíndrico é retirado da mesma. É possível ver um liquido de consistência gelatinosa dentro dele.

“Que merda é aquela?” Natasha pergunta sem entender.

Alexander Pierce abre um grande sorriso assim como Nathan que parece bem mais relaxado. O homem volta a guardar o recipiente e o entrega para Alexander, que rapidamente pega a pasta e faz menção de sair dali, contudo, o homem de cavanhaque se faz ouvir.

“O resto da encomenda será entregue assim que recebermos o resto do pagamento.” Assim que as palavras são ditas a expressão de Alexander vai do entusiasmo para a descrença e em seguida para a compreensão.

“Isso aqui não é uma brincadeira Sr. Cortez. Lembre-se que eu sou o dono dos portos nos quais seus navios estão atracados.” A ameaça completamente explicita na resposta.

Os homens trocam um longo olhar, em seguida o homem de cavanhaque, Cortez, como Alexander o havia chamado começa a rir estridentemente.

“Eu admiro sua astucia para os negócios Alexander.” Ele fala em meio as gargalhadas.

As duas mulheres trocam um olhar nervoso. Seria aquilo algum tipo de piada interna? Um teste? Ou estava realmente havendo uma pequena divergência na negociação? Natasha apostava todas as suas fichas na última opção.

“Sr. Cortez, me chame de Pierce. Alexander é somente para os íntimos e nós, definitivamente não o somos.” Alexander fala e os risos por parte de Cortez cessam “E em segundo, foi um prazer fazer negócios com o senhor.”

Ele inclina levemente a cabeça e em um átimo de segundo, seus homens já estão com as armas apontadas e disparando contra os homens do Cortez, que é atingido e cai, mas logo é aparado por alguns dos seus homens.

“A pasta!” Pepper exclama.

“Esquece a pasta! Precisamos pegar o cilindro!” Natasha grita sobre o barulho e rapidamente está correndo por trás dos carros em direção a Alexander Pierce.

A troca de tiros é intensa, mesmo assim Natasha corre sem medo por entre os homens, atirando em todos os que se colocam em seu caminho. Ela ver tanto Alexander quanto Nathan entrando em um carro e atira contra eles, infelizmente, as balas apenas ricocheteiam.

Ela para próximo à uma das saídas do estacionamento e assiste o carro arrancando para fora do mesmo. Sua respiração estava pesada e ela podia ouvir o barulho dos pneus cantando tentando sair do que agora era a cena de um crime, assim como gritos e o som de sirenes que iam aumentando gradativamente.

“Pepper, temos que dar o fora daqui!” ela avisa pelo ponto, mas não obtém resposta. “Pepper?!” ela exclama preocupada com a mão no ouvido, tentando abafar os sons externos.

“Aqui!” Pepper exclama aparecendo onde há poucos segundos o carro contendo as provas incriminatórias tinha saído.

“Perdemos!” Natasha fala num misto de frustração, decepção e irritação.

“Perdemos coisa nenhuma!” Maria se faz ouvir pelo ponto. “Como eu não conseguia o áudio, o jeito foi transmitir ao vivo toda a negociação para as autoridades federais e a agencia de segurança. Acho que até o presidente assistiu tudo em HD lá na Casa branca.” Hill esclarece e é perceptível a alegria em sua voz. “Já estão na cola dele. Não se preocupem.”

Natasha e Pepper ouvem tudo com um sorriso descrente no rosto.

“Mandou bem Maria!” Natasha a elogia.

“Foi o mínimo que eu poderia fazer para compensar a mancada de mais cedo.” Maria afirma com certo pesar.

Natasha encara Pepper sem entender sobre o que Maria está falando, mas a loira apenas balança a mão com descaso.

“Vamos embora. Mais uma missão cumprida!” Maria comemora.

“Missão cumprida!” as outras mulheres concordam em uníssono, caminhando rapidamente em direção ao furgão.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se o desfecho da missão não ficou tão bom, na minha cabeça estava de uma forma e na hora de colocar no papel sofreu alterações... enfim, com o desfecho vocês podem imaginar o que virá no próximo né? promessa é divida e a minha começara a ser paga a partir de terça! Bucky's Party!!!
Beijão pessoal :)