Chase & Jackson- HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Olá,olá. Serei rapidinha aqui porque estou atrasada.
Obrigada a quem está lendo e comentando, sério, me ajuda muito.
Bjus
Uma leve garoa caía sob Nova Iorque, obrigando Annabeth a cobrir sua cabeça com o capuz de sua blusa. Algumas horas antes, Percy enviara uma mensagem pedindo para que mudassem o ponto de encontro, não especificou o motivo, mas Annabeth aprovou imediatamente. Secretamente, ela temia estar sozinha no tão famoso parque. Atravessou a rua rapidamente, chegando ao endereço apontado. Era uma livraria pequena, não passando de uma portinha e uma vitrine onde alguns lançamentos estavam expostos. Empurrou a porta, fazendo o sininho tocar.
— Posso ajudar? — Indagou um garoto atrás do balcão. Usava uma touca rastafári, que escondia o resto de seu cacheado cabelo castanho. A touca não combinava em nada com o uniforme da livraria, que era um camisete verde com o logotipo do local.
— Procuro por uma pessoa. — Annabeth indagou. — Por acaso um garoto entrou aqui? Seus cabelos são pretos, olhos verde mar e é alto.
— Não me lembro de ter visto. — Respondeu o funcionário. — Ele é bonito?
Annabeth, pega de surpresa pela pergunta, arregalou os olhos.
— Qual é, Grover. — Uma voz familiar soou. Em seguida, o dono da voz apareceu em um dos corredores. — Vai assustá-la.
— E esse foi Percy Jackson sendo um estraga prazeres. — Balbuciou o tal Grover. Annabeth tinha quase certeza de que o amigo que queria se pendurar no globo de luz da festa em que Percy estava também se chamava Grover. Seria o mesmo?
A garota fitou o seu redor, constatando que a livraria, apesar de pequena, tinha certa classe. Perto da vitrine, havia uma poltrona de couro preto e um cabide para casacos. Os corredores eram cercados de estantes mogno cheias de livros. O local tinha aquele típico cheiro de livro novo, o que fez Annabeth desejar pegar suas coisas e se mudar para a livraria naquele mesmo instante.
—— Trouxe minha bolsa? — Indagou a loira, cruzando os braços.
— Sim, claro. Acompanhe-me. — Falou Percy, direcionando-se ao fundo da loja.
Annabeth seguiu-o pelos corredores de altas estantes e, quando o rapaz parou de repente, ela também parou. O fundo da loja tinha mais três poltronas, exatamente iguais a que estava no começo da livraria. Havia também uma máquina de café expresso e alguns biscoitos em um potinho.
— Quer café? — Indagou Percy.
— Não, obrigada. Só quero a bolsa.
Dando de ombros, o garoto se aproximou de uma das poltronas e se sentou. Imitando o gesto, Annabeth sentou-se na poltrona que estava ao seu lado.
— Eu te darei sua bolsa, cara donzela — Disse o rapaz, em um tom de voz meio engraçado. — Mas, por obséquio, vosmecê deve jurar que não parará de conversar com minha pessoa e...
— Que diabos de vocabulário é esse? — Interrompeu Annabeth.
— Estou tentando parecer um galante rapaz da época vitoriana. Me disseram que as mulheres adoram esse tipo de coisa.
— É engraçado, não encantador. No século XXI, nenhuma garota gostará disso. A não ser que uma vampira que viveu na época vitoriana te encontre por acaso no Tinder e, como forma de reviver o passado, achar romântico.
— Nesse caso, vou criar um Tinder. Na descrição, deixarei bem claro que procuro amores vampíricos.
— O que estamos fazendo das nossas vidas? — Queixou-se a garota. — Eu, Annabeth Chase, em uma não tão bela tarde, discutindo sobre amores vampiros no Tinder com um estranho em uma livraria. Acho que cheguei ao fundo do poço.
— Um estranho incrivelmente charmoso e apaixonante. — Disse Percy, dando uma piscadela antes de cair na risada. — E essa foi uma tentativa fracassada de levantar meu ego.
— Se aumenta seu astral, fique sabendo que tem certo charme. — Essa frase saiu da boca de Annabeth antes que ela pudesse controlar. Envergonhada, ela ficou fitando o chão.
— Voltando ao assunto inicial, preciso de uma resposta.
— Sim, Percy, eu continuarei a falar com sua pessoa.
O garoto, sorridente, estendeu a mão para um high-five. Enquanto retribuía ao cumprimento, Annabeth não pôde se conter e acabou encarando-o por tempo demais. “Oh, céus” Ela pensava “Por que ele tem de ser tão bonito? Por que esse sorriso tem que ser tão encantador?”. Assim que pensou, policiou-se. Não poderia se distrair e cair nessas armadilhas. Era uma garota forte e independente, mas acima de tudo era inteligente, jamais seria como aquelas mocinhas de comédia romântica que falam sobre o cara bonitinho o tempo todo.
— Annie, você está ouvindo?
Despertando de seu devaneio, ela focou novamente na conversa.
— Claro. Pode continuar.
— Como eu ia dizendo, sua bolsa estava meio leve. Se lembra do que estava lá dentro? Tenho medo de que alguém tenha roubado.
— Não se preocupe. Eu tinha apenas um batom, um dólar ou menos do que isso e balas.
— Bom, então acho que está tudo aqui. — Disse ele, estendendo a bolsa de mão para Annabeth.
Após abri-la, ela constatou que estava intacta. Sentiu como se um grande peso tivesse sido tirado de suas costas. Finalmente, sua mãe pararia de reclamar o dia todo sobre a falta de responsabilidade da filha.
— Obrigada, Percy. De verdade, não sabe quantas brigas essa coisinha. — Disse, apontando para a bolsa. — Me causou.
—Não se preocupe, não foi nada demais.
— Não, é sério. Nem sei como posso te agradecer.
— Que tal ir ao parque de diversões comigo? Tenho um priminho que insiste em ir lá todos os sábados, seria legal ter companhia.
— Olhe, Percy, não me leve a mal, mas não te conheço muito bem. Não conheço sua história, o seu jeito e nem sua família. Seria um pouco arriscado.
— Coisas sobre mim que você precisa saber: Não sou um assassino, nunca roubei nada, ser um estuprador está fora de cogitação e ir para a prisão seria meu pior pesadelo. Aprendi tudo isso com a minha mãe, o que define minha família como sendo normal e saudável. Meu único perigo é ser um pouco lerdo e ficar nervoso e acabar falando demais perto de garotas bonitas. E,olhe, nesse exato momento eu tenho certeza de que falei demais.
— Você tem um jeito fofo de fazer elogios.
Percy sorriu.
— Sério? — Indagou.
— Sério. Vamos fazer o seguinte: Conversamos diariamente e, quando virarmos amigos e eu tiver a certeza de que não faz nada de ilegal, podemos ir à algum lugar juntos. Não sozinhos, claro, mas com grupo de amigos.
— Essa proposta me parece interessante, senhorita Chase. Onde posso assinar para fazermos o acordo?
— Um aperto de mão amigável basta.
— Aperto de mão? — Queixou-se o rapaz. — Prefiro um abraço.
— Que seja. — Disse a garota, se levantando.
Percy também se levantou e, em seguida, a envolveu em um abraço. Annabeth tentou manter seu coração em batimentos normais, mas ele começou a bater tão rápido que ela temeu que quebrasse seu tórax e saísse pulando pelas ruas de Nova Iorque. Percy exalava um cheiro de maresia misturado à um perfume amadeirado, era estranhamente embriagante, o que fez Annabeth desejar guarda-o em um potinho para poder cheirar quando quisesse. Ela não soube dizer por quanto tempo ficaram abraçados, mas somente se afastaram quando o som de Wildest Dreams ressoou no estabelecimento.
— Meu celular. — Explicou Annabeth. — Preciso atender.
— Ok. — Disse Percy, afastando-se dela.
A garota olhou para o visor, constatando que sua mãe estava ligando.
— Alô? — Disse ao atender.
— ANNABETH CHASE, ONDE VOCÊ ESTÁ? FAZ IDEIA DE QUANTOS MINUTOS ATRASOU? — Gritou sua mãe.
— Calma, mãe, já estou voltando para casa.
— DE CALMA FALECEU MINHA AVÓ, ANNABETH. SE NÃO VOLTAR EM DEZ MINUTOS, MANDO A POLÍCIA TODA TE PROCURAR POR ESSA CIDADE.
— Ok, ok. Já estou indo.
— Bom mesmo. Seus dez minutos começam agora.
E desligou o telefone.
— Era sua mãe? — Indagou Percy.
— Era. Estava preocupada com meu atraso.
— Bom, nesse caso acho melhor voltar logo. Ela não parecia nada calma.
— Ela não está. —Suspirou a loira. — Vou pegar um táxi e ver se volto logo.
— Eu te acompanho. — Disse o rapaz. — Essas ruas são perigosas demais para uma dama tão delicada e bela.
— De novo o lance de era vitoriana?
— Mais ou menos. — Respondeu o rapaz.
E, um minuto depois, Annabeth já estava dentro de um táxi.
— Não se esqueça de mim, viu? Mande uma mens agem para eu saber que chegou em segurança. — Disse Percy, apoiando-se na porta do veículo.
— Pode deixar. Obrigada novamente, por tudo.
Em resposta, ele sorriu. Annabeth entrou no carro e partiu pelas ruas. Distraída, só percebeu que chegara em casa um bom tempo depois.
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O que acharam?
Bjus