Chase & Jackson- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer à cada um dos amores que comentaram cap passado.
Boa leitura, cupcakes.



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— Mãe, você viu minha bolsa? — Gritou Annabeth, vasculhando o carro da família.

Haviam chegado tarde da festa e, antes de cair em sono profundo, a garota apenas tinham escovado os dentes, retirado a maquiagem e colocado qualquer roupa que fosse confortável. E as exatas uma e meia da tarde, apenas meia hora após ser acordada por sua mãe, Annabeth se recordara de que não trouxera sua bolsa de mão para dentro de casa na noite anterior.

— Deve estar no carro, querida. — Disse Atena. — Procure direito e então a encontrará.

A garota procurava em todos os lugares, até mesmo no porta-luvas do veículo. Porém, as únicas coisas encontradas foram o par de sapatos e seu celular, ambos no banco traseiro. Angustiada, ela voltou para dentro de casa.

— Achou? — Indagou a mãe, que recolhia as roupas sujas do casamento.

— Não.

— Irei procurar aqui em casa, agora coloque essas roupas na máquina de lavar. — Falou, entregando as roupas para Annabeth. — Você não deve ter procurado direito.

A garota fechou a cara, havia procurado com total afinco. Indignada, ela foi fazer o serviço que a mãe lhe destinara. Ao acabar, entrou em seu quarto e conectou seu celular ao carregador e ligou-o na tomada. Seus pés doíam pela falta de costume ao salto alto e ela teve de sentar-se à beira da cama para fazer-lhes uma massagem. Encarou as brancas paredes de seu quarto, que era todo inspirado em Paris, adorava-o, até porque fora ela mesma quem o decorara. A cama era de casal, com cabeceira estofada com um delicado tom de bege, em um lado da cama se situava um grande painel da Torre Eiffel com um belo efeito sépia e no lado oposto ficava a estante de livros forjada em uma bela madeira clara e uma mesinha de decoração que sempre continha flores brancas e uma placa luminosa com a palavra Paris contornada com pequenas lâmpadas. Um pouco acima da cabeceira de sua cama, um painel de fotos em forma de coração dava personalidade ao quarto da adolescente, já que a maioria das fotografias ali contidas retratavam lugares e pessoas de quem Annabeth muito gostava. Ao lado da estante de livros, um pôster da Riesenrad Grande Roue alimentava ainda mais o lado parisiense do cômodo.

Deitou-se na cama, afundando em meio às almofadas recém-compradas para a decoração do quarto.

— Annabeth, posso saber o que a senhorita faz deitada enquanto a casa está uma bagunça? — Atena zombou. — Mova-se e vá varrer ou lavar alguma coisa.

— Achou minha bolsa? — Indagou, sentando-se na cama.

— Infelizmente, não. Tem certeza de que a trouxe para casa?

— Eu não tenho certeza. Lembro-me de tê-la levado para o lado de fora do salão, mas não de pegá-la depois.

— Deve ter esquecido em algum banco ou a derrubado no meio do caminho. Havia algo muito importante lá?

— Um batom, balas e algumas moedas, eu acho. Nada que fosse fazer falta. Será que tem como conferir se a esqueci?

— Posso conversar com Deméter, ela me disse que saiu de lá somente quando a filha disse que a festa havia acabado e que não sobraram mais convidados.

— Faça isso, mãe. Odiaria perder aquela bolsa, era tão bonita...

— E me custou um belo dinheiro, então reze para que alguém tenha devolvido.

Aflita, Annabeth saiu de seu quarto e foi ajudar na limpeza da casa.

* * *

Então você perdeu sua bolsa? — Disse Frederick Chase, pai de Annabeth.

— Eu não perdi, pai. Apenas a esqueci.

— Perder e esquecer, ambos são verbos. — Disse Atena, sentada à ponta da mesa. — E, se a esqueceu, alguém a roubou. Deméter me disse que a única coisa que achou na festa foi o kit primeiros socorros que Hermes sempre carrega consigo.

— Droga! — Murmurou. — Então a perdi.

— Alguém deve ter roubado. — Especulou o pai. Annabeth e Frederick eram estranhamente parecidos, os traços faciais, a cor dos cabelos, o porte físico. Apenas os olhos da garota remetiam à mãe.

— Deveria ter prestado mais atenção. — Disse Atena, exigente como sempre fora. — Ontem foi a bolsa, outro dia será o celular e, em um futuro não muito distante, esquecerá a porta de casa aberta e os ladrões pegarão cada pedaço do que construímos em anos de vida.

— Não precisa iniciar um sermão, querida. — Frederick interveio. — Annabeth é responsável e isso foi um acidente.

— Acidentes custam vidas e dinheiro.

— Mãe, não precisa ser tão radical. — Annabeth disse, decepcionada. Todas as vezes em que cometia um deslize, sua mãe iniciava um monólogo inteiro de possíveis erros que ela viria a cometer.

— Não estou sendo radical, estou sendo realista e racional. Esse tipo de coisa nos compromete e podem nos levar à ruina. — Começou a mãe. Porém, Annabeth não prestou atenção em mais um de seus discursos mirabolantes, ao invés das críticas da mãe, seu cérebro direcionava-se para um adorável par de olhos verde-mar e um rosto ainda mais adorável. Estaria Percy se lembrando dela?

No mesmo instante, reprendeu-se. Não poderia ser tão sonhadora, já havia assistido mais de mil filmes em que esse tipo de garota acabava chorando sozinha enquanto devorava um pote de sorvete. E, apesar de adora sorvete, ela não choraria por homem nenhum.

Só percebeu que a mãe terminara seu discurso alguns minutos depois.

— Vou para o meu quarto. — Disse a loira. — Preciso organizar algumas coisas.

Ninguém a respondeu, então ela foi para seu refúgio. Tirou o celular do carregador, plugou os fones de ouvido e ligou na música em uma música que mencionava a lua. Involuntariamente, recordou-se de Percy no dia anterior, quando mencionara que desejava ser rico para ir à lua.

Droga, lá estava ele novamente em seus pensamentos.

O celular da garota vibrou e ela imaginou ser Thalia respondendo a mensagem que enviara no dia anterior, mas, para sua enorme surpresa, não se tratava da amiga.

Era Percy.

Controlando a ansiedade, ela leu a mensagem.

Oi, é o Percy (para o caso de não ter salvo meu número).

Só quero que saiba que não se livrou de mim, hahaha, enviarei mensagens até que minha franquia de internet seja cortada. E, quando isso acontecer, enviarei mensagens de texto (como ontem, quando você não tinha wifi). Eu tinha algo para te dizer, mas esqueci.

Não me deixe no vácuo, responda essa mensagem nem que seja para me mandar parar de mandar mensagens.

Enfim, responda depois de ler.

A garota mal podia acreditar no que acabara de ler. Além de ter se lembrado dela, ele disse que continuaria a enviar mensagens. Ela pensou em mil coisas para enviar como resposta, mas todas pareceram inadequadas. Acabou por responder com um “Oi, como vai você?”. A resposta foi imediata.

“Graças aos céus eu não fiquei no vácuo. Eu estou muito bem, e você?”

“Bem, apesar de ter perdido minha bolsa.”

“AH MEU DEUS! ERA ISSO QUE EU QUERIA TE DIZER. VOCÊ ESQUECEU SUA BOLSA!”

“Você a achou?”

“Depois que convenci meu amigo de que o disco da pista de dança não suportaria seu peso, voltei para o banco. Você não estava lá, então fui te procurar no salão, infelizmente não te achei. Resolvi guardar sua bolsa para que depois eu pudesse devolver. Secretamente, fiquei feliz, pois assim você seria obrigada a me encontrar novamente. ”

Annabeth se alegrou.

“Será que tem como nos encontrarmos hoje?”

“Não dá” Ele respondeu “Infelizmente, hoje visitarei meu pai”. Mas o que acha de amanhã? Poderíamos no encontrar depois do horário de aula.

“A minha aula acaba às cinco e meia.”

“A minha acaba às cinco”. Poderíamos nos encontrar em...?”

“Que tal às seis no Central Park? “

“O Central Park é enorme! E se nos perdêssemos?”

“Temos telefones, nada é impossível”

“Nesse caso, tudo bem. Apenas prometa parar de falar comigo depois que eu devolver seu sapatinho, cinderela.

“Eu prometo”.

Annabeth sentiu borboletas no estômago, depois mudou de assunto. Acabaram por conversar durante o resto do dia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam, amores?
Bjus
Para quem quiser algo mais concreto sobre o quarto da Annie, deixarei o Link do quarto que montei para me inspirar: http://www.polyvore.com/quarto_paris/set?id=169534058



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