Humanos vs Robôs escrita por Andreza13
Notas iniciais do capítulo
Uma surpresa boa! ;)
Boa Leitura.
Acordei sentindo que estava sobre algo fofo, abri os olhos e vi o teto de um carro, olhei a o redor e percebi que estou no banco de trás deitado. Tentei me mexer, mas estava dolorido e ainda me sentia um pouco fraco, pela escuridão deve ser noite. Vi o banco do motorista se mexer, prendi a respiração e olhei ansiosamente para o banco.
– Você acha que ele acorda hoje? – Escutei uma voz infantil de uma garotinha perguntar baixinho.
– Não sei, espero que sim. – Outra voz infantil só que masculina, sussurrou em resposta.
Tentei me mover, mas a ferida na minha perna começou a doer com mais intensidade e sem conseguir me controlar gemi de dor.
– Ahh... Droga. – Então o carro ficou quieto. Escuto um ofegar baixinho e um gritinho infantil de menina.
– PAI? – Olhei entre os bancos e vejo uma menina de cabelo meio acobreado e com um lindo sorriso no rosto.
– Nessie... – Com um grande sorriso abri os braços e ela praticamente se jogou contra mim. – Ohh... – Gemi depois do seu corpo se chocar contra o meu.
– Meu deus. Pai desculpa, Está bem? – Perguntou se afastando um pouco.
– Só com um pouco de dor! – Fiz uma careta.
– Tony, chama a Tânia. – Pedi-o para o irmão que me olhava com um sorriso.
– Vai você. – Percebi um sorriso crescer no rosto da Nessie, às vezes ela não age como uma criança de oito anos, na verdade é mais esperta que eu na maioria das vezes. Abriu a porta do carro e correu.
– O que aconteceu?
– Quando você saiu e começou o barulho, a Tânia nos levou para fora da estrada. Ficamos perto das arvores até o caminhão passar. – Respirou fundo e continuou. – Quando voltamos para parte da estrada que estávamos antes, o senhor estava caído no chão inconsciente. Pensávamos que tinha morrido, tinha uma poça de sangue ao seu redor. – Sua voz tremia e os olhos estavam cheios de lagrimas.
– Desculpe-me, por ter faltado tanto com vocês. – Minha visão começou a ficar embaçada por causa das lagrimas. – Por não ter ido para todos os eventos importantes e não ter procurado vocês para que pudéssemos passar mais tempo juntos. - Abracei-o apertado. – Quando eu e sua mãe nos separamos, eu não exigia ver vocês por não saber agir como pai. E sua mãe não me deixou tentar, ela estava sempre me evitando e os afastou mais de mim. Mas eu sei que a culpa foi toda minha, eu não dei o devido valor a vocês e sua mãe está certa em achar que eu não conseguiria ser um bom pai. – Disse com pesar. Senti pequenos braços agarrarem meu pescoço, levantei a cabeça e vi Nessie chorando me encarando. – Vocês me perdoam?
– Pai você colocou sua vida em risco varias vezes para nos salvar, se isso não é ser pai... Então eu não sei o que é! – Dei um sorriso emocionado. Ele tinha me perdoado, apertei-os mais em meus braços.
– Edward? – Escutei a voz de Tânia da janela do motorista, tinha esquecido até a dor.
– Oi Tânia... – Tentei controlar a voz, que saia tremida, ela abriu a porta de trás onde eu estava, entrou com uma caixa de primeiros socorros e segurando uma lanterna.
– Você nos deu um baita susto. – Deu um sorriso tirando algumas coisas da caixa. – Acho melhor vocês saírem crianças. – Tony me olhou e sorrio, era bom está bem com ele. Nessie ficou me olhando em duvida, eu sorri mostrando que estava tudo bem e então ela saiu.
– Não vão para longe, se perceberem alguma coisa se escondam atrás das arvores. – Eles assentiram e saíram.
– Me deixa ver sua perna. – Quando olhei para a perna, vi que tinha um pedaço de pano amarrado em cima da calça na parte da coxa. – Não consigo ver o ferimento todo, você vai ter que tirar a calça. – Me olhou constrangida.
– Tudo bem... Mas você sabe o que esta fazendo? Ou esta querendo me ver de cueca. – Levantei uma sobrancelha, ela prendeu a respiração e me olhou assustada, comecei a rir. – Calma. Estou brincando, vou precisar de ajuda.
– Er... Para sua informação sou médica... – A encarei surpreso. - Veterinária. – Levantei uma sobrancelha. – O quê? Sorte sua que eu sei cuidar de ferimentos.
Abri a calça rindo, enquanto ela tentava evitar olhar para baixo. – Pronto, pode puxar a calça. – Ela me olhou desnorteada. – O quê? – Ela balançou a cabeça enquanto puxava a calça até o joelho, deixando a mostrando minha boxer preta, quando terminou de tirar a calça pegou algumas coisas da maleta, e voltou para minha coxa. – Está muito feio?
– Um pouco, o problema maior é que você perdeu muito sangue. Mas ira ficar bem logo. Achei algumas coisas nos carros que podem ajudar. – O mais engraçado é que ela desviava o olhar para a parte da frente da minha boxer e limpava a garganta nervosa. Depois de um tempo, enfaixou e me deu um remédio. – Vou pegar comida para você.
– Isso é estranho, não tem corpos em nenhum lugar. E não faz sentido as pessoas deixarem objetos que precisam.
– É tem razão, esta acontecendo alguma coisa. Volto já. – Saiu deixando a porta do carro aberta e eu continuei deitado esperando. Escutei um barulho muito forte, parecia o mesmo de mais cedo. Carros sendo arrastados, fechei a porta do carro e deitei no banco.
– Droga, as crianças... – Uma luz forte surgiu na parte de trás e o barulho do caminhão batendo e arrastando os carros ficou mais forte. Senti um impacto na traseira e esperei o carro ser arrastado, mas não aconteceu, era como se o caminhão tivesse parado. Escutei um barulho, era o mesmo barulho que eu escutava quando a porta de trás do caminhão abria e os robôs eram descarregados na empresa para a configuração. – Droga. – Ouvi os passos deles perto do carro, metal batendo no chão. Outra luz surgiu, mas essa era na parte da frente do carro. Comecei a escutar tiros e gritos de homens. Deve ser o exército.
– Atirem nesses desgraçados, não parem. – Escutei um homem berrar e os tiros se intensificaram. De repente os tiros pararam e tudo ficou em silencio por algum tempo. – Isso mesmo homens, não vamos deixar esses malditos robôs dominarem o mundo! Acabaremos com eles. – Outros gritos surgiram, acho que de fato não é o exercito.
– Vamos vasculhar os carros. – Escutei uma voz feminina perto do carro onde eu estava... Pera aí, eu conhecia aquela voz... Rose!
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Parece que agora melhora!! :D