– Mas o que? – Coloquei a mão onde ela tinha batido. – Droga, tá doendo. Você é louca?

– Aí meu deus, me desculpa. – A mulher falou tentando me ajudar a levantar. – Não vi que você era humano, me perdoa. – Me ajudou assentar, já que levantar ainda não era possível. – Sou Tânia Denali. Eu não quis...

– Tudo bem, está tudo bem. Não se preocupe. - Falei voltando a sentar, minha cabeça ainda está girando. - Mas está de parabéns pela força.

– O que é uma pancada na cabeça, quando se tem robôs assassinos querendo nós matar. – Falou rindo, senso de humor interessante.

– Acho que os dois são ruins. – Comentei rindo também, comecei a reparar nela. Ela era bem bonita, cabelo loiro, olhos verdes e um bonito sorriso. Ela é o oposto de Bella, que é morena e tem olhos cor de chocolate. Mas por que diabos eu estava comparando as duas? – Sou Edward Cullen. – Me apresentei depois de alguns segundos a encarando. – Droga, os meus filhos. – Lembrei-me deles e levantei tão rápido que fiquei mais tonto ainda.

– Hey, calma. Você levou uma pancada na cabeça, onde estão os seus filhos? – Perguntou levantando. – Posso ir buscá-los, seria ótimo para me redimir. – Falou com um sorriso.

– Não se sinta culpada, eu estou melhor. E eles não viram com você. – Lembrei-me da personalidade deles. – Não se sinta ofendida, eles são difíceis mesmo. – Me apoiei em um carro a o lado.

– Eu vou com você então. – Me apoiou em seu ombro, enquanto eu a guiava de onde tinha vindo.

– Pai! – Os dois gritaram e correram em nossa direção, quando perceberam que eu estava sendo praticamente carregado por Tânia me olharam aflitos.

– Eu estou bem. – Me adiantei. – Só estou com a cabeça machucada. – Olhei para Tânia que ficou constrangida. – Mas o que é uma pancada na cabeça quando se tem robôs assassinos querendo nós matar. – Repeti o que ela disse e ficamos rindo. Quando olhei para Nessie me arrependi de ter dito isso, ela estava com os olhos arregalados e uma expressão de medo. – Droga Nessie, é brincadeira. – Agora foi a minha vez de ficar constrangido.

– Mas verdade é! – Tony comentou alheio ao medo da irmã, o encarei repreendendo. – O quê?

– Então... Eu sou Tânia Denali, e vocês? – Ela se apresentou tentando quebrar o clima meio tenso.

– So-sou Anthony. – Ele gaguejou com um sorriso bobo no rosto. É alguém está apaixonado, pena que só tem onze anos, ri da expressão que ele fazia.

– Sou Renesmee Cullen. Mas pode me chamar de Nessie. – Ela já tinha se recuperado do choque. Olhei para Tânia agradecido, ela deu um sorriso.

– Olá, é um prazer conhecê-los. Desculpe-me, eu bati com um bastão de baseball na cabeça do Edward. – Nessie olhou para ela assustada e o Anthony... Bom, ele continuava com um sorriso bobo no rosto. – Mas eu juro que foi sem querer.

– Tudo bem, agora que foram devidamente apresentados, vamos seguir. – Olhei para Tânia e perguntei. – Vai com a gente?

– Não vou atrapalhar? – Neguei com a cabeça. –Então eu vou. Estava procurando alguém, não queria ficar só.

– Estão mortos? – Sussurrei baixo, para eles não escutarem.

– Não sei, mas não tem corpos aqui. Só tem os carros e os pertences dos ocupantes.

– Que estranho. - Passei a mão pela cintura procurando a arma, mas não achei. – Droga, a arma ficou lá. Acho que quando você me atacou eu deixei a arma cair, vou pegar. Dá uma olhada neles, por favor? – Pedi me preparando para sair, ela me entregou uma faca grande . – Não, fique com a faca para se proteger.

– Não se preocupe, sou melhor com o bastão. – Piscou e sorriu.

– Tudo bem. – Peguei a faca e virei para eles. – Vocês se comportem! Volto rápido. – Caminhei com a faca em posição de ataque, até o local onde estávamos. Achei a arma no chão perto de um dos carros a peguei e guardei. Escutei um barulho e olhei para trás, tinha outro caminhão da Volture se aproximando, ele estava no meio da estrada e batia nos carros que estavam na sua frente. Fui para baixo de um carro que estava na beira da estrada, quando ele passou perto de onde eu estava, bateu em uma caminhonete que veio na direção do carro onde eu estava escondido. Rastejei para o lado e rolei para fora da estrada, acabei caindo em cima da faca cortando a perna.

O caminhão estava indo muito rápido, ele batia, arrastava e continuava. Segundos depois ele já tinha ido embora.

– Nessie, Tony... – Andei desesperado, ainda com a faca em uma mão e a outra mão na minha perna tentando estancar o sangramento. Tentei correr mancando um pouco, até chegar onde os tinha deixado. Não tinha ninguém lá, me ajoelhei no chão olhando para os lados desesperado procurando algum sinal deles, comecei a sentir minha bochecha molhada e um aperto na garganta. Percebi que estava chorando. A ultima vez que eu chorei foi quando eles e a Bella foram embora, e isso já faz quatro anos. – NÃO... NÃO... – Gritei me sentindo fraco, provavelmente pelo sangue que estava perdendo, então minha visão começou ficar turva e cai no chão apagando logo em seguida.