Saint Seiya - Ankheus: O Guardião dos Mares escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 1
Prólogo




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Olhava para a praia de longe, pensando. O som das ondas quebrando nos rochedos sob seus pés eram como lamentos, sussurros de fantasmas que ainda ecoavam em seus ouvidos. O céu emprestava ao mar a sua cor alaranjada, quase como fogo liquefeito, tal qual naquele dia.

Observar o Mediterrâneo era como contemplar as águas do Pacífico: águas calmas até chegar às terras firmes daquela que considerava sua casa. Os sorriso que o recepcionava, as festas... Tudo ainda era tão vivo em sua memória quanto as lágrimas e desespero daquele fatídico dia que ainda o sufocava.

"EU ODEIO VOCÊ! ODEIO... EU TE ODEIO, ANKEUS!"

Aquele grito ainda ecoava nítido em sua mente, e eram as únicas palavras capazes de seus olhos marejarem. Fechava seu punho com tanta força que a chegava a sangrar. Porém, nada daquilo seria suficiente. Despertou a ira, a repulsa da última pessoa a quem prometeu jamais magoar. Havia decepcionado de tal forma que jamais seria perdoado, e não a recriminaria por isso. Por mais doloridas e fortes que fossem aquelas palavras, pior que a queimação marcada em sua face, jamais a julgaria por aquilo.

"Você não merece morrer... Não agora!"

Ele engoliu a seco quando aquelas palavras também ecoavam em sua mente. Aquela seria sua punição? Viver dos fantasmas de sua covardia? Aquilo fazia seu instinto ferver em agonia, mas também o tomava em um crescente ódio quando lembrava daquele maldito sorriso voltado para ele, parabenizando pela sua 'fidelidade' e por sua 'performance gratificante'.

"Agora sabemos para com quem está sua lealdade, Ankeus de Dragão Marinho...!"

Ele trincava os dentes, as lágrimas ganhando sua face enquanto aquelas palavras, os sorrisos, as expressões de satisfação por uma 'batalha' enfadonha ganha e riso orgulhosos ecoavam em sua mente. As suas mãos foram levadas ao seu ouvido e ele caindo ajoelhado no chão meio um grito de desespero que ecoou pelo Cabo Sunion, onde sempre 'fugia' em busca de uma paz que jamais encontraria enquanto vivo.

"Você não merece morrer... Não agora!"

"Não agora!"

— Não... Ainda não posso morrer. — dizia com o olhar para o chão, o óculos escuros caindo de sua face e misturando-se à areia em que ele enchia as mãos ao fechar seus punhos. — Não sem antes cumprir o que prometi naquele dia... — e levantou a cabeça, mostrando uma face com um rasgo cauterizado sobre o olho direito que reluzia intensamente num carmesim, fazendo esvoaçar as mechas de seus cabelos cor de vinho. — E não descansarei até que eu a cumpra...!

E se levantou, olhando para as águas do Mediterrâneo e deixando seu Cosmo emanar intensamente. Esta manifestou-se de tal forma que se personificou num Dragão Marinho e abrindo sua bocarra. O Cosmo ganhou formas mais físicas e jogou-se ao mar, nadando até o mais fundo do oceano até o Santuário Submarino que estava renascendo após sua última batalha.


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Notas finais do capítulo

# Tal como Kurumada desconstruiu a mitologia grega para construir o Hipermito de Saint Seiya, seguirei essa linha de modo a reconstruir alguns mitos.

# Ankeus (Anceu; Ancaeus; Ankaios) é uma figura mitológica da qual apresentarei respeitando parte de sua história anterior conhecida por sua mitologia propriamente dita e conhecida por todos, inserindo-o dentro do Hipermito.

# Outra reconstrução se dará com os Continentes de Lemúria que, segundo estudos e pesquisas históricas, seria possível que seu povo - assim como de Atlântida - teria se formado a partir de sobreviventes do Continente de Mu - outro lendário perdido por um cataclisma. Sendo assim, nesse Gaiden e dentro do Hipermito de Saint Seiya em SSGen, lemurianos é o povo desse continente onde personagens da série já conhecidos viviam. Tanto Muvianos como Lemurianos serão tratados como um só povo, separando-os em pequenas classes a ser compreendida ao longo desse Gaiden.



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