Incurable Brands escrita por Asynjurr


Capítulo 8
Do you want to play? You want to stay?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem essa demora exagerada! Mais felizmente ai esta mas um capítulo pra vocês, esperamos que gostem do conteúdo!Esse capítulo planejado e escrito por ambas as autoras OKAY? Esperamos que gostem ( eu sinceramente amei esse capitulo ) e um beijo grande pra voces...!!!!



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“Você quer brincar? Você quer ficar? Você quer ter tudo! Você começou a mexer com a minha cabeça até eu enlouquecer...Talvez eu devesse saber, talvez eu devesse saber... Que você sairia, que você sairia pela porta.”

***

Violetta estava meticulosamente nervosa e a todo custo tentava controlar os nervos, mas isso era algo esperado, por pouco não havia se entregado ao homem que lhe fez odiar a si própria por sua aparência, durante anos e por mais que ela se sentisse atraída, não cederia agora. Tudo ocorreria no seu tempo. Ela ditaria as regras e ele teria que segui-las religiosamente ou conheria uma "Violetta vingativa", capaz de tudo para alcança seus propósitos.

— León... É que... — Violetta, por um segundo teve coragem para falar a verdade, “mas o que estou fazendo?”, pensou ela recobrando sua sanidade. Certamente ele zombaria dela se soubesse a verdade. O correto era deixar as coisas como estavam.

— O que... o que aconteceu, Violetta? — perguntou impaciente e a mulher ainda atônita, inalou de forma abrupta.

— Nada, apenas lembrei-me do idiota com quem eu infelizmente estou casada... — proferiu já começando a recobrar sua postura fria e irônica.

— Violetta... — tentou insistir, sendo cortado imediatamente por ela que parecia impaciente e irritada com algo.

— Não... León, entenda, não quero... — pronunciou com certo amargôr na voz firme e logo lembrou-se de algo que viria a lhe ajudar, pelo menos naquele momento. — Nosso contrato não inclui certas intimidades Vargas... Se o senhor não quiser que nosso acordo acabe, acho bom se conter e me respeitar adequadamente... — articulou categórica e León logo bufou irritado, o que deixou, Violetta um tanto feliz por ter conseguido virar o jogo ao seu favor.

— Okay, vamos logo, antes que eu perca a minha paciência ou o resto que me sobrou... — resmungou saindo do carro e batendo a porta logo em seguida com agressividade.

“E a minha paciência?!”, pensou ela fazendo o mesmo que ele. Entrando na casa da família Heredia, o casal sentia certo desconforto... Todos os parabenizavam, por seu casamento, e todos realmente estavam felizes pelo casal, todos, menos eles dois, obviamente. Ambos queriam sumir dali o quanto antes.

Caminhando por entre aquelas pessoas, León sentía-se incapaz de poder ter o mínimo de diversão. Ele não queria toda aquela farsa, seu coração não tinha forças para deixar a falsa alegria penetrar em seu corpo. Por outro lado, Violetta parecia estar feliz, claro que a mesma estava fingindo... Ou pelo menos, era isso que ambos pensavam. Lá no fundo, a mulher estava feliz; Estava realizando o sonho distante que a mesma queria esquecer; Estava casada com seu amor platônico. Ele era seu e ninguém poderia mudar isso.

— Parabéns Sr. e Sra. Vargas — felicitou o patriarca da família Heredia, um senhor de aproximadamente cinquenta e sete anos. Muito simpático e discreto.

— Obrigada, Sr. Heredia, — León tentou, sem sucesso, soar despreocupado. — Agradecemos muito por... Por tudo isso... — articulou apertando a mão do mesmo que sorria amigavelmente para eles.

— Não agradeça á mim, e sim, ao meu filho... — falou e o semblante de, León mudou. Ato repentino que não foi notado, pelo menos para os outros.

Violetta rapidamente percebeu a mudança do marido, mas sem entender sua mudança de humor, achou melhor não questionar a respeito. A conversa não estava nem um pouco animada. Ela estava quase caindo no sono.

“Por que realmente eu ainda estou aqui?”, indagou-se ela consigo mesma.

— Então querida... — falou o homem se aproximando da mesma, e rapidamente ela sentiu, León apertando sua cintura, como se em um aviso prévio, pedisse para que a mesma colocasse novamente sua atuação em jogo. — Como a senhorita... Perdão... Como a senhora se sente agora que entrou para a renomada família Vargas? — Aquilo era estranho, a mesma não teve tempo para poder se acostumar com a palavra “Senhora” e principalmente com “Sra. Vargas”.

— Me sinto incrivelmente realizada... — León assustou-se com o poder de atuação de sua esposa, como ela poderia ser tão dissimulada daquela forma? — É realmente muito bom poder me unir a família Vargas e acima de tudo... Casei-me com alguém que é excepcionalmente perfeito... — comentou e marido pôde sentir um toque da ironia da esposa naquela fala. Ele conhecia poucas coisas de sua misteriosa esposa, mas sabia muito bem quando a mesma estava sendo debochada e por isso não se sentiu violado quando ela usou tamanho deboche para descrevê-lo como “Incrível”.

— Isso é ótimo Sra.Vargas... — falou sorrindo — Parabéns León, você encontrou uma ótima esposa. — parabenizou o rapaz com um sorriso largo e este relutou em não rolar os olhos para o teto.

“Sei... Ah... Se conhecesse como ela é de verdade, nesse momento estaria com pena de mim”, pensou ele um tanto sarcástico.

— Pai, acredito que não precisamos dar os parabéns a este homem de sorte. León sabe muito bem que fez uma ótima escolha. — De repende alguém interrompeu bruscamente a conversa daqueles que ali estavam e quem fez tamanho ato, foi o filho único do senhor à sua frente, Tomás Heredia, garoto mimado estilo badboy que vivia às custa do trabalho do pai, mesmo negando firmemente essa situação. Descendo as escadas da casa com tamanha rapidez, o mesmo se dirigiu a León e Violetta, seu olhar era de admiração e de puro de respeito a eles — Prazer,Tomás... — falou apresentando-se à Violetta e esquecendo-se da presença de León naquele local.

— Prazer, Sou Violetta Castillo Vargas... — falou, mesmo sentindo-se estranha com aquilo. — O senhor não me é estranho, já não nos vimos em outros locais? — perguntou simplesmente em uma tentativa inútil de recordar-se de onde o conhecia.

— Oh sim... Acho que a senhora não lembra-se dos muito eventos que participamos juntos... — murmurou divertido e a mulher concordou com a cabeça. — Devo dizer, a senhora continua tão bela quanto há um tempo atrás... — comentou, mas nada foi falado em resposta, León em nada se importou e quanto a Violetta, aquilo não teve nenhuma importância para os dois, Tomás estava sendo apenas cordial, ou era isso que ele queria que todos pensassem.

— Obrigada Tomás... — pronunciou Violetta em voz baixa e olhando diretamente para o marido ao lado.

— Você tem razão, Tomás, minha mulher é realmente muito bonito e o melhor... é só minha! — comentou enfatizando cada palavra com uma dose demasiada de sarcasmo e agarrou a mulher pela cintura de modo possessivo. — Sou um homem de muita sorte, não? — questionou ao homem posicionado ao seu lado, sorrindo-lhe lascivamente.

— Sim... você é! — concordou simulando uma postura despreocupada e sem mais, segurou em uma das mãos de Violetta, logo puxando-a para seu entorno. — Talvez você não saiba, mas sua esposa e eu namoramos por dois anos, e foi um relacionamento maravilhoso — e então ele acariciou o rosto da loira, como se apenas eles dois estivessem ali, deixando um Leonard Vargas perigosamente furioso.

Violetta não sabia o que fazer em relação as provocações de Tomás, afinal qual era o propósito do rapaz com tudo aquilo? Mas em compensação, ver o suposto marido de roendo de ciúmes era no mínimo excitante. Era mais uma chance para vê-lo sem ação.

— Bons tempos! — ela suspirou demoradamente. — Você sumiu sem deixar rastros, — agora ela estava ignorando a presença do marido e estava fazendo isso da pior forma. Queria que ele explodisse de ciúmes e isso parecia algo certo.

— Tomás... — o pai o chamou ao perceber o clima tenso no ar. — Acho melhor deixarmos o casalzinho em paz. Temos algumas pessoas para cumprimentar. — E sem mais, o anfitrião da festa saiu puxando o filho para o mais, o anfitrião da festa saiu puxando o filho para o mais longe que conseguiu. Sabia que se não houvesse uma intercessão, logo haveria uma confusão naquela festa.

— Pode ir atrás dele, Violetta, já que demonstrou-se tão interessada, — ele precisou usar todo o resquício de paciencia que restara em si para pronunciar cada uma daquelas palavras.

— León eu não quis... — no mesmo momento, ele a interrompeu com agressividade.

— Não vou rastejar por você, tampouco bancar o idiota nessa festa. Espero que se divirta, quem sabe até... você faz com ele o que não quis fazer comigo, seu marido. — bradou dando-lhe as costas.

Ele precisava de um pouco de espaço para raciocinar com mais clareza, — como se naquele momento fosse algo possível.

León discretamente afastou-se de todos. Estava furioso, tanto que nem percebeu que havia machucado sua esposa da forma mais cruel possível. A todo custo conseguiu se livrar dos cumprimentos pelo falso casamento. De longe, ele avistou Violetta em meio a algumas pessoas. Todos amigos dos pais da mulher, ele os conhecia, pois já havia trabalhado em conjunto com alguns deles. Ela parecia feliz, isso era inegável, e, embora quisesse qualquer contato que fosse com ela, não podia baixar a guarda. Não queria uma aproximação com sua esposa. Exausto de tudo, León caminhou em direção a um lugar um pouco mais reservado.

Era um ambiente espaçoso e aconchegante, e, o melhor, não havia ninguém ali, apenas ele e seus pensamentos conturbados. O lugar estava praticamente deserto. Havia pouca luz e ao fechar os olhos sentiu uma brisa gelada percorrendo a sua face. Aquela festa estava se transformando em um terrível pesadelo. Ela estava tão próxima, mas em contrapartida não estava ao seu alcance.

***

Aleena — a filha mais nova do Sr. Heredia — estava sentindo-se entediada naquela festa que para ela nao tinha sentido algum. Não teve descanso um só minuto naquela festa e para sua completa frustação, Alex — sócio do seu pai —, não se afastava, e também lhe seguia por todos os cantos. Teve a oportunidade de conhecer Martínez Villegas, ele era um rapaz bastante simpático, e também, o melhor amigo do seu pai. Ela já não avistava o homem que aguçou sua curiosidade ao iniciar da noite, e, como se isso não fosse o bastante, sua mãe também havia sumido, talvez propositalmente.

Agora ela estava sentada em uma das mesas, e ao seu lado, um cão de guarda que continuava com aquele olhar libidinoso em sua direção. Alex era asqueroso, chegava a causar-lhe medo. Entre ambos restava apenas um enorme silêncio. Não tinham nada em comum, assim não podiam conversar sobre nenhum assunto. Eram totalmente incompatíveis. Cansado da monotonia que havia se instalado ali, Alex, cujo o olhar grosseiro continuava sobre o corpo de Aleena, tomou a palavra:

— Vou pegar algumas bebidas pra gente, tá? — propôs, com aquele famoso sorriso de segundas intenções, e mesmo a contragosto, a garota assentiu com a cabeça, desviando o olhar rapidamente — Não saia daqui, pode ser perigoso, bebê! — deu-lhe uma piscadela, segurou o queixo de Aleena com as pontas dos dedos e beijou sua bochecha de forma abusiva, lhe obrigando a virar o rosto na direção contrária.

— Tudo bem, não irei a lugar nenhum sem você, eu lhe asseguro... E... Demore o quanto quiser, Salvatore! — Verbalizou endireitando a sua postura no assento um tanto sarcástica e externou o sorriso mais forçado que pôde.

Aquela era a chance perfeita para Aleena livrar-se definitivamente do homem mais esnobe que já esteve em contato, e por mais incrível que pudesse parecer, o loiro chegava a ser pior que Peter, seu ex-namorado, um playboyznho milionário, este filho do dono de uma das maiores empreiteiras do sul da Espanha. Sem perder mais tempo, ela foi em direção a parte externa da mansão. Precisava respirar um ar limpo e, principalmente, ficar longe de Alex a qualquer custo. Sua antipatia para com ele era tanta que não suportava sequer seu olhar sobre si.

A cidade vista daquele sacada, era bem mais bonita. Os automóveis já não preenchiam as ruas com seus barulhos infernais. As luzes reluziam sobre os seus olhos e um sorriso de satisfação fixou-se em sua face. A sensação de estabilidade apossou-se dela, no entanto, estava ficando cada vez mais frio ali.

Mesmo querendo permanecer ali, sozinha pelo resto da noite, Aleena viu-se obrigada a voltar para aquele ambiente hostil, mas antes que pudesse ir, ela avistou um brilho estranho no chão. Era um belo relógio de ouro puro. A garota ficou observando o objeto na incerteza de pegá-lo ou não, na dúvida, ela agachou-se e o pegou, todavia, ao se reerguer novamente deparou-se justamente com aquele que esteve procurando durante toda a noite.

— É... Ele, — Aleena ergueu o relógio ao alcance visual dele sorrindo de lado, e teve o sorriso retribuído na mesma medida, ou até com mais intensidade. Ela então levantou-se desajeitadamente e centralizou seus olhos aos dele, ficando extasiada por segundo, estranhamente desconectada a sua volta. Já ele, possuía um semblante singular e embora quisesse falar algo, foram necessário mais alguns segundos para Alythia libertar-se do transe e a primeira coisa que disse foi: — O relógio é seu?

— Sim. — Ele caminhou até ela a passos firmes e preciso, expondo toda a sua masculinidade, já Aleena deu-lhe o objeto e o ajudou na colocação. — Obrigado, sabe, é um relógio de família. Tem um valor inestimável para mim. — Murmurou em voz baixa e tomou um pouco de distância da garota que parecia hipnotizada e lhe sorria lascivamente.

Aleena caminhou em sua direção, mas acabou tropeçando nos próprios pés, talvez estivesse nervosa, e por pouco não acabou caindo no chão, para sua sorte, ou não, ele estava ali para amortecer sua queda. Um pouco mais dispersa, Alythia ergueu-se e cedeu sua mão, para que ele fizesse o mesmo. Seus olhos eram os mais bonitos que já estivera em contato, eles eram inquisidores e estavam fixos aos seus. Por ridículo e improvável que pudesse parecer, ela sentia como se tivessem uma espécie de conexão... Algo estranho.

— Obrigada por me ajudar. — disse estudando o tal que soprava o ar gelado calmamente. O movimento dos seus lábios, era algo solene. Ele era um monumento à parte para ela. — Não estou bêbada, se é isso que está pensando, eu só...

— Melhor voltar para a festa, senhorita, pode ser perigoso ficar perambulando aqui sozinha. Não me parece adequado. — O homem desaforou com eminente autoridade. A voz suave parecia silvar. Em sua face, cuja beleza ruborizava-lhe, não havia nenhum resquício do que poderia denominarmos como um sorriso. A forma como as palavras saíam da sua boca bonita, seu jeito de observá-la... Impossível não se admirar. Estava horrizada com sua fascinação repentina, afinal, não o conhecia. — Preciso ir... Foi um prazer "salvá-la" — a arrogância soberba agora predominava em sua voz rouca, mas isso só o deixava ainda mais atraente para ela. Sempre gostou de ser ignorada, era seu hobbie favorito. Sem dizer nenhuma outra palavra, o tal lhe deu as costas para ir embora. Não queria que ele fosse, porém, não podia impedi-lo do ato, mesmo que quisesse.

— Não sei seu nome! — Murmurou com sua voz entrecortada, na verdade, ela praticamente gritou, enquanto o seguia. — Me chamo, Aleena... Aleena Heredia — berrou em um tom exasperante, uma tentativa iminente de tê-lo ao seu lado um pouco mais. Sua companhia era bastante agradável e isso pareceu funcionar.

Ele pensou em ignorar o que ouvira, mas não poderia desperdiçar aquela chance de se vingar da esposa e não se importaria em usar aquela garota se fosse preciso.

"Pensa rápido, León", gritou seu subconsciente e foi o que ele fez.

— Jorge... Jorge Blanco. apresentou-se indo ao seu encontro e rezando para que ela acreditasse naquela farsa, mas era melhor assim, realmente era — É um prazer conhecê-la. — León que já estava em sua frente, segurou sua mão esquerda e a beijou suavemente, enquanto seus olhos queimavam sobre os dela.

Embora sua consciência afirmasse que era errado mentir pra uma garota aparentemente inocente, León decidiu que não voltaria atrás em sua decisão. Ele a usaria para vingar-se da esposa. Nada mais justo que usar a irmã do homem que descaradamente estava flertando com sua esposa.

— Ér... e a sua namorada, onde está? — Indagou estudando sua expressão e León se desatou a sorrir, mas logo saiu do seu torpor — Falei algo engraçado? — Aleena ergueu uma sobrancelha em sua direção e retorceu os lábios na tentativa de esconder um sorriso.

— Eu não tenho namorada, Srta. Heredia. — Ele respondeu sem rodeios e Aleena relutou em omitir sua satisfação em ouvir aquilo que, sinceramente, soara como música clássica para os seus ouvidos. Por alguma razão ela temia ouvir um sonoro "sim" — Ficaria envergonhada se eu questionasse o porquê da pergunta? — Articulou se inclinando para cima dela e a obrigando a regredir um pouco.

— Mera curiosidade! — afirmou como se aquilo fosse algo óbvio, e, ao ver o olhar de admiração que recebia do belo moreno de olhos verdes, Aleena mordeu o lábio inferior sem ao menos notar a ação, inalando de forma profunda. Gostaria de tocar seus lábios entreabertos, algo insano, mas não podia evitar isso, "Jorge" era extremamente desejável — Pode ser loucura, mas a sensação que eu tenho, é que te conheço de algum lugar... Já nos vimos antes?

— Está me xavecando, Srta. Heredia? — Brincou com a situação nada cômoda e a garota lhe fuzilou com os olhos. Ele sabia que Aleena estava falando sério, entretanto, seguir com aquela conversa poderia ser perigoso. Notando sua irritação, ele aproximou-se, segurou sua face pequena em suas mãos trêmulas e completou: — Acredite, seria impossível esquecer alguém como você. — segredou-lhe usando seu tom mais sedutor.

Ter seu rosto tão próximo lhe ascendeu. Podia sentir sua respiração quente batendo em sua face. Aqueles olhos.... Aqueles olhos não eram estranhos como deveriam ser. De repente, o silêncio abateu-se entre os dois e um desejo inexplicável também. Já não pensavam em mais nada, por mais louco que pudesse ser, ambos queriam o mínimo contato que fosse, queriam se tocar.

León sabia que não teria outra chance para beijá-la, sendo assim, pressionou as mãos em sua cintura de forma possessiva e a conduziu até uma das paredes do cômodo. Por mais que soubesse que aquilo era estranho, Aleena não conseguiu pará-lo, na verdade, ela própria não queria que ele parasse. Ela olhou bem em seus olhos, em outra tentativa falha de reconhece-lo, e, um arrepio percorreu sua espinha, fazendo com que todos os pêlos do seu corpo se eriçassem de forma brusca.

Ele acariciou passou polegares em seus lábios entreabertos, e, Aleena fechou os olhos, aproveitando seu toque ao máximo possível, seu líbido acendeu como se se despertasse das cinzas e seu estômago contraiu-se como um punho fechado. Agora sim, ele iria beijá-la. Aleena já podia sentir os lábios dele sobre os seus quando ouviu alguém lhe chamando.

— Aleena! — Chamou Alex, aproximando-se dois dois e León revirou os olhos. — Estava te procurando, aliás, o que você está fazendo aqui sozinha com esse daí? — Sinalizou em direção à León com tom soberbo e o moreno, que estava a ponto de esquartejar um, sorriu da forma mais irônica possível e caminhou em sua direção.

— Seria pedir demais que você simplesmente pulasse daqui de cima? — León lançou-lhe seu olhar mais furioso, fingiu esbarrar no loiro inconveniente e saiu dali a passos firmes, do contrário, ele mesmo jogaria o homem dali de cima.

León estava com a cabeça fervendo. Por pouco não havia beijado outra e embora, Aleena fosse uma garota linda, educada e outros tantos adjetivos, ele não sentia a mesma atração que sentia pela esposa e mesmo, ela o tratando com indiferença, não poderia mudar isso.

Chegando na sala de estar, ele procurou, Violetta por todo o cômodo e para sua frustação, ela continuava conversando com, Tomás e conversavam animadamente. Ele decidiu beber algo para se acalmar. Precisava de algo forte. Perseguindo um dos garçons que serviam na festa, ele pegou dois copos médios de conhaque e os emborcou de uma vez só na boca, enquanto olhava para esposa do outro lado da sala.

Violetta, que já estava com sono em decorrência daquela conversa pra lá de chata, procurou pelo marido novamente pelo cômodo e só então o avistou e seu semblante não era dos melhores. Talvez ele estivesse irritado com ela. Podia jurar que ele estava morrendo de ciúmes, mas a indiferença com a qual ele vinha tratando aquela situação, deixou algo subentendido em sua mente. Ela precisava esclarecer e preencher algumas lacunas daquele impasse.

— Tomás... Eu preciso falar com o meu marido. — ela sibilou por entre os dentes serrados, enquanto obsevava León se embriagando. — Depois nos falamos.

— Tudo bem. — murmurou colocando as mãos nos bolsos da frente da calça. — Se quiser eu posso falar para ele que somos amigos e só. — Tomás sugeriu solícito.

— Melhor não, Tomás, ele não tem por que desconfiar da nossa amizade. Deixe que eu me entendo com ele. — murmurou sem desviar o olhar do marido e o homem à sua frente decidiu não insistir mais no assunto.

A passos largos, Violetta caminhou até o marido que estava do outro lado dá sala. Queria lhe estapiar por ser tão intransigente, entretanto, também precisava admitir que havia agido como adolescente mimada. Pára ela estava claro que aquele joguinho de provocações não estava funcionando para ambas as partes. Precisava mudar de tática, quem sabe até agir como uma esposa de verdade, mesmo que ela não fosse.

— Precisamos conversar, León eu...

— Jorge, estava te procurando! — começou, Aleena eufórica com uma voz doce e ignorando por completo a presença de Violetta. — Você me deve um beijo e eu vim cobrá-lo.

Sem dar a chance do moreno raciocinar direito, Aleena tomou posse de seus lábios gélidos com sede, explorando cada recanto da boca dele intimamente com sua língua. León, que não esperava ser beijado pela caçula dos Heredia's, inclinou-se para trás e sem sucesso, tentou esquivar-se do "carinho", que recebera. Violetta que assistia a cena, no mínimo sórdida, sentiu o sague ferver e perdendo toda a compostura, puxou a garota pelos cabelos e lhe deu uma bofetada.

— Você tá louca ou quê? — protestou, Aleena elevando uma das mãos a têmpora e com a outra massageou o queixo que parecia fora do lugar. — Pode me explicar por que me bateu? — ela finalmente conseguiu formular a pergunta.

— Isso é pra não sair por beijando o marido dos outros, — nesse momento, León prendeu os lábios entre os dentes pra não soltar uma gargalhada e ambas as mulheres o fuzilaram com os olhos. — E você vêm comigo — e sem dar a chance dele se explicar, ou pelo menos tentar a proeza, Violetta saiu lhe puxando para fora da mansão. — Não acredito que usou a irmã do Tomás pra me provocar, León! — balbuciou com os olhos já marejados. — Ela só tem 15 anos, León... Você é baixo... Tem o dom de me machucar — sem mais a dizer, Violetta o deixou atônito para trás e caminhou em direção ao automóvel que estava logo à frente.

— Talvez se minha mulher me desse um pouquinho mais de atenção, eu não precisasse procurar distrações por aí — afirmou com a avoz arrastada e a mulher que caminhava com pressa, começou a correr. — Homens tem necessidades e eu não vou passar a me comportar como um padre por que estou casado com uma... uma... sei lá... — comentou rindo como um retardado. — Espera, Violetta...

— Já deu por hoje, León. — ela pronunciou com a voz entrecortada e apressou o passo, obrigando-o a correr. — Pode voltar para a festa, "Jorge"! — nesse momento, ela não conteu uma risada debochada. — Jorge é um belo nome... Sabe, eu realmente gosto desse nome. — Violetta falava com cinismo.

— Pode me escutar... por favor?

— Não quero! — ela gritou, finalmente olhando para ele. — Se puder emudecer até chegarmos na minha casa, eu agradeço.

— Violetta eu... a verdade que... — León caminhou com mais pressa, até que finalmente conseguiu alcançá-la e então ele segurou seus pulsos, obrigando-a a cessar seus passos. — Não quero mais brigar com você. — interpelou com sinceridade.

— Não é o que parece! — ela contrapôs virando o rosto na direção contrária. — Podemos ir, por favor? — pediu com um semblante cansado.

— É incrível a capacidade que você tem de me deixar irritado e é exatamente Isso que eu amo em você. — confessou beijando o canto da sua boca de leve.

— Para, León, eu ainda estou chateada com você. — resmungou tentando para-lo.

— Você não quer que eu pare, — León começou a beijar sua face em lugares alternados. — Violetta eu... eu acho que estou apaixonado por você...


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Notas finais do capítulo

O próximo sai logooooo, promessa viu? Kisses...