É engraçado, que ao passar dos séculos, foram inventadas várias modernidades tecnológicas(carros, celulares, computadores e por ai) que tinham um intuito de fazer um “avanço” na vida do ser humano, seja com facilidade de locomoção, acesso rápido a noticias e fácil contato com pessoas. Tudo isso, seria para evitar perdas de tempo, na prática. Mas será que isso realmente acontece?

Esses tempinhos do dia-a-dia, entre impaciências, calendários, reencontros e aniversários. Tudo isso é feito na pressa. Tem gente que se assusta quando é convidada a ir caminhando até certo ponto( até por que de carro é mais rápido, né?) esse desejo de comprimir o tempo que trouxe a “modernidade” os veículos de uso pessoal, onde cada um “ é dono do próprio tempo”

Mas, afinal, o que se faz com esse tempo ganho com a pressa? Será se realmente se aproveita? Ou as buzinadas, atropelamentos, empurrões e impaciências são em vão?

Em casas, aeroportos e outros lugares, cada uma das pessoas se concentram nos seus afazeres pessoais, equipados com um bom smartphone. Todos silenciosos, fazendo seus afazeres pessoais, no seu mundo. Todos em um mesmo ambiente, mas sem uma troca de palavra. Todo mundo é uma ilha, a milhas e milhas de qualquer lugar... é engraçado que eu digito isto aqui em um computador, isolado, no meu quarto. Quanta ironia.. A tecnologia pode aproximar pessoas distantes, mas distancia as próximas.

Então.. será se realmente fazemos algo com esse tempo ganho com a pressa? Falamos com o próximo? Trocamos ideias? Há quanto tempo não fazemos uma caminhada, ao lado dos nossos pensamentos? Revistas que você guarda há anos, talvez nunca mais sejam abertas, cada vez que você diz um tchau pra determinada pessoa, pode ser a última vez que você veja ela. Nunca se sabe...antigamente, parecia haver muito mais que um minuto para a conversa.. mas hoje, todo mundo é uma ilha, a milhas e milhas de qualquer lugar...