Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 21
Away from here.




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NARRAÇÃO: Edward Masen.

Eu estava em meu escritório, terminando de assinar alguns papéis quando papai entrou. Eu revirei os olhos.

— Estou ocupado.- Eu disse o mais rude que pude, mas ele não reclamou, ele sabia que eu tinha o direito de estar irritado. Afinal ele tinha mesmo me colocado em um compromisso impossível. De jeito nenhum eu vou para Londres.

— Edward...

— Não, papai, não! Eu não vou para Londres, o acordo era que eu trabalhasse com você, eu já estou aqui, você não pode exigir mais nada de mim!- Eu disse, soltando os papéis e olhando para ele, que parecia exausto. Eu sei que desde que eu recusei o cargo de dono da nossa empresa em Londres ele está tentando me tirar da empreitada, e pior ainda, eu sei que ele não vai conseguir.

— Você não está pensando direito. Essa é a melhor coisa que já aconteceu conosco, não podemos jogar tudo para o alto por causa de uma garota!- Ele disse, parecendo nervoso. Ele passou a mão na cabeça que mostrava alguns fios brancos. Eu crispei os lábios.

— Eu sinto muito decepcioná-lo, mas esse discurso não me fará mudar de ideia.- Eu disse, balançando a cabeça e olhando para os papéis novamente. Ele suspirou exasperado.

— Não existe mais ninguém capacitado para assumir esse cargo, apenas você. Eu só tenho você, você é o meu único recurso, Edward.- Ele disse, sentando-se na cadeira á frente da minha mesa. Ele me olhou profundamente, eu desviei o olhar.

— Como eu disse: sinto muito decepcioná-lo.- Eu disse. Ele bufou, colocando a cabeça nas mãos, eu tentei ignorar, mas estava me incomodando ver como ele estava mal.

— E se ela for junto?- Ele sugeriu, me fazendo olhá-lo. Sua expressão tinha mudado, ele estava parecendo com alguém que acabou de ter a melhor ideia do mundo.

— Como é?

— Leve ela com você. Casem-se, mudem-se para Londres, construam uma vida lá. Ela vai poder voltar á estudar e você vai poder fazer o seu trabalho. Posso providenciar uma boa casa para vocês morarem, não será problema.- Ele disse, ficando de pé e andando na sala, maquinando toda a estratégia, que por sinal não era tão ruim.

Eu parei de pensar nos papéis, e parei também de ouvir seus devaneios, e comecei á me concentrar na ideia. Não seria tão dificil convencer o chefe Swan de permitir o nosso casamento, ele não seria hipócrita o suficiente para nos impedir, e caso o fizesse, eu podia sugerir que ela fugisse comigo. Balancei a cabeça, não, eu faria tudo direito. Pediria sua mão á ele primeiro, e amanhã eu pediria á ela.

— O que acha?- Papai perguntou, eu olhei para ele, e pela sua expressão, eu devia estar diferente.

— Preciso ir na delegacia. Pode terminar de assinar aqui, por favor?- Eu perguntei, ficando de pé e pegando o meu casaco. Ele concordou com a cabeça, contornando a mesa e se sentando. Eu saí de lá rapidamente, peguei meu automóvel e fui na direção da delegacia. Estava ficando tarde, logo ele não estaria mais em seu horário de trabalho, e eu precisava muito falar com ele.

Procurei ele por todo lado, e quando eu estava quase desistindo, ele saiu de uma salinha, pronto para ir para casa. O chefe Swan ficou espantado quando me viu, e eu apenas fiquei aliviado quando o vi.

— Boa noite senhor, podemos conversar?- Eu perguntei, ele ergueu uma sobrancelha, espantado pelo convite, depois deu de ombros e abriu a porta da salinha para entrarmos. Ela não era tão pequena quanto aparentava, mas era bem menos do que a minha sala no escritório. Me sentei em uma cadeirinha de madeira desconfortável, estava suando em bicas.

— Você está bem, garoto?

— Em 3 semana eu terei de viajar para Londres. Vou morar lá.- Eu disse, sem olhar para ele. Um silêncio se instalou no lugar, e eu percebi o quanto falar aquilo era doloroso. Minha garganta e os meus olhos estavam queimando, eu queria chorar, ou chutar alguma coisa.

— Bem isso é... Novo.- Ele hesitou em dizer, mas eu percebi o incômodo.

— Eu não posso ir, mas também não posso recusar.- Eu balancei a cabeça, finalmente olhando para ele, que parecia estar morrendo de pena de mim, eu não queria a sua pena, para ser sincero eu não sei bem o que eu queria que ele fizesse.- Eu espero que entenda que eu amo a sua filha mais do que qualquer coisa na minha vida, e a ideia de deixá-la é para mim uma sentença de morte. Eu não posso e não quero viver em um mundo sem Isabella, sr. Swan.

— Mas?- Ele ergueu uma sobrancelha para mim, eu percebi que apesar de tentar fingir, o que eu tinha dito á ele o tinha tocado. Conseguia ver que ele lembrava-se de algo, provavelmente quando ele quis ficar com a sua atual esposa, e o pai dela não permitiu. Balancei a cabeça, foco Edward. O chefe Swan sorriu quando percebeu que eu estava com dificuldade em arranjar mais palavras. Para ser sincero, eu estava com dificuldade até para respirar. Eu estava tendo uma crise de pânico, provavelmente. Ele levantou e colocou a mão no meu ombro, sentando-se na ponta da mesa de madeira.

— Eu entendo você, garoto.- Olhei para ele, sem entender o que ele queria dizer. O homem tirou a mão do meu ombro para poder cruzar os braços.- Não foi fácil quando eu tive que vir morar em Chicago, mas o meu superior me obrigou, era isso ou nunca mais ter um emprego na vida. Quando Renée aceitou vir comigo foi maravilhoso, pois ela era a única coisa que podia me fazer ficar naquela cidadezinha.- Ele sorriu, novamente lembrando. Eu respirei fundo, percebendo que era capaz disso. Ele balançou a cabeça e olhou para mim novamente, eu suspirei.

— Eu não quero deixá-la.

— Sei que não, até acho que você não conseguiria. Mas eu peço, por tudo o que é mais sagrado: não a sequestre, não suma no mundo com ela. Deixe-nos participar da vida de vocês, não importa o quanto me doa ter que entregar a minha filha tão cedo. Pensei que fosse demorar para chegar esse momento. Mas prefiro que aconteça logo á ela ficar aqui triste sem você, ou cometer a loucura de ir atrás de você.- Ele balançou a cabeça. Meu peito estava estufado, eu me sentia tão feliz, como se a estação tivesse mudado. Eu não estava mais triste nem confuso, todo o plano estava formado na minha cabeça, mas logo eu me lembrei de outro detalhe e o meu sorriso murchou, ele pareceu confuso.

— Eu acho difícil ela querer ir para qualquer lugar comigo e deixá-los, ela não me ama mais do que á vocês.- Ele riu, gargalhou mesmo, até balançou a cabeça.

— Ah garoto, eu duvido muito disso! Se ela quiser, ela vai para qualquer lugar, e eu e Renée nunca a impediríamos disso. Para ser sincero, acho que ela iria com você para qualquer lugar, ela não está em uma situação tão indiferente da sua assim.- Charlie deu de ombros.

— Eu não pretendo fugir, sr. Swan.- Eu disse, pensando em uma forma de expor meus pensamentos á ele sem fazê-lo ficar bravo, mas pelo que eu tinha captado em seu estado de espírito, ele não ia ficar bravo.- Eu não quero que o senhor me odeie, para ser sincero estou muito feliz por toda essa compreensão, porque eu realmente não saberia o que fazer se o senhor me dissesse que não abençoa a minha relação com sua filha. Mas eu quero fazer tudo certo, sou tradicional.- Eu fiquei em pé, ele também ficou ereto, a expressão séria.- Eu não me importo com o pouco tempo, eu quero me casar com a sua filha, o senhor nos abençoa?

— Eu tenho escolha?- Ele perguntou e depois sorriu, estendendo a mão para mim, eu a apertei. Novamente meu peito estava estufado e eu estava tão feliz que não conseguia conter o sorriso. Eu ia me casar com Isabella.

Depois dessa conversa, voltei para casa e contei á mamãe e a papai que aceitava ir para Londres, desde que Isabella fosse comigo como minha esposa. Mamãe ficou tão radiante que começou á pular pela casa, ela foi atrás de Tereza para dar as boas notícias, papai não ficou 100% satisfeito, acho que ele disse algo como “isso pode atrapalhá-lo” mas eu ignorei, estava feliz demais para me importar com ele.

No outro dia eu me encontraria com Isabella. Acordei com o melhor humor do mundo, hoje eu a pediria em casamento, espero que ela aceite. Mamãe entrou no quarto quando eu tinha acabado de voltar do almoço, tinha subido para terminar de me arrumar. Ela segurava uma caixinha nas mãos, e só então eu tinha percebido que tinha me esquecido da aliança.

— Seu pai me deu quando me pediu em casamento, é uma joia da família, só Deus sabe á quanto tempo ela vem sendo passada, e eu ficaria muito feliz se você a usasse com Isabella.- Mamãe disse sorrindo para mim e me entregando a caixa. Eu a abri, um anel prateado estava em seu interior, vários diamantes pequenos compunham o centro do anel, em um formato oval. Era lindo, Bella acharia exagerado por causa dos diamantes, mas não negaria sua beleza.

— Obrigado mãe.

— Vocês vão ser muito felizes. Eu sei disso. Ela vai cuidar muito bem de você, me sinto bem em deixar meu único filho nas mãos dela.- Mamãe disse, parecia estar prestes á chorar, eu balancei a cabeça, dando um beijo em sua bochecha, que sorriu.

— Obrigado.- Eu disse, colocando a caixinha dentro do bolso e segurando seu braço para descermos juntos. Tereza também me deu um abraço antes de me entregar a caixa de chocolate que eu tinha pedido para ela fazer.

— Estão ótimos, modéstia a parte.- Ela disse sorrindo, eu concordei com a cabeça.

— Confio em você.- Me despedi e fui para a casa dela.

Eu estava nervoso o caminho todo da minha casa até a sua, da sua casa até o lago. Era como se tudo estivesse indo lentamente, não para que eu tivesse tempo para me preparar, mas para que eu pudesse apreciar mais todo o desespero.

— Eu menti.- Eu disse, sentindo as minhas mãos suarem, eu estava nervoso e tremia, mas ela não estava percebendo, com certeza.

— Quando?

— Agora. Eu disse que nada de errado estava acontecendo, e que estava tudo normal, mas não é verdade. Aconteceu uma coisa essa semana.- E então eu contei á ela sobre a viagem e apreciei a sua recusa desesperada, que significava que ela não queria que eu fosse embora. Ela queria ficar comigo também, e isso me incentivou.

— E eu disse que eu não pretendia fugir.- Eu disse depois de contar toda a história. Me levantei lentamente, estendendo a mão para puxá-la para cima também, tomando coração para fazer o que tinha vindo fazer. Eu estava tão nervoso, nunca me senti tão ansioso como estava agora.

— Porque você falou essas coisas para o meu pai?- Ela perguntou, ela ainda não tinha entendo o meu plano. Eu sorri, mas o som saiu tão nervoso que eu fiquei arrependido de imediato. Força, Edward.

— Eu não queria que ele me odiasse. Eu estava mesmo em pânico, Bella. Mas eu sabia o que fazer.- Eu dei de ombros, suspirando alto de forma pesada.

— Que seria?- Eu engoli em seco, começando á, lentamente, me ajoelhar na frente dela. Eu olhava em seus olhos, vi a forma como a confusão mudou gradativamente para compreensão enquanto me olhava nos olhos.

— Eu expliquei á ele que não queria fugir com você, eu queria fazer tudo certo, como manda o figurino. Não importa se nós temos apenas três semanas.- Eu disse, enfiando as mãos em um dos bolsos da calça. Tirei a caixinha e a abri, ela prendeu a respiração diante do anel exagerado. Eu sorri enquanto a via olhar para ele com admiração. Ela não estava sendo exagerada nem nada, ela tinha gostado. Engoli em seco mais uma vez antes de fazer o pedido.- Isabella Swan, eu prometo amá-la todos os dias até o fim das nossas vidas, não importa se for aqui ou do outro lado do mundo. Você me daria a enorme honra de se tornar minha esposa?

O “sim” saiu baixo e tímido, acho que ela ainda estava chocada com o anel, mas eu não estava me importando com mais nada apenas com o som que saia da sua boca. A minha alegria foi tão grande que eu apenas a abracei pela cintura e a girei no ar, sem saber como agir diante a alegria que me invadiu. Meu peito poderia explodir, eu podia morrer nesse exato momento, e eu não me importaria porque ela tinha aceitado casar comigo.

Coloquei o anel em seu dedo, minhas bochechas doíam porque meu sorriso era muito aberto. O anel ficou tão perfeito nela, parecia ter sido feito exclusivamente para ela, como se a pessoa que o fez estivesse prevendo que eu nasceria e a encontrasse. Não acredito muito em destino, mas eu também não achava que fosse me casar aos 17 anos, e aqui estamos nós. A abracei com força, querendo ter certeza de que aquilo não era um sonho e que ela estava mesmo aqui.

— Seu coração está acelerado.- Ela disse, eu dei uma risadinha, ela estava com a cabeça no meu peito, ouvindo cada batida exagerada do meu coração eufórico, e eu não estava constrangido por estar tão feliz. Queria mesmo que ela soubesse que nada mais me deixa tão alegre quanto ela.

— Não é sempre que o amor da sua vida aceita se casar com você.- Eu disse, e logo me afastei para olhar seu rosto. As bochechas rosadas, olhos castanhos como chocolate derretido, o cabelo escuro nos ombros, fazendo com que a pele parecesse mais branca do que realmente é. Ela é a criatura mais linda do mundo, e eu estou completamente apaixonado por ela. Deus, eu estou apaixonado de verdade!

— Nós vamos morar em Londres?- Ela perguntou, sorrindo, parecia mesmo ser um sonho. Eu concordei com a cabeça, finalmente assimilando que eu ia me casar, e de brinde ainda ia ganhar uma casa em Londres, para viver com ela e os nossos futuros milhares de filhos.

— Sim. Eu já falei com os seus pais sobre o casamento, o chefe Swan ficou feliz com a minha atitude, apesar de achar que fomos um pouco apressados. Eu não posso perder tempo algum.- Eu dei de ombros, não me lembro se ele achou que fomos apressados ou foi a sra. Swan, mas agora pouco importa quem foi. Ela concordou com a cabeça.

— Meu Deus, eu vou casar.- Ela disse, colocando a mão na cabeça e arregalando os olhos. Fiquei um pouco aliviado em saber que eu não era o único que estava pensando que tudo isso era surreal demais para ser verdade, e que eu nunca imaginei que fosse acontecer. Bem, a vida é mesmo uma caixinha de surpresa. Eu ri.

— Sim, você vai. E em menos de três semanas.- Eu disse, beijando o alto da testa dela. Respirei fundo antes de dizer o que já vagava na minha mente antes.- Eu sou definitivamente o homem mais feliz e sortudo do mundo!- Eu disse, olhando para o céu, que não estava azul, mas parecia que até o nublado era lindo hoje. Em seguida olhei para ela, sorrindo.- Parabéns, futura sra. Masen.- Ela fez uma careta e eu ri.

— Eu vou ser uma senhora com 17 anos!- Ela disse e eu ri, balançando a cabeça para seu absurdo. Encostei minha testa na sua e ela ficou calma.

— Eu amo você.- Eu disse, ela sorriu.

— Tanto quanto eu amo você.

— Acho que eu discordo disso.

— É verdade, acho que eu te amo mais.- Ela disse, dando de ombros. Eu revirei os olhos.

— Você quer comparar uma árvore com uma floresta inteira, não é conveniente.- Eu disse, ela deu de ombros.

— Não existe floresta sem a árvore.- Ela disse, eu ri, aproximando nossos rostos e finalmente beijando-a.

Não havia urgência, não havia pressa. Estávamos calma, tudo estava calmo, tudo corria bem. Vamos nos casar, não tem porque ficarmos agitados. Nada vai nos separar, nunca.

Mamãe vai pirar!- Ela disse quando nos afastamos. Neguei com a cabeça.

— Ela já sabe, Bella. Todos sabiam exceto você.- Eu disse, ela pareceu confusa por um tempo, e então deu de ombros.

— Que bom, assim nos poupa do momento constrangedor.

— Não acho constrangedor.- Eu disse, me perguntando o que havia de constrangedor em dizer aos seus familiares que vai se casar com a pessoa que ama. Eu fiquei feliz em contar aos meus pais, quase presunçoso.

— Diz isso porque não tem que dar detalhes de como foi cada momento com você. Mamãe consegue ser muito invasiva ás vezes.- Ela disse, ficando vermelha. Tentei imaginar ela e Renée conversando animadamente sobre mim, balancei a cabeça sorrindo.

— Espero que ela tenha uma boa impressão de mim pelas coisas que você fala.

— Mesmo que eu dissesse que você se transformou em um ogro e tentou me jantar, ela ainda acharia você incrível. Ela o adora, sabe disso, certo?

— Sei.- Eu disse, sorrindo. Era verdade que eu era o genro que ela pediu á Deus, apesar de não fazer a menor ideia de o porquê de ela gostar tanto de mim. Bella balançou a cabeça.

— Exibido.

— Você tem hora para voltar pra casa?- Eu perguntei, me sentando na grama fria novamente. Ela deu de ombros, sentando-se ao meu lado.

— Antes do anoitecer, provavelmente. Por quê? Pretende descumprir o acordo com o meu pai e me sequestrar?- Ela perguntou, eu sorri abertamente para ela.

— Não parece uma má ideia.

— Isso acabaria com as chances de mamãe continuar sendo completamente apaixonada por você.

— Não me leve á mal, mas eu me importo mais com você continuar sendo completamente apaixonada por mim.- Eu disse, ela ficou vermelha.

— Quanto á isso não se preocupe. Não existe a menor chance de eu não ser completamente apaixonada por você.

— Ah, eu sei.- Dei de ombros, ela revirou os olhos, balançando a cabeça.- Mas sério, eu perguntei porque poderia ficar a vida toda aqui com você, mesmo que não disséssemos nada, só aproveitando o momento, não sei se vamos ter muito tempo depois que voltarmos.

— É, eu vou estar atarefada com todas as coisas do casamento. Ai meu Deus, eu vou casar!- A perplexidade fazendo festa em sua voz e em sua expressão, os olhos arregalados, e logo um sorriso foi surgindo em seu rosto. Ela se aproximou e deu um beijinho na minha bochecha.- Obrigada.

— Pelo quê?

— Por me mostrar que eu estava errada o tempo todo, e que não dá pra planejar todos os momentos da nossa vida. De qualquer forma, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas.- Ela deu de ombros, eu concordei com a cabeça.

— Então eu também tenho que agradecer á você, pelo mesmo motivo.

— Que coincidência!- Ela brincou, balançando a cabeça e depois colocando-a em meu ombro. Ficamos em silêncio por um bom tempo, mas aí o frio começou á ficar insuportável e nós tivemos que voltar para casa.

Parei o carro na frente da casa dela, descemos lentamente, de mãos dadas. Não bati na porta dessa vez, ela a abriu e eu entrei com ela, sabia que era a coisa certa á fazer. O chefe Swan estava colocando mais lenha em uma lareira modesta na sala e não nos viu entrar, mas a sra. Swan, que estava colocando os pratos do jantar na mesa, sorriu quando nos viu.

— Como foi o passeio?- Ela perguntou, colocando as mãos para trás, não conseguindo conter seu sorriso de satisfação. Bella não respondeu, apenas levantou a mão e mostrou a aliança extravagante. Renée deu um gritinho, assustando Charlie que virou, finalmente nos notando.

— Não é lindo?- Bella perguntou enquanto a mãe corria em sua direção, pegando a mão dela para olhar a joia mais de perto. Charlie se aproximou, estendendo a mão para eu apertá-la.

— Então eu vou mesmo ter que dar a minha garota para você?- Ele perguntou, sorrindo amigavelmente para mim. Eu concordei com a cabeça, meu sorriso era mais parecido com o sorriso que a pessoa mais feliz do mundo carrega no rosto.

— Eu podia dizer que sinto muito, mas não seria verdade.

— Você é muito ousado.- Charlie disse, estreitando os olhos. Eu dei de ombros.

— E não somos todos nós?- Perguntei. Renée praticamente pulou em mim para me dar um abraço.

— Ai vocês vão ser tão, tão, tão felizes! Quero netos.- Ela disse rapidamente, Charlie fechou a cara e Bella ficou vermelha.

— Prometo que mando passagens para a senhora nos visitar em Londres.- Eu disse, mudando de assunto. Ela concordou com a cabeça, seus olhos estavam marejados.

— Ah mamãe, não chore!- Bella pediu, abraçando-a. Charlie revirou os olhos.

— É mesmo uma molenga.- Ela disse, balançando a cabeça e voltando para a lareira.

— Nós temos apenas 3 semanas para organizar tudo. Precisamos encontrar uma costureira para o seu vestido, falar com padra. Deus, são tantas coisas!- Renée disse, parecendo desesperada. Eu balancei a cabeça, definitivamente não queria ouvir sobre isso.

— Bem, eu vou jantar com os meus pais já terei tão poucos fins de semana para isso. Vejo você em breve, futura esposa.- Eu disse, me virando para Bella e beijando o alto da sua testa. Ela ficou vermelha e apenas concordou com a cabeça. Me despedi e saí daquela casa, pensando que em poucos dias a casa dela será a minha casa, e vai ser bem longe daqui.

(…)


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo já é o casamento!