Beacon Falls: Parte 1 escrita por Bloody Unicorn


Capítulo 18
Dean




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Ao chegarmos a cidade, Sam foi falar com as autoridades e ao necrotério e Elena e eu fomos conversar com os parentes das vítimas. Ela teve que esperar no carro já que não tinha uma identidade falsa. Já estava escurecendo então fomos para um hotel nos registrarmos enquanto Sam não chegava. Pagamos por dois quartos, eu pego uma cerveja e vamos até a varanda. Depois de tomar o primeiro gole, ela me estende a mão, pedindo.

–-- Achei que não bebia. –-- Eu digo enquanto a entrego a garrafa.

–-- Bem, eu também não vou para cidades procurando vampiros. Tô experimentando coisas novas. –-- Ela responde e me devolve a garrafa. Nossas mãos se tocam e sinto um choque passar por minhas veias mas ignoro.

–-- Você já amou alguém? –-- Ela pergunta do nada depois um silêncio de alguns minutos.

–-- Se você quer dizer romanticamente, então, não. Nunca amei ninguém. –-- Ela não diz nada mas eu decido continuar o assunto. –-- E você? Já amou alguém?

–-- Eu achava que sim. –-- Responde, suspirando. –-- Mas só é verdadeiro se for recíproco.

–-- Não acredita que alguém possa amar outra pessoa sem ser correspondido? –-- Ela me intrigava.

–-- É claro que sim. Apenas não é real. –-- Ela me olha e sorri. –-- Por que ta me olhando assim?

–-- O que? –-- Eu não percebi que a estava olhando “assim”. –-- Nada, foi mal.

Ela lambe os lábios e continua me olhando mas eu continuo com meus olhos para frente.

–-- Ele já te perdoou, sabia? –-- Dessa vez eu a olho. –-- Hoje, mais cedo. Quando você o ajudou a retomar o controle. Eu vi. Ele te perdoou. –-- Ela segura minha mão. –-- Acho que agora não pode mais ir embora.

–-- Não vou. –-- Eu digo sem pensar. Ela da um sorriso animado e abaixa a cabeça. Retira a mão da minha e cruza os braços.

–-- Você não me disse que sempre soube que Stiles era apaixonado por Lydia? –-- Eu não deveria fazer aquelas perguntas mas precisava saber o que se passava dentro da mente dela.

–-- Sim, eu sempre soube. –-- Ela admite.

–-- Então, por que ficou com ele? –-- Ela olha para frente e suspira.

–-- Eu quero paixão. –-- Ela mostra uma pequeno sorriso triste. –-- Mesmo se for difícil e me machuque. –-- Para por alguns segundo e então continua. –-- Talvez eu tenha visto em Stiles um desafio. E eu perdi esse desafio. –-- Ela balança a cabeça e me olha. –-- Mas não me arrependo. –-- Elena respira fundo e continua. –-- Ele foi meu primeiro amor, nunca vou deixar de amá-lo. Mas eu não fui o dele. E quer saber? Eu mereço ser o primeiro amor de alguém. Eu mereço ser aquela garota que um cara nunca vai esquecer. –-- Ela ri e tampa a boca com a mão por alguns segundos.

–-- Foi? –-- Eu pergunto. Ela parecia confusa. –-- Foi seu primeiro amor?

–-- Eu sabia que ele nunca me amaria como amava ela mas eu ainda tinha uma pequena esperança. Só que já era. Não tem mais como negar depois daquele beijo. –-- Ela pega a cerveja e tenta beber mas a garrafa estava vazia. –-- Quer mais? –-- Eu respondo que sim e sugiro irmos a um bar na rua do lado e nós vamos.

Três copos de whisky depois, estávamos conversando como se nos conhecêssemos há anos. Era provavelmente a bebida mas nunca me senti tão confortável com alguém como eu estava com ela agora, e Elena parecia sentir o mesmo. Conversamos sobre basicamente tudo e provavelmente rimos alto de mais porque várias pessoas mandavam a gente calar a boca e somos obrigamos a comprar algumas cervejas e terminar nossa conversa no hotel.

Ela quase caiu duas vezes e eu tenho quase certeza que tropecei em uma pedrinha. A luz do meu quarto e de Sam estava acesa então nós fomos para o dela.

–-- Eu tive uma ideia. –-- Ela diz sorridente e aquilo me da uma sensação de medo mas ao mesmo tempo muita curiosidade.

Ela me manda esperar e sai do quarto. Depois de uns dez minutos ela volta com uma garrafa de tequila, um copo, um pote de sal e três limões. Estava bêbado demais para me perguntar onde ela havia conseguido aquilo, naquela hora e em tão pouco tempo.

Após partir os limões ao meio e servir os copos com tequila, Elena pega minha mão e me puxa para cama. Nós sentamos e ela coloca as coisas no criado-mudo. Ela pega o sal e passa um pouco nas costas de sua mão.

–-- Sal. Shot. Limão. –-- Eu pego sua mão e passo minha língua. Depois Shot e Limão. Já tinha feito aquilo mas não no corpo de alguém. Ela pega minha mão, coloca o sal e faz o mesmo que eu fiz.

–-- Ok. Agora dessa vez, –-- Ela joga o cabelo para o lado, mostrando seu pescoço, lambe a palma da mão e passa ali, depois coloca o sal. –-- Você vai lamber o sal do meu pescoço. –-- Eu a olho e obedeço, demorando um pouco mais no pescoço do que deveria. Então tomo a tequila mas não acho o limão. Ela me olha e mostra onde ele estava. Em sua boca.

Eu hesito por um momento mas então vou em frente. Nós dois chupamos o limão e eu o retiro para poder beija-la. Ela me empurra e sobe em cima de mim. Eu sabia que não estava alucinando. Minhas mãos percorreram todo seu corpo, apertando-a. Eu me sentei e a pressionei contra mim. Podia estar bêbado, mas estava completamente acordado e consciente do que estávamos fazendo.

Ela puxa meu cabelo com agressividade e eu mordo seu queixo e vou descendo até seu pescoço, lambendo um pouco de sal que ainda restava. Eu continuei descendo até seus seios e estava chegando lá quando fomos interrompidos pelo barulho mais inconveniente do mundo naquele momento.

Um grito.

Sim, era horrível pensar assim mas foda-se. Ninguém quer ser interrompido numa hora dessas. Nós paramos imediatamente e nos levantamos, saindo pela porta. Ao chegarmos na rua, havia uma multidão e todos olhavam o corpo de uma mulher, com sangue escorrendo de seu pescoço. Eu ouço Sam atrás de mim mas minha visão estava começando a embaralhar e eu mal ouvia o que ele estava falando. Mas eu sabia que estava levando uma bronca.

Ele me ajuda a ir até o quarto e Elena nos acompanha. Eu voltei a ver direito bem a tempo de ver Elena correr até o banheiro e ouvir ela vomitando. E então eu adormeço.

...

Eu acordo e sinto como se estivessem martelando minha cabeça. O quarto estava escuro então meus olhos não ficaram incomodados. Eu me levanto e vou até a cozinha pegar água. Quando volto pra cama, vejo que Sam não estava lá e que já eram duas da tarde.

Eu ligo para Sam mas ele entra no quarto antes de completar a ligação.

–-- Achei o ninho. –-- Ele diz e coloca comida em cima da pequena mesa, abrindo as cortinas enquanto eu cubro meus olhos com meu braço. –-- Se recomponha pra gente ir lá daqui a pouco.

–-- Ta, só tenho que avisar a Elena. –-- Eu me lembrava de tudo, cada detalhe...

–-- Ela já foi.

–-- Como assim ela já foi?

–-- Ela pego um ônibus pra voltar pra Falls há umas duas horas.

–-- E ela te disse porquê? –-- Meu maior medo naquele momento era que ela nunca mais falasse comigo.

–-- Não. Ela só quis ir. –-- Ele me olha e me junto a ele pra comer. –-- Aconteceu alguma coisa entre vocês ontem? Seja sincero.

–-- Mais do que deveria e menos do que eu queria. –-- Eu suspiro e ele me olha com desaprovação. –-- Satisfeito?

Ele não responde. Uma hora depois estávamos no ninho e matamos cerca de três vampiros novatos. Tivemos que esperar até a noite para o líder deles voltar. Quando acabamos, fomos direto para Beacon Falls.


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