Dream Girl escrita por Magnefly


Capítulo 9
I'll go with you, bro


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK, BITCHS!
Nem deu tempo de sentir minha falta, não é? Não ia postar esse capítulo hoje, eu juro pra vocês. Mas, acordei às seis da manhã e perdi o sono complemente, então liguei a TV e fiquei assistindo Dora, a aventureira enquanto escrevia esse capítulo pra vocês, com uma inspiração que não sei de onde surgiu.
Espero que gostem, amores!
Enjoy!
*-*
Um pouquiiiinho de Auslly, só porque vocês arrasaram nos comentários.



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Pov Austin

Minhas primeiras aulas haviam sido legais, tirando o fato de pelo menos cinco meninas ficavam me encarando e cochichando entre si. Como aluno novo, todos me olharam dos pés a cabeça quando o professor me apresentou.

Estando em frente a turma toda, pude classificar alguns grupos sociais. Na última fileira a direita, se sentavam os jogadores do time de basquete, os populares; ao lado, se sentavam as líderes de torcida, com seus uniformes ridículos e curtos, deixando as coxas totalmente a mostra, não que eu tenha olhado... mas olhei.

Os mais inteligentes se sentavam nas primeiras mesas, para ficarem mais próximos do professor, e também para evitar ouvir as piadas do restante da sala. Me sentei exatamente no centro da grande sala, o que só aumentou o foco das pessoas sobre mim.

No primeiro momento, odiei aquilo. Mas, depois de ver como as líderes de torcida e outras meninas me olhavam, percebi que não era tão ruim ser o aluno novo.

Nas duas primeiras aulas, não encontrei Amber, tínhamos aulas diferentes, o que me incomodou um pouco. Em Nova York eram poucas as vezes que não éramos parceiros em alguma aula ou sentávamos perto um do outro.

No terceiro período eu teria aula de cálculo, e acabei encontrando a ruiva finalmente. Me sentei atrás dela, o que me permitiu enrolar suas mechas vermelhas em todo o meu tempo livre. Ela apenas ria e pedia que eu parasse, o que não me impediu.

Eu adorava a ver sorrir. Sempre adorei, e sempre fiz de tudo para ver seus lábios carnudos se curvarem em um lindo sorriso.

Amber era linda e eu não podia negar, mas desde meus onze anos, nunca consegui a ver como algo mais que uma amiga. Meus sentimentos por ela – que na época me fizeram pensar que havia achado o amor da minha vida – acabaram três meses depois de irmos morar em Nova York.

Na quarta aula voltamos a nos separar. Ela teria geografia e eu educação física. A troca de roupa no vestiário foi um tanto estranha. Os jogadores me olhavam de um jeito esquisito. Cheguei a pensar que era raiva, mas resolvi não ligar.

O treinador dividiu a turma em duplas para o alongamento. Estranhamente, fiz uma prece imaginária para que o treinador me colocasse com uma garota. Segurar a perna de outro cara seria estranho, e constrangedor; mas a de uma garota, bom, não seria a primeira vez..

– Kyle, você fica com o novato... que eu não me lembro do nome. – treinador Bill gritou, assoando seu apito logo em seguida.

– Ele se lembraria se tivesse perguntado... – sussurrei sarcasticamente.

Me levantei da arquibancada onde estava sentado e fiz um pequeno alongamento com o braço. Logo, um garoto moreno parou em minha frente. Presumi que fosse Kyle.

– Austin, não é? – ele perguntou, já se posicionando para o alongamento. Assenti com a cabeça.

Me perguntei como ele sabia. Alexa e Ally haviam me dito que nesse colégio as notícias se espalham mais rápido do que formigas quando veem seres humanos, mas eu não imaginei que com menos de quatro horas todo o colégio soubesse meu nome.

– Como sabe? – questionei, não escondendo minha curiosidade.

– Minha namorada teve a primeira aula com você. Ela me contou seu nome. – respondeu ele. – Também me contou que é irmão da Alexa. Com todo o respeito, sua irmã é muito gata.

– Eu sei. – rimos. – Devo me preocupar com aqueles caras? – apontei com a cabeça para o grupo de jogadores que me encaravam novamente.

– Desde que você não namore nenhuma das líderes de torcida, que eles consideram propriedade... não. Eles veem qualquer novato como ameaça, principalmente quando metade das meninas do terceiro grau não param de falar de você e de como gostariam de conhecer o seu quarto. – não consegui evitar e corei. – Eu também sou do time, mas eu não mordo, eu juro.

Quando o treinador disse que era suficiente e a divisão times começaria, notei que Ally também se encontrava no ginásio, se alongando sozinha agora, parecendo extremamente concentrada.

Ally, ao contrário da maioria das garotas, usava um short até a altura de seu joelho, e não um short que mais parecia uma calcinha. Mas sua blusa era igual a das outras, colada em seu corpo, mostrando suas leves curvas, coisa impossível de não olhar.

Quando me vi próximo o bastante, me posicionei atrás da garota e sussurrei em seu ouvido, a assustando de uma forma que fez rir:

– Pensei que tinha dito que não teríamos nenhuma aula juntos.

– Austin! – Ally colocou a mão sobre o peito, demonstrando que eu havia realmente a assustado, mas logo se recompôs, começando a rir. – Eu não me lembrava que a cada duas semanas, a aula de educação física é misturada.

– Por que fazem isso?

– Para que os professores tenham mais alguns dias de folga no fim de ano.

(...)

– Sabe onde minha irmã se meteu? – perguntei a Ally, enquanto caminhávamos a uma mesa vazia com nossas bandejas em mãos.

– Não. Ela não me disse nada. – respondeu ela, parecendo incomodada.

– Está tudo bem com você?

Nos sentamos, e Ally pareceu ainda mais incomodada quando um grupo de garotos passou por nós e a encararam.

– Austin, tem alguma coisa de errado com a minha saia? – ela perguntou, quando eles se afastaram.

– Não que eu saiba. – respondi. – Por que?

– Porque desde o começo da aula os meninos ficam olhando. – explicou, começando a devorar sua porção de batatas fritas.

– Ally, eles não estou olhando pra sua saia. – a garota pareceu confusa. – Estão olhando pra sua bunda.

– O-o q-que? – gaguejou.

– Usando essa saia, você queria o que? Que admirassem sua beleza e bondade interior?

Ally corou violentamente e não disse mais nada, apenas começou a comer. Ficamos em silêncio pelo resto do intervalo, já que Amber e Alexa não apareceram mesmo, mas era um silêncio agradável.

– Então, eu te vi conversando com o Kyle hoje... – Ally quebrou o silêncio, tirando os óculos e os colocando na bolsa.

– O treinador nos colocou juntos para o alongamento. – comentei, terminando com minha caixinha de suco natural. A encarei, antes de continuar. – Por que o interesse? Você gosta dele?

– O queeee? – ela encarou as próprias unhas, fingindo estar tirando o esmalte. A encarei, com as sobrancelhas arqueadas. – Tudo bem, eu gosto dele, e não me orgulho disso.

– Por que não? Ele parece ser um cara legal.

– Ele é um cara legal. – falou. – Um cara legal que tem namorada...

Antes que pudéssemos continuar a conversar, uma garota se sentou ao meu lado, enrolando uma mecha de seu cabelo.

Ela era muito bonita, tenho que admitir, mas pelo fato de seu decote ser maior do que deveria ser, não me interessei nem um pouco.

– Olá, Austin. – ela disse, tentando soar sensual. Sem sucesso. – Soube que é novo no colégio. Se quiser, eu posso te mostrar o lugar.

– Eu agradeço a sua oferta, mas eu já tinha combinado com a minha irmã. Ela vai me mostrar, com a ajuda da Ally, todo o colégio. – respondi.

A garota, que eu ainda não sabia o nome, encarou Ally, com desdém.

– Ally! Eu nem havia te visto aí... deve ser porque você é invisível.

Ally colocou a mão sobre o peito novamente, dessa vez de brincadeira.

– Vou fingir que sua tentativa em me fazer sentir mal funcionou, Kira. Não quero estragar o seu dia. – Ally disse, sarcasticamente.

Kira se levantou e fez menção de ir embora, mas antes de ir, se virou e tirou um papel de seu sutiã. Ela deu um beijinho no papel e me entregou.

– É o meu telefone. – disse, tentando soar sensual novamente. – Me liga qualquer hora, gatinho.

Não respondi, voltei minha atenção para a comida em minha bandeja.

– Tome cuidado, Austin. Kira é uma víbora disfarçada de puta. – Ally disse, quando a mulata já havia se afastado. Não respondi. – Não está realmente pensando em ligar pra ela, está?

– Claro que não. – respondi. – Assim que sair daqui, vou jogar esse papel na lixeira mais próxima e lavar minhas mãos o mais rápido possível.

(...)

Depois das aulas, Alexa foi com Ally e Amber ao spa para uma tarde de relaxamento. Fique feliz, teria a casa toda para mim a tarde toda. Poderia ouvir minha músicas no volume máximo sem me preocupar com as reclamações de minha mãe ou irmã.

Mas, por algum motivo, ao ver Alexa tão quieta no caminho de volta para casa, me fez querer apenas ficar encarando o teto, tentando descobrir o que havia acontecido.

Quando ela chegou com meus pais, cheirando estranhamente a pepino, apenas jantou e disse que precisava descansar, pois havia tido um dia cansativo. Ela me mandou uma mensagem cinco minutos depois, pedindo que fosse ao seu quarto depois de nossos pais e empregada estarem dormindo.

Mike e Mimi Moon não demoraram a se entregar ao sono, como em todos os dias. Margaret, nossa empregada desde a infância, também dormiu logo por causa do cansaço.

Fazendo o máximo de silencio possível, sai de meu quarto e fui até o de Alexa. Bati na porta três vezes e ela logo atendeu, já vestida com seu pijama de bolinhas.

– Sobre o que quer falar? – perguntei, após adentrar seu quarto desarrumado e ter me sentado em sua cama.

– Quero falar sobre a Taylor.

Meu coração parou por um momento. Minha respiração ficou descompassada e eu senti uma enorme vontade de pular da janela naquele exato momento.

Encarei Alexa, que se sentou de frente para mim, preocupada.

– Não quero que fique bravo, ou chateado. – disse ela, calmamente. – Eu invadi sua privacidade, eu admito, mas eu não consegui evitar. Precisava descobrir o que estava acontecendo com você. Sinto muito, Austin, mas eu não me arrependo.

Fiquei sem ação por um momento. Queria gritar com Alexa, mas ao mesmo tempo queria que ela me abraçasse e dissesse palavras de incentivo, como, por exemplo, “vai passar”.

– A foto que a Ally viu no meu quarto ontem. Ela pegou e te mostrou, não foi? – questionei, sem encarar seus olhos. – Como descobriu sobre a Taylor em um dia, um único dia?

– Bom, foi complicado. – confessou, rindo sem emoção. – Mas o que importa é que eu sei tudo que preciso saber sobre ela.

– Tudo o que, exatamente?

– Que você se apaixonou feito um tonto por ela, dormiu com ela, foi expulso de um dos melhores colégios dos Estados Unidos por causa dela... – Alexa não parecia estar me julgando, ela soava mais compreensiva do que o normal. – E tenho minhas suspeitas de que logo serei tia.

– COMO VOCÊ SABE? – gritei, me arrependendo no mesmo momento. Meus pais tem sono muito leve, acordam até com uma pena caindo.

– Então é verdade. – abaixei a cabeça. – Ontem, quando veio se desculpas, a Ally não foi beber água. Ela pegou seu celular e ligamos pra Taylor, que disse estar resolvendo o “pequeno probleminha” de vocês. Então, quando a Amber me contou que vocês haviam dormido juntos, eu juntei as peças.

Não disse nada.

Não queria que Alexa ou ninguém soubesse por enquanto. É claro que eu contaria, mas pretendia fazer isso quando estivesse pronto, não um dia depois de minha chegada, quando meus pais são capazes de me dar um unicórnio se eu pedir.

– No dia da briga, depois do diretor ter me expulsado, eu disse pra Taylor que a amava. – Alexa arregalou os olhos, mas não escondeu um pequeno sorriso no canto dos lábios. Ela sempre quis me ver apaixonado. – Ela não respondeu, só ficou calada e me abraçou. No dia seguinte, enquanto eu arrumava minhas malas, Anna, melhor amiga dela, veio até o meu quarto e me entregou uma carta da Taylor.

Tirei o papel do bolso da calça de moletom preta que usava, me perguntando pela primeira vez porque o carregava comigo para todo lugar desde que a recebi e li.

Me fazia mal.

Entreguei a Alexa, que começou a ler cautelosamente, vez ou outra olhando em meus olhos, que já começavam a ficar marejados.

“Austin, queria poder dizer isso pra você pessoalmente, mas não consigo. Eu juro que tentei, mas não consegui. Esse foi o melhor jeito que encontrei para lhe contar. O que você e eu tivemos foi lindo, eu admito. Pareceu um filme antigo extremamente clichê, mas, sinto lhe dizer que eu me arrependo, ainda mais agora.

Eu cheguei a pensar que realmente gostava de você e não estava te usando só para esquecer o Brandon; mas ontem quando você disse que me amava, tudo ficou claro pra mim. Eu não correspondo seus sentimentos, nunca correspondi. Hoje de manhã, quando eu fui ao banheiro e percebi que não havia sangue nenhum sujando minha calcinha – como era pra acontecer -, me desesperei. Não demorei a ligar os fatos e lembrar que nos esquecemos de uma coisa naquela noite. Fui o mais discreta possível em entrar na enfermaria e pegar um teste de gravidez, que infelizmente confirmou minhas suspeitas.
Deus, como eu me arrependo. Queria que você nunca tivesse me achado no jardim naquele maldito dia.

Eu não posso ser mãe, eu não quero, e não vou. Não me importo se você aprova ou não, o mais rápido possível quero me livre dessa coisa.

Você vai embora hoje, e isso estranhamente me alivia. Seria estranho te encarar depois do colégio todo saber do que aconteceu entre nós.
Sinto muito se te iludi ou magoei, mas eu sou assim. Você se apaixonou, não sei como, por mim assim. O melhor para nós dois é que nada mais aconteça. Nunca mais. Sei que ontem você me prometeu que a distancia não iria mudar nada, mas eu quero que mude. Não quero que me ligue, que venha me ver. Nada disso.

Quero que me esqueça.”

Após terminar de ler, minha irmã ficou quieta. Eu já não segurava minhas lágrimas.

– Austin, e-eu... eu sinto muito. – ela disse, dobrando novamente o papel e me entregando. – Vai passar, maninho.

Sem avisos, a abracei desesperadamente. Eu precisava daquilo. Minha irmã tinha uma capacidade incrível de me acalmar. Alexa começou a afagar meus fios loiros, enquanto as lágrimas escorriam sem piedade por meu rosto.

Eu me sentia um tonto.

– Eu estava planejando ir pra Nova York amanhã, sem que nossos pais soubessem. – falei, depois de alguns minutos. – Eu preciso impedi-la, Alexa. Eu concordo que nós fomos irresponsáveis, mas a Taylor não pode simplesmente abortar sem nem sequer perguntar como eu me sinto sobre isso.

– Eu concordo com você, Austin. – Alexa disse, depositando um leve beijo em minha cabeça, ainda acariciando meus fios, me proporcionando um incrível e estranho conforto. – Se quiser, eu vou com você.

– Sério? – perguntei, nos afastando. Ela assentiu, sorrindo minimamente. – Eu adoraria que você fosse comigo. Iria me acalmar.

– Então, eu vou.

– Obrigado, Lexi. – ela riu com seu apelido, revirando os olhos.

– Mas, Austin, temos que contar para os nossos pais. Eles merecem saber que você não voltou por vontade própria e que vão ser avós. – mesmo hesitante, pensando nas consequências e em quanto minha mãe iria gritar comigo, assenti, concordando. – O que acha de fazermos isso agora?

– Eles estão dormindo.

– Qual é, Austin? Acha mesmo que se nós acordarmos eles para falar algo importante, vão nos mandar tomar no cu? – rimos. – Vamos, eu vou com você, maninho.


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Notas finais do capítulo

E então? Vocês gostaram? Espero que sim.
Viram que eu mudei a capa de novo? Eu aprendi a usar o Photoshop depois de dois anos! EBAH! Espero que tenham gostado da nova, eu adorei e me sinto orgulhosa de mim mesma.
Não se esqueçam de comentar esse capítulo, favoritar a história, e quem sabe me presentear com uma recomendação. Seria meu melhor presente de Natal *-*

UM MILHÃO DE BEIJOS!

*-*
Gente, aviso rápido, mas quero que leiam mesmo assim:
CRIEI UMA PÁGINA NO FACEBOOK PARA A FANFIC.
Lá eu postarei quando irei atualizar a fanfic, postar os posteres dos personagens - que ja estão quase todos prontos -, me comunicar com vocês, e quem sabe - QUEM SABE - dar alguns spoilers, se quiserem.
Ficaria feliz se vocês curtissem *-*
https://www.facebook.com/Dream-Girl-Fanfic-1501719210129592/?fref=ts

*-*
BYE!