Memórias de uma vida escrita por AnmyChan


Capítulo 17
Acidente com Pietra




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Naquela noite eu e Stuart, saíamos para comemorar a grande volta aos palcos, havia mais pessoas como o pessoal do backstage e até Allisson que havia sido contratada por Stu como eu havia comentado com ela uma vez.

— Hey Ed. – Ela se sentou perto de mim no bar.

— Eii Allison, como vai?

— Muito bem, obrigada pela força no emprego.

— Ah que isso, não foi nada. – Bebi um grande gole da minha cerveja.

— Mais e então, grande show.

— Sim. – Sorri e meu celular tocou. – Só um momento. – Ela assentiu e eu me afastei. – Alô.

— Ed, é a Sarah.

— Oi Sarah, tudo bem?

— Ed, por favor, tem como você vir no hospital Elizabeth?

— O que aconteceu?

— A Pietra.

— O QUE ACONTECEU? – Alterei minha voz.

— Vem logo Ed.

— Estou indo. – Desliguei sem nem mesmo me despedir, e fui em direção ao Stu. – Ei Stuart.

— Fala Ed.

— Aconteceu algo com a Pietra, Sarah não me falou o que houve, vamos para o hospital.

— Sim. – Sem precisar repetir tudo, Stuart entrou no carro e ele foi dirigindo já que eu não estava em condições com todo o meu nervosismo.

Quando finalmente chegamos lá, eu não esperei ele manobrar o carro e fui logo entrando, e a última vez que estive aqui foi quando vi a Liz com a Pietra, balancei a cabeça tentando me afastar das lembranças e me concentrar no que poderia ter acontecido com a minha pequena. Depois de me identificar como Pai dela, fui em direção a sala de espera e assim encontrando Sarah e Nick aflitos.

— Sarah, cadê a Pietra?

— Ela esta na enfermaria.

— Vou lá.

— Espera Ed. – Eu nem ouvi e logo entrei, enfermeiros tentaram me barrar mais eu não me deixava vencer por eles, e então achei a minha pequena com faixas na cabeça, gesso no braço e vários arranhões pelo rosto e pernas.

— Ei princesa. – Sussurrei, até por que só agora lembrei que estava em um hospital.

— Papai. – Ela estava chorosa.

— Pequena, que aconteceu?

— Nick e eu estávamos brincando no jardim, daí ele saiu correndo para brincar de pega-pega e um cachorro estava indo em direção dele, daí nós corremos para cima de uma árvore e depois que o cachorro foi embora nós descemos e eu caí e agora ganhei esse negócio branco e gelado.

— Filha, tem que ter cuidado. Papai ficou preocupado.

— Desculpa Papai. – Ela me olhou. – Não briga com o Nick e nem com a Tia Sarah, eles não tiveram culpa.

— Eu não vou brigar com eles bebê.

— Acho que agora não vou poder desenhar né?

— Olha vai ficar assim por um bom tempo. – Beijei sua testa envolta de faixas. – O que fez na cabeça?

— Caí em cima de uma pedra.

— Você é tão desastrosa quanto seu pai, sabia?

— Você também já caiu assim?

— Já e consegui machucar uma velha amiga. – Olhei para o teto e depois para ela. – Lembra-se da Jane? – Ela assentiu. – Bom, eu e Jane, tínhamos outra amiga, chamada Sophia.

— Sophia, bonito nome.

— Sophia e eu éramos os reis dos desastres, caímos apenas por tropeçar nos próprios pés. – Ela riu. – Acho que era isso que fazia a Sophia minha melhor amiga.

— Melhor amiga, assim como eu e Nick? – A olhei, e pensei. – Papai por que você nunca me falou da Sophia?

— Hã? – Acordei dos meus pensamentos.

— Sophia, por que nunca falou dela?

— Ué, eu me lembro de ter falado dela.

— Não, você falou da Jane e da mamãe, mas nunca falou da Sophia.

— Pois é, eu não sei.

— Como a Sophia é Papai?

— Ela tinha cabelos pretos compridos, olhos que nunca paravam de brilhar e ela sabia fazer os melhores cookies que já comi.

— E se pararam de falar por quê?

— Depois que Jane foi embora, eu e Sophia andávamos juntos o que gerou muitas fofocas na cidade, e nós não nos importávamos, mas havia uma pessoa que sim.

— Quem?

— Senhor. – Uma enfermeira apareceu.

— Sim?

— O Senhor tem algum parentesco com a paciente?

— Sim, sou Pai.

— Pai? – Ela me analisou, e eu olhei para Pietra fazendo uma careta e ela riu. – Então Senhor, por favor venha assinar os papéis para a alta da paciente?

— Sim. – Me levantei de uma cadeira que não tinha percebido que havia me sentado. – Pequena já volto. – Pietra riu e assentiu.

Já em casa, e depois de ouvir as milhões de desculpas de Sarah, e claro eu repetia “Não foi sua culpa”, coloquei Pietra na cama, e me deitei ao seu lado olhando para o teto onde o meu Pai havia colocado estrelas florescentes que brilhavam no escuro, enquanto o abajur iluminava apenas um canto do quarto.

— Papai.

— Hum?

— Quem era a pessoa que se importava com a amizade de vocês?

— A minha namorada.

— Mamãe?

— Uhum, sua mãe tinha ciúmes de nossa amizade e eu não a culpava por que Sophia era linda.

— Mas vocês se falam ainda?

— Não, a última vez que falei com ela foi quando você nasceu minha pequena, ela era para ter sido sua madrinha.

— Acho que a Mamãe não gostou né?

— Só não gostou como também convidou a Sarah e o Stuart.

— Eles são meus padrinhos?

— Eles são, você não sabia? – Eu a encarei assustado.

— Não, eu perguntei várias vezes para a Mamãe, mas ela sempre falava que depois me contava.

— Desculpa por não falar filha.

— Tudo bem Papai, mas eu ainda acho que você deveria ligar para a Sophia.

— Por quê?

— Vocês são amigos Papai, e amigos não se separam assim.

— Queria que fosse simples, sabe filha eu errei muito com ela.

— Como assim?

— Eu gostava da Jane, mas Jane não gostava de mim e Sophia sim.

— Aí Pai que confuso.

— Confuso é, e acho que essa hora ela já esta casada e se o marido dela for ciumento?

— Aí Papai. – Bocejou. – Vamos atrás dela amanhã e sem mais desculpas.

— Esta mandona hein. – Sorri.

— Me obedece Sheeran.

— Ok. – Gargalhei, beijei sua bochecha e fui para meu quarto.

Não sabia se seria uma boa ir atrás de Sophia, e depois disso o que aconteceria? Queria saber desde quando Pietra havia virado guru.  


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