Memórias de uma vida escrita por AnmyChan


Capítulo 18
Busca por Sophia - Parte I




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Pietra acordou toda animada, e me rodeava perguntando se íamos mesmo tentar achar Sophia.

— Papai, Sophia mora onde?

— Provavelmente em Suffolk, aonde cresci.

— Fica longe?

— Um pouco. – Larguei minha caneca no balcão.

— Nós vamos né?

— Filha, nós iremos agora toma seu café enquanto eu vou tomar um banho, ok?

— Uhum.

Saí da cozinha e fui ao meu banho, parte de mim estava ansioso por querer encontrar Sophia e outra parte berrava dizendo para não sair de casa hoje.  Tirei minha roupa e já dentro do box abri o registro e deixei a água me acordar para um possível encontro feliz ou não, eu cheguei a conclusão de que deveria saber o que quero antes de vê-la, o por que de ter me afastado e matar a saudade que sentia dela.

FLSHBACK ON...

— Por aqui Ed, deve ser legal a trilha parece levar algum tipo de lago.

—Calma, não corre assim você pode cair.

— Vem logo Ed.

— Então me espera Sophia.

— Edward, Edward frouxo! FROUXO.

— ESPERA! DO QUE ME CHAMOU?

— Para de berrar, se não os pobres bichinhos dessa floresta vão cometer suicídio.

— HAHA engraçadinha.

— Aqui Ed, olha o lago, ele é tão claro.

— Sim, será que mais alguém vem aqui?

— Eu não sei. – Ela me olha. – Vamos nadar? – Começou a tirar a roupa.

— Sophia, coloca a roupa.

— Qual é Ed, estou de sutiã e calcinha, vem branquelo.

— Não, mesmo sendo roupa intima, podem entender errado se alguém nos vir assim.

— Relaxa cara, se você não vier eu vou te puxar de uniforme e tudo.

— Você não faria isso.

— Você acha?

— Acho. – Em menos de um minuto ela agarra meu tornozelo e me puxa para dentro da água onde ela já estava. – SOPHIA! – Pego a cabeça dela e afundo na água.

— EDWARD! – Falou levantando. – Vem cá. – Agora pulou nas minhas costas e me fez mergulhar.

FLASHBACK OFF...

Acordei das lembranças e então percebi que fazia muito tempo que estava debaixo da água, desliguei o registro e me secando fui para o quarto, abri o meu guarda-roupa, onde puxei a manga da minha blusa preta deixando cair minha calça jeans, no qual fazia anos que eu não a via. Coloquei a calça por cima da minha cueca box, sentindo algo no bolso, levei a mão lentamente tirando uma foto, era eu e Sophia  e por incrível que pareça eu notei algo que jamais havia visto. Os meus olhos estavam voltados para ela, e eu tinha aquele sorriso bobo, e ela o maior sorriso que já vi.

Talvez seja o certo a se fazer, ir visitar meus pais e procurar Sophia em Suffolk, como não tinha avisado minha mãe achei melhor ligar para ela, coloquei a foto dentro da minha carteira e peguei o celular em cima da cama.

— Alô Filho?

— Sim, oi mãe.

— Oi, aconteceu algo?

— Não, quer dizer, só com a Pietra, mas nada que alguns dias com gesso não a faça melhorar.

— Essa menina é um pouco hiperativa.

— Nem me fale, mas mãe eu e ela estamos indo aí hoje, tem problema?

— Não, é sempre bom ter meus amores por perto, mas posso saber o porquê dessa repentina decisão?

— Pietra retirou uma ideia do baú, e agora quer conhecer a Sophia.

— A Sophia? – Ela permaneceu calada.

— Sim, por que o silêncio? Mãe? Esta aí ainda?

— Estou, mas estou surpresa, porque não negou.

— E você fala isso para mim? A garota aqui é tão teimosa que não consigo dizer não.

— De qualquer forma, estaremos esperando. Seu irmão esta passando uns dias conosco também.

— Sério? Milagre.

— Nem é bom falar muito, vai que muda de decisão e vai embora no primeiro trem.

— Ok Mãe, no vemos. – Eu ri.

— Então tá, beijos filho e manda um para a pequena.

— Pode deixar, tchau Mãe.

— Bye Bye.

Desliguei e fui em direção a cozinha, mas um barulho no quarto da Pietra me despertou curiosidade, chegando na porta a vi arrumando as malas com apenas um das mãos devido ao gesso.

— Ei, por que não esperou o Papai para te ajudar?

— Ah oi Papai, você estava demorando.

— Eu estava no telefone com a sua avó, ela esta nos esperando.

— Ok então, Papai me ajuda a fechar a mala aqui.

— Sim, mas o que você colocou aí? Seu quarto inteiro?

— Não, só minhas bonecas e alguns vestidos de sair. Quero estar bonita.

— Para que ficar mais bonita? Você já é tão linda.

— Para o encontro, quero estar junto.

— Não acho que seja uma boa ideia você ir comigo atrás dela.

— Por que?

— Porque eu não sei o que vou encontrar lá, não sei se ela de alguma forma esta brava comigo.

— Papai, se ela estiver brava você da um buquê de flores e tudo fica bem.

— Acho que não, isso só funciona em filmes e olha lá ainda. – Sorri.

— Funciona sim.

— Esta bem. – Fechei a mala. – A minha já esta pronta, acho que devemos ir. – Ela assentiu e foi abrindo as portas para mim.

Depois de um táxi, mais um avião, encontramos meu pai no aeroporto. Nos cumprimentou e olhou  atravessado para o gesso de Pietra, e a mesma entendeu que ele iria repreende-la pelo sua travessura. Já na casa dos meus pais, meu irmão veio ao nosso encontro.

— Matthew!

— Olha quem eu vejo em Suffolk, Ed Sheeran e a famosa Pietra Sheeran.

— TITIO!!! – Pietra correu até ele e o mesmo a ergueu colocando em seu colo.

— Minha pequena preferida, como você esta? Vejo que adquiriu um ótimo gesso aqui hein. – Falou a colocando no chão novamente.

— Não posso desenhar por um longo tempo Titio. – Ela olhou triste para Matthew.

— Mas agora você tem um grande mural de recados, bem aí.

— Onde?

— Aqui. – Ele apontou para o gesso. – Quando alguém se machucava assim na escola, nós deixávamos recados para a pessoa melhorar logo, até rolava uns desenhos bem bacanas. – Ela sorriu. – Que tal depois, Seus avós, eu e seu Pai desenharmos?

— CLARO! – Ela me olhou. – Podemos né Papai?

— Sim, pequena, agora vai lá dar um grande beijo na sua avó. – Ela assentiu e saiu correndo.

— Ela esta lá na cozinha pequena. – Falou Matthew, depois me olhou. – E você. – Abriu os braços. – Vem para o Matt, vem. – Me abraçou.

— Saí daqui. – Sorrindo. – Engraçadão você, vem nos ajudar com as malas.

— É tanto amor por seu irmão mais velho cara.

— Ah para de drama. Como você esta?

— Daquele jeito né, enquanto espero alguém se interessar por minhas composições eu me vejo no fundo do poço e de repente estou aqui comendo sopa da dona Imogen.

— Não sei por que ninguém se interessa por suas músicas.

— Quem sabe, se um cantor aí, ruivo e irmão mais novo, desse uma ajuda na vida do Matthew, quem sabe não melhoraria, hein?

— Podemos ver depois, seu interesseiro. – Gargalhamos e adentramos a enorme casa com cheiro da deliciosa comida da melhor mulher e cozinheira do mundo. 


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