Assassinato no Fim de Semana escrita por Karura-chan


Capítulo 4
Narrando os acontecimentos


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é dedicado ao aniki e ao kira sama, como forma de agradecimento a homenagem q eles fizeram a mim!



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Depois de dizer aquilo, ele voltou a por o dedo sobre a boca e disse:

– Primeiramente vou providenciar o ligamento de todas as câmeras da escola, pois ficam desligadas quando não há aula.

Enquanto ele digitava uns comandos, resolvi perguntar meio zombadora:

- Mas eu não corro risco de vida por saber sua identidade?

- No momento não, até mesmo porque você é muito bonita.

Não sei qual foi a intenção dele ao dizer isso, só sei que falou com a emoção de quem estivesse falando as horas. Mas de minha parte fiquei muito envergonhada. E indignada.

- Mas nem ouse se aproximar, seu pervertido! Eu sei lutar kung fu se quer saber! – resolvi alertá-lo.

- Pervertido, eu?

- Sabe-se lá! Você parece muito, todo desajeitado desse jeito. – ele se olhou. – Não tem mais ninguém aqui mas eu sei me defender!

- Não deveria me julgar mal assim, aliás, devemos tentar resolver esse caso o mais rápido possível. – disse enquanto ainda se olhava.

- Então você vai à cena do crime interrogar os alunos? – indaguei pra mudar de assunto.

- Não acho que será necessário. – disse me olhando. – Você está aqui pra me evitar isso. Pode me narrar tudo o que aconteceu hoje?

Depois de pensar um pouco, resolvi narrar a ele os acontecimentos do dia...

Hoje é um sábado, mas ao invés de estar em casa descansando, aqui estava eu, na escola. O professor que pediu que viéssemos encenar a peça de teatro pra uma apresentação daqui a um tempo. Poucos queriam fazer, então, num sorteio, tive a sorte grande de ser escolhida.

Pois bem, hoje de manhã, eu estava bem em frente a escola, esperando a chegada do meu amigo Rafael. E lá vinha ele, saiu do carro do pai e ,excepcionalmente, vinha meio aborrecido. Pensei em ir até ele, mas seu pai continuava lá, parado. Resolvi esperar ele me alcançar pra ficar o mais longe possível do carro (não, não tinha nada contra o pai dele, só tinha um pouco de vergonha mesmo).

- O que aconteceu, Rafael?- perguntei.

- Não foi nada, só briguei de novo com meu pai. Só que mais sério dessa vez...- respondeu cabisbaixo. – Mas deixa pra lá! - emendou sorrindo. – Como vai você, minha linda? – disse me abraçando e dando um beijo no rosto. – Então, como vai indo o ensaio?

Ele era meio atrevido assim mesmo...mas éramos apenas amigos!

“Não me lembro de ter dito o contrário...”, disse L. Esse baka... mas fingi não ouvir e continuei...

- Ainda nem começou, estamos esperando o professor chamar a gente. – respondi.

- Que ansiedade...eheh. – brincou Rafael.

Eu disse que era um amigo, pois pelo menos pra mim era. Acontece que recentemente ele estava querendo namorar comigo e eu o estava enrolando. Não nego que era bonito, alto, cabelos arrepiados e negros, pele bronzeada, um tanto forte até pois jogava vôlei, simpático e popularíssimo. Sempre o achei um pouco metido e exibido, até mesmo porque era rico. Não era notavelmente inteligente, na verdade, nas lições era sempre ajudado por um de seus amigos, Thiago, que neste exato momento se aproximava.

- Até que enfim chegou, vacilão! – e bateu as mãos com as do amigo. – Desse jeito fica parecendo que você não quer fazer a peça! – ironizou Thiago.

- Haha, que isso, imagina...agora dá ai uma bolacha. – disse o Rafael assim que viu que o Thiago estava com algumas na mão.

Quando ia pegar caiu uma delas no chão.

- Nossa, Carla, se você também queria era só pedir! – brincou Thiago, e nós rimos .

Esse amigo é bem simpático, é super inteligente em ciências exatas. Não é muito bonito, mas é bem divertido, simpático, e é uma companhia bastante agradável.

- Que tal a gente zoar com o Pedro? Pega a bolacha aí, Rafael! - sussurrou Thiago.

O Rafael pegou a bolacha do chão antes que Pedro chegasse.

- Demorou, hein! – disse Pedro assim que chegou. - Eu até disse pra gente começar antes porque não agüento mais de tanta expectativa! - ironizou também.

- Perdão aê, mas já sei como me desculpar com você! Pega uma bolacha aqui, agora sei que você desculpa, né!?- e entregou a bolacha pra ele.

Aquele era Pedro. Brincalhão também, fala bastante, é um pouco gordinho, o que rende bastante brincadeira do pessoal, mas ele não se incomoda com elas não. Até que é legal conversar com ele, ele é bem divertido também.

- Então ta, assim ta desculpado! - aceitou e logo comeu.

- Hahhahaha, comeu mesmo! – Os outros dois amigos começaram a tirar sarro dele. – Tinha caído no chão! - continuaram zoando enquanto eu ria pra não destoar, mas achei a brincadeira um tanto idiota e infantil.

- Trouxa! - disse Pedro, cuspindo a bolacha. – Isso vai ter troco, Rafael! - disse meio bravo meio brincando.

Então terminada a brincadeirinha, fomos pra escola. Ao entrarmos, nos deparamos com outros colegas, de quem farei uma breve descrição. Na verdade não os conheço muito, pois faz cerca de três meses que estudo aqui.

 


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