Assassinato no Fim de Semana escrita por Karura-chan


Capítulo 17
Cercando o assassino




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“Como disse?”, perguntou L interessado.

- O pai dele! – disse convicta, agora tudo se encaixava na minha cabeça. – O pai dele o trouxe hoje e ele me disse que havia discutido com o pai, só que dessa vez mais sério! E os mantimentos, eu me lembro de que reclamaram por terem deixado as caixas e ido embora, nessa hora o pai dele deve ter trocado o refrigerante por um com veneno! A troca com o suco da Paula ele também pode ter feito, pois a Dona Marta arrumou a mesa e foi chamar a gente, deu tempo pra ele trocar! Na sala de fantasias, os álibis eram todos verdadeiros sim, pois quem eu persegui foi o Sr. Tornelli! Lembra que eu falei que o carro dele estava estacionado ainda aqui no estacionamento da escola?! Ele estava aqui! E depois, quando chegou de repente na sala do diretor e fez um estardalhaço, fez isso pra colocar as fitas de gravação pra reprisar! Tudo claro!

“Impressionante sua linha de raciocínio, Carla-chan”, elogiou-me Ryuuzaki.

- Ahahaha! – apesar dos acontecimentos recentes, ainda me senti feliz por ter conseguido achar a solução antes do L! – Pra completar só precisamos saber se o Sr. Tornelli tem um álibi pra o crime da Paula...o que eu divido muito.

E sai logo à procura dele. Fui pra onde estava reunida a maior parte das pessoas. Nessa hora ninguém veio me perguntar nada, mesmo a Cibele que nesse momento estava sendo consolada pelo Marcelo.

- Nossa...- eu disse baixinho enquanto me aproximava.

“O que é ‘nossa’, Carla-chan?”, perguntou L.

- Nada importante...fofoca apenas. Rsrsrs. – respondi.

Por quê?A Cibele tem namorado?Ou o Marcelo é que tem namorada?”, arriscou L.

- É isso mesmo... – disse. Como é que ele adivinhava tão bem!? Mas não tão bem quanto eu, que resolvi o caso primeiro!!! Ahahah! – O Marcelo é um... “quase namorado” da minha outra amiga, a Andressa....

E no momento ele está com muita intimidade com a Cibele, não?”, observou L.

Agora Marcelo estava com as mãos no rosto dela, enxugando suas lágrimas.

 - Carla, porque saiu correndo que nem louca? – chegou Thiago me interrompendo da minha observação.

- Agora eu não tenho tempo, acho que sei como solucionar o caso! Sabe onde esta o Sr. Tornelli? – perguntei.

- Hmmm, ele estava comigo até agora a pouco, mas agora eu não sei. – respondeu meio contrafeito pela minha não-resposta.

- Ah, ta! Obri ...- até que caiu a minha ficha. – Ahn? Você estava com ele? – perguntei surpresa.

- Bem, creio que sim... – respondeu meio assustado com meu interesse. – Por quê?

- Conte-me tudo o que aconteceu quando estava com ele! - exigi.

- Bem... – parecia meio atrapalhado pela minha curiosidade. - Como ele queria o material do Rafael pra levar embora, o Pedro, o diretor, ele e eu, fomos até o andar de cima buscar. Primeiro a gente parou numa sala pra que ele ficasse sentado enquanto a gente arrumava as coisas. Mas de repente o diretor recebeu uma chamada de celular e saiu.[Deve ter sido quando L pediu pra ele me dar as chaves]. Então pedi pra o Pedro pegar o material do Rafael enquanto eu fazia companhia ao Sr Tornelli.[Arrá! Eis a explicação pra presença do Pedro no corredor dos armários...] Mas como o Sr. Tornelli estava meio agitado, quando se levantou, acabou derrubando o copo d’água que eu segurava. Me molhei todo! Ele disse que eu ficaria resfriado se não trocasse de roupa, então fui pegar uma rapidinho no meu armário, e fui me trocar. Assim que terminei voltei com ele, que continuava agitado. Não sei quanto tempo passou, só sei que depois veio o anúncio...da...morte da Paula - disse com a voz trêmula .

- Muito obrigada, Thi, mas isto logo vai acabar, não se preocupe. – dei um beijinho no rosto dele de despedida e sai à procura do meu suspeito.

- Ah! Ali esta o Sr. Tornelli com o diretor! – avistei-os.

E fui falar com eles.

- Olá, Sr. Dinetti, apesar das atuais circunstâncias, o Sr. L ainda me pediu um favor, queria saber onde estavam todos no momento da mais recente tragédia. Como estão muito abalados resolvi começar com o Sr. Tornelli. – e me dirigido a ele. – Se não se importar...

Ele estava de óculos escuros, numa feição dura.

- O que quer saber? – perguntou seco e meio contrariado.

- Onde e com quem o senhor esteve faz pouco tempo?

- Eu fiquei numa das salas de aula com o diretor e mais os colegas do meu filho. Estava lá pra pegar todas as coisas dele. – respondeu de má vontade, como se eu não tivesse nada que saber disso.

- O Sr. Dinetti não teve que sair?

- Sim, foi chamado pelo celular .

- O Pedro não foi arrumar as coisas do seu filho?

- Não sei o nome dele, mas um dos rapazes foi sim.

- E pouco depois o Thiago não teve que sair por estar com a roupa molhada?

- Sim, ele derrubou o copo que segurava e saiu.

Sorri. Então ele ficara sozinho.

- Muito obrigada, Sr. Tornelli, até depois. – encerrei a conversa.

Sai e senti que ele não gostara muito de mim.


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