Thug Love escrita por Maria, Sarah Luiza


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Sei que não sou a Sarah, mas estou postando no lugar dela. Bom, ela estava bem ocupada com os estudos, então me ofereci para escrever esse capítulo.
O próximo também será escrito por mim.

→ MUITO OBRIGADA AOS 14 COMENTÁRIOS DO CAPÍTULO PASSADO.

→ OBRIGADA A QUEM FAVORITOU TAMBÉM!!

→ CAPÍTULO NARRADO PELO LEÓN.

Agora, leiam...
... Boa leitura
//Maria



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Today I dreamed that everything was perfect.

You and me together. Just enjoying the "happily ever after"

But I woke up, I realized I did not want this for us.

Because the perfect, not it is love. And a final, will never be happy.

Grávida.

Grávida.

Ela.. está.. Grávida.

A Violetta está Grávida.

Essa palavra martelava na minha cabeça á um bom tempo. Violetta estava no quarto, provavelmente chateada comigo; não era pra menos, eu também estava.

Não era a hora certa para termos um filho. Não temos maturidade, até mesmo estrutura para isso. E, mesmo que eu a ame e sonhe em construir a minha família ao seu lado, não é a hora.

Oh, Deus! O que eu posso oferecer a uma criança — além de perigo e, uma possível vida fugitiva?

Respirei com certa dificuldade, inflando os meus pulmões de ar. Olhei meio perdido ao redor da sala, e senti minhas mãos posarem nas chaves do meu carro. Sem ao menos pensar direito, agarrei-a com força em minhas mãos e saí do eu apartamento.

X X

Minhas mãos suavam de uma forma estranha. E isso me fez esfrega-la sobre minha perna, que estava coberta por uma calça jeans. Era a primeira vez, em anos, que eu sentia medo. E eu simplesmente não queria voltar a ter essa sensação. Não de novo.

Inspirei com certa agitação, sentindo meus olhos lacrimejarem com o irritante cheiro de poeira daquele local. Uma velha cafeteira, que deveria estar caindo aos pedaços. Mas, incrivelmente não estava. Não continha uma aparência bonita – longe disso –, mas ela esta praticamente vazia – tirando o fato do balconista que quase dormia sobre o balcão, e de uma mulher, já idade, que preparava alguma coisa.

Peguei meu celular no bolso da calça, e com as mãos um pouco trêmula, disquei o número de Federico, que no terceiro toque, atendeu.

— Fala aí, paixão! — disse, animadamente, com aquela voz de viado que já era reconhecível por mim. Soltei uma risada sem humor algum, que saiu tão baixa, que creio que o mesmo nem ouviu. — León? — pronunciou meu nome, com a voz normal agora.

— E-eu — gaguejei, apavorado. Suspirei, apertando meus dedos entre minha mão. — Apenas... apenas me responda uma coisa, okay? — pedi, ouvindo-o murmurar um sim. — Eu fui para a Argentina há três meses atrás? — indaguei, meio incerto.

Sabia que, ao fazer essas perguntas, estaria pondo a prova a desconfiança que estou sentindo. Confesso, não me lembro de ter ido até lá. Mas também, minha vida é um completo caus. Acontece, definitivamente, de tudo nela.

E por mais que meu coração gritasse, dizendo que é verdade, e que eu deveria confiar na minha garota, meu subconsciente berra a possibilidade de ela ter me traído. De ter se entregado a outro e agora está esperando um filho dele.

— Sim, León. Você esteve — saí de meu transe com a voz de Federico, que respondia a minha pergunta. Soltei um meio sorriso, um pouco mais aliviado, mas que logo se desfez. Um filho?! — Por que a pergunta, cara? Você não se lembra? — perguntou, preocupado, mas em um tom divertido na última indagação.

— Não. Eu, eu, não... — pôs a mão em minha cabeça, ao sentir uma pontada de dor a atingir. — Eu vou desligar. A gente se fala depois — falei, e sem esperar sua resposta, encerrei a ligação.

Me levantei rapidamente, arrastando a cadeira sobre o piso velho e desgastado, de madeira. Deixei o dinheiro da agua que havia pedido e saí dali, ainda atordoado.

O peso de saber da responsabilidade que eu tenho, de criar um filho aos dezenove anos, faz meu estomago embrulhar.

Minha infância não foi nada boa. Ver o meu pai brigando sempre com a minha mãe, a batendo ainda, é um dos vários motivos dos quais eu abandonei minha casa e me joguei no mundo do crime. E a única coisa que me arrependo é em ter deixado minha mãe para trás.

Porque agora o que eu mais preciso e do colo da dona Giovanna.

Ela me diria o que é o certo a se fazer — embora, eu já ter feito o errado em ter gritado com a Violetta. E tenho certeza que minha mãe surtaria se soubesse que eu briguei com uma mulher gravida.

Surtaria igual eu estou surtando.

X X

Acho que sempre preferi a noite. Já que com a chegada dela eu pareço ter algum controle sobre mim e sobre minha vida. Me faz pensar que nem tudo é uma completa escuridão. E que com a chegada do dia, as coisas ficaram melhor. De algum modo, eu penso que com o cessar da noite a escuridão da minha vida também acaba, e apenas coisas boas surgiram com o clarear do dia.

Mas eu sei que, pelo menos por enquanto, nada ficará bem.

A partir do momento em que eu escolhi roubar, vender – ilegalmente – e enganar muitas pessoas, varias consequências surgiram com essa escolha.

Tive que abandonar minha namorada em um outro país, para fugir. E cometer a insanidade de namorar a professora de um colégio, só para parecer um adolescente normal, que gosta de beber, se divertir e fazer sexo com qualquer mulher bonita que for. Até mesmo enganar a professora para conseguir boas notas.

Sei que é isso que eles pensam de mim. E eu não ligo. Contanto que a minha "verdadeira" vida fique de fora de tudo isso. De todos eles.

A única opinião que vale para mim é a da Violetta e a da minha mãe.

Agora, eu sei bem que a minha mãe deve me odiar profundamente por ter a abandonado. Mas torço para que ela saiba que só fiz isso por não aguentar mais viver naquele lugar com o cínico do meu irmão e com o hipócrita do meu pai.

E a Violetta... Essa eu tenho certeza que não só me odeia, como quer me matar. E sinto uma enorme raiva de mim mesmo por ter dito o que disse e ter feito o que fiz. Só em lembrar em como ela sentiu medo de mim, e em como seus olhos se encolheram perto dos meus, me sinto um mostro.

Droga — murmurei, ao deixar meu celular cai no chão.

O peguei rapidamente, e o mesmo estava desmontado. Suspirei cansado e o deixei, assim mesmo sobre a pequena - e baixa - mesa que havia no centro da sala.

Caminhei em passos cautelosos até meu quarto. Mordendo o lábio inferior ao por a mão na maçaneta, abri a porta, fazendo um irritante barulho. Meu coração acelerou ao vê-la ali, com o rosto triste e os olhos vermelhos. Mas, assim que me viu, mostrou sua face irritada e extremamente chateada.

Iria abrir a boca para falar algo, mas ela se virou, continuando a fazer o que fazia antes: colocar suas roupas no guarda roupa. Me senti mais tranquilo, pois pelo menos, ela não estava querendo ir embora.

— Violetta... — a chamei, com a voz baixa. Ela não me olhou. —… Me desculpe pelo que falei e fiz mais cedo. Sei que fui um completo idiota. — falei, meio angustiado por não está olhando em seus olhos. — Mas eu meio que fiquei maluco quando você me disse que estava gravida. Porra, eu pensei que a gente não se via seis meses. — me sentei na cama com o meu olhar ainda cravado nela. — Princesa, por favor, olhe para mim — pedi, segurando delicadamente seu braço.

Seus olhos fitaram bem rapidamente os meus, mas logo abaixando para a minha mão que segurava seu braço. Seguir seu olhar e percebi que sua pele estava vermelha. Iria perguntar o motivo, mas então me recordei do momento insano em que apertei o seu braço.

— E-eu fiz isso? — perguntei, sentindo um grande nó se formar em minha garganta.

— Sim — afirmou, passando sua mão sobre o local. — Hoje percebemos uma coisa... Você me abandonou, me enganou, me machucou, me traiu e continua me traindo — se levantou do chão, e me levantei junto com ela. — E a única coisa que eu fiz o você, é te dar um filho. Agora me diz, isso é tão ruim assim? — perguntou, rindo nervosa. — Você vai me pedir para tirar o meu filho? — não a respondi, e a vi ficar ainda mais irada com isso. — Responde León! — gritou.

— Não, Violetta, eu não vou pedir para você tirar essa criança — elevei, apenas um pouco, minha voz. — E não é tão ruim assim — ri sem humor. — Mas eu disse a você que eu não queria ter um filho. Não agora — gritei. — Eu estou fugindo e vou viver assim por um bom tempo. E se você está aqui é porque quer — falei, com um tom de rispidez. — Eu não estou pensando em mim, mas eu estou pensando nessa criança também. Me diz você agora... O que acha que podemos oferecer para ele, hein? — perguntei, mas ela não respondeu. — Uma menina mimada e um garoto rebelde que fugiu da casa dos pais e, que agora está fugindo da polícia, terão um filho — bati minhas mãos na parede, sentindo minha respiração falha. Fechei meus olhos, tentando manter a calma.

Eu queria que ela me odiasse, que brigasse comigo e me chamasse de canalha. Que fosse embora para criar o nosso filho longe dessa vida que eu escolhi para mim. Mas eu sei que isso é tolice. Que ela nunca irá me odiar e que nunca irá embora. E um lado meu, agradece por isso.

A olhei pelo canto dos olhos e vi a mesma com as mãos no ventre, derramando algumas lagrimas. Novamente, fechei meus olhos, e respirei fundo, antes de puxa-la para um abraço.

Confesso que senti um pouco de medo de que ela não correspondesse, mas me surpreendi quando a mesma passou as mãos em volta da minha cintura e me abraçou ainda mais apertado.

Suas lagrimas inundam minha camisa, mas eu não me importo. Não com isso. O que realmente me atinge é saber que eu sou o causador do seu choro.

Me desculpe — pedi, sussurrando em seu ouvido. Apenas senti ela assenti com a cabeça enterrada em meu peitoral. — Nós vamos dar um jeito nisso, okay? — falei, desgrudando um pouco nossos corpos e pegando seu rosto em minhas mãos. — Eu vou dar um jeito.

— Só me promete que não vai nos abandonar? — pediu, com a voz falha e em meio as lagrimas. Sorri de lado, e assenti.

Passei meu polegar em seu rosto, limpando qualquer vestígio de lagrima. Encostei nossos lábios e a beijei, passando minhas mãos em suas costas, enquanto a mesma se segurava em meu pescoço.

Eu sabia que ela não havia me perdoado definitivamente. Mas ela precisava de mim, assim como eu precisava dela.


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Notas finais do capítulo

E então, guys?!
Okay, vou tentar postar o próximo sábado. Eu iria postar mais um hoje, mas tenho um trabalho para fazer e que eu nem comecei, para entregar amanha. (Passarei a noite o fazendo U-u)

Maaas, quem sabe se tiver uma quantidade generosa de reviews, eu não poste?

Beijos meus doces. Até o próximo.