Thug Love escrita por Maria, Sarah Luiza


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, guys!

→ Obrigada aos comentários do capítulo anterior. VOCÊS SÃO DE MAIS!

→ Muitos de vocês acham que a Violetta traiu o León, então esse capítulo é um "explicamento" para essas duvidas. e se ficar alguma duvida, digam nos comentários ou por MP, tentarei responder todas com mais clareza possível.

Espero que gostem



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I talk a lot of nonsense

But we know that I am so

And we know that everything will work itself out

And we'll stay forever so

Together

Soltei um suspiro ao parar em frente a porta do apartamento do León. Com o resultado do exame em mãos, mordi o lábio inferior e abri a porta, dando de cara com o meu namorado, nervoso, na sala.

Ao me ver, ele se levantou apressadamente e veio até mim, abraçando-me.

— Onde estava, Violetta? — perguntou, com certa rapidez, enquanto nos separávamos do abraço. — Eu estava preocupado.

— Me desculpe — pedi, com a voz embriagada, por conta do choro de instantes antes. — Fui fazer uma consulta... já não estava mais aguentando essa tontura e mal estar — caminhei até sofá e me sentei no mesmo. Em seguida, León se sentou ao meu lado.

— E o que você tem? Esta tudo bem? — perguntou, com a preocupação evidente em sua voz.

Respirei fundo ainda com o exame em mãos. Fixei meus olhos nele pensando na reação dele ao saber da minha gravidez.

Eu sei que ele quer um filho; e eu também quero. Contudo, agora não é a hora. Essa vida que levamos é uma opção nossa. Bom, é uma opção dele. A minha é ficar ao seu lado seja como for. Vida de crime ou não, para mim realmente não importa. E se já é complicado para ele me manter segura — e manter a ele mesmo — manter um filho também seria o maior desafio de sua vida.

— Violetta?! — rapidamente levei meu olhar até ele, que estava com a sobrancelha erguida. León apontou para minhas mãos - o envelope, na verdade – e fez uma cara de confusão. — O que houve, princesa? — perguntou, angustiado.

— León, eu... — engolia saliva com certa dificuldade e cerrei as pálpebras, as abrindo em seguida. Soltei toda o ar que estavam presos em meus pulmões e o olhei. — … eu estou gravida — soltei de uma vez, vendo-o arregalar os olhos.

— O que? — elevou a voz alguns oitavos e se levantou, rapidamente. Sua expressão era bem pior do que eu imaginava; era fria e raivosa. Ele parecia querer matar um com o olhar. — Você me traiu, Violetta? — continuou a gritar. E foi a minha vez de arregalar os olhos.

Pulei do sofá, assustada com suas palavras. Abri a boca para perguntar o motivo dessa suposição maluca, porém me encolhi diante da sua expressão. León estava com raiva, muita raiva; e seu olhar prova isso. E, pela primeira vez, desde que nos conhecemos, essa raiva era transmitida a mim.

Seus olhos, antes verdes, agora estão escuros de odio. E isso me assusta.

Dei dois passos para trás, com um pouco de medo. Involuntariamente, levei minhas mãos até meu ventre, e ao se dar conta que eu estava assustada — e com um pouco de medo — ele relaxou, um pouco. Suspirou, enquanto passava as mãos em suas madeixas.

O vi ir até a parede e, nervosamente, dar cum soco nela, fazendo um barulho demasiadamente alto.

— León... — praguejei, com a voz falha de temor. Contudo, ele não me olhou. — Não... não diga besteiras — pedi, já sentindo meus olhos marejarem. — Eu jamais trairia você. — afirmei, com convicção.

— Ah não?! — se virou para mim, com um sorriso irônico nos lábios. — Não nos vemos a que... seis meses? — perguntou, ironicamente. — E não tem como você ter engravidado da transa de ontem — disse, extremamente irritado.

O olhei perplexa e senti vontade de pular em seu pescoço e mata-lo. Como alguém pode ser tão burro assim?

— Eu não acredito — balancei a cabeça em negatividade. Caminhei até ele e comecei a estapeá-lo. — Você é um idiota. Um grande idiota. — gritei, com fúria, já sentindo minhas lagrimas caírem.

— Para... para com isso — pediu, tentando me parar. Contudo, sem sucesso. Apenas parei quando já estava sem forças por conta das lagrimas. Me sentei no sofá aos prantos.

O fato da minha mãe ter me abandonado, doeu. E o fato de eu ter que dividir meu pai com uma... vadia, que se diz minha irmã, também doeu. Mas nenhuma delas se compara com o fato de o León desconfiar de mim.

Eu sempre o prometi lealdade. E cumpri essa minha promessa. Aceitei ele ter uma "outra" mulher, mesmo sabendo que isso poderia afasta-lo de mim para sempre. Mas eu confiei no seu amor por mim e eu pensei que ele confiasse no meu também.

— Porque você me faz sofrer tanto? — perguntei, em meio as lagrimas. Todavia, não olhei.

— Do que tá falando? — perguntou. E pelo seu tom de voz, ele ainda estava nervoso, mas estava também confuso. — Eu sou traído e você é quem sofre?

— Eu não te traí, caralho! — gritei o máximo que pude. E vi que o mesmo se assustou. Mas, foda-se. — Quem me trai aqui é você, não é mesmo? Me diz, quantas vezes você já não esfregou seu pau na Emily, hein? — perguntei, irritada.

Estávamos nós dois nervosos. A única diferença era que eu estava certa, e gravida. Eu já começava a sentir algumas dores em minha cabeça, e a me sentir meia grogue também. Mas não iria deixar isso barato. Ele vai se sentir muito, mas muito culpado por ter gritado comigo. Oh, ele vai ver só.

Respirei fundo, querendo me acalmar, e comecei a dizer.

Você, seu grande idiota, foi para a Argentina a três meses atrás, lembra? — o olhei de relance e vi que o mesmo se surpreendeu com as minhas palavras. — O Diego tinha sido preso e você foi lá para tira-lo da cadeia. E nós dois passamos a noite juntos. — falei, mas eu já sabia que ele havia lembrando, pois ele abaixou o olhar e coçou a nuca. — E... olha só, eu estou gravida de dois meses e dez dias. — sorri ironicamente, enquanto limpava minhas lagrimas. — E antes que você me venha com mais suposições ridículas, eu tomo anticoncecional sim, e minha menstruação e desregulada por isso. E eu nem ao menos me dei conta. E a medica me disse que o anticoncecional não é cem por cento certo. — respirei fundo, e umedeci os lábios. Sentia que a qualquer momento desmaiaria ali; apenas desejava me deitar e esquecer desse dia. — E no nosso caso, não foi — afirmei, me virando e pegando o exame. — Eu estou gravida, e esse filho é seu. — disse e passei por ele, sem ao menos olhar em seus olhos.

Entrei rapidamente no quarto e tranquei a porta, deixando-o plantado na sala. Se bem o conheço, ele não vai se sentir em paz até eu o desculpar. E eu não pretendo fazer isso tão cedo.

Fiz e faço muitos sacrifícios por ele, e a única coisa que eu peço é seu amor. E amor pra mim é também confiança.

Se ele não confia em mim, então ele não me ama.


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Notas finais do capítulo

A Sarah posta o próximo, okay?

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