Thug Love escrita por Maria, Sarah Luiza


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá, moços e moças!
Desculpe a imensa demora. Acontece que estive um pouco doente nessas ultimas semanas e isso me impediu de escrever o capítulo. E é por isso também que está tão pequeno.
Obrigada aos comentários e espero que gostem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629779/chapter/15

Thug Love - Capítulo 15

— Bom dia — cumprimentei a Ludmila e ao Federico assim que adentrei na cozinha.

— Bom dia, minha linda — respondeu Ludmi, vindo até mim e dando-me um beijo estalado na bochecha. Soltei uma risada pela sua animação. — Está tudo bem? — perguntou, olhando atentamente para mim e para o León. Apenas assenti.

Tomamos café em silêncio, mas não porque estava um clima ruim e sim porque não tinha nada o que falar.

Muita coisa esta acontecendo ao nosso redor que chega a ser cansativo só de pensar. Confesso que as vezes me dá uma vontade absurda de jogar tudo para os ares e ir embora. Fugir. Acho que ficar longe dessa loucura – e do meu namorado perigoso – me faria bem. Porém essa vontade passa assim que fito seus olhos verdes e vejo o homem que eu amo.

Escolhi León para passar o resto da minha vida, mas não pensei nas consequências disso. Mas em todos os casos não faz mais diferença, não tem mais volta.

— Vargas, o Diego ligou. Disse que precisa falar com você — Fedrico disse, enquanto olhava com tédio para o seu suco. — Ele parecia preocupado — comentou distante.

— O que será que aconteceu agora?! — León resmungou, levantando-se. — Vou ligar pra ele — anunciou e foi em direção ao quarto.

Ludmila me lançou um olhar indecifrável. Ficou me avaliando por um instante e senti minhas bochechas arderem com o que podia estar passando na sua mente. Ela é o tipo de pessoa que consegue te intimidar com apenas um olhar.

E, fora que tem uma imaginação muito fértil.

— O que foi, loira? — pergunto a ela, colocando um sorriso de lado nos lábios, para espantar a vergonha.

— Nada... — deu de ombros e pegou uma torrada. — Tem alguma coisa para me contar? — ergueu a sobrancelha em minha direção.

— Acho que não — ri da cara de insatisfação que ela fez com a minha resposta. — Por que?

— Ela quer saber se você e o León fizeram as pazes, Vilu — Federico se intrometeu, olhando de forma divertida para a namorada. — Você sabe como ela é curiosa.

— Vai se ferrar, Federico — rinhou irritada. — Violetta... — virou o rosto para mim e olhou-me sugestivamente.

Soltei um suspiro e peguei a xícara de café, bebendo tudo rapidamente. Me levantei e chamei-a com a mão, passei pelo italiano e bagunçei seus cabelos lhe sorrindo de forma risonha.

Sentia saudade dos meus amigos - não só deles como também do meu pai – e tê-los aqui me deixa alegre.

— Que tal irmos até a piscina? Está calor hoje — sugeri quando já estávamos na sala.

— Ótima ideia — deu pulinhos sem sair do lugar, batendo palmas como uma criança.

+ + + + +

Não tinha como olhar para aquele lugar e não lembrar do dia em que cheguei e eu e León fizemos amor ali. Nós dois sempre gostamos de fazer esses tipos de "loucura". Mas olhando assim, agora, tive que me controlar para não corar – tenho ficado bastante envergonhada ultimamente.

— Já falou com o seu pai? — ouvi a voz de Ludmila me perguntar e me virei para ela, que estava relaxada na espreguiçadeira ao meu lado.

— Ainda não — murmurei, tirando os meus óculos e brincando com o mesmo, distraidamente. — Mas farei — garanti com pesar. Papai deve estar chateado comigo.

Ludmila levantou e sentou-se na ponta da minha espreguiçadeira. Eu sabia bem o que ela queria; não tem como fugir dos questionamentos da Ludmila Ferro.

— Você e o León fizeram as pazes? — perguntou direta.

— Sim — dei de ombros. Esperei que ela fizesse mais perguntas, porém encontrei apenas silencio. E aquele olhar. — Ludmila — choraminguei, respirando fundo. — Não tem o que contar. Ele terminou com a vadia e nós nos acertamos.

— Ele terminou com a Emilly? E você não me dia nada? — brigou.

— Você não estava em casa — me defendi. — Vamos esquecer isso, por favor? — pedi, juntando minhas mãos em sua frente.

Ela parou para pensar um pouco, mas assentiu. Agradeci mentalmente por isso. Não queria tocar no assunto, pois sentia León diferente. Ele não é o mesmo de meses atrás; parece estar tentando sair dessa vida... E de um certo modo isso me dá medo.

Porque ninguém sai da vida do crime assim.

Mesmo que ninguém saiba da identidade do León, tenho medo de que descubram e façam mal a ele.

Peguei meu celular e me afastei um pouco. Realmente tinha ficado triste quando minha amiga falou do meu pai, pois prometi que não o abandonaria e faz dias que não ligo.

Disquei o numero que é tão conhecido por mim e esperei que ele atendesse, coisa que fez no terceiro toque.

— Filha? — Germán disse rapidamente, com esperança e felicidade em seu tom. Meu coração falhou uma batida dentro do peito.

Olá, papaisuspirei, contendo as lagrimas. — Como está?

— Preocupado e com saudades — disse, me fazendo ri. — Por que não ligou antes, querida? Está com problemas? Se aquele moleque... — interrompi seu falatório.

— Calma, pai — pedi. — Eu estou bem. Não liguei antes pois estava bastante ocupada com a mudança... — menti.

— Ah, sei — murmurou e eu revirei os olhos.

Continuamos a conversar sobre assuntos banais. Papai insistia em falar da Esmeralda e Lara, eu apenas fingia interesse. Porém, era bom saber que ele estava bem e feliz. Isso me deixa tranquila, mas não minimiza a saudade.

O resto da tarde passou de forma rápida. Já estava escurecendo quando subimos para o apartamento. A Loira foi até o quarto de hospede – onde ela divide com o Fede – tomar banho e eu fiz o mesmo, indo para o meu quarto.

Encontrei um León com a cabeça baixa e as mãos entrelaçadas na nuca, parecendo frustrado. Deixei minhas coisas no canto e fui até ele, sentando-me e passando as minhas mãos em suas costas. Ele me olhou de relance e sorriu fraco.

— Hey — ele falou baixinho.

— Hey — sorri de lado e acariciei seus cabelos. — Aconteceu algo? — perguntei cautelosa.

— Sempre acontece algo — seu tom de voz soou amargo. — Quanto mais eu rezo, mais fundo eu vou — enterrou o rosto nas mãos.

Odeio quando ele faz isso. Faz rodeios e me deixa preocupada, além de curiosa. Por que simplesmente não diz o que houve logo?

— Tem alguma coisa haver com sua ligação pro Diego? — pergunto ao me recordar que a ultima vez que eu o vi, estava indo falar com o amigo.

León assentiu e ficou calado. Seu olhar estava longe, distante. Comecei a me apavorar, para ele estar assim é algo realmente sério.

Me ajoelhei na frente dele e peguei seu rosto em minhas mãos, fazendo-o me olhar.

— O que houve, amor?

— Houve que o mundo está desabando em minhas costas e eu não sei o que fazer — mordeu o lábio levemente e fixou seus olhos no meu. Aproveitei sua atenção e fiz um pedido silencioso para que ele continuasse. León suspirou, antes de voltar a dizer — Meu pai está na Argentina — sua respiração começou a ficar irregular e apertei suas mãos. — E ele está atrás de mim.

Droga.

De todos os problemas do mundo, justo o homem que León mais detesta e teme no mundo tinha que aparecer?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais problemas hahaha'
Comentem, okay? Sei que sumimos, mas a fanfic ainda é movida a reviews. Merecemos um pouquinho do carinho de vocês pela fic, porque escrevemos ela para vocês mesmo.
Desejo a todos um feliz ano novo e até mais ^^
Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Thug Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.