Why Try? escrita por Mims


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, quero dedicar esse capítulo principalmente ao Marcos porque ele é o meu amorzinho e ele me ajudou MUITO a escrever esse capítulo e a não desistir da fic. Te amo ♥
Mas também quero dedicá-lo a todos vocês que estão lendo-o. Amo vocês também ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629599/chapter/8

—Namorada? Como assim? –perguntei um tanto inocente, mesmo sendo óbvia a situação.

—Ora fofinho, eu e Bill estamos namorando, desde algum tempo. Você não sabia? –Jasmine falou dando um sorriso cruelmente simpático.

—Não...? –falei boquiaberto.

—Ah, você não contou para ele, Bill? –ela falou olhando para o loiro, que não fez nada além de dar um sorriso cínico.

—Na verdade, não. –ele continuava sorrindo, mas parecia com medo de algo. Talvez de Jasmine, ou alguma coisa maior.

—Meus parabéns para vocês. –forcei um sorriso também. –Arranjou uma bela garota, Bill.

Então eu simplesmente saí andando da frente deles, como se nada tivesse acontecido. Minha cabeça ainda estava processando o fato de Bill ter namorada e não ter me falado nada. Eu estava sim incomodado, mas não sabia exatamente o motivo. Cipher não me deve satisfações, não somos nada além de amigos. Amigos? Eu quis dizer colegas. Ou quem sabe conhecidos. Sim, sim, conhecidos. E conhecidos não devem satisfações um para o outro.

Mas, não vou negar, mesmo tentando me convencer que eu não me importava, eu me importava sim; Eu estava –estou- confuso, após Bill ter me beijado. Primeiramente que eu não faço ideia do porque esse beijo ter acontecido. Aí, logo depois, vem o fato de eu não saber direito o que senti por ele nesse beijo. E, por fim, me vem a tristeza/raiva/caos ao saber que, mesmo ele tendo namorada, ele me beijou. Apenas para me deixar um milhão de vezes mais confuso do que eu já estava antes.

Dane-se que eu estou parecendo um maldito adolescente clichê falando esse tipo de coisa, mas é a mais pura verdade. A única coisa que me resta agora é: ou eu volto para cama, deito e começo a chorar ou eu peço ajuda para alguém me nortear nesse caos que está minha cabeça.

Então alguns minutos depois, eu estava deitado na cama em posição fetal chorando com um pote de sorvete entre minhas pernas. Um nojo, devo admitir.

—Dipper! Você viu meu moletom da... –Mabel foi interrompida por si mesma assim que me viu. –você tá chorando? Minha nossa, porque você tá chorando?

—Nada. –falei entre um soluço e outro. Afinal, nem eu mesmo sabia o porque de estar chorando.

—Como assim nada? Dipper, é claro que tem algo te incomodando! Eu nunca te vi chorar por besteira! –Mabel aproximou-se de mim e senti sua presença ao meu lado, mesmo estando com a cabeça abaixada.

—Não é nada, sério. –continuei insistindo, talvez ela se desse por vencida.

—Olha, não vou mentir, não acredito nem um pouco. Vamos lá Dips, somos gêmeos, lembra? 

—É coisa minha... –murmurei entre soluços.

—E, consequentemente, coisa minha também!

Não posso discordar, Mabel sempre foi mesmo muito insistente, mas, mesmo assim, eu não posso simplesmente contar pra ela o que está acontecendo quando nem eu sei. Eu estou uma merda de confusão, a qual só está me dando mais e mais dor de cabeça e me fudendo completamente.

Optei pelo silêncio em mais uma tentativa de me livrar de mais dores mentais.

—Olha, não importa o que está acontecendo, eu sou sua irmã e sempre estarei contigo, tá? –Mabel me abraçou, e eu a abracei de volta, molhando seu moletom com minhas lágrimas, involuntariamente. –Está tudo bem, Dips. Estamos juntos nessa.

Então ficamos ali por um tempo, um respeitando o silêncio do outro, não continuamos abraçados, mas sim próximos. Por algum tempo, ao menos, até Mabel retornar a falar.

—Já que você não quer falar o problema, eu mesma vou adivinhar. –deu um sorriso solidário, eu apenas bufei. –É o Robbie implicando com você novamente?

—Não. –murmurei.

—Então deve ser o Ti-Vô pegando demais no teu pé.

—Antes fosse.

—Se frustrou com algum dos mistérios dessa cidade? –continuou insistindo.

—Também, mas não.

—Alguém te deu uma surra? Apesar de eu não estar vendo nenhum hematoma. –segurou meu rosto em suas mãos, procurando por marcas vermelhas ou roxas.

—Não! –me afastei. –Desiste Mabel, eu não vou falar.

—Então só pode ser uma coisa! Você está apaixonado?

Eu poderia ter falado sim e terminado logo com aquilo da maneira mais fácil, mas então eu falei ‘não’ com aquela voz fininha que eu sempre faço quando estou mentindo e aquele tom nervoso de ‘’eu sou um péssimo mentiroso’’. E escolhi o caminho torturante da insistência de Mabel.

—Que lindo, Dipper! Você está mesmo apaixonado! Olha como teu rosto tá vermelho. –ela animou-se e começou a pular pelo quarto, o que me fez corar mais ainda.

Droga, eu realmente sou um péssimo mentiroso, como se já não bastasse toda a confusão que minha cabeça está, ainda vou ter que aturar a Mabel me fazendo uma dezena de perguntas durante as 24 horas do dia, durante todo o resto da semana, até ela ficar satisfeita. Maldito Bill! Espera um segundo, eu estou apaixonado pelo Bill? Caralho, como eu sou burro! Eu estou totalmente apaixonado pelo Bill. E estou negando feito uma menininha de 11 anos. E estou chorando por ele! Parabéns, Dipper! Conseguiu superar todos os limites que impôs em si mesmo quando se apaixonasse.

—Tudo bem, mas agora me conta quem é. –O sorriso da inha irmã apenas aumentou e sua fala deu fim aos meus pensamentos de auto-culpa.

—Eu não estou apaixonado, desencana. –ri um pouco tentando me esquivar daquele assunto.

—Dipper, eu te conheço desde que eu nasci, sei tudo sobre você e por todas as situações que passou. Eu, mais do que ninguém, posso afirmar que é óbvio que você está apaixonado. –ela me encarou determinada, como se estivesse ditando uma lei. –Agora desembucha logo, por quem?

—Desiste Mabel, eu não estou apaixonado! –enfrentei-a.

—É a Wendy? –continuou.

—Não. –falei desinteressado.

—Pacífica? Candy? Grenda? A Tambry? Olha que ela tá com o Robbie, se for ela eu não vou te ajudar, porque eles são muito fofos juntos.

—Não, não, não e nem morto. –bufei.

—Sou eu? –ela riu brincalhona.

Não consegui me segurar e comecei a rir. Muito, mais muito mesmo.

—Mabel, que ideia maluca. E meio nojenta também. –falei ainda rindo. –Somos irmãos, sua bobona!

—Eu sei, boboca! Foi uma brincadeira. –ela riu e se jogou em cima de mim.

Continuamos rindo por alguns minutos, e eu até que achava que ela já havia esquecido do assunto. Mas Mabel quando quer alguma coisa, consegue o que quer.

—Vamos lá, me confessa logo. Qual é a sortuda de Gravity Falls que tá nesse coraçãozinho? Hein, hein?

Fiquei em silêncio e ela percebeu que havia algo de errado. Parou para pensar por alguns minutos e eu apenas a encarei.

—A menos que... Não seja uma menina... –murmurou mais para si mesma e continuou pensando.

Eu sabia que ela havia sacado no momento em que olhou para mim com seus olhos brilhantes e arregalados, um sorriso de orelha a orelha e seus pés quase saindo do chão, prestes a dar vários pulinhos de alegria.

—Dipper! Você está apaixonado pelo Bill!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, oi, oizinho!
Primeiramente, midisgurpa por ter demorado tanto assim. Mas dessa vez tenho uma desculpa real e ela não é meu bloqueio criativo! Meu computador quebrou mês passado e eu só recebi ele hoje, exatamente, hoje! Espero que me entendam e espero que ainda tenha restado alguém pra ler a fic.
Estou aqui, desesperada, pedindo para vocês darem algum sinal de vida, se ainda existem. Por isso, comentem, favoritem, recomendem, acompanhem. E obrigadão a todos que fizeram isso tudo e ainda estão aqui, vocês moram no meu coração. Na verdade, todos moram! ♥
Sim, sim, agora que estou de férias vou escrever todos os dias, ouviu Marcos? UwU
Deixem seus comentários ♥ Isso, mesmo, no plural! Opinem, critiquem, elogiem, indiquem músicas, filmes, séries, não sei. Mas comentem.
Amo vcx ♥
Até a próxima!