Hunter - The Revenge escrita por HannahHell


Capítulo 15
Capítulo 14.




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Estavamos novamente naquele Chevrolet velho, o carro seguia pela estrada, os campos confundiam a visão naquela noite.

 

Eu estava, mais uma vez armada, fiquei contente por me ver carregando duas espadas e alguns punhais. Senti falta da sensação de estar pronta para matar com apenas um golpe.

 

Vincent estava do meu lado, ele estava bem sério e os gêmeos como sempre estavam na frente.

 

Logo pude ver a grande construção que era a Associação,  as minhas mãos começaram a tremer, e um sentimento de nostalgia se apoderou de mim. Naquele lugar eu passei tantas coisas felizes. E agora estava indo livrar todos daqueles velhos. Talvez assim a Associação evolua para algo que valha realmente a pena.

 

Passamos reto pela Associação, mas não passou de um quilômetro, a grande casa era apenas pontos difusos de luz e o carro saiu da estrada entrando no meio da mata.

 

Os gêmeos pararam o carro num lugar cuja a grama e os arbustos esconderiam o automóvel. Abri a porta com violência e saí com passos fortes.

 

A os gramados e arbustos atrapalhavam a locomoção, mas eu precisava chegar até a passagem que meus pais fizeram. O conselho não sabia sobre ela, apenas eu, meus pais e William tinham conhecimento sobre ela, e eu espero que ele não tenha dado com as língua nos dentes.

 

Respirei fundo e me agachei, senti o mato roçar incomodamente no meu rosto, mas continuei a tatear o chão e a areia até que meus dedos tocaram o que eu queria; a pequena alça de aço, a puxei revelando a entrada para o pequeno e escuro túnel.

 

-Você quer continuar com isso? – Vincent indagou colocando as mãos nos meus ombros enquanto eu me posicionava para pular.

 

-Você já devia saber que eu não volto atrás com as minhas decisões – retruquei pulando.

 

Comecei a andar calmamente aprofundando-me mais ainda na escuridão. Ouvi Vincent pular atrás de mim e fechar a entrada atrás de si. O cheiro de terra batida encheu minhas narinas, eu não conseguia enxergar nada, mas conhecia tão bem esse caminho que vendo ou não, não fazia diferença.

 

-Os gêmeos vão começar a parte deles – Vincent informou.

 

-Você disse para eles não matarem ninguém, certo?

 

-Não haverá morte de nenhum caçador se eles puderem evitar, mas vão proteger suas vidas – ele contou.

 

Isso estava indo longe demais. Os demais caçadores não tem nada a ver com a minha vingança.

 

Senti um aperto estranho no coração e uma estranha incerteza, mas logo passou. Eu não vou desistir. Já cheguei tão longe, não irei regressar.

 

-Chegamos – sussurrei parando, minhas mãos tocavam a pequena escada suja de terra. Subi em um degrau e ergui as mãos e empurrei a madeira que selava minha saída.

 

Subi facilmente sendo acompanhada por Vincent, estava no laboratório dos meus pais. O lugar estava muito abandonado, mas mesmo assim todas as armas que antes decoravam o lugar haviam sido levadas.

 

Respirei fundo e caminhei com passos rápidos para a porta, a abri e me deparei com algo que me surpreendeu; a porta da frente, a que costumava ser o quarto do William quando ele ainda era vampiro estava aberta.

 

-Vincent, espere um segundo – balbuciei entrando no quarto. Eu senti falta desse quarto e eu queria vê-lo mais uma vez.

 

Estava exatamente como nas minhas lembranças, nada mudou, à exceção de que em cima da cama não era William que estava sentado e sim o pequeno cachorrinho de pelúcia – Senhor Gato – murmurei me aproximando para pegá-lo.

 

Ele continuava fofo, mesmo depois de tantos anos continuava o mesmo gato.

 

-Você lembra dele, não é? – uma voz me assustou e por impulso acabei deixando o bicho de pelúcia cair. A voz vinha do banheiro e, quando olhei para lá vi William caminhando na minha direção – parece que você veio para matar.

 

-Você está certo – dei uns paços para trás – vim me vingar daqueles que causaram a morte dos meus pais.

 

-O culpado está atrás de você, o que faz aqui? – ele indagou. Eu sabia que ele estava falando do Vincent, mas eu continuei a encará-lo. Ele estava me odiando. Estava decepcionado e irritado, e eu causei isso. Não era certo fazer isso com ele – você está por trás desse ataque? Você é uma deles agora?

 

-Sim eu estou, mas ainda sou humana – retruquei, era melhor que ele me odiasse, doeria menos – agora dê-me licença.

 

-Anabelle! – ele deu alguns passos na minha direção, mas eu dei a mesma quantidade de passos para trás – não faça isso, eu não sei o que ele fez com você, mas você é uma caçadora. Seus pais estariam decepcionados se te vissem agora.

 

-Meus pais estão mortos, e é por causa deles que eu estou aqui hoje, matarei aqueles que verdadeiramente os mataram – eu falei dando as costas para ele e passando por Vincent que assistia tudo parado à porta – e nem você, nem ninguém irá me impedir.

 

Continuei andando sem olhar para trás, ouvi um barulho de luta, Will deve ter tentado ir atrás de mim, mas Vincent o impediu, exatamente como eu previ que seria.

 

Andei pelo corredor calmamente, eu sei que Vincent não faria nada com o Will, mas mesmo assim, não nego que estou preocupada.

 

Empurrei a estante que selava a saída e me vi na sala dos meus pais, era uma visão nostálgica.

 

Tudo estava exatamente como eu me lembro, da janela atrás da mesa eu pude ver a luta, os vampiros de Vincent estavam enfrentando os caçadores, parece que todos estavam lá fora, menos os membros do Conselho.

 

Covardes. Eles não tinham uma mínima noção de honra, estavam escondidos da sala do Conselho como sempre e deixaram o trabalho sujo para os outros. Como eu odeio esses velhotes.

 

Abri a porta discretamente e passei por ela, toda aquela mansão continuava a mesma. Estava estranhamente vazia e silenciosa, os únicos barulhos que vinham eram os sons abafados da batalha que ocorria lá fora.

 

Parei na frente da chave de força e a desliguei, deixando a mansão no escuro. Escuro demais para os humanos me verem, mas claro o suficiente para eu enxergar meu caminho até a sala em que os velhotes estavam.

 

Encontrei a porta um deles a abriu para verificar o problema com a luz, entrei silenciosamente e me escondi num canto onde nenhum deles estava.

 

Estava silencioso, eles se perguntavam sobre o que tinha acontecido, eu poderia atacá-los agora mesmo, mas vou esperar aquele que saiu retornar, se é para fazer algo, que seja bem feito.

 


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeey, finalmetne 4 reviews...
hehehe
Realmetne espero que gostem desse antepenúltimo capítulo Ç_Ç
*depressiva*
Não se esqueçam das reviews...
Ainda quero no mínimo 4 preu postar o capítulo final... MUAHAHAHHA



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