Hunter - The Revenge escrita por HannahHell


Capítulo 14
Capítulo 13.




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O caminho para Roma foi mais rápido do que eu imaginei, levamos três exaustivos dias para chegar, mas enfim pude ver minha querida cidade novamente.

 

Roma ainda parecia pertencer a outra dimensão, o único lugar em que eu poderia ver sinais claros de modernidade coexistindo com monumentos históricos. O único lugar em que passado e futuro se encontravam com uma harmonia impressionante.

 

Quase me esqueci como amava esta cidade. O carro passou pelas apertadas ruelas, seguindo caminhos afastados esse distanciando do centro da cidade.

 

Paramos na frente de um prédio abandonado, uma construção que combinava com o lugar que estava, uma ruela cuja grande parte das construções estavam abandonadas.

 

Vincent saiu e abriu a porta para mim, ele estava sorrindo como se fosse alguém que tinha chegado em casa depois de uma longa viagem – vou lhe mostrar por que ninguém me desafia – comentou quando eu saí.

 

O acompanhei, a porta do prédio se abriu assim que ele parou na frente dela e entramos. Ao contrário da sua aparência exterior, o interior parecia ser de um apartamento de luxo.

 

O piso de mármore, o lustre de cristal no hall e os elevadores de última geração. Parecia que entrei em outro mundo.

 

Entramos no elevador e Vincent apertou o botão onde se lia ‘-2’ – lembre-se muito bem do que vou te mostrar – ele deu um sorriso arrogante e recostou-se numa parede.

 

Quando as portas se abriram meu queixo quase caiu. Me deparei com um corredor tão longo que não conseguia ver o final, com certeza uma rede de túneis que passavam por toda cidade.

 

Vampiros andavam de um lado para o outro, abrindo e fechando as portas espalhadas pelo corredor, sem nem mesmo prestar muita atenção ao seu redor.

 

-Daqui podemos andar por toda cidade sem nos preocupar com os humanos – Vincent contou rindo.

 

-Isso explica como você desaparecem tão fácil – eles não precisam andar sub a luz do dia como os americanos.

 

-Sim, e se você reparar bem, aqueles ali coma roupa azul marinho – ele apontou para os vampiros que passavam mais vezes. Todos vestindo uma camiseta, uma calça e uma capa azul marinho – são os ‘guardas’.

 

-Guardas? – encarei ele, Vincent dava um sorriso sarcástico, como se tivesse se lembrando de uma piada interna.

 

-Eles impedem que vampiros que não são dessa área invadam meu território e de quebra limpam a sujeira que os outros deixam.

 

Realmente, ele manda por aqui, só me pergunto se nas outras áreas que ele manda o sistema é tão organizado.

 

-Vamos, você precisa descansar – voltamos para o elevador e ele apertou o botão do último andar.

 

-Vincent, quão grande é sua influencia pelo mundo?

 

-Não sei dizer ao certo, mas creio que é bem grande – ele olhou para cima pensativo – mas a área de maior influência é a Itália, com a exceção da área de Napoli, mas já estou resolvendo esse empecilho. E devo lhe agradecer, matar o filho daquele nobre foi o golpe que eu precisava para enfraquecê-lo.

 

Sim, eu me lembro, o tal filho do chefe de polícia. Foi fácil matá-lo mas não imaginei que mais alguém iria saber que quem o matou fora eu.

 

-Como você sabe?

 

-Anabelle, não acredito que você ainda não aprendeu – ele deu uma pequena pausa quando o elevador parou e saímos. Ele caminhou até a única porta do andar e a abriu, dando passagem para que eu passasse – eu sei de tudo – completou fechando a porta atrás de si.

 

Era um grande apartamento, o piso era de madeira nobre, a iluminação amarelada dava uma ar mais chique a aconchegante e os móveis forneciam o maior conforto e praticidade possível.

 

-Sempre me esqueço disso – comentei rolando os olhos. Ele se sentou no sofá, mas eu continuei de pé. Ainda tenho uma pergunta que desejo que seja respondida.

 

-Não vai se sentar? – ele arqueou uma sobrancelha, ele já deve saber que eu quero falar algo.

 

-Por que você me beijou? – encarei ele nos olhos, eu preciso saber essa resposta.  Mesmo que seja algo que não me agrade, ele precisa me responder.

 

Ficamos um tempo nos encarando em silencio, até que Vincent o quebrou soltando o ar sonoramente – porque eu quis.

 

-Mentira – não era apenas por isso, não podia ser.

 

Ele suspirou e se levantou, andando lentamente até mim – você pode não gostar da resposta – deixei claro que queria saber mesmo assim, ele suspirou mais uma vez e parou na minha frente – no começo, era por que eu vi em você as duas mulheres que eu mais amei em toda minha vida, você falava exatamente como a Isabela na primeira vez que a vi, e era assustadoramente parecida com a sua mãe. Naquele momento me arrependi de ter feito aquele acordo com o Conselho e decidi que lhe ajudaria se desejasse se vingar – ele ergueu a cabeça olhando para o teto, como se procurasse as palavras certas – o maior problema é que eu vi que estava errado. Você era muito diferente tanto de Isabela, quanto de sua mãe. E eu gostei ainda mais dessa diferença – ele se aproximou lentamente – gostei tanto que passei a amar. Ficar ao seu lado se tornou mais que conveniente, se tornou... Necessário – ele passou a mão pelo meu rosto lentamente e ajeitou um fio de cabelo rebelde atrás da minha orelha.

 

-Vincent... – ele não me deixou falar nada, me calou colocando o indicador na frente dos meus lábios e sussurrou lentamente ‘shhhh’.

 

-Você não precisa falar nada. Não quero nada em troca do que faço por você – ele se aproximou mais deixando seus lábios próximos de minha orelha – só estou lhe dizendo que irei esperar por você, o tempo que for preciso, ansioso para que aquele que ocupa seu coração vá embora e você me dê uma chance – sussurrou.

 

Ficou assim por alguns segundos até que ele se afastou um pouco e passou a mão novamente pelo meu rosto, seus dedos deveriam ser gelados, mas para mim pareciam estar muito quentes, ele me encarou nos olhos e nunca vi naqueles olhos cinzas um brilho tão intenso, deu-me um pequeno sorriso e voltou para o sofá.

 

Não sei como eu estava, mas devo estar em choque, só consegui colocar a mão por onde os dedos dele percorreram enquanto pensava no que ele falava. Meu coração batia tão forte que eu não conseguia ouvir meus pensamentos.

 

Respirei fundo para tentar retomar a razão, fechei os olhos e por um instante a imagem de William apareceu na minha mente. Me perguntei o que ele estaria fazendo e qual seria sua reação quando me visse novamente. Espero que ele não me odeie por trair a Associação dessa forma.

 

Respirei fundo novamente e fui me sentar ao lado de Vincent – precisamos discutir nosso plano.

 

-Realmente – ele me encarou animado – a hora chegou, não?

 

-Sim ela chegou – suspirei, mas senti uma onda de adrenalina passar por minhas veias, o sentimento de ansiedade começava a aflorar – tem algum papel por aqui?

 

-Não, mas se você pedir, alguém vem trazer – ele deu um sorriso de lado – é só falar alto que vão te escutar.

 

-Certo – respirei fundo – será que alguém poderia trazer um pacote de papel, alguns lápis, canetas e borrachas? – pedi me sentindo uma idiota por falar com o nada.

 

Não demorou mais de um minuto para baterem na porta, me levantei e fui ver quem era, era uma vampira baixinha de cabelos negros num corte chanel e olhos de uma amarelo esbranquiçado bem estranho, ela trazia nas mãos uma sacola com tudo que eu havia pedido – aqui está, senhorita – ela me entregou, fez uma pequena mesura e foi embora.

 

Fechei a porta e me sentei na mesa de jantar largando as coisas lá em cima – vem, Vincent, temos muito o que fazer antes da festa começar.

 


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Notas finais do capítulo

Cada cap que eu posto me dá uma dor no coração ç.ç
enfim, espero que vocês gostem *.*
estou tacando lenha na fogueira e quero perguntar para vocês:
Qual casal vocês apoiam nessa fic?
Por que eu estou com sérias dúvidas se o final vai agradar a todos...
AHushaushau
Não se esqueçam das reiviews, hein só vou postar quando tiver pelo menos 4 reviews ;P



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