Hunter - The Revenge escrita por HannahHell


Capítulo 16
Capítulo 15.




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As luzes se acendem novamente e o membro do Conselho que havia saído retornou. Segurei a vontade de rir da tolice deles.

Peguei um punhal e o joguei na lâmpada, fazendo-a queimar e devolver a sala na escuridão.

-Quem está aí? – reconheci a voz de Ruy, saía tremida e assustada, sorri. Nunca imaginei que ouvir a voz dele iria me agradar tanto, mas acho que isso deve ser por causa do medo que nela tinha.

-Não me reconhece mais? – comentei saindo do meu esconderijo  e fiquei na frente da janela para que eles pudessem me ver parcialmente por causa da luz da lua que entrava.

-Anabelle? – um outro velhote balbuciou, eles estavam todos próximos, seria idiotice enfrentá-los assim.

-Vocês não deveriam ter feito aquilo – comentei andando sorrateiramente na direção da janela enquanto eu via ele se afastarem mais ainda de mim.

-Como assim?

-Ah! Vocês sabem muito bem, o tiro que vocês deram nos meus pais e o golpe que vocês armaram para se livrar deles e de mim – peguei a cortina e a fechei deixando o lugar mais escuro ainda – mas vocês mesmo que iam se livrar de mim? - corri até a porta e a tranquei antes que eles chegassem nela.

-Anabelle, não sei o que aquele vampiro lhe contou, mas é mentira – Ruy se pronunciou.

-E eu mencionei algum vampiro? - eu ouvi ele engolindo em seco, dessa vez eu não segurei a risada, idiotas – chega de brincadeiras, consegui a confissão que eu queria – sorri sadicamente, mesmo sabendo que eles não veriam e tirei as espadas da bainha.

-Anabelle, não faça nada que você irá se arrepender depois – Ruy tentou mostrar calma falando isso num tom quase paternal.

-Não matar vocês é que seria um arrependimento.

Eu corri silenciosamente, eu sabia que ele poderiam me ouvir e sabia que estariam armados. Meus ataques têm de ser rápidos, o melhor é começar pelos mais fracos.

O primeiros foram os da ponta, golpes certeiros na altura do pescoço, praticamente indefensáveis.

Mas eles se separaram, numa tentativa de me encurralar. E é claro que conseguiram, estavam agora em cinco e eu em uma, mas aposto que eles não faziam idéia da minha força.

Como eu imaginei, os cinco tentaram me atacar ao mesmo tempo, estavam armados com vários punhais e espadas. Mas eu tinha a vantagem da visão e velocidade.

Desviei do primeiro e o usei de arma empurrando-o contra outro que vinha em minha direção, com o impacto ambos caíram.

As luzes se acenderam, e pude ver os três velhotes que ainda estavam de pé.

Um deles tentou me atacar, defendi-me de seus golpes habilmente, enquanto tentava evitar os ataques de um outro.

Chutei o primeiro e num golpe rápido deferi um golpe no segundo causando um corte profundo em seu peito. Voltei minha atenção para os dois que haviam caído. Antes que meu adversário chutado voltasse a me atacar, cortei as cabeças dos dois.

Covardia? Não me importo com isso. O sangue deles espirrou em mim, mas a sensação fora boa, agora eles não iriam mais trair mais ninguém.

Me distraí por segundos e quando me virei fui acertada na barriga, não era um corte muito grande, mas era profundo.

A dor se misturou com fúria e em apenas um golpe terminei com a vida de meu agressor.

Agora entre mim e minha vingança estava apenas Ruy. Parado na parede, assistindo seus colegas serem massacrados. O meu sangue corria misturando-se com os dos outros. O cheiro de ferro deixaria qualquer um enjoado, mas eu estava apreciando. De alguma forma isso me deixava mais forte.

-Sua vez - minha voz saiu rouca e nem eu mesma a reconheci, mas gostei do efeito que ela provocou nele. O choque e o pavor.

Corri até ele, ignorando a dor que meu ferimento causava, ele se defendeu de vários golpes, mas sua velocidade humana, não se comparava com a minha.

O desarmei, ele já estava com um corte profundo no braço direito, e agora tinha mais outro impedindo a movimentação do braço esquerdo.

-Algumas últimas palavras? – perguntei encostando a ponta da espada no peito dele, bem na direção de seu coração.

-Você é um monstro.

-Sim, graças a você – retruquei e enfiei com força a espada no corpo dele, senti uma onda de contentamento sem palavras. O olhar de dor, o sangue dele, tudo.

Deixei-o no chão e voltei as minhas duas espadas na bainha, dei as costas e corri de volta para a sala dos presidentes. A explosão de adrenalina estava passando, o ferimento doía e continuava a sangrar.

Tentei o estancar com a mão, mas parecia ser inútil, me senti fraca, mas tinha de prosseguir.

Abri a porta, a sala ainda estava vazia. Me apoiei na mesa para descansar um pouco. O ferimento estava me matando, literalemente.

-Vincent, venha aqui – chamei com a voz fraca, mas soube que ele ouviu, pois segundos depois ele estava na minha frente.

-Anabelle, o que aconteceu com você?

-Ossos do ofício, vamos embora – me apoiei no ombro dele.

-Vocês não vão a lugar nenhum – William falou aparecendo na entrada do corredor que levava ao seu antigo quarto e ao laboratório dos meus pais – Ana? –ele se aproximou, mas logo se lembrou que eu era o inimigo.

-Will, garanta que a Associação valha a pena, okay? – pedi cambaleando até ele. Estiquei minha mão e toquei o rosto dele, sujando-a um pouco de sangue – promete?

-Como... – ele não estava entendendo  o que estava acontecendo, e muito menos minha ação.

-Deixe-me ir, por favor.

-Ana, eu não posso – ele abaixou a cabeça com força sujando mais ainda seu rosto com o sangue que sujava minhas mãos.

Eu dei uns passos para trás, mas  ele me seguiu, ele estava de costas para a janela e bem na minha frente.

-Você vai me deixar morrer? – perguntei indicando a mão que tentava estancar o sangue.

-Ana, você sabe que não.

-Então deixe-me ir, não quero te machucar – coloquei a mão novamente no seu rosto – por favor – escutei a janela quebrar, mas não liguei.

-Cuidado – Vincent gritou, mas antes que qualquer um de nós pudesse tomar alguma atitude uma mão com unhas tão afiadas quanto garras atravessou o peito de Willian com o sangue quente de seu rosto respingando sobre mim.

-Will! – o segurei quando ele tombou para frente, foi então que eu o vi, em cima dos vidros estilhaçados da janela, sorrindo sadicamente enquanto lambia os dedos. Os olhos rubros e os dentes pontudos brilhando a luz da lua - Stephen – murmurei ao reconhecê-lo.

-Obrigado por distraí-lo por mim, caçadora, você deixou as coisas bem mais fáceis para mim – comentou rindo.

-Por que fez isso?  Seus pais nunca vão te perdoar – gritei enquanto caía no chão por não aguentar o peso de William.

-Eles não saberão, vão achar que seus pais o mataram há muito tempo, que o Conselho matou seus pais e você matou o Conselho, sem problemas para você, sem problemas para mim, todos ficamos felizes – ele pulou da janela ainda rindo.

-Vincent, vá atrás dele – implorei – Will? WILL! Responde! Por favor – eu chamei, mas ele não me respondeu, não estava mais quente, não, agora ele estava frio como na época em que era um vampiro, seu silencio me fez encarar a realidade, estava morto – não... – as lágrimas corriam pelo meu rosto – a culpa é minha, me perdoe, Will – os soluços me impediam de continuar a falar.

-Vamos Belle – Vincent me puxou pelos ombros e me pegou no colo – vamos embora.

-Certo – escondi meu rosto no ombro dele deixando minha lágrimas e o sangue no meu rosto o sujar mais ainda, senti ele pulando da janela e começando a correr o máximo que pode.

Chegamos ao carro e entramos, os gêmeos ainda não tinham chegado, mas logo eles iriam chegar.

-Preciso te levar para um hospital – ele murmurou, ia pular para o banco da frente, mas eu o segurei

–Tenho uma idéia melhor – murmurei com a voz rouca e fraca. Ele estava comigo, ele sempre esteve. William, fora meu primeiro amor, mas essa paixão não foi forte para que ele estivesse comigo no meu momento de maior dificuldade. Não.

Quem estava lá fora ele, Vincent, com seu cinismo e sempre disposto a fazer qualquer coisa para me ajudar. Ele que sempre teve um tremendo azar com o amor e que mesmo assim parecia seguir sua vida e conviver com suas dores.

Só agora que percebi que não apenas admiro o loiro na minha frente, não, o que sinto é algo maior que admiração.

-Belle?

-Você ainda está me esperando? – me aproximei dele, o suor escorria pelo meu rosto misturando-se ao sangue, já estava febril, podia sentir.

Will morrera, e foi por minha culpa, mas eu ainda tinha Vincent ao meu lado e sei que sempre estará, mesmo que eu não peça e isso me consola de uma maneira assustadora.

-Eu já te disse que estou – ele sentou.

-Não precisa mais - o beijei, mas não foi como daquela outra vez no barco, dessa vez eu senti que era desse beijo que eu precisava. Senti meu coração acelerar mais do que já estava acelerado e uma sensação boa tomou conta do meu corpo amenizando até mesmo as dores que sentia

-Belle, você tem certeza disso? - ele me encarou com tanta felicidade e ansiedade que eu tive certeza; sim era isto que eu queria.

-Sim – murmurei, ele se aproximou mais uma vez, afastou meus cabelos com sua mão e me mordeu, era uma dor forte, porém não incomodava. Senti-me mais fraca ainda, já havia perdido sangue demais.

Ele levantou a cabeça, meu sangue escorria pelos lábios dele, ele passou a unha no seu lábio inferior fazendo um corte profundo e me beijou.

Senti o gosto do sangue dele, o gosto salgado, mas agradável, senti esse sangue descer por minha garganta enquanto o beijava.

Sempre desconfiei que minha vida acabaria com muito sangue, mas nunca imaginei que seria em meio a beijos banhados a sangue, beijos que me transformariam naquilo que passei minha vida inteira caçando. Mas é como dizem, um dia é do caçador, outro da caça.

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Eis aqui, o gran finale.

me doi muito colocar completa nessa fic, ainda mais por que foi a primeira original que eu terminei.

Sentirei tanta falta da Belle, do Vincy, Do Willy, do Stephen...

que nem sei como descrever, mas com toda certeza sentirei falta de vocês, meus leitores.

Com toda certeza, suas reviews foi o que me impulsionou à escrever mais e mais dessa fic.

Graças às suas reviews eu evolui, eu me tornei uma escritora melhor

e agradeço muito a todos vocês.

Mas não poderia deixar de dar um agradecimento especial à Carol, por que além de aturar meus surtos, e escrever uma fic incrível, a qual eu digito e beto, ainda por cima leu, comentou e recomendou essa fic.

Acho que um dos dias mais felizes da minha vida foi quando eu vi que a Hunter- The Revange teve uma recomendação.

Também tenho de agradecer à cahnove, que além de ser a pessoa mais fofa do mundo, fez uma recomendação linda na The Scape.

Deixei para agradecer-te aqui no final, mas saiba que sou eternamente grata *.*

Muito obrigada à vocês também, leitores fantasmas.

Espero de todo coração que tenham gostado desta fic e, até a próxima.



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