Hunter - The Revenge escrita por HannahHell


Capítulo 13
Capítulo 12.




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O que aquele vampiro quer, primeiro age como o torturador, depois, dá o maior apoio. De que lado ele está afinal?

 

Bem, ele existe para substituir o William, se ele voltar, o Stephen perde seu lugar no paraíso. E duvido que alguém como ele gostaria de perder tanto poder.

 

Mas duvido que a Isa esqueça dele, do Allex eu não duvido nada, mas a Isa daria um jeitinho. De qualquer forma as coisas piorariam para ele.

 

Talvez eu pudesse usar esse egoísmo dele, seria interessante, assim eu poderia fugir.

 

Mas o Vincent permaneceria aqui, não posso deixá-lo sozinho, mesmo ele sendo poderoso, ele está no coração do campo do inimigo, nem dois dele conseguiriam sair vivos daqui a força.

 

Cada vez mais que eu penso, mais essa situação de torna sem saída, preciso dar um jeito nisso. E preciso que seja o mais rápido possível, mas como?

 

-Você me decepcionou – uma voz comentou da grade, reconheci o tom provocativo que Stephen sempre usava – imaginei que iria resistir mais – continuou – mas você quase entregou o ouro – soltou uma larga risada.

 

-Você diz isso por que não estava no meu lugar – retruquei.

 

-O que? Você imaginou mesmo que eles iam acreditar? Mesmo se você tivesse falado a verdade eles não vão para a Associação – ele retrucou rindo mais ainda – você é tão tola que eu chego a sentir pena.

 

Ele só podia estar de brincadeira, ele só pode ser bipolar, não consigo entendê-lo mesmo que eu tente. Parece que ele está pedindo para apanhar.

 

-Mas não lhe entendo, você depende tanto do meu titio, mas insiste em colocá-lo em perigo – comentou, mesmo no escuro pude ver seu sorriso sarcástico – ele quase morreu lá por você. Isso não te afeta?

 

Aí já era demais, ele está brincando com fogo, e está implorando para ser queimado. Ouvi o barulho da cela se abrindo, era minha chance.

 

-Aqui sua ração – ele ironizou, mas antes que ele fechasse a cela o puxei para dentro jogando-o com força na parede.

 

-Sim, eu me importo com ele – murmurei socando-o na boca do estômago – mas eu não tinha muita escolha – continuei com os golpes em sua barriga.

 

-Você se irrita muito fácil – ele comentou rindo, dei-lhe um soco no rosto – se eu fosse você eu fugia agora – murmurou tão baixo que quase não o ouvi - eu usaria o alçapão que tem nesse corredor e fugiria usando o poço.

 

-Como? – balbuciei sem entender nada, ele puxou a gola da minha roupa para que eu me aproximasse.

 

–Ele está no terceiro foco de luz – sussurrou ao pé do meu ouvido e desmaiou.

 

-Seu traidorinho fraco – murmurei e saí correndo. Isso pode ser uma emboscada, mas era a minha única chance. Era isso ou nada.

 

Corri o máximo que pude, procurando o tal do alçapão, não deveria ser algo muito chamativo, mas deve ser algo fácil de achar.

 

O corredor era muito comprido e escuro e o cheiro de umidade me enjoava, mas não posso me deixar abater.

 

Me preocupei a olhar para o chão, o pouco de luz que vinha me era o suficiente para ver algo que não fosse as pedras.

 

Ouvi barulho de passos atrás de mim, eles estavam vindo, se o Stephen estiver mesmo me ajudando irá os atrasar, mas se for uma armadilha...

 

Tenho de me apressar. Respirei fundo para me acalmar e procurei o máximo, finalmente achando um alçapão fechado por uma portinhola de madeira no chão à mais ou menos uns dez metros de onde eu estava.

 

Corri o máximo que pude e parei bem em cima da madeira, agachei-me no chão de pedra ao lado e abri a portinhola.

 

Estava escuro demais para ver o final, mas os passos pareciam se aproximar. Entrei no buraco e me segurei com uma mão. Usei a outra para começar a fechar a entrada, antes de terminar de fechar me soltei, última coisa que ouvi foi o barulho seco da madeira de encontrando com a pedra.

 

Depois disso senti apenas o frio na barriga da queda livre em que me meti. Tentei flexionar as pernas para amortecer a queda, mas isso não impediu que na hora que atingi o chão eu rolasse no que me pareceu ser grama.

 

Eu estava nos jardins do castelo, minhas pernas doíam por causa da queda, assim como minhas costas, mas não estou em condições de ficar parada par ame recuperar.

 

Nada doía o suficiente para indicar uma torção ou fratura, mas de qualquer modo eu resolveria qualquer um desses problemas depois, por hora vou achar o poço.

 

Levantei-me com dificuldade, consigo ficar de pé, já está ótimo demais pelo menos isso. Escondi-me nas sombras, aproveitando a noite.

 

Mesmo sendo uma noite clara, de lua cheia, havia algumas sombras em que eu pude me esconder.

 

O poço estava num lugar descampado, para chegar lá sem ser vista seria um problema.

 

Corri abaixada passando por algumas árvores, usava as sombras para me ocultar, não vi ninguém nas proximidades, talvez me procurassem no castelo. Olhei ao redor, não havia ninguém, essa era a minha chance.

 

Corri usando o máximo da minha velocidade e cheguei no poço. Entrei cuidadosamente nele, usando as saliências dos tijolos com os quais foi construído.

 

Era muito difícil, a umidade fazia minhas mãos escorregarem, meus dedos doíam por causa da pressão que fazia para mantê-los presos nas pedras, meus pés falseavam tornando a descida mais perigosa.

 

Consegui descer em segurança por pura sorte, meus dedos estavam com alguns machucados e vários deles sangravam levemente. Meus pés estavam no fundo do poço, um local cheio de logo, muito escorregadio. E a água batia nos meus joelhos.

 

Não sei por onde escapar, mas deve ter uma saída. Tateei com o pé o fundo do poço, até que eu achei um pequeno túnel, era por ele que vinha a água.

 

Abaixei, peguei o máximo de fôlego que consegui e mergulhei, passando pela pequena entrada. Nadei por aquele túnel cheio de água por um tempo, era tão estreito que meus pés batiam nas paredes conforme eu os batia.

 

O fôlego começava a faltar, mas me segurei, o túnel começou a aumentar até que minhas pernas passaram longe das paredes. O ar faltava nos meus pulmões e do meu nariz saíam várias bolhas.

 

Nadei para cima em busca de ar, por sorte havia um espaço de uns vinte centímetros entre a superfície e o teto do túnel, usei essa brecha cheia de ar para respirar com gosto e recuperar meu fôlego.

 

A minha frente havia um foco de luz, devia ser de outro poço, ou de uma saída, mas eu devo ir para a terceira saída.

 

Voltei a nadar com todas minhas forças, passei por mais um foco de luz, eu só precisava chegar em mais um. Meus músculos começavam a sentir a fadiga.

 

Os movimentos se tornavam cada vez mais mecânicos e meu fôlego acabava mais rápido, mas eu tenho que conseguir chegar até o fim.

 

Tenho contas a acertar com certos velhotes e esse acerto de contas terá de ser feito apenas por mim.

 

E para isso, eu preciso achar a saída. Continuei a nadar, por mais que minhas pernas já começassem a reclamar eu não ia parar. O terceiro foco de luz apareceu, eu o segui por outro túnel estreito, que por sorte era menor que o outro. Saí no fundo de um poço iluminado pela luz da lua cheia e das estrelas.

 

Olhei para cima, era alto e eu teria de escalar. Esse pensamento me fez tremer, mas eu não posso parar, respirei fundo e comecei a escalada.

 

Minhas mãos tremiam, e doíam, os machucados mal cicatrizados voltaram a abrir deixando a superfície já úmida mais escorregadia. Meus joelhos fraquejavam e me forçavam a subir mais lentamente do que desejava.

 

Meu pé escorregou, mas por sorte minha mão conseguiu me segurar a tempo. Meu coração batia tão forte que parecia que ia sair pelo meu peito.

 

Demorei, mas finalmente chequei a borda do poço,  demorei para achar um apoio para conseguir subir, mas quando achei saí daquele lugar, deixando-me ficar deitada na grama por alguns segundos.

 

Levantei com dificuldade minhas pernas tremiam, olhei ao meu redor; estava num parque, já devia ser altas horas da madrugada, pois ele estava vazio.

 

Cambaleei sem nem mesmo me esconder, queria apenas chegar na saída do parque. Ela estava há apenas alguns passos, corri e saí na calçada. Os carros passavam lentamente e havia alguns parados.

 

Onde ele está, não posso começar a gritar por ele, mas eu quero saber onde o Vincent está, porém ele parece não estar nem perto daqui. Comecei a andar, estava passando por um Chevrolet preto bem velho – Vinc... – comecei, mas a porta de trás do carro se abriu e alguém saiu atrás de mim. Não tive tempo de me virar, a pessoa tampou minha boca e me empurrou para dentro do carro.

 

Ele entrou e fechou a porta, seus cabelos vermelhos estavam muito bagunçados e sua roupa amarrotada com alguns rasgos, não parecia nem um pouco o Vincent que eu conhecia. Mas pelo menos ele estava inteiro.

 

-Você planejou tudo isso, ou foi idéia dele? – perguntei enquanto o carro andava no limite da velocidade da rua.

 

-Meu sobrinho postiço é mais egoísta e egocêntrico do que aparenta – ele retrucou com um sorriso de lado.

 

Sorri por alguns segundos, ele estava bem – Mas não é inteligente – ponderei.

 

-Não mesmo – ele deu uma larga risada.

 

-Vamos para a Itália dessa vez? – indaguei arqueando uma sobrancelha.

 

-Dessa vez não seremos impedidos nem se tentassem – ele deu um sorriso de lado – você tem que dar um jeito nesses machucados.

 

-Não é nada – coloquei as mãos nos bolsos – logo saram.

 

-Você que sabe – ele deu de ombros e olhou para a janela.

 

Dessa vez nada iria me impedir, afinal a Itália era a área do Vincent, ali eu com certeza estaria protegida, especialmente em Roma.

 

 


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Notas finais do capítulo

espero que vocês gostem
estamos chegando no nosso arco final Ç_Ç
aaaah socorro, eu não quero ver meu bebê acabar Ç_Ç
não se esqueçam das reviews



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