N: Ninguém

— Então... parece que eu perdi muita coisa! - Thor ria depois de receber as atualizações de acontecimentos de Katrina – Mas foi uma honra você me chamar para me levar até o altar em seu casamento.

— Não poderia ser outra pessoa. - respondeu Katrina sorrindo.

Os amigos se abraçam e sorriem. A porta da sala da igreja onde estavam, onde foi improvisado uma espécie de camarim, entrou Kazumi em seu vestido azul, sendo seguida por Natasha, sua madrinha de casamento. A ruiva foi a primeira à ser cogitada para isso, sendo seguida por Zoe. Julia estava longe e não sabia-se quando voltaria. Se passaram meses e poucos contatos com Julia. Nenhum de quando ela voltava.

Sim, ela e o pai perdoaram um ao outro em uma cena emocionante, mas ela viajou do mesmo jeito. Isto é, foi mais confortável do que iria sem falar com seu pai o quanto sentia muito e que voltaria logo que se recuperasse. E isso, sem esquecer, é claro, do "eu te amo". Havia muito tempo que Tony e Julia não diziam isso um para o outro. Se passaram meses e Julia não voltava. Mas Steve sabia que ela ia voltar, tal como Zoe, que conhecia sua amiga muito bem.

— Kate, melhor irmos. - Natasha chamou – Eu juro que nunca vi Steve tão nervoso na minha vida.

— Lembra de como ensaiamos, não é? - perguntou Katrina ao amigo que havia voltado na semana anterior.

— Um em cada escada? - questionou Thor – Sim, lembro.

— Estou voltando. Não demorem. - falou Natasha, se retirando.

— Acho que não posso agora. - admitiu a asgardiana – Eu estou tão nervosa e as coisas estão indo tão rápido...

— Com Loki foi devagar demais. - Thor a interrompeu, pondo a mão em seu ombro – Agora, em uma velocidade mediamente normal, você está achando estranho. Faz sentido. Mas não é por isso que você não quer ir agora, nesse minuto.

A noiva mordeu o lábio, abaixou a cabeça e concordou.

— É tão obvio?

— Julia vai aparecer. Não perderia o casamento de vocês de forma alguma! A garota tem uma enorme consideração por seus amigos.

— Então esperamos mais um pouco!

— E se ela já estiver lá dentro?

— Vertade, mãe. Sabe que a Julia é imprevisível. - afirmou Kazumi – Ela vai aparecer, isso se não já apareceu!

— Bom, tenho que concordar. - admitiu.

Kaz também estava eufórica. A garotinha não parava de pular, como uma fangirl que presenciava o casamento do casal que shippava. E olha que ela shippava muitos casais, sejam de filmes, animes ou Vocaloids, que ela gostava tanto de ouvis as músicas. Kaz nem sempre viveu nas ruas. Onde ela vivia antes? Bom, ela não quer que vocês saibam disso agora. De preferência, nunca. Ela odiava lembrar de seu passado, do que passou um dia, antes de conhecer Katrina. Não desejava isso nem aos seus maiores inimigos.

A sala ficava no segundo andar da igreja. Haviam duas escadas na entrada, uma de cada lado do portão. O designe da igreja era lindo. Thor e Kate foram cada um para um lado. Ficaram logo atrás dos outros. De um lado, estavam na ponta de baixo Steve, seguido por Sam, Tony, Clint, Bruce e por último, Thor. Do outro estavam Hill, que acompanharia Steve até o altar, sendo seguida por Zoe, Pepper, Laura, Natasha e Katrina nessa exata ordem. Wanda e Visão ficaram de longe, observando tudo, assim como Cléo e seu namorado Tales, que Zoe havia acabado de conhecer. Aliás, faziam apenas dias que Kate conhecia Laura e elas se tornaram boas amigas! Vai ver é porque as duas são bem parecidas.

A música começa. Kazumi, com sua cesta de pétalas de flores, se afasta da escada e dica encostada na porta fechada da igreja. Steve e Maria andam na direção um do outro e se dão os braços, assim, indo em direção ao altar e o pastor. Ele encarava os convidados e não via Julia. Eram tantos! Então foram entrando, consecutivamente, Zoe e Sam, Tony e Pepper, Clint e Laura, Bruce e Natasha. Ambos procurando por uma certa loirinha que ainda não aparecera.

A canção muda. Descem das escadas lentamente Thor e Katrina, dando os braços e seguindo, logo atrás de Kazumi, que jogava pétalas no chão e, logo que o trajeto acabou, se sentou ao lado de Wanda, observando Steve segurar e beijar a mão de sua mãe adotiva. Ah, como ela sonhava com esse dia! Constantemente, comparava Steve a Loki. Com o tempo, passou a não ligar para isso e querer apenas que Kate fosse feliz.

Quando o pastor ia iniciar a cerimônia, Julia entrou pela porta, que havia acabado de ser aberta. Todos que a esperavam, que não eram poucos, soltaram suspiros aliviados. Ela se senta perto de alguns mutantes da Escola Charles Xavier que haviam sido convidados. Sendo mais exata, Julia se sentou ao lado de Paôla, a Profetiza. Ao voltar a atenção à cerimônia, o pastor continua.

Um pequeno momento de descontração quanto ao nome da noiva, que não tinha sobrenome, e mais para frente, quando ele perguntou se havia alguém contra, Katrina temeu que Loki aparecesse e impedisse seu casamento com o homem que ela amava, mas se lembrou de que ele estava morto. E nada a impediria de fazer aquilo. A cerimônia prossegue, com Zoe e Sam, que foram chamados para cantar uma canção, os votos de Steve e de Katrina, e quando foi dito o "Eu vos declaro marido e mulher", Steve e Katrina se apressaram ao voarem para os lábios um do outro antes que a deixa fosse dada pelo pastor.

E esse foi o fim da cerimônia.

Hora da festa!

A festa de casamento foi em um salão, não na igreja, e foi onde eles puderam matar as saudades que sentiam de Julia. Com um rápido parabéns de seus amigos, logo todos corriam para ver Julia. A mesma queria apenas ver seu pai. E o procurou, o achando rapidamente. Eles se abraçam e ficam assim por um tempo.

— Senti sua falta. - confessou a estrela.

— Como foi a viagem? - ele perguntou.

Ela acaba o abraço e o encara.

— Se lembra daquela vez que viajamos para o Rio juntos, ficamos andando pela areia da praia e jogando água um no outro?

— Muito vagamente. - confessou o pai.

— Eu queria poder refazer essa cena. Mas de qualquer forma, foi bom. Eu pude me sentir humana novamente, revi Ana, Thalita, Bia... ah, mas eu senti tanto a falta dessa confusão que é nossa equipe! Realmente confiava que eu ia aparecer hoje?

— Tanto não confiava que convidei alguém que disse que nunca mais queria ver você... ou que nunca mais teria coragem de ver você, não me lembro ao certo. Está por aí!

Julia olhou de relance para trás e encontrou ele. Camisa azul, sorriso divertido, conversando com Katrina como se nada antes houvesse acontecido. O coração de Julia acelerou ao ver que o cara que ela amava estava lá. Ela sorri e sussurra.

— Jones.

— No seu lugar, eu ia falar com ele. - aconselhou – E você sabe o que dizem de palavra de pai e mãe.

Julia concordou e se aproximou dos noivos, que se afastavam e deixavam Jones para trás. Seu paço era lento, mas formoso. Tentou assemelhar-se a uma princesa. Queria que ele visse esperança. Ela o amava e ele a amava, e sendo assim, o que os impedia de ficar juntos?

— Ah, minha viajem foi revigorante, mas graças a Deus eu estou de volta. - ela diz animada, assustando Collin.

— Julia?! Me disseram que você não...

— Se enganaram. Eu não perderia o casamento de Steve e Katrina de forma alguma! - ela se aproxima e cruza os braços - Ouvi dizer que está me evitando. É verdade?

— Quem liga? - falou – Sabe, eu estava pensando... não seria épico um jogo do Assassins Creed se passando no Japão feudal?

— Claro, Sr. Samurai! - respondeu Julia, o acompanhando na risada – Isso me lembra um jogo que lançaram na época da Batalha de Nova York, pouco depois, que não tinham eu, Nat nem Clint! Eles nos ignoraram e eu achei um absurdo!

Os dois riram. Enquanto isso, Zoe pegou uma taça de champanhe e tomou um cole. O álcool não fazia efeito algum em seu organismo que se curava tão depressa. Então ela percebe a mesma garota, Mariana, em um vertido rosa no meio da festa. Teve a impressão de ver ela também na cerimônia. A mesma comia e observava a todos atentamente. Zoe volta sua atenção à irmã, com o namorado, que contava histórias para um grupo.

— ... e então o chefe se jogou dentro daquele abismo e, o que eu fiz? Fui atrás dele! - então todos ficaram surpresos – E ainda bem que eu fui, porque ele bateu a cabeça e sobrou pra mim dar uma mãozinha.

— Ser instrutora de esportes radicais parece ser incrível mesmo. - falou James Rhodes.

— É um trabalho perigoso, mas mui gratificante. - falou Tales, a abraçando.

— Ah, que fofo, ele fala espanhol misturado com inglês só para parecer mais romântico, como o Zorro ou o Gato de Botas. - falou Zoe.

— Essa é a minha cunhada vingadora! Sou seu fã, só pra constar. Acho que não consegui dizer isso mais cedo. - falou Tales com a mão no ombro da albina, para muitos, desafiando a morte.

— Espero que esteja protegendo bem minha irmã. Não confio ela à qualquer um, e você me parece um cara legal. Mas tô de olho.

— Irmã, por favor, eu posso me cuidar. - insiste a mulher de vestido curto e rodado roxo e luvas pretas.

— Você é nova convertida, Cléo. Ainda me preocupo com esse início de vida com Deus em que você está.

— Estou indo bem, é sério.

— Sempre fui a irmã mais velha superprotetora. Você sabe.

— Zoe! - chamou Sam, do outro lado da festa.

— Tenho que ir. Até logo.

— Até breve, Zoe. - falou Cléo.

A mais velha caminha até o namorado. Sam e ela estavam recomeçando, do zero, o relacionamento deles. Com tantas mentiras envolvidas, não bastava voltar. Tinha que começar do zero. Agora eles eram mais um para o outro do que já foram no passado. Eram Samuel Wilson e Zandaia Michell.

— O que foi, amor? - ela perguntou.

— Tem alguém querendo falar com você. E é importante. - ele afirmou, a abraçando pela cintura.

— Quem?

— Se eu disser, você não vai.

— O Xavier? - ela revira os olhos.

— Não tem nada a ver com os X-Man. Ele realmente tem um assunto a tratar com você.

— Tá bem. - Zoe suspirou e o beijou rapidamente – Volto logo.

Enquanto Zoe ia até Charles Xavier, que estava próximo ao banheiro, Julia e Collin riam e zoavam perto do fondue de chocolate (que tinha um significado "especial" para o noivo). Haviam até se esquecido do que aconteceu meses antes.

— ...Então eu disse: "Não ligue para isso. Eu sou só uma garota que estava prestando seu louvor à Deus. Não sou só isso tudo que você falou". Mas acho que acabei soando mais presunçosa do que humilde.

— Você é uma Stark. Ser presunçosa está no seu sangue.

— Está dizendo que se nos casássemos e tivéssemos filhos, eles teriam um ego maior que o normal por terem os meus genes?

— Não tô afim de falar disso, mas eles teriam meu QI somado ao seu, ou seja, seriam mutantes de tão inteligentes. - riu.

— Você não é tão inteligente assim. Podia ter me esperado acordar!

— Não quero falar nisso.

— Mas eu quero. Você disse que queria se casar comigo e ter filhos! Não dá pra esquecer uma coisa dessas.

— Tá, e você? O que você quer?

— Qual é, Jones! Por que fugiu de mim?

— Eu não queria te ver de novo e ter que dar explicações do que eu disse. E eu estou de coração partido, o que só piora tudo.

— Somos melhores amigos, Jones...

— Exatamente!

— Me ouve! Somos melhores amigos. Nunca houve uma faze de conhecidos ou uma de colegas, sempre fomos melhores amigos, direto. E eu achava, há algum tempo, que estávamos destinados a sermos melhores amigos pra sempre. Me promete uma coisa?

— O que? - ele perguntou decepcionado.

— Diga que estou errada e nunca mais me deixe dizer que eu e você somos só amigos. Eu te amo, Jones. Quero ser muito mais do que só sua melhor amiga para sempre.

Agora você acha que ele disse que ela está errada e eles se beijaram apaixonadamente e ficaram juntos para sempre. Certo? Errado!

Jones riu.

Começou a rir sem parar, deixando Julia assustada. Ela nunca ia esperar aquela reação dele. Ele se apoia na mesa do fondue de chocolate e recupera o fôlego perdido na risada. Em seguida pega um morango e volta sua atenção à loira.

— Julia, abre a boca e fecha os olhos.

— Jones, isso é ridículo.

— Confia em mim!

— O máximo que você vai fazer é mergulhar isso no chocolate!

— Abre a boca e fecha os olhos! - ele insiste.

Quando finalmente ela obedece, Jones mergulha o morango no chocolate e leva à própria boca, o devorando de uma única vez enquanto Julia continua de boca aberta e olhos fechados. O morango com chocolate estava tão delicioso que ele quis compartilhar o sabor com Julia, e o fez de forma inusitada! Ao invés do morango com chocolate que ela esperava, o que Julia recebeu mesmo foi o beijo mais apaixonado que já recebeu em sua vida. Os olhos de Julia se arregalam logo que o beijo começou, mas logo seu peito se conforma e sua mão pousa calmamente em sua nuca e ele abraça sua cintura. Com a outra mão, Julia apertou o braço de Jones e ele afasta seus lábios dos dela.

— Quero mais um. - ela diz logo que acaba – Esse morango com chocolate está divino.

Jones riu.

— Está vendo porque eu te amo?

— Então, estamos tecnicamente namorando?

— Não. Nos realmente estamos namorando. Julia deu um sorriso que ela chama de "Sorriso Psicopata da Wanda", com todos os dentes e uma euforia inimaginável. Os olhos chegavam a brilhar! Assim, os dois voltam a se beijar, enquanto Zoe se aproxima do careca de cadeira de rodas. Se lembra da primeira vez que se viram pessoalmente. Estava tão preocupada com sua irmã baleada que o tratou com ignorância. Agora, ele tinha assuntos a tratar com ela.

— Olá, Charles. - ela diz, cruzando os braços.

— Boa noite, Srta. Michell.

— Tecnicamente é Sra. Michell. Sou viúva. E você pode me chamar de Zandaia ou só Zoe.

— Então voltou à atender por seu nome verdadeiro?

— Sim, mas é algo pessoal. - ela sorri – O que é tão importante?

— Detectei uma mutante. E dessa vez foi diferente. - falou bem sério.

— Classe cinco, como eu e Jean?

— Aí é que está: ela é muito mais do que isso. Achamos no que sobrou de Sokovia, mas não consigo mais senti-la. Tive um rápido deslumbre de seu rosto e a leve impressão dela ter laços de sangue com você.

— Uma prima ou irmã mais poderosa do que eu?

— Não exatamente. - falou o cadeirante, olhando em seus olhos – Acho que sua filha pode estar viva.

Zoe deu um passo para trás, com a lembrança da morte de sua filha. Não podia ser possível. Ela cobre a boca e depois leva seus dedos aos seus cabelos. Olha ao redor desnorteada e depois volta sua atenção.

— Não é possível. Não pode ser.

— Se você é imortal, muito provavelmente sua filha também é.

— Eu a vi morrer!

— Você não viu o corpo dela, viu?

Isso era verdade. Zoe não viu o corpo da filha. Na verdade, nem o corpo do marido! Tudo podia ser falso. E se era?! E se seu marido também estivesse vivo?! Ela estava o traindo com Sam?! Isso era confuso. Mas ele estaria morto pois a idade o teria atingido. Já sua filha não. E se ela fosse salva? Onde ela estaria?

— Se ela é realmente a minha filha Cléo, temos que acha-la.

— Não tenho certeza. E só a vi uma vez. Todos nós estamos tentando rastreá-la, mas ela é muito poderosa. E se ela não for sua filha, continua sendo um ameaça.

— Obrigada. -falou Zoe, em seguida, o abraçando por um curto período.

Se sua filha estava viva, ela tinha que encontrá-la.

A festa continuou. Julia e Jones estavam felizes como nunca. Steve e Kate viviam um conto de fadas. Kaz esquecia seu passado por aquela noite. Ela passaria o tempo que sua mãe ficava em lua de mel na casa de Zoe, já que era pequena para ficar sozinha. E todos dançavam e se divertiam. Naquela noite, quando todos foram embora, alguns dos Vingadores foram para a Base. Entre eles, Bruce e Natasha.

Assim que chegou, decidiu subir ao terraço. Nat precisava pensar um pouco em tudo o que acontecia. Seu amigo estava casado com Katrina e ela estava, finalmente com o homem que amava. Ela se senta na mesma borda em que nem imagina que Wanda quase se jogou. Uma das coisas que ela mais queria era dar uma gravata na sua irmã mais nova e implorar para que ela não fosse mais para longe, mas Julia estava na Torre. Alguém se senta ao lado da ruiva.

— É, o Steve está casado! - comentou Bruce.

— Concordo. E fomos os padrinhos do casamento! Dá pra imaginar?!

— Eu precisava vir aqui. - ele falou segurando sua mão - Não sei o tempo que posso passar fora.

Natasha arregala os olhos e o encara.

— Vai nos deixar de novo?

— Não é pra sempre. Não se preocupe. Quando me trouxeram de volta, eu não havia terminado alguns assuntos. Ia voltar antes, mas aí veio esse casamento e eu tive que ficar um pouco mais. Eu sinto muito.

Natasha se levantou e bufou. Bruce se levantou e se aproximou dela. Ele tenta a abraçar por trás e a beijar, mas ela o empurrou.

— Não consigo acreditar que vai fazer isso de novo.

— Escuta, eu estou fazendo isso porque eu te amo...

— E onde o seu amor por mim se encaixa nisso?!

— Aos poucos eu... eu posso perder o controle e...

— Fica, por favor. - ela implora.

— Já falei. Eu não posso.

Uma lagrima escorre do rosto de Natasha. Será que todas as pessoas com quem ela se importa decidiram tirar férias uma atrás da outra? Foi apenas Clint voltar, que Julia decidiu ir, e agora, mal ela voltou e Bruce quer pular fora também? Por que? Por que Natasha estava fardada a isso?! O que ela fez para merecer?!

— Não posso ir com você?

— Perigoso demais.

— Estou acostumada.

— Eu sei, mas eu nunca me perdoaria se algo acontecesse à você. E já aconteceu algumas vezes, uma próxima pode ser pior.

— Então vá. - ela falou, pondo a mão em seu rosto - Mas pro favor, volte quando puder.

— Sim, Nat. Eu juro.

Com um último beijo, Bruce a deixou. Ela volta para seu quarto esperando a notícia de sua fuga na manhã seguinte. Enquanto Natasha tentava curar seu coração partido com pensamentos lógicos de como pode ter sido melhor ele ficar, Steve e Katrina entravam no quarto felizes. Um cruzeiro pela Ásia, tudo o que a noiva sempre sonhou.

A cabine era a maior e tinha uma sacada, que poderia não ser considerada segura em um navio. Assim que entraram, Steve se jogou na cama e Katrina tirou o véu, o sapado e parou para respirar. Ela não era apenas Katrina, a guerreira asgardiana, ou Katrina, a mais linda da sala de cura do palácio de Odin. Agora ela era Katrina Rogers.

— Eu ainda não acredito que conseguimos.

— No seu último namoro, você só conseguiu marcar uma dança! Nem aparecer você conseguiu! - zombou a recém-casada.

— Agora, eu consegui muito mais do que isso. - falou, se levantando. Ele a abraçou pela cintura e continuou - Você. Eu tenho algo muito maior em meus braços do que eu já pensei em ter.

Katrina o beijou com paixão. Mas antes de iniciar algo novo, que ela nunca havia experimentado, ela recuou e pediu.

— Volto logo. Vou dar uma olhada no mar, pela sacada.

— Te espero aqui, Sra. Rogers.

Katrina seguiu um pouco para o lado, onde ficava a mesma. Haviam outras pessoas por lá. Um casal tirando fotos, umas crianças observando o mar, tudo cada cena em uma sacada diferente. Katrina olhou para o chão e viu um papel dobrado. Ela pegou e viu que era um bilhete. Ela abre e lê o conteúdo:

"Espero que seja feliz"

O mais estranho é que a letra parecia ser de Loki. Ela olha o bilhete, olha para o lado e lá está ele, de pé, a encarando. Ela olha para trás e quando olha de novo, ele já não está mais lá. Então... Loki estava vivo?! A dúvida atormentava a mente de Katrina.

— Trina? Está tudo bem? - perguntou Steve.

— Sim, eu estou indo.

Katrina entra e esconde o bilhete disfarçadamente dentro de um jarro de flores. Ela se senta de frente para seu marido e ele acaricia seus cabelos, a olhando sorrindo. Também dele partiu o beijo que iniciou todos daquela noite. E assim, inicia-se uma vida a dois.