I'm a mess escrita por Novaes


Capítulo 13
But one month after, this is all on me. And it wouldn't be your fault.


Notas iniciais do capítulo

Meus mores lindos! Quanto tempo, e que tempo né? Não acho que faz 1 mês que não posto, então resolvi postar para deixar alguns avisos, sei que acabou enem, mas minhas provas de vestibulares e escolas não, aliás, tenho simulado amanhã, tenho SSA no fim do ano, tenho MUITAS provas essa semana e a outra de escola mesmo, ou seja, estou praticamente sem tempo, mas vou tentar, postar muito essa semana para compensar, ou deixar os capítulos prontos para depois postar, eu vou dar um jeito.
ESPERO QUE VOCÊS NÃO SE PREOCUPEM SE EU SUMIR UM POUCO, ALGUNS DIAS, NÃO ESTOU ABANDONANDO A FIC, JURO.
Eu estava morrendo de saudades de escrever, e tive essa ideia de escrever um capítulo que ficou meio grandinho, mas que é um começo para Tony e Elena, ainda não vai ter os vingadores, porque eu quero primeiro resolver isso aqui, quero que vocês conheçam melhor a Elena, e a relação dela daqui pra frente com o Tony para resolver esse quebra cabeça. Então, me perdoem, vocês estão gostando? Eu odeio estar sumida, odeio mesmo. Mas próximo capitulo vai ter ação, prometo. Amanhã assim que eu chegar, começo a escrever, e vou deixar programado para essa semana.
Espero que eu tenha férias em breve, só assim posso passar minhas madrugadas escrevendo pra vocês. Vocês perdoam a demora? Sei que foi UMA BELA DE UMA DEMORA. Mas estou aqui agora, e nunca vou deixar vocês! Eu sou muito apaixonada por cada um de vocês, e vocês são o motivo de tudo, então mais uma vez obrigada por não desistirem.
Agradecimentos - Galadriel Lovegood, Ilusionaria, marizinha, Giules SEJA BEM VINDAAA ♥



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P.O.V Elena

Acordei rispidamente, logo minha cabeça começou a doer e girar, e minha vista não estavam nos seus melhores momentos, apertei um pouco os fios que me cercavam e não demorei muito para perceber que estava num hospital, estava acostumada com a sensação. Mas o que diabos eu fiz?

As memórias estavam voltando aos poucos.

Assim como a minha vista que estava cada vez mais melhorando, um pouco distorcida, mas ainda assim, melhor.

Olhei para o lado e percebi que alguém tocava na minha mão.

Apesar da minha vista ainda estar um tanto distorcida, eu poderia sentir que era Tony. E foi ai que as memórias me atingiram no seu ápice. Lembro-me de estar na lanchonete com ele, enquanto ele tentava se explicar e lembro também que ele deu um discurso encorajador sobre não saber ser pai e querer mais uma chance, também me lembro do cara do outro lado da rua, e ele jogava uma granada e do nada, bang! Algo explodiu. Lembro-me de tentar puxar Tony para o chão e tentar salvá-lo, mas claramente ele estava bem, também me lembro dos gritos e dos gritos inacabáveis de Tony por mim.

Quando finalmente consegui vê-lo, eu percebi que ele estava dormindo de leve, com aquela roupa esquisita de hospital, assim como eu estava. Eu me mexi numa frustrante tentativa de não acordá-lo, mas isso foi muito frustrante porque ele já tinha acordado e já me olhava.

– Hey – Ele me cumprimentou calmo.

– Hey – Eu falei de volta.

O que a pessoa fala numa situação como essa? Não existe um manual para isso. Como se fosse: Hey, não criei você por anos, mas ainda assim estou aqui protegendo você contra tudo. Estou pronto para tentar agora.

Isso não existe num manual, e com certeza se existisse, não iria nos dar um caminho certo porque eu estou certa de que não há um caminho certo.

Vi Tony nervoso, sei que isso o incomodava porque além do mais, ele sempre teve essa vida de solteirão, ele é um bilionário, um playboy, um verdadeiro bad boy, mas na minha frente, ele está apenas... Assustado. E se odeia por isso.

– Como está se sentindo? – Perguntamos em uníssono. Então enfim, nos encaramos depois de um bom tempo, deixando a cara amarrada e soltei uma curta risada.

– Eu estou bem, Tony. Estou pronta para sair desse maldito hospital – Respondi enquanto ele me encarava confuso, comecei a retirar os fios.

– Wow, wow. Você não vai a lugar algum – Ele falou tentando se levantar, mas não conseguindo porque estava com dor.

– Pode ficar sentado bem ai, eu vou sair dessa maldita cama – Eu falei enquanto retirava os fios, Tony de algum jeito se levantou praticamente se arrastado e tocou de leve em minhas mãos. Depois se sentou na cama, gemendo de dor baixo e se encostando ao outro lado. – Você está bem? – Perguntei enquanto retirava o resto.

– Oh, eu estou bem, você que se deu mal nessa explosão – Ele falou sério, mas ainda tinha seu ar brincalhão, tentando amenizar as coisas.

Ri de leve.

– Eu tentei avisá-lo – O lembrei.

– E eu me virei bem nessa – Ele falou olhando para mim. – Obrigada. Mas você por outro lado, um vidro quase perfurava uma veia sua... Teve sorte.

– Yeah, sorte– Ironizei revirando os olhos.

Tony começou a rir.

– O que foi? – O perguntei não entendendo o motivo da risada.

– Sua cara revirando os olhos...

– Isso não é engraçado – Revidei séria e ele tentou para de rir.

– Eu sei – Ele falou enquanto segurava o ar para não rir.

– Então pare de rir – Eu rebati. Enquanto ele começou a rir de novo, joguei um fio nele e ele pegou no ar ainda rindo. – Sério, Tony, isso não tem graça.

Logo antes dele responder algo, uma enfermeira chegou olhando com os olhos esbugalhados, como se eu tivesse cometido algum tipo de atrocidade.

– Hey, moça. Você não pode fazer isso. O que está fazendo? Vocês dois... Meu Deus! – Ela exclamou um tanto exaltada.

– Veja, eu estou ótima. Pronta para sair daqui – Eu falei enquanto retirava e ela tentava me parar.

– Você não pode... Ainda não está 100% - Ela rebateu querendo que eu parasse de tirar os fios, mas aqueles malditos esparadrapos que seguravam firmes os fios, e agulhas que passavam algum tipo de remédio por meio intravenoso.

– Oh, confie em mim, eu estou 100% - Eu respondi a altura.

– Confie nela porque ela não vai desistir, cheia de argumentos do jeito que é, não vai faltar nenhum para você deixar fazer o que ela quer – Quem falou agora foi Tony enquanto a enfermeira o olhava confusa. – Ela é muito marrenta, boa sorte em deixa-la ai – Ele esclareceu.

Enquanto começou um pequeno debate de quem está certo ou errado, Pepper entrou em cena, um tanto aflita com a cena.

– O que pensa que está fazendo, Elena Stonem? – Ela falou meu nome inteiro, o que significaria: levaria uma boa bronca pelo pouco que conheço Pepper.

– Estou deixando o hospital – Eu respondi enquanto tentava me levantar, apesar da tontura que me bateu.

– Tony – Ela protestou e olhei de lado e vi Tony levantar as mãos como redenção. – Enfermeira – Ela apelou para enfermeira e também foi inútil, eu ganhei, obviamente na discussão. Eu estava bem, foram só alguns pontos, eu não iria morrer por isso.

– Oras, Pepper, estou ótima. Foram apenas alguns pontos, e um remédio para eu não morrer, estou ótima – Eu exclamei e ela bufou.

– Igualzinha ao pai – Ela soltou sem querer.

– Exceto que o pai é menos marrento – Tony adicionou. Eu o olhei sem acreditar.

– Você se acha menos marrento que eu? Você? – Eu perguntei num meio de uma ênfase.

Pepper olhava descrente para nós dois, enquanto a enfermeira tinha seu ar de riso.

– Eu não sou nenhum pouco marrento, não comparado a você, Srta. Stonem – Ele ironizou.

– Ah, pelo amor de... Pergunte apenas à Pepper que infelizmente tem que aguentar você, e então vai perceber que é tão marrento quanto eu sou – Eu revidei e percebi ele revirando os olhos.

– Pepper não acha isso... – Ele murmurou descrente.

– Olhe só para você, não acredita nas suas próprias palavras – Eu respondi à altura. - Sinto muito em dizer, Tony. Mas você é marrento sim – Continuei dando de ombros, ele continuou revirando os olhos como uma criança, igualmente marrenta.

– Whatever – Ele falou dando de ombros.

– Não sei vocês, mas estou indo embora – Falei me levantando, ainda tonta e me segurando na cama, então senti as mãos de Tony ao redor das minhas.

– Na verdade, querida... Tem algo que precisamos falar com você – Pepper me interrompeu e eu olhei para ela que abaixou a cabeça, assim como Tony que fez uma careta.

– Oh, não... Já vejo que coisa boa não é – Murmurei enquanto vi Tony confirmando com a cabeça, e eu o encarei procurando por algum sinal de resposta óbvia, mas como sempre, não tinha nada. Então, olhei de relance e vi Pepper pedindo para a enfermeira sair do quarto, que precisava falar algo privado, não entendi direito. Estava procurando por algum tipo de resposta.

Espero que eles não pensem que irão me deixar aqui em NYC, porque eu preciso ir.

– Listen, Lena... Você não pode ir embora... Pelo menos não de New York – Tony esclareceu com um tanto de receio na sua voz, talvez com medo do meu escândalo.

– O que você quer dizer? – Comecei a protestar.

– Esses ataques, o sequestro...

– Você quer dizer que eu sou o alvo? – Interrompi Pepper olhando diretamente para Tony, que respirou firme.

– Você vai ter que passar algumas semanas comigo, só algumas, precisamos saber de onde ao certo vem essa ameaça antes que... – Tony começou falando rápido para que eu não o interrompesse.

Você não pode estar falando sério, Tony. Pensei comigo.

– Antes que eles me matem, é isso? Que absurdo é esse, eu ficar na sua casa? – Eu o interrompi enquanto ele colocou as mãos na testa.

– Listen, eu sei que você pode tomar conta de si, é muito badass para qualquer pessoa que eu já conheci com sua história, eu fui um babaca e eu errei, okay? Estamos falando da sua vida, por favor, você pode continuar me odiando, okay? Não seria necessário falar comigo, apenas me deixe descobrir quem são essas pessoas e porque diabos usar você nesse jogo, me deixe... Fazer isso uma vez. É tudo que eu peço – Ele falou olhando diretamente para mim enquanto Pepper apenas olhava com carinho para Tony.

Não comece com esses jogos mentais, Tony.

Eu virei meu olhar para o lado, eles não iriam me deixar sair daqui sem que eu aceitasse, e Tony... Ele iria provavelmente mandar o exercito inteiro atrás de mim, não queria um guarda costas, nunca realmente precisei disso.

Mas ele tem um ponto, não que eu me importe em estar viva ou morta, já tive muitos dias que não sabia a diferença disso. Mas não quero que ele se sinta culpado quando isso acontecer, e claro, não quero ser um peso. E sei que por mais que eu o diga: você não tem nenhuma responsabilidade, ele vai se culpar por qualquer coisa.

Não quero esse tipo de aproximação. Mas não tenho como negar, na verdade tenho, mas Tony... Olhando para mim desse jeito, não consigo.

Você vai se decepcionar comigo, Tony.

Você vai se decepcionar muito.

– Eu tenho algum tipo de escolha? – Perguntei irritada o olhando.

Ele não tem culpa, Elena se controle.

– É temporário, querida – A voz de Pepper no fundo, calma como sempre, me trouxe de volta para o mundo.

– Você tem menos que um mês, Tony. Mais que isso, e eu estou fora – Eu falei o encarando, e ele concordou com a cabeça. Pepper saiu falando que iria chamar um médico para pedir minha alta, apesar de que já disse para ela que não precisaria disso. E ela me chamou de teimosa, e eu não pude evitar e sorrir.

– Okay, por que você concordou tão calma? Pensei que iria me matar – Tony perguntou enquanto eu estava pensando, acabei sendo despertada de todos os meus pensamentos de novo.

– Bom, hipoteticamente, eu estava matando você na minha mente, mas você não precisava saber disso – Eu respondi e ele sorriu.

– Sério, eu estou curioso – Ele pediu mais uma vez me olhando no fundo dos olhos.

Escolha suas palavras sabiamente, Elena. Pensei comigo.

– Não quero que se sinta culpado por qualquer coisa que aconteça comigo, quero que veja que tentou, mas um mês depois, é tudo comigo. E você não teria culpa – Eu falei dando de ombros.

– Eu vou encontrar quem quer que esteja por trás disso, Elena. Eu prometo – Ele prometeu.

– Tony, não faça promessas, talvez não possa cumpri-las – Eu falei enquanto me dirigi para o banheiro onde tinha uma roupa esperando por mim.

Tomei um banho rápido.

Odeio hospitais. Queria sair daqui logo, quando saí do banheiro o médico estava me esperando, provavelmente querendo me dar algum tipo de bronca, apenas disse que estava tudo bem, que eu entendia e blá-blá-blá, não entendi o resto, mas eu acho que não precisava.

Quando saímos do quarto, Happy estava do lado de fora.

– Hey, garota – Ele cumprimentou feliz como sempre.

– Hi, Happy – Eu o cumprimentei de volta.

– Pronta para ir para casa? – Ele perguntou enquanto ergueu os braços para que eu os alcançasse, e para não ficar atrás e ter que conversar com Tony, eu aceitei. Mas sabia que ele estava bem atrás de mim com Pepper.

– Eu não tenho uma casa, Happy. Mas vamos nessa – Eu respondi o olhando, e ele sorriu constrangido.

Não quis olhar para Tony.

Não quero ser cruel com ele, mas sinto que não tenho escolha.

Antes de sairmos, escutei a conversa de Tony com Pepper atrás de mim, ele estava perguntando alguma coisa sobre fotógrafos, e que a noticia teria saído, mas Pepper o acalmou e disse que não tinha vazado nenhuma noticia ou fotos de que ele estava ali, e então, eu percebi que ele ficou aliviado. Por um momento tinha me esquecido que ele era famoso, e ele era o Homem de Ferro. Isso deve ser bem chato para falar a verdade.

Quando saímos, entrei rapidamente no carro, fui à frente com Happy.

Sei que Tony estava estranhando e provavelmente notado que eu não estava nenhum pouco a fim de fazer amizade, ou me familiarizar com ele.

Quando chegamos à frente do enorme prédio, o reconheci e subimos no elevador.

Assim que entramos, reconheci o lugar daquele dia que ele me mostrou o teste de paternidade.

– Lar doce lar – Ele brincou baixo.

Só se for o seu, Tony.

Controlei-me para não responder,

Tony pediu para eu segui-lo, e eu fiz. Chegamos na frente de uma porta, num corredor enorme.

Toda aquela casa dele era enorme.

– O que é isso? – Perguntei irritada com todo o suspense.

– Não pensei que aceitaria, mas mesmo assim... – Ele falou abrindo a porta e relevando ali ser um quarto, o que eu imaginava, era um quarto simples. Não tinha nada demais. Porém, enorme.

Uma cama confortável para variar, pensei irônica.

– Pensei que poderia pedir para ajeitar, e você com o tempo pode fazer do seu jeito – Ele falou ainda sem graça.

Eu fiquei calada e coloquei o pé no quarto entrando.

– Tomei a liberdade e pedi que Pepper fizesse, sei lá, algumas compras. Você não tinha nada, além da roupa do...

– Sequestro, você pode dizer essa palavra, Stark. Obrigado – O interrompi agradecendo, e ele suspirou alto olhando para o lado.

Não estou sentindo peso na consciência. Ele merece isso.

– É... De qualquer forma, eu estarei no quarto ao lado, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, nem que seja besteira... Você grite, ou sei lá, okay? – Ele pediu e eu concordei com a cabeça dando de ombros.

Ele saiu do quarto e fechando atrás de si, eu me sentei na cama olhando para vastidão que era aquele quarto, não acredito que estou fazendo isso, meu Deus. O que eu fiz de errado? Deve ter sido algo muito errado para eu estar aqui, ou pra ter essa vida.

Preciso ligar para Jimmy.

Preciso me adaptar.

Preciso de cigarros.

Coloquei as mãos na cabeça para tentar colocar meus pensamentos no lugar, mas tudo parece tão fora do lugar. Estou cansada.

Cansada pode nem ser a palavra que defina o momento, mas é a única que eu consigo pensar.

Estou pensando nos acontecimentos do sequestro até aqui, meses atrás eu estava em um cativeiro, Deus sabe-se lá onde, e agora estou na casa do meu suposto pai que acabou sendo o Homem de Ferro, um gênio, filantrópico, bilionário, playboy e herói, ou como gosta de ser lembrado... Anthony Stark.

É muita coisa para processar, e tudo isso só me traz lembranças malditas sobre meu passado, coisas que provavelmente não deveria, mas que é muito difícil não pensar.

É, Elena Stonem, você está oficialmente ferrada.


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Notas finais do capítulo

Que saudades eu estava de vocês, eu amo vocês!