Ainda de pijama, continuei afagando o pescoço de Tempestade, até que uma dúvida veio na minha cabeça:

     - Mas como Tempestade veio parar aqui? – perguntei, virando – me para trás.

     - Ontem, depois que você me contou de seu cavalo, conversei com  Carlisle sobre a possibilidade de traze – lo para cá e como todos concordaram, bom, aqui está ele. – Desde quando Alec Volturi fazia gentilezas?, bom Tempestade estava de volta e era isso que importava.

   - Obrigada. – disse com mais gratidão em minha voz do que deveria.

     Alec apenas sorriu discretamente e assentiu.

    - Venha pequena, você precisa comer alguma coisa antes de montar nele. – disse Edward, que tinha se tornado o meu irmão favorito dentre os Cullen.

      O café da manhã consistiu basicamente em panquecas, suco de laranja e Renesmee pedindo para montar em Tempestade e eu tentando dizer que seria perigoso demais, que ele nunca deixara ninguém o montar além de mim, que Edward o  mataria e depois a mim se ela caísse... Enfim, como ninguém me escuta (¬¬) , tivfe que concordar em dar uma volta com Nessie na garupa.

     Quando acabamos de comer, subimos para trocar de roupa (n/a : gente, lembrem – se a Nessie não precisa dormir tanto quanto um humano, mas isso não significa que ela não durma, ok?) e descemos rapidamente, animadas com a possibilidade de montar em Tempestade.

    William, sempre atencioso, já tinha selado Temp para mim.Montei rapidamente e pensei: Bom, agora é só ver se Tempestade ainda sabe alguma coisa. Ri com esse pensamento, pois Edward estremeceu só de pensar em mim slatando um galho montada em um cavalo. Rsrs

   Cutucando – o levemente com os calcanhares, pedi um trote, coisa que ele realizou facilmente, trotando com elegância.Sem conseguir esperar mais, o cutuquei novamente, dessa vez um pouco mais forte, pedindo um galope.

   O galope que Tempestade realizou foi inacreditável.Parecia que eu e ele estávamos sincronizados.Cada movimento dele equivalia a um meu, suas patas batendo cada vez mais rápido no chão, fazendo com que avançássemos cada vez mais velozes.Era maravilhoso.

   O guiei para dar uma volta na casa,parando – o perto da porta de entrada onde todos me esperavam, exceto Felix, Demetri e Jane, que tinham ido caçar.

    - E aí, Ness, ainda vai querer dar uma volta? – perguntei

    - Vou, mas tem um pequeno detalhe... – respondeu olhando duvidosa para mim

   - Seria?

   - Como eu monto?

     Ri levemente com essa pergunta.

  - Segura o meu braço e apóia o pé ESQUERDO no estribo.

 - Apoio o meu pé no que??

  Supirei – Edward, ajuda ela, por favor...

  Com Renesmee já montada atrás de mim, parti novamente em um trote leve, rápido, mas não tanto quanto seria se eu estivesse galopando.

   - A gente pode ir mais rápido? – perguntou Nessie

   - Você segura o seu pai se ele tentar me matar porque eu galopei com você? – falei rindo

   -Claro

  -Tudo bem.Então se segura firme em mim. – respondi pedindo o galope.

   Perdi a conta de quantas voltas demos na casa com o galope veloz de Tempestade.

   Mais tarde, estava lendo um pouco em uma poltrona na sala, quando Alec se sentou no sofá que tinha do meu lado.Tinha algo que estava me mordendo o dia inteiro.Criei coragem e perguntei.

   - Alec? – chamei – o

   - Sim?

   - Se eu te perguntasse uma coisa você me responderia? – perguntei, fazendo – o tomar uma postura mais cautelosa.

    - Dependendo da pergunta, sim.

    - O que os Volturi querem de mim?

         Alec P.D.V

    Não.Não.Não.Todas as perguntas, menos essa.Explico até da onde vem os bebês se ela quiser, mas isso não. – pensei me martirizando comigo mesmo.

   Como eu iria explicar para ela que o que Aro queria na verdade era que ela fosse fazer parte da guarda Volturi sem se tornar vampira, pois o seu poder era poderoso demais e não deveria ser mudado, o que aconteceria se ela fosse transformada.

  - O que você sabe sobre o seu poder? – perguntei

  - Não muita coisa na verdade.Apenas que por algum motivo eu posso virar uma leoa.Mas mesmo assim eu só consegui fazer isso uma vez.

 - Bom.O seu poder é realmente muito raro.Você, ao contrário do que Edward me disse pensar, você não é uma transmorfa.Você é descendente de uma antiga raça chamada Wyrda.Os seus ancestrais podiam se transformar em quaisquer animais quando a necessidade de se defender ou de defender alguém próximo surgisse.Os animais em que se transformavam, variava conforme a necessidade de cada um.Você, vendo a necessidade de defender Seth, se deixou ser dominada pelos seus instintos naquele momento e se transformou no animal que seu sub –inconsciente achou mais apropriada para a situação.

  Como é um poder muito raro, Aro, te quer na guarda.Mas como você só se transformaria quando realmente precisasse, não adiantaria muito na hora de lutas e coisas do tipo.Então ele deixou a mim, Jane, Felix e Demetri aqui para observar se o seu poder iria evoluir e também para impedir que fosse transformada em vampira, o que ou alteraria seu poder ou o faria desaparecer.

   Marina ouviu a tudo em silêncio, me olhando nos olhos, mal contendo sua curiosidade.

   - E por que você me contou tudo isso agora? – perguntou.A desconfiança tomando seus olhos achocolatados(n/a se esse adjetivo não existia, passou a existir OK?).

  -Porque achei que você merecia saber disso e também porque... – respondi, imcapaz de continuar.

 - Por que... – insistiu Marina

  - Por que você me lembra muito a minha falecida irmã. – desabafei

  -Irmã ?? – respondeu, incrédula

  -Exatamente isso.Quando éramos humanos, eu e Jane tínhamos uma irmã, Carol.Ela morreu de gripe alguns dias antes de sermos transformados.Carol tinha a mesma idade que você tem agora quando morreu e era muito parecida com você.Não só fisicamente, mas também no jeito de ser.

  -Sinto muito. – disse, abaixando a cabeça e fitando o chão, pensativa.