Por Grego:

Decidi seguir a Maria e a Ximena até a casa delas assim que elas saíram. Ela estacionou o carro e saiu segurando Leninha pela mão e carregando várias bolsas. Já estava indo ajudá-la quando o paletó chegou e pegou algumas bolsas da mão dela os dois entraram. Apenas dou meia volta e volto pra Paraisópolis.

Grego: Tia? - entro na Rocambole e a chamo.
Paulucha: Gregório? O que aconteceu? - ela pergunta, saindo da cozinha.
Grego: Nada. - digo e percebo que a dona Isabelita estava sentada em uma mesa da confeitaria. - Dona Isabelita. - a cumprimento.
D.Isabelita: Grego, meu querido! - ela abre os braços como se quisesse me cumprimentar com um abraço e eu me aproximo para abraçá-la. – Sente-se e coma uma fatia de bolo comigo! - ela convida e eu puxo uma cadeira e me sento.
Grego: Tô sabendo que a senhora vai fazer aniversário daqui a pouco, né?
D.Isabelita: Minha filha quer fazer um jantar para comemorar... Eu preferia fica por aqui com meu neto, comendo um bolo da sua tia Paulucha.
Grego: Sei, sei...
D.Isabelita: Espero vê-lo por lá.
Grego: Valeu, tio. - levanto e dou um beijo na sua bochecha.
D.Isabelita: Leve sua namorada! O convite se estende a um acompanhante.
Grego: Ah, ela vai. E quando vai ser?
D.Isabelita: Próxima semana, na segunda-feira.

Depois de conversar com a dona Isabelita, vim pro desmanche. O meu telefone toca e eu atendo.

Ligação on:

Grego: Alô?
Ximena: Oi.
Grego: Ximena, você vai vir?
Ximena: É que não vai dar...
Grego: Ximena...
Ximena: Vem pra cá.
Grego: Oi? E seu pai?
Ximena: Quando chegar, me liga que eu desço e saímos um pouco por aqui por perto.
Grego: Tô indo.

Pego minha moto e vou pro Morumbi, ligo pra Ximena não demorar e quando chego, ela já estava na entrada do prédio.

Grego: Oi.
Ximena: Oi. Vamos. - ela me empurra e sobe na moto. – Vamos em uma praça que tem aqui perto.

Ela vai me passando as coordenadas e chegamos lá em poucos minutos.

Ximena: Desculpa pelo mal jeito... É que se meu pai nos pega, ele mata a gente.
Grego: Me encontrar escondido com você está enchendo meu saco.
Ximena: Eu sei... Se você cansou disso, eu vou entender...
Grego: O que tá falando?
Ximena: Que se você não quer fica comigo, vou entender.
Grego: Você tá louca?!
Ximena: Eu te amo demais pra te ver infeliz do meu lado e eu...

Não a deixo terminar de falar e a puxo pra um beijo.

Ximena: Eu não entendo.
Grego: Eu não quero e nem vou sair do seu lado. Pareceu que eu estava infeliz nesse beijo?
Ximena: Não?!
Grego: Sabe uma coisa que eu aprendi? Que eu sou da turma que só dá valor depois que perde.
Ximena: Que?
Grego: Nada, deixa quieto. - a beijo.
Ximena: Desculpa.
Grego: Pelo o que?
Ximena: Ter que ir agora.
Grego: Mena...
Ximena: E não faz essa cara. Eu disse que ia só caminhar um pouco

Por Ximena:

Grego me deixou na portaria e foi pra Paraisópolis. Quando entrei em casa, dei de cara com meu pai.

Ximena: Ainda acordado, papai? - andei rumo à escada.
Daniel: Deixa de cinismo. Onde você estave?
Ximena: Sai pra respirar um pouco. Por que? Não sabia que era proibido... ou é? Sabia que não sou sua prisioneira?
Daniel: Onde você foi e com quem?
Ximena: Numa praça aqui perto e em ótima companhia
Daniel: Ximena, eu já te falei que o Gabo é casado e a... - parei de escutar.

Meu pai está nessa desde hoje cedo. Depois que sai do shopping, vim pra casa e me atrapalhei toda pra sair do carro e o Gabo acabou me ajudando a subir, ele ficou conversando com meu pai, enquanto fui deixar a Maria no quarto, quando desci o Gabo já tinha ido e meu pai começou a maior treta comigo. E eu como não deixo almoço pro jantar, não peguei leve e acabamos brincando feio. E depois de um tempo ligue pro Grego...

Daniel: Ximena, eu sou seu pai e você deve respeito a mim. - ele me tira de meus devaneios. – Preste atenção no que lhe falo, é pro seu próprio bem.
Ximena: Fique tranquilo, não quero nada com o Gabo.
Daniel: E ele? - fico quieta – E tem a esposa dele, minha filha, os Brenner não são de brincadeira.
Ximena: Nem eu.
Daniel: Ximena, coloca na sua cabeça que você não faz mais parte daquela gangue!
Ximena: Eu não quero brigar de novo, okay? Boa noite. - subo pro quarto e o deixo pra trás.

2 dias depois (aniversário da dona Isabelita):

Acordo com Rose me chamando

Ximena: Bom dia. - me sento
Rose: Desculpe acordar a senhorita, mas já está na hora do almoço, seu pai não poderá...
Ximena: Não quero nem saber. E a Leninha?
Rose: Já voltou da escola, está no quarto com a Leni. Posso mandar servir o almoço?
Ximena: Pedi pra Leni dar o almoço da Maria, eu vou toma banho pra sair. - me levanto.
Rose: Pra onde? Desculpa, mas esqueceu que hoje tem o aniversário da dona Isabelita?
Ximena: Isso é hoje? Mas é à noite, né?
Rose: Sim, mas tenho que lhe arrumar. Seu pai pediu pra lhe deixar impecável, já marquei a hora no seu salão.
Ximena: Mas eu queria ir ver o Grego com a Maria. - me sento na cama.
Rose: Querida, seu pai está refletindo por ter brigando com a você sem motivos, então, não o irrite hoje.
Ximena: Eu não o irrito.
Rose: Ele é muito cabeça quente e hoje ele quer lhe apresentar a seus amigos...
Ximena: Rose, eu vim pra essa casa por um motivo e esse motivo é irritante, baixinha, e que eu amo muito: Maria Helena. Se ele não tivesse me tirado a Maria, eu estaria com ela ao lado do homem que eu amo.
Rosi: Tudo tem um porque, querida. Imagina se tudo isso for o melhor pra vocês duas?
Ximena: Não vejo como, Rose.