Broken Strings escrita por liligi


Capítulo 9
Capítulo 9




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Capítulo 9 - Partida

Jamie havia acordado cedo no dia seguinte, a primeira coisa que fez foi pegar todos os brinquedos que havia ganhado e os levou para a sala, amontoando-os na mesinha de centro. Riza, ao ver que o filho sequer tinha escovado os dentes, mandou que ele tomasse banho e escovasse os dentes antes de brincar.

Após a higiene matinal e de desjejuar, o menino imediatamente voltou aos brinquedos. Riza o observava imaginando de onde uma criança que fora dormir depois da meia-noite tinha tanta energia para correr pela casa brincando com carrinhos e Black Hayate, enquanto ela, uma mulher adulta, estava completamente exaurida.

- Mãe! – Jamie correu até o sofá e subiu, sentando ao lado de Riza.

- Oi, meu amor. – Ela disse enquanto passava a mão pelo cabelo do filho.

- O Roy vai vim aqui hoje? – Ele perguntou.

- É 'vir', meu amor, não 'vim'. – Ela explicou. – Por que você pergunta?

- É que ontem ele me levou para passear. – O menino falou.

Riza sorriu fraco.

- Eu não acho que ele vá aparecer, meu amor.

- Ah. – Ele falou desapontado, depois pulou do sofá. – Eu vou brincar com o carrinho que ele me deu.

- Vai lá. – Ela disse.

––

Já estava quase na hora do almoço, mas Riza continuava deitada, agora em seu quarto, enquanto Jamie continuava a se divertir com os brinquedos que ganhara. Sabia que tinha que preparar algo para que ela e o filho comessem, mas não se sentia nem um pouco disposta a ir para frente do fogão.

Quando ela finalmente resolveu se levantar, ouviu a campainha tocar e Jamie gritar de algum canto da casa que ia atender.

- Tio Patrick! – Ela ouviu o menino exclamar. Rapidamente, Riza deixou o quarto, e ao chegar na sala encontrou um Patrick sorridente segurando Jamie nos braços e com uma sacola seguramente em sua mão.

- Olá. – Ele disse quando viu Riza.

- Oi. – Ela sorriu. – O que faz aqui?

- Eu imaginei que você estaria cansada demais para pensar em preparar algum almoço. Afinal de contas, você passou a semana organizando aquele aniversário e ontem você ficou o dia inteiro em pé. Então, eu passei no restaurante perto da minha casa e comprei isso. – Patrick falou enquanto levantava um pouco a sacola em sua mão.

Riza sorriu.

- Obrigado.

O moreno riu enquanto punha o menino no chão.

- Não precisa agradecer. – Disse entregando a sacola para Riza.

- Jamie, vá lavar as mãos, nós vamos almoçar agora. – Ela falou para o filho.

- Tá bom. – O menino disse e foi para o banheiro.

Riza foi em direção à cozinha com Patrick logo atrás de si. Colocou a sacola no meio da mesa, tirando de dentro dela as quentinhas.

- Você poderia pegar os pratos? – Ela perguntou a Patrick.

- Claro. – Ele disse e foi até o armário. Sabia de cor onde os pratos e talheres se encontravam, pois passara longas horas naquela casa durante a gravidez de Riza e nos primeiros meses após o parto.

Voltou com três pratos e talheres e os colocou na mesa.

- Obrigado. – Riza agradeceu.

- Nem esquenta. – Ele disse.

Jamie adentrou a cozinha, puxou uma cadeira e sentou.

- O que é, mamãe? – Perguntou.

- Strogonoff de carne. – Patrick respondeu. – Espero que não tenha problema. – A última parte fora falada para Riza.

A loira meneou a cabeça.

- Está ótimo. – Ela disse.

- O que é istlogo... istoglo... – Jamie tentou falar.

Riza sorriu.

- Strogonoff. – Ela disse. – Veja o que é você mesmo.

Ela abriu a quentinha revelando o conteúdo. Jamie fez uma careta.

- Não parece bom. – Ele disse.

- Por que não experimenta? – Riza pegou um dos pedaços de carne com um garfo e estendeu para Jamie que hesitou um pouco antes mordê-lo. – Então? – Ela perguntou depois do menino ter engolido.

- É bom! – Ele disse sorridente.

Riza sorriu e pegou o prato do filho, servindo-o. Patrick também colocou comida em seu prato e ia colocar no de Riza, mas ela não permitiu, alegando que ele já havia feito o suficiente só em trazer a comida e colocar a mesa.

––

Após o almoço, os três fora para a sala e ligaram a televisão. Algum filme de velho-oeste passava, ficaram boa parte da tarde em silêncio, apenas assistindo ao filme.

- Riza. – Patrick falou.

- Sim?

- Olha. – Ele disse apontando para o menino que dormia.

Riza sorriu.

- Demorou bastante. – Ela disse. – Ele acordou cedo hoje, não sei como ele conseguiu, já que ele passou a noite inteira correndo de um lado para o outro ontem.

- Eu vou levar ele para o quarto. – Patrick disse se pondo de pé.

- Não, pode deixar. – Riza disse. – Eu o levo.

- Tem certeza?

- Aham. – Ela murmurou enquanto pegava o filho nos braços.

Riza levou Jamie até seu quarto, com Patrick em seu encalço, e o colocou na cama, cobrindo-o logo em seguida. Ficou alguns segundos ali apenas observando o filho com um sorriso nos lábios e acariciando seu rostinho, então depois se inclinou e beijou sua testa, virou-se e saiu do quarto com Patrick.

- Nem acredito que ele já tem quatro anos. – Ela falou enquanto caminhavam de volta para a sala.

- Eu sei. – Patrick disse com um sorriso bobo nos lábios. – Eu ainda lembro-me do dia em que ele nasceu como se tivesse sido ontem.

Riza riu.

- Acho que naquele dia você estava mais desesperado que eu. – Ela falou.

- Ora, você me liga no meio da noite dizendo que seu filho está prestes a nascer. Obviamente eu me apavorei, afinal, nunca estive numa situação dessas. – Ele se justificou.

Voltaram a sentar-se no sofá, mas não estavam mais prestando atenção alguma ao filme que continuava a passar.

- Eu não sei o que teria acontecido comigo e com o Jamie naquela noite se você não estivesse aqui. – Ela disse.

Patrick sorriu.

- Eu fico feliz por estar presente na sua vida, Riza. – Falou, tentando ignorar seu coração que batia acelerado por conta do nervosismo. – Não sabe o quanto isso significa para mim.

Riza sentiu-se um pouco desconfortável por causa do modo que Patrick dissera aquilo, parecia haver em suas palavras uma enxurrada de emoções que ela não compreendia. Mordeu o lábio inferior, talvez fosse melhor dar por encerrada aquela conversa.

Patrick percebeu o desconforto de Riza, mas já não havia volta. Ele começara e agora tinha que terminar, não conseguiria mais se conter. Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele estendeu a mão e tocou-lhe a pele de porcelana, sentindo sua própria pele arder pelo contato tão esperado.

Riza encolheu-se um pouco ao sentir o toque, ficando imediatamente tensa com o contato repentino.

- Riza, desde que você veio para cá, bem, tudo por aqui mudou. O trabalho, que antes parecia ser tão chato, se tornou tão mais prazeroso. A vida se tornou mais prazerosa depois q eu te conheci. Eu...

-Pare. – Riza o interrompeu e depois se afastou. – Patrick, por favor, não.

- Eu amo você, Riza Hawkeye. – Ele disse, encarando-a seriamente, ignorando por completo a reação dela.

Riza, que agora se encontrava de pé, estava completamente estática. Aquilo não podia estar acontecendo. Como haviam chegado àquele ponto? Seu cérebro trabalhava para processar aquela situação, mas parecia ser incapaz. Ela abriu a boca algumas vezes para falar alguma, mas não sabia o que e sempre terminava fechando-a novamente. Engoliu em seco e respirou fundo, ela tinha que lidar com aquela situação da melhor forma possível.

- Eu sei que isso é... Um choque. – Patrick quebrou o silêncio. – E, bastante constrangedor, mas... Eu tinha que te falar. E eu sei que você ainda tem sentimentos pelo Mustang, mas eu não quero que você se sinta pressionada. Nem quero que algo mude entre nós. Eu sei que só poderemos ser amigos, mas quero que saiba que sempre estarei lá para você.

Patrick pôs-se de pé.

- É melhor eu ir.

- Patrick... – Riza falou. Patrick sorriu fraco.

- Não se preocupe, Riza. Eu não esperava nada. – Ele se aproximou dela e depositou um beijo em sua bochecha. – Até segunda.

Sem qualquer outra palavra, Patrick saiu da casa, deixando uma Riza perplexa parada no meio da sala.

"O que acabou de acontecer?" – Ela pensou sentindo-se tonta.

––

Ela havia repetido para si mesma que ao seria estranho. Havia repetido que durante as horas que estivesse dentro do quartel, a lembrança do que Patrick lhe dissera naquele dia desapareceriam, mas, mesmo assim, ela não conseguia evitar o sentimento de culpa quando saiu de casa naquela manhã, mesmo que não houvesse nenhum motivo real para se culpar.

Deixou Jamie na creche e foi para o quartel. Aparentava estar calma, ninguém ali notaria o incomum nervosismo que consumia a tenente. Ao adentrar a sala, evitou olhar na direção de Patrick, e ele também evitou olhá-la, mas nenhum dos outros ocupantes da sala pareceu perceber o estranho comportamento dos dois.

Mal se falaram o resto da manhã, e o que falaram foram apenas duas ou três palavras, e nada que envolvesse aquele dia, e então, Riza se viu dando graças da Deus por ter chegado a hora do almoço. Estava deixando um prédio quando uma figura conhecida se aproximou.

- Oi. – Ele falou.

- Oi. – Ela falou um tanto seca.

Roy suspirou. Ele estava tentando ao máximo fazer com que Riza parasse de tratá-lo como... Um intruso... Mas ela sempre fora uma mulher extremamente difícil.

- Está indo pegar o Jamie? – Perguntou, ignorando o tom que ela usara.

- Aham.

Roy a olhou curioso. Por mais incrível que parecesse, Riza parecia... Distraída. Aquilo com certeza era interessante.

- Tudo bem? – Ele perguntou desconfiado.

- Sim.

- Riza, tem algum problema se eu for almoçar com você e o Jamie? – Roy perguntou, ainda sentindo-se um pouco impressionado pelo fato de Riza realmente estar distraída.

- Não. – Foi a resposta dela.

- É mesmo? – Ele teve que perguntar, só para ter certeza que não era algum tipo de ilusão.

Riza o encarou.

- Você quer ir ou não?

- Claro. – Ele disse. – É que eu achei...

- O Jamie queria te ver. – Ela disse.

- Ah. – Ele sorriu. – Vamos, então?

Ela assentiu.

––

- Riza? – Roy chamou a tenente enquanto ela dirigia.

- Hum? – Ela murmurou sem tirar os olhos da estrada.

Roy hesitou.

- Não vai falar nada? – Ela perguntou.

Roy bufou e passou as mãos pelos fios negros, em sua faze tinha uma expressão estranha, uma mistura de frustração e angustia.

- O relatório da inspeção deve ficar pronto no fim da semana. – Ele só disse isso.

- Oh. – Ela murmurou, compreendendo o que ele dizia. Sentiu uma sensação esquisita dentro de si, mas, como de costume, não deixou transparecer.

- Eu... Não sei o que dizer ao Jamie. – Roy admitiu, agora seu rosto demonstrava o quão preocupado com isso ele estava: ele havia se apegado demais ao filho.

- Se for ajuda que você procura, procurou a pessoa errada. – Riza disse. Roy a olhou surpreso. Riza o encarou por um breve momento. – Eu falei que isso não seria permanente. A sua vida está na Central e a nossa está aqui.

- Eu sei disso. – Ele disse sério. – Mas eu te falei que não iria magoar o Jamie e eu falei sério. Eu sou o pai dele, Riza, eu só quero o melhor para ele.

Riza não disse nada.

- Eu pretendo voltar. – Roy falou, Riza voltou a encará-lo, agora completamente surpresa. – Eu virei de vez em quando vê-lo.

- Eu acho...

- Riza, você percebeu que ele se apegou a mim também. – Ele disse. – Eu não vou abandoná-lo.

Riza suspirou.

––

Não havia jeito, Roy teve que contar a Jamie que estaria partindo em poucos dias. Obviamente o menino ficou triste, mas Roy prometeu para ele que logo voltaria para vê-lo. Durante o resto da semana, Roy buscava Jamie na creche com Riza e almoçava junto com eles, depois ficava algum tempo brincando com o menino e ia embora.

Riza evitava conversar com Roy, mas não o expulsava mais. Havia se acostumado à presença dele, fazia ela se sentir bem. Além do mais, Jamie gostava e estava aproveitando cada minuto com o pai.

No Quartel, Roy passava a maior parte do tempo enfiado em uma sala vazia revisando e arrumando os relatórios, eles apenas se viam ao se cruzarem no corredor.

- Roy... – Jamie falou. Estavam novamente naquele parque que Jamie gostara.

- O que foi?

- Posso te perguntar uma coisa?

- Claro, Jamie.

- Você tem filhos?

Roy encarou Jamie completamente surpreso.

- Por que a pergunta?

- É que você tá aqui faz tempo e você brinca comigo. – Jamie disse. – Você não tem um filho pra brincar?

Roy sorriu melancolicamente e bagunçou os cabelos do menino.

- Vamos, sua mãe de estar esperando. – Ele disse e começou a andar em direção ao carro, que estava estacionado não muito longe dali.

- Não respondeu minha pergunta. – Jamie falou para si mesmo antes de segui-lo.

––

Roy colocou a sua última peça de roupa dentro da mala. Estava indo embora. Já se sentia deprimido antes mesmo de chegar a Central, antes de voltar a viver sua falsa vida. Voltar a beijar os lábios de sua esposa, beijá-la sem vontade alguma, ter que dormir na mesma cama que ela e vê-la todos os dias.

Estaria se sentindo um pouco melhor se pudesse ver Jamie antes de ir, mas o menino estava na creche naquela hora. Ainda teria que passar no Quartel leste, pelo menos poderia ver Riza antes de ir.

Pegou suas malas, fez o check out e foi para o carro. Dirigiu em silêncio para Quartel. Andou lentamente pelas galerias, cumprimentando quem passava por ele. Logo estava diante da porta da sala de Kent, mas não bateu de imediato.

Pensou em Riza. Seria realmente apropriado se ele entrasse? Sabia que todos os esforços dela para afastá-lo eram apenas uma maneira para que ela não se magoasse com sua partida, entretanto, nos últimos dias ela pareceu estar bem à vontade com a presença dele.

Bateu na porta e entrou logo em seguida, imediatamente continência.

- Oh, general Mustang! – Kent e seus subordinados se levantaram para prestar continência. – Que bom que veio antes de partir!

Roy sorriu.

- Eu tinha que deixar o carro que peguei emprestado e agradecer a paciência que tiveram. – Falou.

- Ora, não tem que agradecer! – Kent exclamou. – Mas então, que horas seu trem sai?

- Daqui a meia hora. – Mustang falou checando em seu relógio de prata.

- Tão cedo? – Falou. – Bem, você tem sua vida na Cidade Central, uma esposa, se eu não me engano, que deve estar sentindo muitas saudades do marido.

Riza abaixou momentaneamente o olhar para o chão, sendo observada pelo alquimista.

- É... – Foi só que Roy respondeu.

- Muito bem, então vou chamar um táxi para levá-lo para a estação. – Kent falou já pegando o telefone.

- Não precisa se incomodar, General. – Roy disse.

- Não é incômodo nenhum. E eu também estarei mandando a Tenente Hawkeye para acompanhá-lo, precisamos mantê-lo seguro, certo? – Kent disse alegremente, não percebendo as expressões chocadas de Roy e da loira. – Alô? Sim, aqui é o General Joel Kent, eu gostaria de um transporte para o Quartel do Leste imediatamente. Obrigado.

Desligou o telefone e sorriu para Roy.

- Agora é só esperar um pouco.

––

Poucos minutos depois foram avisados que o táxi solicitado havia chegado. Roy se despediu e desceu juntamente com a primeiro tenente, logo avistaram o carro e entraram. Um rapaz loiro de olhos castanhos os encarava com um sorriso alegre.

- Bom dia, senhores militares! – Ele disse animado. – Oh, você deve ser o tal alquimista que veio da Central, não é? Nossa, eu nunca levei ninguém tão importante assim! E essa aí é sua namorada?

- Cala a boca, ok? – Roy falou nervosamente. Aquele taxista falava demais e havia passado dos limites. – Leve-nos para a estação.

- Hum... Dizem que quem cala assente. Bom, você não ficou calado, mas me mandou calar a boca, o que confirma a minha teoria... Aliás, meu nome é Jeremy.

- Só... Dirija. – Roy falou já sem paciência alguma.

- E não fale mais nada inapropriado. – Riza completou.

- Tudo bem, madame. – Ele disse dando a partida.

O carro estava em silêncio em alguns minutos, mas não era isso que incomodava o Alquimista das chamas, na verdade, era a distância que Riza havia posto entre eles, ele estava sentado ao lado da janela enquanto ela sentava no outro extremo do banco, seus olhos presos à paisagem que passava rapidamente.

Ele suspirou.

- Que silêncio incômodo. – Ele comentou, queria fazê-la dizer alguma coisa.

- É verdade, eu realmente não gosto de silêncio. – Jeremy falou. Roy sentiu uma vontade imensa de atear fogo nele. – Então, Sr. Alquimista, qual a sua patente? Aliás, qual é seu nome mesmo? E da moça bonita aí? Eu gosto de conhecer meus clientes e ser amigável, sabe?

-CALE. A. BOCA. – Roy exclamou.

- Mas...

- Ele é o General Mustang e eu sou a Primeiro tenente Hawkeye. Agora concentre-se em nos levar para a estação. – Riza falou dando fim ao assunto.

- UAU, General? Obrigado, primeiro tenente Hawkeye! – Jeremy falou. – Bem, não se preocupe estamos chegando.

Viraram em uma esquina e logo estavam parando diante da estação. Hawkeye foi a primeira a descer, tirou o dinheiro do bolso e pagou ao falante homem atrás do volante, então Roy desceu e fez menção de seguir Riza, mas Jeremy o fez parar.

- Ei, general. – Jeremy falou. Roy se virou para ele com uma cara de poucos amigos. Jeremy sorriu. – Não a deixe escapar, aquela loira parece ser alguém por quem se vale a pena lutar.

Roy não falou nada, nem o loiro deu chance, ele apenas deu a partida e foi embora deixando Roy pensando em suas palavras.

- General! – Riza chamou e Roy voltou à realidade, indo até onde a loira estava.

Sentaram-se num dos bancos, ela, novamente, o mais longe possível do moreno. Tirou o relógio de prata do bolso, tentando não deixar sua frustração transparecer, confirmando que faltavam cerca de quinze minutos até que o trem saísse. Fechou os olhos e passou a mão pelos fios negros, desarrumando-os.

"Não a deixe escapar, aquela loira parece ser alguém por quem se vale a pena lutar."

As palavras de Jeremy ainda o incomodavam de certa forma. Ele olhou para Riza com o canto dos olhos, ela parecia determinada a observar um ponto qualquer no horizonte e aquilo só o fazia mais frustrado.

Não percebeu os minutos voarem, deu-se conta apenas quando o trem parava na estação. Riza pôs-se de pé e Roy imitou o gesto.

- Bem, boa viagem, senhor. – Riza falou batendo continência.

- Obrigado, tenente. – Roy disse e pegou sua mala que estava sobre o banco. – Bem, cuide-se e cuide do Jamie.

Com um aceno com a cabeça, a loira afirmou que cuidaria de si mesma e do filho, mas não falou uma palavra sequer.

Mustang se virou, tinha que embarcar antes que o trem começasse a se mover, deu dois passos em direção ao trem mas parou. Riza ainda continuava no mesmo lugar, o observando, ele se virou e largou a mala no chão de qualquer jeito, depois cruzou o pequeno espaço que os separava.

- General...? – Ela murmurou atordoada.

- Com certeza vale a pena lutar por você. – Foi o que ele disse antes de puxá-la para junto de si e colar seus lábios ao da loira.

Riza ficou estática por um momento. Que confusão era aquela? O que ele estava fazendo? Ela vestia a pesada farda azul Royal — Ele, felizmente, estava vestido como civil. — e estavam se beijando em um lugar público. Pior ainda, ele a estava beijando em lugar público e cheio de gente.

Mas quando os braços dele enlaçaram a cintura dela ela simplesmente deixou a razão de lado. O que importava se estavam observando? Fazia quatro anos que ela não o beijava... Quatro anos que não se sentia tão leve.

Jogou seus braços ao redor do pescoço e entreabriu os lábios, deixando que ele aprofundasse o beijo. Ficaram alguns minutos daquela maneira, ignorando o mundo ao seu redor, aproveitado aquele momento tão único como fora da primeira vez, mas quando ouviram o aviso de que o trem estava partindo, foram obrigados a se separarem.

Roy sorriu.

- Eu voltarei. Logo. – Disse fazendo com que a loira também sorrisse.

- Isso é uma ameaça?

- Sim. – Roy falou e depois se inclinou e depositou um selinho nos lábios de Riza. – Até logo.

- Até.

Riza ficou ali o observando entrar no trem e enfiar a cabeça numa janela para olhá-la e ficou lá até não poder ver mais o trem em seu campo de visão, e com um sorriso que parecia ser impossível de se tirar do rosto, ela foi embora.


N/A: Olá, amores!

Pois é, as aulas começaram, menos tempo para eu escrever :/

hahaha, eu sou cheia das desculpas, né? xD Não se preocupem, tenho mais dois capítulos prontos e to tentando fazer o outro o mais rápido possível :D

Ain, ENEM em novembro, medinho :x haha Alguém mais aí vai fazer também? Boa sorte pra nós, né? rs

btw, feliz dia dos pais para o meu papis, para o de vocês e, claro, para o Roy! ;D

Bom, muuuito obrigado às fofas que comentaram no capítulo passado, adoro ler o que vocês escrevem o

Bem, agora eu me vou. Não esqueçam de deixar seu amor (?) pela analisando a história -qqq xD

beijos!

P.S: OMG, obrigado pela segunda recomendação.*-* 

Vocês sao demais <33

PS2: Particiação especial de Jeremy, persongem criado pela docile, hahaha. Gostou, amiga? xD


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