Broken Strings escrita por liligi


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo 5 – Denial

Não havia sido difícil encontrar a tal creche. Durante os anos que morara naquela cidade, ele teve a oportunidade de conhecer cada rua, cada bairro, cada beco... E, claro, os melhores lugares com as mais belas mulheres. Evidentemente, uma creche nunca foi um local na qual ele pensou em procurar belas mulheres, já que era óbvio que em tal lugar haveria mais crianças do que mulheres, mas lá estava ele, com o carro parado a uma distância considerável da creche.

Logo seus olhos se prenderam a figura loira com a pesada farda azul Royal do exército. Riza estava perto de uma moça jovem, ambas conversavam e sorriam enquanto observavam várias crianças deixarem a creche. Roy queria aproximar-se e ouvir o que elas conversavam, mas não podia. Queria saber mais sobre o filho de Riza.

Ficou mais alguns minutos ali parado, observando Riza e a moça da creche conversar, estava ansioso demais, ele queria saber quando a bendita criança iria sair dali. Observou algumas poucas crianças deixarem o interior do prédio, umas quatro ou cinco mais ou menos, mas seus olhos apenas se prenderam no menino que foi em direção à Riza.

A loira agachou-se na altura da criança e abriu seus braços, o menino sorriu e se jogou nos braços da loira, aceitando seu abraço. Os olhos de Roy arregalaram-se, mesmo de longe, ele podia ver a verdade, e isso provocava nele um turbilhão de sentimentos e pensamentos. Era também a verdade que o machucava, mas não pelo fato em si, mas por ela tê-la escondido dele.

Por ela ter escondido que aquele menino era seu filho.

Mesmo a distância que se encontrava, ele podia perceber a semelhança. Ele enxergava sua herança genética no menino. Os mesmos cabelos negros e rebeldes, os mesmos olhos cor de ônix, o mesmo formato do rosto, até o sorriso era parecido com o de Roy. Em sua mente, não havia dúvidas alguma. Aquele era seu filho. Seu filho e de Riza.

Sentiu-se tonto. O turbilhão o arrastava, o girava, o tirava de seu lugar. O turbilhão o estava arrastando para um novo lugar, um lugar na qual sentia que se encaixa, para uma nova vida. O problema era que não sabia se era bem vindo nessa nova vida.

Observou o filho de Riza — Seu filho. — conversar alegremente com a mãe, provavelmente contando como havia sido seu dia na creche. Ele de repente sentiu vontade de estar lá, de estar ouvindo seu filho falar qual tinha sido sua tarefa de casa hoje, ou o que a professora havia o mandado pintar na sala. Ele queria estar lá, presente na vida de sua prole, mas não podia.

O engraçado, é que ele nunca havia realmente dado muita atenção a essa parte da vida: a paternidade. Ele nunca havia desejado um filho. Bem, nunca havia planejado ter um filho, pois ele queria sim ter um descendente, mas nunca se esforçou para isso.

Mas agora que sabia que tinha um filho, ele queria fazer parte da vida deste filho. Ele faria o que fosse preciso para conhecê-lo.

––

Riza encontrou Hilary observando as crianças saindo da creche e se juntou a ela. A moça informou que Jamie ainda estava na sala, terminando sua pintura, então Riza resolveu fazer companhia a professora e observando as crianças.

- Elas são adoráveis, não acha? – Hilary perguntou com um olhar sonhador.

- Sim. – Riza concordou.

- Eu mal posso esperar para ter meu próprio filhote. – Hilary disse, Riza apenas sorriu.

- Eles mudam a nossa vida, acredite.

Hilary fez um sinal com a cabeça concordando.

- Eu sei que sim, mas eu quero experimentar ter meu filho para cuidar. – Hilary disse. – Não que eu não goste de cuidar dos filhos das outras pessoas, mas eu acho que cada um deseja ter seu próprio filho, não é?

Riza sorriu. Imaginava a cara de indignação que Hilary faria caso ela dissesse que nunca pensara em ser mãe, que Jamie foi fruto de uma gravidez indesejada.

Embora nunca tivesse pensado em ser mãe, ela não sabia como poderia ter sido sua vida sem Jamie. Ser mãe foi, com certeza, a melhor coisa que havia lhe acontecido.

- É. – Ela murmurou em resposta a Hilary.

- Quer dizer, ter uma família deve ser a coisa mais valiosa na vida de ma pessoa. – Hilary continuou, Riza apenas balançou a cabeça confirmando. – Ah, me desculpe. Acho que estou falando além da conta. – A moça disse envergonhada.

- Não se preocupe, eu estava aproveitando a conversa. – Riza a tranquilizou.

Algum tempo depois Jamie saiu com mais três crianças, ele se despediu dos amiguinhos e foi em direção à Riza. A loira abaixou-se, sorriu e abriu os braços. Jamie sorriu também e correu para a mãe passando os bracinhos ao redor do pescoço dela.

- Oi, meu amor. – Ela disse.

- Oi, mamãe. – Jamie disse. – Nós vamos almoçar agora? Eu tô com fome. – Riza riu da cara inocente do filho. Depositou um beijo na bochecha dele e se pôs de pé.

- Vamos sim, meu rapazinho. – Riza respondeu. – Mas temos que ir logo porque a mamãe ainda tem que trabalhar.

- Eba! – Ele disse animado. – E nós vamos comprar as coisas para meu aniversário depois?

- Vamos. – Riza confirmou – Mas nós não podemos demorar muito, tá? Então nada de ficar me pedindo para comprar outras coisas. Hoje só vamos comprar as coisas do seu aniversário.

- E o meu presente, mamãe? – Ele perguntou com olhos esperançosos. – Você já comprou?

- Humm... – Riza fez cara pensativa. – Comprei sim.

O rosto do menino se iluminou com um sorriso.

- E o que é? – Ele perguntou.

- Ah, eu não posso contar. É surpresa! – Riza disse sorrindo. James fez uma cara de desapontamento. Riza bagunçou os cabelos do filho e se ergueu. – Vamos, meu amor?

Jamie balançou a cabeça confirmando e segurou na mão de Riza enquanto andavam até o carro que estava estacionado próximo. Nem imaginavam que estavam sendo observados.

––

Roy observou Riza e James entrarem no carro de Riza e logo depois partirem. Ele não os seguiu. Ponderou se devia, mas acabou desistindo da ideia. A imagem de Jamie abraçando Riza ainda estava fresca em sua memória, a semelhança entre ele o menino era inegável. Tudo isso já era demais para sua cabeça para um dia só.

Deu partida no carro e dirigiu até seu hotel. Precisava pensar. Poucos minutos depois já se encontrava no estacionamento de onde estava ficando, e em seguida subiu para seu quarto e se trancou.

Tirou a pesada jaqueta azul e jogou sobre uma cadeira que estava ali, depois se deitou em sua cama e ficou encarando o teto com um olhar perdido. Sua cabeça estava uma confusão, havia muitas perguntas, mas nenhuma resposta, para nenhuma delas.

Se Jamie for mesmo seu filho, por que ela não o havia contado? Ele tinha o direito de saber. Entretanto, como ele poderia saber se passaram quatro anos sem se comunicar? Ele até tentou nos primeiros meses, ligara várias vezes para o quartel e também para a casa dela quando conseguiu o número. Também enviara diversas cartas, mas todos os seus esforços haviam sido em vão. Ela simplesmente ignorou sua existência durante todo esse tempo.

Mesmo assim... Um filho é um filho. Ela tentando ignorá-lo ou não, ele tinha o direito de saber.

Mas então ele se viu frustrado. Aquela era Riza Hawkeye. Uma mulher que seguia cegamente todos seus princípios, e, apesar de que contar sobre a gravidez ser o certo a fazer, ela não o fez. Isso provavelmente porque Roy era um homem casado. Ela não iria interferir no casamento — mesmo sabendo que este era arranjado. — porque ao fazê-lo, ela podia fazer com que o sonho tão almejado se transformasse em cinzas.

Bufou irritado. Ele detestava quando ela tinha que ser tão certinha. Ele teria desistido de seu sonho, se ele tivesse conhecimento de que tinha um filho. Não o filho de qualquer uma, somente um filho dela. Durante os quatro anos de casamento, Rachel reclamava que queria tanto um filho de Roy e ele sempre lhe dava a desculpa de que não gostava de crianças.

Mas agora que sabia que Riza tinha tido um filho seu o desejo de ter uma família o consumiu. O desejo de tê-los ao seu lado era mais forte que tudo. E esse mesmo desejo o faria confrontá-la, por assim dizer.

––

Riza deu uma espiada no relógio e se surpreendeu ao notar que já era tarde. Foi até a sala e pegou o filho nos braços, ele havia adormecido em frente à TV de novo. Foi andando com um pouco de dificuldade até o quarto de James, já que ele estava ficando muito pesado, ao chegar, o deitou, tirou os sapatos dele e o cobriu.

Voltou para a sala e sentou na poltrona na sala. Sua cabeça estava uma bagunça, seus sentimentos e seu autocontrole estavam completamente abalados desde que vira Roy naquela manhã. Mal se concentrara em seu trabalho durante a tarde imaginando onde ele estaria, quando ele apareceria e quando iria embora.

Suspirou pesadamente. Tantos anos sem vê-lo, mas ainda tinha a mesma reação. O pior é que tanto tempo sem vê-lo desfez completamente "disfarce" — a imagem séria, controlada —, ela voltara a agir como a adolescente que o viu pela primeira vez quando entrou no exército, depois de tantos anos sem vê-lo.

- Roy... – Ela murmurou e instintivamente levou uma mão ao ventre.

Lembrou-se do quanto foi difícil no início de sua gravidez. Tantas vezes ela pensou em ligar para ele ou até mesmo atender suas ligações ou responder suas cartas, dizer que carregava um filho dele no seu ventre, mas então, sempre desistia. Ele estava casado, não precisava que ela atormentasse sua vida. Além do mais, Riza sabia que Roy não gostava de crianças, ele provavelmente iria desprezar aquela criança se soubesse.

Então ela ficou quieta. Criou seu filho sozinha, e, até agora, estava se saindo muito bem com isso. Roy não precisava saber de Jamie, só porque ele voltou a aparecer na vida de Riza.

- Minha vida mudou, Roy... Agora você não é mais parte dela. – Murmurou para si mesma

––

Chegou ao trabalho cansada no dia seguinte, passara grande parte da noite se revirando na cama, pensando em Roy; algumas vezes também levantou e foi até o quarto de Jamie observá-lo enquanto dormia. O resultado foi poucas horas de sono e um mau humor.

Entrou na sala recebendo olhares curiosos de Patrick e Adam que ela fez questão de ignorar. Fez seu caminho até sua mesa, onde encontrou alguns papéis que ela deveria revisar. Bufou. Estava com dor de cabeça, não conseguiria revisar aquelas folhas. O melhor a fazer era tomar algum remédio para a dor incômoda e se concentrar no trabalho.

Abriu sua bolsa e procurou uma pílula para dor de cabeça.

- Volto já. – Ela disse depois que achou o remédio.

Levantou-se e fez menção de deixar a sala.

- Hawkeye. – Patrick chamou. – Eu vou com você.

Riza assentiu e ambos deixaram a sala, andaram em silêncio até o bebedouro. Riza colocou a pílula na boca e depois tomou um pouco d'água. Deu meia volta com Patrick ainda a seguindo em silêncio.

- Então, qual era a emergência? – Ela perguntou.

- Eu preciso falar com você. – Ele disse.

- Então por que ficou em silêncio até agora?

Patrick segurou o braço de Riza e a puxou para um corredor vazio. Olhou para os lados, para verificar se estavam realmente sozinhos. Depois suspirou e se virou para Riza.

- O Mustang estava te procurando ontem. – Ele disse. – Ele parecia bem determinado a te achar.

Riza desviou o olhar para o chão.

- O que mais?

- Eu não sei. – Patrick respondeu. – Ele te procurou na hora do almoço, você tinha ido pegar o Jamie.

- Ótimo. – Riza sorriu forçada. – Não quero conversar com ele.

- Mas...

- Mas o que?

- Eu acho que ele foi te procurar em casa. – Patrick disse.

- O quê?! – Riza ergueu a cabeça para encará-lo.

- Bom, algum tempo depois ele saiu e não voltou pelo resto da tarde. – Patrick explicou.

- De qualquer maneira, – Riza disse, tentando se acalmar do choque. – Eu não estava em casa. Seria um desastre se estivesse.

- Riza... – Patrick disse. – Como eu disse, ele parecia bem determinado a falar com você. Eu não acho que haverá uma escapatória para isso.

- O que você está tentando dizer, Patrick? – Riza perguntou levemente irritada. – Que eu devia logo acabar com isso e levá-lo a algum lugar para que pudéssemos conversar?

Patrick suspirou pesadamente.

- Não, Riza. – Ele disse. – Eu não estou dizendo isso. Eu estou dizendo que vocês acabarão se esbarrando e ele vai querer conversar sobre pendências de vocês dois. E... – Ele hesitou. – Eu queria saber se você vai falar ou não sobre o Jamie.

Riza bufou.

- Nós já conversamos sobre isso, Patrick? – Ela disse, agora realmente irritada – Eu não contarei nada sobre James ao Roy.

- Tá, mas não precisa ficar nervosa. – Ele falou. – Eu só acho que é errado esconder isso de ambos, Riza, é só isso.

- Por favor, Patrick, não toque mais nesse assunto. – Ela pediu.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos antes de responder.

- Tudo bem. – Ele disse a contragosto. – Agora vamos antes que o Kent chegue e ache muito suspeito nós termos sumido.

Riza assentiu e seguiu o companheiro até a sala.

––

Roy chegou ao quartel com um único objetivo em mente, e este objetivo era falar com Riza. Ele não aceitaria um não, ele a obrigaria se fosse preciso, mas ela teria que esclarecer as coisas para ele, e isso não poderia ser em outro dia. Ele queria saber se aquele menino era realmente seu filho ou se era uma mera coincidência — na qual ele não acreditava que fosse.

Passou por alguns soldados que lhe bateram continência rapidamente e seguiu até a sala onde sabia que encontraria Riza. Ou que pelo menos era onde ela deveria estar. Parou diante da porta da sala e bateu tentando não demonstrar nervosismo, logo ouviu um "pode entrar" e abriu a porta.

- Oh, General! – Kent disse levantando-se de sua cadeira. – Já chegou? Bem, por onde podemos começar a vistoria hoje? Eu pensei...

Roy levantou uma mão num gesto que pedia para que ele parasse de falar.

- Primeiramente, General Kent, eu gostaria de falar com a primeiro-tenente Hawkeye. – Ele disse sério.

Riza sentiu uma corrente elétrica passar seu corpo. Aquilo não era coisa boa.

- A primeiro-tenente? – Kent ecoou um pouco confuso. – Oh, sim, claro! – Ele exclamou, imaginando que Mustang tinha que falar algo do tempo que ainda trabalhavam juntos. – Primeiro-tenente, pode ir com o General Mustang.

- Mas... – Riza tentou achar uma razão para que recusasse o pedido de Mustang, mas nada lhe ocorreu.

- Você pode revisar estes papéis depois, Tenente. – Kent falou. – Não deixe o General esperando, ele é um homem muito ocupado.

"Então por que ele não vai se ocupar da própria vida?" – Riza pensou enquanto punha-se de pé, tentando disfarçar a raiva que borbulhava em seu peito.

- Então, General, por onde começaremos a vistoria hoje? – Kent repetiu.

Roy forçou um sorriso.

- Ainda não sei, General Kent. Você pode decidir enquanto eu converso com a Tenente Hawkeye?

O rosto de Kent se iluminou e ele assentiu.

- Siga-me, Tenente. – Roy disse quando Riza já se encontrava a uma distância considerável dele.

Deixaram a sala em silêncio. Roy estava ansioso para falar com ela, mas não o faria em um local público. Riza também se manteve em silêncio e o mais distante possível dele, ela não deixaria que ele afetasse seu autocontrole. Roy sabia que devia haver alguma sala de reunião vazia no andar superior, e que ninguém notaria se eles entrassem, e se notassem ninguém se oporia.

Passaram por alguns soldados no andar superior, mas nenhum se preocupou em perguntar aonde eles iriam, e então Roy abriu a sala de reunião com alquimia e puxou Riza para dentro fechando a porta em seguida, também com alquimia.

- Seja rápido. – Ela disse asperamente. – Eu tenho que voltar e terminar meu tra...

- Por que não me contou que você teria um filho meu? – Ele a interrompeu disparando a pergunta de uma vez.

Riza congelou onde estava e sentiu seu coração acelerar. Como ele poderia saber sobre Jamie?

- Responda-me. – Ele exigiu se aproximando dela.

Ao perceber a proximidade, Riza deu alguns passos para trás, afastando-se dele e tentando lutar contra si mesma e manter seu autocontrole.

- Eu não sei do que você está falando. – Mentiu.

Roy riu sem vontade.

- Como não? Vai me dizer que você não tem um filho?

Riza engoliu em seco.

- Sim, eu tenho um filho. – Ela admitiu.

- Por que não me disse? – Ele perguntou tentando novamente se aproximar dela. – Por que não me ligou ou mandou uma carta para me avisar? Ou pelo menos atendeu minhas ligações...

- Lhe dizer o que exatamente? – Ela perguntou, sem tentar fugir da proximidade dele.

- Que nós temos um filho! – Ele grunhiu irritado.

Riza mordeu o lábio inferior nervosamente. Estava rezando para que ninguém estivesse ouvindo eles ali dentro.

- Nós não temos um filo. – Ela sibilou. – E pare de gritar. Não quero que ninguém ouça!

- Não me diga o que fazer! – Ele disse. – E não minta... Eu o vi.

Riza arregalou os olhos. Como ele havia visto Jamie? Ela ficara com o menino praticamente a tarde toda.

- Eu não estou mentindo! – Ela se defendeu. – E como você o viu? Você por acaso nos seguiu?

Roy ficou em silêncio. Ele não iria deixar o pobre atendente à mercê da arma de Riza.

- Você nos seguiu. – Ela disse incrédula. – Você não tem o direito!

- Não em venha falar em direitos! – Ele disse num tom alto. – Eu tinha e tenho direito de saber sobre o meu filho.

- Ele não é seu filho! – Riza rebateu.

- Não minta, Riza, você não faz isso direito. – Ele disse. – Eu vi o garoto. Há muitas semelhanças. Não pode ser apenas coincidência!

- Ele. Não. É. Seu. Filho. – Ela disse pausadamente.

- Por que não me contou? – Ele perguntou. Agora seu tom estava controlado, mas Riza podia ver muita magoa nos olhos cor de ônix que ela tanto amava. – Por que não contou sobre o menino?

- Eu já disse... – Ele a interrompeu.

- Riza, – Riza sentiu uma corrente elétrica percorrer se corpo ao ouvi-lo chamar por seu nome. – Por favor, não me tire isso. Eu tenho o direito de estar perto do meu filho. Eu quero estar perto dele.

- Meu filho não tem um pai. – Ela disse. Roy lhe lançou um olhar confuso.

- Como assim?

- James só tem a mim, e a ninguém mais. – Ela disse. – O pai dele está morto.

Roy balançou a cabeça negando.

- Não diga isso! Eu estou aqui, não estou? – Ele a segurou pelos braços, mas ela logo se soltou.

- Por quanto tempo? Uma semana? Nós não precisamos disso. – Ela disse sentindo lágrimas verterem de seus olhos. Ela não queria enfrentar aquilo. Aquilo tudo era muito doloroso. – Não precisamos nos magoar. Especialmente o Jamie.

Roy a olhou ainda mais confuso.

- Riza... – Ele tentou se aproximar novamente.

- Não! – Ela se esquivou. – Para mim e para o Jamie, o pai dele está morto. Ele não pode simplesmente voltar dos mortos por alguns dias e depois ir embora novamente. Eu não quero que o meu filho sofra.

- Eu não quero que ele sofra também! – Roy alegou.

- Então nos deixe em paz! – Riza disse. – Volte para sua família e deixe a minha em paz.

- Não! – Ele disse. – Eu não posso ignorar o fato que eu tenho um filho! Não posso.

- Sim, você pode. – Ela disse. – Assim como você sempre ignorou aquelas moças que você costumava enganar, antes de casar. Se alguma delas lhe dissesse que tem um filho seu você não daria a mínima, você ignoraria eles, mesmo sabendo que eles têm seu sangue.

- Talvez. – Ele disse. – Mas não posso ignorar este filho.

- Por quê?

- Porque ele é filho da mulher que eu amo. – Roy disse.

Riza friccionou os olhos tentando se convencer que aquilo não era real. Ele não havia lhe dito aquilo, era apenas uma ilusão da sua cabeça.

- Não se aproxime do Jamie. – Riza avisou.

Roy bufou irritado. Ela era irredutível, mas ele também quanto a este assunto. Era seu filho, e ele não desistiria dele. Não desistiria de fazer parte da vida dele, ele faria sim parte da vida do filho, mesmo contrariando Riza.

- Você é uma egoísta. – Ele disse.

- O que? – Riza perguntou indignada.

- Isso mesmo – ele disse. – Você nunca pensou que o James pode querer um pai?

- Ele não precisa de um – Riza disse. – Ele tem a mim. E tem ao padrinho dele. E como eu disse antes, não se aproxime do meu filho.

- Você não me dirá o que fazer.

- Eu estou avisando, fique longe do Jamie. – Ela ameaçou.

- Eu vou fazer da parte da vida do meu filho, Riza. – Ele disse sério. – Quer você queira ou não.

Ela fez menção de dizer alguma coisa, mas ele lhe deu as costas e abriu a porta, depois deixou a sala e uma Riza abismada.


N/A: ooi, pessoas *-* Demorei com a atualização? Ok, não respondam XD uasghaushasahsuahsuasa

Nhaa, estava sem inspiração alguma, mas hoje estou especialmente inspirada *-*
Aliás, estou assim desde que criei um blog pra mim *-* rs Ele é para eu expor meus pensamentos (os relevantes, óbvio) e postar minhas histórias independentes, estou bem animada com ele õ

Anyways, voltando a Broken Strings. Eu gostaria de agradecer MUUUITO as minhas leitoras. Juro que quase chorei com uns reviews que recebi do último capítulo *-* Vocês são as ME-LHO-RES!
Acredito que tenha respondidos aos seus reviews, se não os respondi é porque estive ocupada essa semana ;x Tivemos muitos trabalhos para nos ajudar na nossa média, btw, fiquei em segundo lugar na média desse bimestre *-* ( e eu nem tô estudando -q), e estamos tendo aulas todo sábado de manhã para compensar a época que dois professores meus estavam doentes (um, récem operdo, o outro, com pneumonia). Sem falar que tenho uns problemas pessoais bem sérios ocupando minha mente, então estudar e escrever está sendo quase impossível pra mim ultimamente.

Agradeçam ao fato de eu amar vocês demais e não querer fazer vocês espararem demaaaaaaaais e que digitei dez capítulos antes de começar a postar a fic -q

Anyways, obrigado mesmo, meninas, vocês alegram meu dia com seus reviews, especialmente nesses tempos que parece que minha cabeça vai explodir :)

P.S: Se encontrarem algum erro na fic, me mandem uma MP com o trecho com o erro, ok?

Amo vocês 3

Beijos, Liligi


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