Disastrous Marriage escrita por Mrs Padfoot


Capítulo 24
Mr Know At All


Notas iniciais do capítulo

Olá, morangas e morangos! Tudo bem?

Mais um capítulo :)

Enjoy *.*



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Pov. Jazmyn

– Beijo.

– Não.

– Beijo.

– Não.

– Beijo.

– James! Você errou a questão! Eu não vou te beijar!

– Beijo. – o loiro continuava a pedir me encarando.

Mal conseguia acreditar que tudo estava quase acabando. Nossas provas parciais passaram e agora só faltavam as finais e, pronto: formatura. Eu e James mantemos nossos estudos diários (com um pouco mais de beijo, é claro) e nos revezamos para levar Alfredo para passear. Tudo estava simplesmente perfeito.

James não é realmente o tipo de pessoa que gosta de estudar. Eu não me importo, desde que possa comer durante o ato. Faltavam um pouco menos de dois meses para as provas, mas eu já queria estudar desde já, para não perder nenhum conteúdo. O loiro se distrai muito facilmente, chega a ser até engraçado, mas isso já estava me irritando.

– Jay, eu juro, estou com minha paciência aqui. – digo colocando minha mão em minha testa.

– Como se fala me dá um beijo em dinamarquês? – ele pergunta sorrindo fofo.

– Jeg er bøsse – respondo-lhe sorrindo fraco.

– Que estranho. – ele murmura e depois fica sério. – Você fez eu me chamar de retardado.

– Não, de gay. – respondo rindo.

– Gay? – ele pergunta erguendo uma sobrancelha.

De repente, o loiro sobe em cima de mim e começa a beijar meu pescoço.

– Jay... – murmuro tentando o empurrar.

– Eu vou mostrar quem é o gay.

Ele passa suas mãos pelo meu corpo, apertando-me em certos lugares. Aquilo estava tão bom. Porém, obviamente meu cérebro não conseguia parar de cogitar a ideia de eu não passar nas provas se não estudasse. A boca de James era meu paraíso, mas as provas me chamavam, e a ele também.

– James, para. – falo tentando ficar séria, o olhando.

– O que foi, Lovebird? – ele pergunta me olhando confuso.

– Nós temos que estudar. – respondo-lhe.

– Ah. – ele resmunga revirando os olhos e continuando a beijar meu pescoço.

Aquela atitude me incomodou um pouco. Ele não se importava com as provas?

– James. – o empurro e me sento no sofá.

– Sério isso? – ele fala mal humorado.

– Sim, sério. Se nós não passarmos nessas provas, nós não nos formamos. – respondo o olhando irritada.

James bufou e olhou para frente. Inconformada, pego meu caderno e continuo a escrever meu resumo. Sua atitude estava me irritando. Por algum motivo, ele simplesmente queria o que ele queria, quando queria. E é por isso que eu acho que filhos únicos são mimados. Não todos, é claro. Abby e Ally são filhas únicas, e elas são uns amores; mas, mesmo assim, há várias pessoas que são filhas únicas e são extremamente mimadas e se não conseguem o que querem, ficam brabas. James era uma delas.

– Eu vou sair. – ele fala depois de um tempo.

– Não, não vai. – falo o olhando. Ele havia se levantando e caminhado em direção à porta.

– Como disse?

– Você não vai sair. Não sei se você notou, mas nossas aulas acabam daqui a três semanas.

– Você não é minha mãe. – ele responde confuso.

– Não, pior, eu sou sua mulher. – falo sentando-me nas costas do sofá.

– Você não pode mandar em mim, Jazmyn. – ele fala bravo.

– Você precisa se formar, James. – respondo no mesmo tom.

– Puta que pariu, tudo o que você sabe fazer é mandar. – ele reclama olhando para o teto.

– Ah é? E você? É um santo? Você chega a ser mais mimado do que Dominique. – respondo.

– Você está me comparando com sua irmã? Que você odeia? – ele pergunta rindo.

– Sim, porque se você não ganha o que quer, fica puto.

– Oh Deus, ela falou um palavrão. – ele responde ironicamente.

– Você é um idiota. – respondo. – Faz o que quiser com sua vida.

– Ótimo, eu já ia fazer isso.

– Concordar em me casar com você foi a pior coisa que eu já fiz. – resmungo me sentando no sofá de novo.

– Pelo que eu sei, você não teve escolha. – ele fala sarcástico.

– Sempre há a opção de fugir. – respondo no mesmo tom.

– Até porque você faria isso.

– Se eu conhecesse você naquela época, sim. – falo e ele me encara por um tempo.

Certo, eu estava brava e despejando todas minhas emoções nele. Isso não era uma boa ideia, e com certeza eu me arrependeria depois, mas minha boca simplesmente não ficava calada. Se alguém era sarcástico comigo, eu responderia à altura. Não é a toa que chamam as ruivas de esquentadas.

James não falou mais nada, somente pegou as chaves de sua moto e saiu de casa. Ótimo, eu havia estragado tudo. Por que é sempre assim? Eu finalmente fico feliz e então tudo desmorona. Por quê?

Comecei a chorar e logo Alfredo estava pulando para meu colo. Parecia que o filhote estava tentando me consolar, o que me fez rir um pouco. Não adiantava nada chorar, então obriguei a mim mesma a parar. Ele iria ver que no fundo eu estava certa. Ou simplesmente iria me deixar, e eu ficaria conhecida por não conseguir manter um marido, como Dominique. Mas não havia nada que eu pudesse fazer.

Levantei do sofá e arrumei a sala, indo para meu quarto logo depois. Fazia alguns dias que eu não dormia nele, desde que comecei a dormir com James. Resolvi tomar um banho demorado, quem sabe assim eu me acalmava de vez.

Mas não adiantou. E estava ficando escuro. Nunca fiquei sozinha de noite na minha vida inteira; na verdade, nunca fiquei sozinha. Sempre havia guardas por perto, e assim eu me sentia segura. Eu estava com medo. Ser deixada sozinha de noite não era algo que eu aprovava, então resolvi ligar para o único que eu sabia que podia confiar.

– Alô. – sua voz falou radiante no telefone.

– Tate, quer vir dormir aqui em casa? – perguntei fingindo estar feliz.

– Você é uma péssima atriz, sabia? – ele fala. – Eu vou sim, mas o que houve?

– Briguei com James.

– Estou ai em cinco minutos. – ele responde e logo desliga.

Não tinha meu pai, não tinha mais James e agora Tate era tudo que me sobrava. Claro, Ashley e Jason também eram meus amigos, mas eles não sabiam de toda verdade, eu não fui totalmente honesta com eles. Abby e Ally diriam que eu não deveria me abalar, porque eu sou mais importante do que James, e eu realmente estava tentando pensar assim. Estava difícil? Sim. Acho que em alguns meses uma pessoa insignificante pode passar a ser tudo que você precisa. E eu precisava de uma pessoa. Precisava da minha pessoa urgentemente.

E, infelizmente, essa pessoa era James.


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Notas finais do capítulo

Heeey, o que acharam? :)

XoXo, Mrs Padfoot.