Disastrous Marriage escrita por Mrs Padfoot


Capítulo 25
O Diabo É Ruivo


Notas iniciais do capítulo

Olá, morangas e morangos! Tudo bem?

Demorei um pouquinho para escrever este, mas é porque estou começando a escrever outra fanfic original. Não sei quando vou postá-la, mas irá demorar.

Enfim, enjoy *.*



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Pov. Jazmyn

Fazia uma semana desde que James partiu. Ele não aparecia na escola e não deu as caras em casa também. Se eu estava preocupada? Muito. Qualquer coisa poderia ter acontecido com ele.

Tate está dormindo todos os dias comigo, e me levando à escola. Me sinto um bebê, literalmente. O máximo que eu fazia era cozinhar, porque todo o resto era Tate. Eu não queria nem pensar como os pais deles estariam se sentindo, comigo sequestrando seu filho. Segundo o moreno, eles não se importavam, gostavam de ele ter amigos, mas mesmo assim eu me sentia mal.

Cada dia que passava eu ficava com mais medo das provas finais. Todos os professores não paravam de falar sobre elas, mesmo que ainda faltassem um pouco mais de um mês para elas começarem. Toda Dinamarca sabia que eu estava estudando nos Estados Unidos, e se eu não passasse, todos veriam. Se eu não me formasse, seria considerada burra ou incapaz. Claro, isto foi uma decisão minha. Se eu estudasse em casa, não teriam como saber de minha educação, mas aqui, sim.

Ashley estava aqui hoje. Ela veio passar à tarde comigo e Tate, simplesmente porque quis. Adoro isso sobre as pessoas americanas, se elas querem ir a algum lugar, elas simplesmente vão. Os dois estavam na cozinha, mas, mesmo com Ash aqui, eu simplesmente não conseguia parar de pensar em James, todos os dias desde que ele partiu. Então decido ligar para a única pessoa que é provável que saiba onde ele esta.

– Alô?

– Jason. Aqui é a Jazmyn. – falo, ouvindo o loiro arfar.

– Ah, oi Jazmyn, tudo bem?

– Você sabe onde está James?

– Eu estou bem, obrigado. – ele fala ironicamente.

– Jason, não brinque comigo. – falei advertindo-o.

Tate entrou na sala neste momento e perguntou quem era. Por meio de sinais, consegui explicar e na mesma hora ele me pede para colocar no viva voz. Logo depois, Ashley entra.

– Eu não sei onde ele está. – Jason fala meio nervoso.

– Escuta aqui, McCall. Eu sei onde você mora, então ou você fala, ou eu te visito à noite com uma faca. – Tate fala seriamente. Eu realmente não duvidava que ele fizesse isso. E Jason também não.

– Ele está em um hotel, mas isso é tudo que eu sei, juro! – o loiro fala desesperadamente.

– Ótimo, obrigada. – respondo e desligo o telefone. – Ele não se importa comigo, por que eu deveria me importar com ele?

– Porque você tem um coração bom. – Tate responde. – Ah, chega de choro. Vamos olhar Harry Potter.

– Irmãos são ingratos. – Ashley fala dando de ombros.

Se ele fosse apenas meu irmão...

***

– Dumbledore idiota. Sabe, nós fomos assaltados por ele uma vez. – Tate fala no meio do filme.

– Sério? – Ashley pergunta curiosa, e no mesmo instante a campainha toca.

– E pelo Gandalf. – comento enquanto me levanto.

A sala era relativamente longe da porta, então quando cheguei nela, já não conseguia ouvir os relatos exagerados de Tate à Ashley. Mas acho que foi uma boa coisa a sala ser longe. Explicar porque meu suposto irmão estava na porta com um buque de rosas seria meio confuso.

– James. – digo espantada.

Não esperava ver ele tão cedo, e esperava que ele me odiasse. A não ser que essas flores sejam para Alfredo, acho que ele não me odeia.

– Jaz. – ele fala sorrindo de lado e me alcança as rosas. – São para você.

– Obrigada. – pego o buque e coloco na mesinha atrás de mim. – Você voltou.

– E você não está me deixando entrar. – ele responde rindo um pouco, mas logo para quando percebe que eu não estou. – O que foi?

– O que foi? Sério isso? – pergunto arqueando minha sobrancelha. – Nós tivemos uma briga, e você simplesmente some por uma semana, volta me dando um buque e acha que está tudo bem?

– Eu não achei que você iria se importar muito, já que é tão mandona.

– E já chega me ofendendo. – rio sarcasticamente.

– Não! Não é uma ofensa. Eu quis dizer que você é muito... Forte? – ele fala um pouco indeciso.

– Existe uma nítida diferença entre parecer e ser. – respondo com raiva.

– Existe? – ele pergunta ainda confuso.

– Você sabe quantas vezes eu fiquei sozinha na minha vida? Nenhuma! Nenhuma vez, James! E você me deixou de noite. Eu estava apavorada. Se não fosse por Tate, eu não sei o que eu faria.

– Eu... Eu não sabia. – ele fala olhando para baixo.

– Eu sei que não. E eu te odeio. Eu te odeio tanto, James Materazzi. – respondo-lhe, fazendo o loiro me olhar tristemente.

– Posso, pelo menos, saber o porquê? – ele pergunta.

– Eu te odeio por me fazer amá-lo. – digo e ele me arregala os olhos, confuso. – Odeio como seus olhos me hipnotizam, como seu sorriso me derrete e seus lábios me viciam. Odeio que você se acha, mas principalmente odeio que você seja importante para mim. Porque, claramente, eu não sou para você.

– Lovebird, não se atreva a falar isso. – ele responde se aproximando e colocando as mãos em minhas bochechas.

– O que? A verdade? – pergunto ironicamente.

– Jaz... – ele me avisa irritado.

– Eu não me importo de saber a verdade, James. Eu sei que eu nunca vou ser...

– Cala a boca, porra. – ele responde irritado, me fazendo indagar um ''por quê?'' raivoso. – Porque eu te amo. Eu te amo fudidamente .

E falando isso, seus lábios se fundiram com os meus. Suas mãos desceram para minha cintura, naquela mania protetora de me segurar. Meus pés se ergueram para suas pontas, e minhas mãos se perderam em seu cabelo. Eu sentia falta disso. Calmamente, ele foi me dando selinhos, e, por fim, me abraçou. Sua cabeça enterrada em meu pescoço, e eu sobre seu largo ombro.

Isto me levou a pensar: ele me ama. Eu simplesmente não acredito que ele me ama. Mas eu não poderia simplesmente me entregar. Eu era Jazmyn, a ruiva mais baladeira da Dinamarca. Eu precisava fazer ele tomar do próprio veneno, pelo menos um pouquinho. Ser má nunca matou ninguém. Quer dizer, matou, mas... Ah, deixa pra lá. Devagar, me afastei do mesmo.

– Você é um idiota. – falo o socando.

James estava muito confuso, e só os anos de práticas a falar para meus pais que ''não, eu não saí do castelo'', me ajudaram a segurar minha crise de risos. Peguei seu buque e entreguei-o. O loiro estava de confuso para um pouco irritado.

– Mas... Eu...

– Todas as garotas gostam de rosas, James. E como você pode ver, eu não como todas as garotas. – falando isso, sorrio e fecho a porta em sua cara.

Ele teria que trabalhar um pouco aquele cérebro e me surpreender. Claro, eu já o aceitara, mas James Materazzi com raiva era coisa que simplesmente me fascinava.

Dizem que o diabo é ruivo, e eu totalmente concordo.


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Notas finais do capítulo

Pergunta do capítulo: se não houvesse na capa e nos gifs como os personagens são, com quem vocês associariam eles, baseado nas apresentações nos primeiros capítulos?

XoXo, Mrs Padfoot.