Nem pense em clicar aqui. escrita por Jujubas Azuis


Capítulo 8
Capítulo 8




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Algumas pessoas que pareciam assustadoras entram no café derrubando a porta e um toma a frente e diz:

– Todos os que estão aqui, isso não é um treinamento. Para rua e, se tiver alguém de Cato, fale agora.

Me levanto e encaro aqueles estranhos.

– Eu sou de Cato e não vou deixar que machuquem eles nem por expansão de território!

Um homem de cabelos longos, pretos e bastante oleosos me encara de cima abaixo.

–Ora! Veja só, você não é a filhinha do Leen?

–Isso não é da sua conta.- Respondi, com dureza.

–Hmmm, olha como é corajosa... Acho que nosso líder vai gostar de vê-la!

Estremeci quando ele pegou-me pelo braço.

–Quê? Pra onde você está me levando?

–Quieta, pirralha, vamos!

– Me obrigue, cansei desses caras.

Tiro o braço dele de cima de mim e tateio a mesa em busca de qualquer coisa. Pego um vaso e o quebro na cabeça do estranho.

– Você vai pagar por isso!- diz a dona do café.

– Mentira, né eu to ajudando!- digo desviando o olhar do cara.

Esse foi meu erro.

Ele me derrubou em uma mesa e uma das pernas errou por muito pouco minha coluna, demorou um pouco para eu conseguir levantar, os civis estavam em estado de choque, não precisei me preocupar em levantar, aquele cara fez uma alavanca e eu caio de quatro. Levanto a cabeça e o encaro.

– O que está acontecendo lá fora?

– Tomada de território.

– Terão baixa de civis?

– É necessário.

Faço uma força incrível para levantar e quando faço isso, olho ao redor, agora, que uma garota de Cato tentava protege-los, Cato não é uma cidade tão ruim.

– Eu vou ajudar vocês.- minto.

– Prove.

– Quero voltar para casa.

Ele me entrega uma arma e eu sorrio e me viro para o café. Tina olhava para mim com terror, aponto a arma para trás e atiro sem remorso nenhum.

– Quanta munição tem aqui?- pergunto dando pequenos tapas na arma enquanto a miro e atiro mostrando ser uma acidente no meio da testa de uma moça.- onde é a saída dos fundos?

A moça que estava no balcão pareceu estar em choque, mas cooperou levando todos os presentes para fora, me escondo atrás de uma mesa e elimino as outras três pessoas que estavam com ele, pego tudo o que podia ser útil, munição e uma faca. Vou conferir se todos estavam bem no depósito e faço uma pergunta que nunca achei que faria para pessoas normais.

– Se tiver mais alguém que saiba lutar ou tenha uma mira boa, a hora é agora.

Ninguém se sugeriu, saio do café e vejo a rua em caos. Preferi não ver as pilhas de corpos de pessoas nas ruas, Magnes era uma cidade boa.

– Querida, não olhe, vire a cara!!- gritava uma mulher para a filha.

Corro para o lugar e mato o cara que a ameaçava.

– Fujam daqui, agora!- grito.

As coisas não estavam melhores no resto da cidade, por algum milagre, ninguém me acertou, mas tentei parar o máximo de soldados possível, eu tive que me traumatizar, mesmo sabendo que não ajudaria muita coisa, Cato não tinha muitas pessoas, muito menos soldados, mas os que existiam, são muito bons e de primeira linha.

Teve uma hora em que, inevitavelmente, fiquei sem munição e os suportes não vieram me ajudar. Uso a faca, mas não ajudou para muita coisa, no final, uma moça tapa minha boca e me enfia em um prédio cheio de outras pessoas. Ela tranca a porta rapidamente, me prendendo com outras pessoas, todas tão sujas de sangue quanto eu.

– O que acontece aqui?- pergunto.

– Somos a resistência. O resto não sei.- explica uma moça que estava sentada e com um moral baixo.

– Já se deixaram cair? Pessoas inocentes estão morrendo lá fora!! Eu sou de Cato e sei que não são muitas pessoas!

– Só seremos mais um corpo naquela pilha.

– Pessoas ordinárias!!

Dou um chute na porta de vidro que estava coberta por madeira, o que só serviu para me cortar, depois, tento mais uma vez, mas não deu.

– Tem que ter outra saída!- digo andando pelo mall.

– Vocês jovens…- murmura um outro cara.- eu só vim pra cá por que fui forçado a servir o exercito, mas olha onde estamos! Desista, garota.

– Falhar não é uma opção.- grito.

Vou para trás de um balcão de recepcionista e procuro por saídas secretas, ouço um grito do lado de fora, mas isso só me motivou a continuar. Nada aqui, nem em nenhum outro lugar, desisto e me sento junto com os outros. Eles ainda me encaravam, mas eu não liguei para isso, já tasquei um dane-se em tantas coisas que isso não serial algo tão grande. Tapo os ouvidos para não ouvir mais os gritos, mas acabo sujando-me com sangue, mais do que estava antes. Senti lágrimas nos olhos, mas não, não agora, não assim. Mas não deu, me senti uma fraca por estar chorando por não poder ajudar enquanto pessoas estavam sofrendo do lado de fora. A mesma moça abre a porta.

– St. Magnes foi dominada!- ela comemora.- Vocês serão levados para Cato e serão treinados para ajudar sua nação a dominar o continente! Quem já é de Cato, se apresente!

Eu, com muitas outras pessoas, nos levantamos.

– Eu tenho vergonha de ser de Cato!- diz uma moça.

– Cato tem vergonha de ter uma cidadã como você,

A moça que entrou no Mall atirou na outra e continuou seu discurso como se nada tivesse acontecido, eu seguro a que caiu e vejo o estrago, não dava mais.

– Vou te dar a real.- digo.- tem alguma última coisa que você quer dizer o quer que alguém faça?

– Não.- ela diz.- só não quero que você esqueça quem eu sou, assim, ainda fico viva. Susana.

Deixo-a no chão e digo.

– Conte comigo, Susana.

– Garota, você está falando enquanto eu falo?- pergunta a que entrou na sala.

– Sim senhora.

– Quem é o pai de tamanha… tamanha coisa?

Ninguém se pronuncia.

– Ele está morto.- digo sem nenhum sorriso.

– Então eu vou te disciplinar.

Aquela puta me dá uma tapa na cara.

– Nunca duvidem da força de Cato!- ela diz.- todos me sigam.

Tive vontade de contrariar, mas sigo as poucas pelas ruas. Abaixei o olhar para não ver tudo o que aconteceu, tanta morte a troco de nada. Mas, de repente, tudo para.

– O que é isso?- pergunta a moça.

– Guerra.- digo.

– Pode me explicar o por que disso?

– Expansão de território e defesa.

– Errado.- ela chuta minha canela.- unificação.

Ela nos conduz para um ônibus, tranca a porta e dirige para Cato. Bem que eu desconfiei que isso um dia aconteceria, mas qual é o estopim?


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