Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco mas chegaaaay :3
Espero que gostem do capítulo e muito obrigada pelos comentários *-* amei demais *-* impossível não amar né? :3

Mais uma música para nossa trilha (que me faz chorar)

Ages and Ages: Divisionary (Do The Right Thing)



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Vicente estava estático, piscava os olhos sem saber ao certo o que responder, ou melhor, pensando porque ela havia feito essa pergunta de maneira tão repentina. Ajeitou-se um pouco na cama refletindo sobre aquilo, talvez fosse apenas uma pergunta inocente. Ora, ela já tinha dezesseis anos, sabia muito bem o que queria dizer com aquilo, estava tão atraída por ele quanto o mesmo por ela.

Talvez estivesse confundindo as coisas. Era o que o rapaz achava, mas a verdade era que a garota só fizera essa pergunta por lembrar-se do que dissera a Manuela sobre seu irmão ser um coitado por ter que aturá-la, sabia que a moça era linda, e já que o assunto “beleza” estava em pauta, resolveu matar a curiosidade momentânea.

Seria capaz de ter um namorado como Vicente algum dia? Tão atencioso bonito e sexy, como a mesma pensava?

—Ah... – ele abriu a boca incerto. Pamela o fitava com os olhos negros e enormes cheia de expectativas, aquele olhar, ele não tinha como resistir – Claro que sim, se você não fosse minha irmã eu não pensaria duas vezes em largar a Manu e te possuir... Ah, digo, te ter em meus braços.

A menina assustou-se um pouco com a ultima parte, mas logo encolheu os ombros visivelmente envergonhada com a resposta. Um risinho de felicidade não escapou da visão de Vicente, que ainda desconfortável segurou sua mão mostrando que estava tudo bem.

— Porque a pergunta? – droga Vicente, por que não cala a boca? Pensou condenando-se por incitar a menina a continuar falando, querendo no fundo, ouvir de sua boca que o queria. Mesmo achando que essa conversa estava indo para um caminho perigoso, mas o que podia fazer? Seus desejos gritavam abafando qualquer som da consciência.

— Bem, por que se um dia eu tiver um namorado, quero que seja como você. – respondeu abaixando a cabeça, tímida.

— Céus, por que você é tão fofa? Pare com isso, me deixa com vontade de te apertar até você sumir.

Ela riu divertida com o tom aparentemente sério do irmão.

— Isso não parece muito bom – comentou mansa.

— Ah é? Então venha aqui que eu te mostro – falou agarrando-a pelos ombros, derrubando a menina na cama e bagunçando seu cabelo.

Vicente riu contente por ter saído daquela saia justa sem demonstrar a surpresa com a pergunta. Agora vendo-a deitada a seu lado, sorrindo com os olhos, o fez pensar em como seu pai poderia trata-la tão mal, como não podia dar a atenção que ela merecia só por existir.

Seus dedos tocaram os dela levemente, Pamela olhou para baixo apertando-os em sua mão, ela levantou o braço deixando-os entre seus rostos, seu irmão levantou o tronco apoiando-se no cotovelo para fitar o rosto da menina. Ficaria por horas memorizando cada traço do seu rosto, as sobrancelhas perfeitamente desenhadas, os olhos negros e grandes pelos quais ele tinha verdadeira adoração, o nariz arrebitado que agora sentia vontade de cobri-lo com seus beijos só para ouvir sua risada, e sua boca... Ah como ele queria poder tocá-la com seus lábios mesmo que por poucos segundos e matar a curiosidade, maldito laço familiar que o impedia de saciar seus desejos mais inapropriados. Mas o que estava pensando, ele não ligava para isso. O pensamento o fez fechar os olhos, permitindo-se sentir o cheiro que emanava da irmã, tão doce.

Tão doce – pensou Pamela esticando a mão livre para tocar o rosto de Vicente, os fios grossos da barba pinicaram em seus dedos causando uma sensação boa e engraçada fazendo-a lembrar-se de quando ele lhe beijava no rosto o local ficava coçando e ela tinha que abafar o riso para que ele não estranhasse o comportamento e parasse de fazer. Seus olhos se abriram encontrando os dela, nenhum dos dois sorria, parecia que tudo havia sumido, não se ouvia nada além das respirações ritmadas e calmas.

Os dedos do rapaz se moveram fazendo-a soltá-los, Vicente olhou para o corpo estirado da irmã ali tão vulnerável quanto ele, com a diferença cavalar de que ele sabia exatamente o que estava fazendo, já ela pensava se tratar apenas de um carinho de irmão, coisas normais. Mal sabia ela que os pensamentos sujos do irmão o dominavam naquele momento, pensava em como seria tirar cada peça que cobria o corpo pequeno da garota, poder apalpar cada pedacinho, beijar, sentir a pele tocando a sua, ouvir seu nome saindo da boca dela num gemido de extremo prazer causado por sua língua, vê-la contorcer-se na cama a procura de mais e mais. Como era sujo, doentio e imoral pensar na menina dessa forma, mas tudo isso só o deixava com mais vontade no momento, o proibido excita até os mais centrados.

Pousou a mão sobre a barriga da menina deslizando-a até a cintura e apertando-a com força, Pamela ergueu o quadril involuntariamente ao encontro dele, a insanidade de Vicente fez com que ele o segurasse antes de avançar na menina, ela apenas segurou seu rosto com as duas mãos sentindo um calor já conhecido por ela tomar conta de seu corpo.

Era bom.

— Pam – sussurrou com os lábios a centímetros dos seus. Aproximou-se mais um pouco, já podia até sentir o hálito de sorvete da menina, Pamela apenas fechou os olhos esperando o contato. Suas unhas arranharam o pescoço do irmão, fazendo-o sentir seu membro pulsar dentro da calça apertada.

Ele estava prestes a beijá-la, seu rosto parecia estar sendo guiado por algum tipo de magnetismo. A menina abriu os lábios esperando o toque do irmão, agora nada mais importava, pro inferno o parentesco, nenhum dos dois tinha controle do que estava acontecendo. Sua mão subiu pela lateral de seu corpo parando no ombro desnudo da garota, uma gota de sanidade estava segurando-o para não fazer aquilo, rezava internamente pedindo que algo acontecesse. E como num milagre o celular de Pamela tocou ruidosamente fazendo-a “despertar”.

Vicente respirou fundo saindo lentamente de cima dela, a tensão do momento estava clara para ambos, mas o sentimento de culpa era mais forte para ele. O que tinha na cabeça? Era sua irmã, droga! Sua pequena.

Ela o observou deitar a seu lado não demonstrando reação alguma. Sem falar nada ela esticou-se para apanhar o aparelho, era seu pai, olhou para o irmão que permanecia fitando o teto e desligou, seu pai podia muito bem esperar para falar com ela, sempre fora ao contrário e ninguém nunca morreu.

— Me desculpa – murmurou sem se mover, não tinha coragem de olhar para o rosto da irmã depois daquilo – eu não devia fazer isso com você.

Ela suspirou.

— Está tudo bem, Vicente – não mentiu, pois não sentia como se tivesse cometendo um pecado, talvez pelo fato de terem passado a transição da infância para a adolescência dela afastados, ela não tinha a imagem de irmão de sangue totalmente formada, o amava, ele era seu irmão, mas a falta de convívio só deixou as coisas mais diferentes.

— Não está, eu sou seu irmão e irmãos não podem fazer isso – replicou se sentando.

Podem, podem sim – seu interior gritava. Como o mesmo disse no dia em que ela chegou, não via isso como um monstro de sete cabeças, mas não era o fato de serem irmãos que estava pesando e sim por que ele sentia a pior das criaturas ao pensar na garota dessa forma, ela não merecia isso, mesmo que não soubesse o que ele escondia em sua mente poluída.

— Bem, não aconteceu nada de mais, não entendo por que está tão perturbado.

— Você nunca entenderia – sussurrou para si mesmo, sentindo a garota se aproximar – está tarde, é melhor eu ir dormir na sala.

Pamela sentiu o clima ficar pesado entre os dois, não podia estar acontecendo, a relação dos dois estava ficando tão descontraída e próxima.

E como num passe de mágica e desespero ela se lembrou de algo que talvez salvasse a noite.

— Está me devendo uma revanche – disse fazendo-o erguer a sobrancelha – Ou o senhor acha que eu engoli aqueles pregos na pista que você “acidentalmente” jogou?

— Pamela, isso não é hora de-

— Arregão, medroso – falou rindo – vou tomar isso como uma confissão. Jogou de propósito!

Ele riu cedendo as provocações da garota. Como resistiria a aquele sorriso sapeca em seu rosto?

— Vou te mostrar como se humilha uma pirralha.

— Haha – debochou pulando da cama estendendo a mão para que ele segurasse – aposto que ganho dessa vez.

— Aposto que não! – rebateu seguindo-a

Os dois foram para a sala entre risos e provocações sobre o jogo, mesmo que Vicente quisesse pensar sobre o ocorrido, não poderia, a menina tinha um propósito aquela noite, fazê-lo esquecer daquele momento que o fez travar com ela.

Pegaram o que havia sobrado do sorvete e ligaram o videogame, o relógio já marcava 23h00min, mas não importava.

[...]

Pamela dedilhou preguiçosamente no peito do irmão, sua cabeça apoiada em seu ombro não se movia por medo de acordá-lo, não sabia que horas eram e se iria levantar. Os dois controles no chão deixavam claro que caíram no sono completamente exaustos, sequer se deram o trabalho de ir para o sofá.

A menina passeou com os olhos pela sala vendo a bagunça, parecia que um furação havia feito-lhes uma visita, sacos de bolacha, caixas de suco espalhadas e os potes de sorvete vazios derrubados provavelmente durante a o sono deles. Não sabia a hora exata que foram dormir, só que já clareava e agora o sol estava bem forte.

Meio dia – pensou sentindo o irmão apertá-la e resmungar algo.

— Vicente – chamou sonolenta.

Ele abriu os olhos sem soltá-la.

— Hm?

Ela sorriu levantando-se calmamente sentindo as mãos grandes deslizando por suas costas, coçou os olhos virando-se para fita-lo. Vicente conseguia ficar ainda mais bonito acordando, os olhos inchados, rosto amassado e a expressão de derrota por ter que sair da cama – nesse caso era do chão.

— Acho que te fiz perder um dia de trabalho – comentou apoiando a cabeça no joelho.

— Não importa – respondeu espreguiçando-se – hoje vamos fazer as compras, não podemos viver de pizza e sorvete.

Pamela concordou enquanto ele se sentava. Uma lembrança atravessou sua mente, havia se esquecido de ligar para o pai, se fosse algo importante estaria muito ferrada.

Olhou para os lados procurando pelo celular até encontra-lo no canto do sofá, engatinhou até lá parando na mesma posição enquanto procurava o numero do velho. Vicente estava hipnotizado pela imagem e o sono também ajudava a mantê-lo imóvel, como ela poderia ser tão inocente a ponto de ficar assim na frente dele, ou seria ele o pervertido por ver maldade numa distração da menina? Ele não ficou encarando para descobrir, levantou-se agradecendo por ela não ver a bela ereção matinal.

— Inferno! – praguejou entrando no banheiro.

Na sala a garota esperava a chamada ser completada, era a segunda vez que tentava, provavelmente seu pai estava curtindo com Carla na beira da praia e bebendo seu vinho favorito. Típico.

— Filhinha! Não imagina o tamanho da saudade que sinto de você – ele disse alegre. Ou bêbado.

— Desculpa não ter atendido ontem, estava morrendo de sono – mentiu.

— Tudo bem, eu liguei por que realmente senti saudades – seu tom agora era mais sério – sei que sou muito ausente, mas saiba que te amo.

Pamela afastou o telefone da orelha encarando-o sem entender muita coisa. Desde quando seu pai era tão carinhoso com ela?

— Você e seu irmão estão se dando bem?

— Sim, estamos – respondeu se sentando no chão – Vicente é maravilhoso, só a namorada dele que é insuportável.

Por que esconderia isso dele? Ele mesmo já havia dito que Vicente escolhia muito mal as namoradas, quando não eram mais jovens, era sequeladas.

— Me conte uma novidade – disse rindo – ele não tem trabalhado muito?

Ela moveu os olhos de um canto a outro da sala perguntando-se se aquele realmente era seu pai, a conversa já passava de três frases ditas por ele, um verdadeiro acontecimento.

— Ele tem seus compromissos, mas sempre que pode tira folga e fazemos algo juntos, não posso reclamar de nada – respondeu – e suas férias, estão divertidas?

— Ah minha querida, você nem imagina. Mas confesso, às vezes penso que seriam melhores se estivesse aqui, minha vontade é de mandar um empregado te buscar.

— Buscar? Não! – definitivamente ficar longe de seu irmão estava fora de questão – quer dizer, você e a Carla precisam de um momento só de vocês, e eu com o Vicente, não o via há seis anos, temos que matar as saudades.

— Claro, claro! Fico feliz que estejam se dando bem, apesar dele não me aceitar muito depois que sua mãe nos abandon... se foi, é, é isso – ela ergueu uma sobrancelha desconfiada, só podia estar bêbado mesmo – tenho que ir assistir um campeonato de surf. Não deixa aquela lá montar em você, mostra que tem o meu sangue em suas veias. Papai te ama.

— Também te amo.

Desligou o celular rindo, realmente era seu pai, bêbado e falando coisas sem sentido.

A garota recolheu toda a sujeira do chão enquanto seu irmão terminava o banho, na verdade não era apenas um banho. Vicente sentia-se adolescente enquanto se saciava pensando em Pamela, mas o que podia fazer? Ela mexia com ele de uma forma inexplicável, aquela era a única maneira de aliviar toda aquela excitação sentido no dia anterior, a vontade de toma-la em seus braços e dar a ela o prazer que merecia.

Desligou o chuveiro ainda sentindo os espasmos do seu corpo, há quanto tempo não se sentia assim? Talvez desde que era um adolescente que vivia com os hormônios fervilhando. Alcançou a toalha enrolando-a em seu quadril.

Céus, eu preciso parar de andar assim.

Saiu do banheiro indo direto para o quarto, ouviu Pamela arrumando algumas coisas na cozinha e espirrando três vezes seguidas. Pegou algumas peças e vestiu arrumando o cabelo olhando-se no espelho, depois passando a mão na barba, precisava fazê-la, mas não naquele instante, talvez outro dia quando estivesse maior. Foi para a cozinha vendo a irmã terminando de lavar uns copos.

— O que o papai queria? – perguntou pegando uma banana na fruteira.

— Perguntar se estava tudo bem e dizer que sentia saudades de mim – respondeu secando as mãos – e também que tinha vontade de mandar um empregado vir me buscar.

Ele parou o que fazia e olhou para a garota visivelmente contrariado.

— Se vier vai dar uma viagem perdida – mordeu um pedaço.

— E por quê?

— Porque eu não deixaria você ir de jeito nenhum, veio passar as férias comigo e só volta quando elas acabarem, isso se eu não mudar de ideia e te prender para sempre.

Pamela riu jogando a cabeça para trás.

— Possessivo!

— Com você? – perguntou de boca cheia – até demais, mas a senhorita não merece não, é muito ruim no videogame.

— Ah! Era só o que me faltava – disse rindo sendo acompanhada por ele – vou tomar banho, se alguém me ligar não atenda.

— Porque, algum segredinho?

Ela caminhou até ele pegando a fruta de sua mão e sorriu maliciosa. Vicente ergueu a sobrancelha temendo a resposta da garota.

— Como você mesmo disse, posso ter qualquer um – deu as costas batendo o cabelo em seu peito. – abre o olho, sua irmãzinha tá crescendo.

— Ponho ela numa jaula antes dela pronunciar a palavra homem – gritou quando não a via mais.

Pamela riu entrando no banheiro.

[...]

— Eu acabei de dizer, não precisamos de tanto macarrão – disse a menina pondo dois pacotes de volta na prateleira. – levamos mais arroz e eu aprendo a fazer alguns pratos, internet está aí para isso.

Vicente revirou os olhos apoiando-se no carrinho. Estavam rodando o supermercado há horas e não tinham fechado as compras, pareciam mais um casal indeciso do que irmãos. O rapaz estava acostumado a comprar poucas coisas já que morava sozinho, e quando Manuela ia visita-lo levava alguma coisa para fazer, era uma rotina bem interessante, não se preocupava muito com alimentação, pois se começasse a se preocupar teria que mudar todo seu cronograma para adaptar a nova dieta.

— Ou podemos abrir uma sociedade com algum boteco e recebermos quentinhas todos os dias – sorriu cansado.

— Está duvidando dos meus dotes culinários?

— Me diga quais são, até agora não vi nenhum – comentou rindo da careta de Pamela.

A garota passou na frente olhando sua lista interminável como se estivesse procurando uma agulha no palheiro. Malditos óculos.

Ela levantou a cabeça no meio do corredor e olhou para trás vendo o irmão rindo de sua postura intelectual atrapalhada, balançou a cabeça voltando a caminhar. Vicente a acompanhou perguntando-se o que teria acontecido se seguisse adiante com aquilo, talvez ele ficasse com raiva, ou magoada, seria triste não poder mais ficar observando-a dormir de perto, ou então vê-la sorrir por qualquer coisa. E agora tinha seu pai dando crises de consciência pesada, não deixaria leva-la de sua casa, nunca mais.

Mas se ela quiser ir? Eu não poderei fazer nada, mesmo que meu coração se partisse em mil pedaços eu não teria coragem de negá-la o direito de ficar com o pai. Não, ela não pode me deixar, não viveria sem seus olhinhos curiosos, esse cheirinho doce que só consigo sentir nela. A minha pequena.

— Você tá chorando? – perguntou parando na frente dele.

Maldita distração não o deixou perceber a proximidade dela.

Pamela fitava curiosa os olhos avermelhados e marejados do rapaz, ele parecia triste, e por um momento ela pensou ter feito algo de errado. Sem dizer nada Vicente a puxou para um abraço, não como os outros, esse era ele quem precisava, queria senti-la por inteiro em seus braços e não soltar nunca mais. Hesitante a garota tocou as costas do mais velho tentando acalma-lo, ver o irmão assim era estranho.

— Se o papai mandasse alguém vir te buscar – começou afastando-se dela.

— Eu daria dinheiro a ele e mandaria falar que estou muito bem com o meu irmão – respondeu antes que ele terminasse. Vicente tocou seu rosto delicadamente, traçando uma linha de sua bochecha até os lábios.

Era tão bom ouvir aquilo dela, o fazia ver que estava tratando-a bem. Mas porque ele não conseguiria ficar sem ela? Afinal poderia visita-la sempre que quisesse.

Ela olhou nos olhos do irmão por um momento, eram tão encantadores que ela poderia ficar ali por muito tempo, vê-lo daquele jeito, perdido e confuso a fazia ter certeza de que ele se importava de verdade com ela, talvez até mais do que pensava. Seu corpo inclinou-se na direção dele ficando nas pontas dos pés, apoiada no tórax de Vicente ela sorria levemente como se dissesse a ele que estava tudo bem.

— Pamela, o que está fazendo?

— Shh – ela abaixou as pálpebras e pressionou seus lábios contra os dele.

Era aquilo que ela queria desde o momento que aquele maldito celular tocou, não conseguia pensar em outra coisa se não nos lábios do irmão juntos aos seus. Para Vicente era um pouco mais complicado, não podia deixar-se levar pelos desejos, tinha namorada e não queria magoar nenhuma das duas.

O toque de seus lábios era suave como uma pena, Pamela sentiu seu corpo inteiro relaxar com o toque, mas seu irmão permanecia parado em choque com tudo aquilo, até que a menina se afastou sugando seu lábio inferior voltando a pressioná-los e finalmente ele cedeu. Puxou sua cintura par si começando a beijá-la, com delicadeza e sem pressa alguma girando o corpo para pressioná-la contra a parede, suas mãos foram para a nuca dele arranhando de leve seu couro cabeludo. Vicente apertava sua cintura cada vez mais, o beijo começava a ficar mais voraz, sua língua atrevida pedia passagem insistentemente, mas Pamela não estava pronta para aquilo ainda, talvez se cedesse não conseguiria mais parar embora estivesse gostando.

Ela nunca se arrependeria de ter feito aquilo.

Ele se afastou e a encarou esperando que ela dissesse alguma coisa, Pamela apenas sorriu voltando a sua altura.

— Porque fez isso? – sussurrou ele.

— Sinceramente? – ela riu – eu não sei.

Vicente olhou para os lados para ver se tinha alguém, e por sorte as poucas pessoas estavam de costas, apenas duas olhavam para os dois.

— Você não gostou? – perguntou olhando para ele.

— Conversamos em casa – respondeu seco voltando a empurrar o carrinho, deixando a menina parada pensando se ele estava se sentindo culpado.

Pamela o seguiu de cabeça baixa sentindo-se rejeitada. Mas o que eu esperava, que ele sorrisse e me tomasse nos braços como nos filmes? Pensou pondo as mãos nos bolsos, talvez fosse melhor arrepender-se do que fez e colocar uma pedra no assunto.


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