Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

AUSHahsu eu quase escrevi "Capítulo fofo" no lugar de Capítulo 8, meu pai eterno kk
Bem, esse capítulo está muito cute cute -eita poar, pensei em otimizar o celular e ele fez sozinho '-' - voltando, eu havia feito um capítulo de 4k (mil) palavras, mas fui editar, a luz caiu e eu fiquei com apenas 400 palavras hue, tive que reescrever e por sorte esse ficou melhor que o de antes.
Espero que gostem e comentem bastante, pois ficarei sem atualizar até o dia 25 (é o aniversário do mozão :3)
Até lá meus amores!



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O cobertor grosso e pesado sobre o corpo da menina e a música agitada de um vídeo clipe qualquer não escondiam a preguiça de viver que Pamela sentia, após oito dias com o irmão já se sentia completamente em casa, sua relação com a cunhada ia muito bem, mesmo que notasse a desconfiança nos olhos da mesma por causa de Vicente. Depois daquele dia na praia e a cena de ciúmes que ela ridiculamente protagonizou o rapaz pareceu sempre querer provoca-la de alguma forma. Continuavam dormindo juntos todas as noites depois de exaustivas partidas de videogame e maratona de séries, sentia-se bem ao lado do irmão.

Uma coisa que nunca contaria para ele era que chorou na primeira vez que ele foi trabalhar e a deixou sozinha o dia todo, ele não teve tempo de vir em casa almoçar, mas fez questão de ligar de hora em hora para saber como ela estava. Ela também nem imaginava o quão ferido o rapaz ficou ao fechar a porta atrás de si e saber que só voltaria a ver a garota no fim do dia, cada minuto parecia uma eternidade para ambos e em sua volta não pôde ser recebido de outra forma a não ser um abraço apertado seguido de um “fiz brigadeiro, mas acho que não ficou bom”, tão fofo que se ele pudesse gravaria para pôs no despertador para ouvir todos os dias ao acordar. Que fosse pro inferno a alimentação saudável, Vicente nem se deu o trabalho de trocar as roupas, desfez-se apenas dos sapatos e se jogou no sofá comendo o doce com a irmã. A verdade era que todos os dias a menina fazia uma festa com a chegada dele.

Agora sozinha novamente, sentia falta do irmão espaçoso e carinhoso, queria que os minutos voassem para que ele chegasse logo. Olhou para o celular mais uma vez percebendo que haviam passado vinte minutos do horário habitual. Pamela suspirou olhando para a porta e se levantou do sofá indo até a cozinha, pegou um saco de bolachas recheadas e voltou para a sala sem se importar com a lasanha que havia posto no micro-ondas.

Sentou-se no chão para assistir alguma coisa para ver se o tempo passava mais rápido. O telefone tocou fazendo-a saltar, largou as bolachas e atendeu ao ver quem era.

— Pam, passei no supermercado. Quer alguma coisa? – Vicente perguntou carinhosamente.

— Sorvete – respondeu contente por estar ouvindo a voz do irmão – você vai chegar logo?

Ele sorriu completamente derretido pelo tom de voz manhoso da garota, podia até imaginá-la sentada segurando o telefone e os olhos espertos fixados num ponto qualquer esperando ansiosa por sua resposta.

— Já estou indo meu amor. Não se preocupe – disse olhando para frente encontrando a namorada com a sobrancelha arqueada e os braços cruzados num típico sinal de irritação – tenho que desligar. A Manu vai comigo.

Pamela murchou ao ouvir aquilo, não gostava quando a cunhada ia para lá, parecia que o irmão ficava constrangido ao dirigir a palavra a ela, não brincava e mal a tocava.

— Ah, tudo bem – respondeu afastando o celular da orelha e encarando-o por um tempo esperando o irmão desligar.

Manuela havia se tornado um verdadeiro incomodo para ela, sempre com os olhos cumpridos nas conversas com o irmão, sempre lembrando sobre a terrível noite na Lapa o que deixava Vicente um tanto irritado por lembrar-se de Gustavo. E por falar no dito cujo, ela não havia telefonado para ele, apenas trocado mensagens de “estou bem, não se preocupe”, não sabia como ele se sentia e também não fazia questão alguma se aquilo causasse uma briga com o irmão.

— Meu amor? – a moça perguntava incrédula na frente do namorado – quando começou a trata-la desse jeito tão intimo?

Ele revirou os olhos entrando no supermercado.

— Se você vai ficar com ciúmes da Pam é melhor ir para casa daqui mesmo – replicou sem olhá-la.

— Claro, não posso falar da irmãzinha perfeita que você já se irrita. Você é meu namorado, não dela. Nem me lembro qual foi a ultima vez que me chamou de amor – ela ia falando enquanto ele andava, as pessoas que passavam encaravam os dois como verdadeiros curiosos, mas ela não se importava com isso, tudo o que queria era tirar o namorado do sério.

Ele apanhou uma cestinha para pôr as mercadorias indo direto para onde tinha sorvete.

Enquanto caminhava pelos corredores ouvia a namorada o seguindo a passos firmes como se quisesse acertá-lo com uma foice. Seus olhos passaram pelos litros de vinagre e ele considerou comprar muitos para encher uma banheira, cairia como uma luva para se livrar de certos problemas.

Não Vicente, você não pode afogar sua namorada, mesmo que ela esteja te irritando durante três dias seguidos por mensagens e ligações. É só uma garota chata que precisa de um gelinho básico. – pensava enquanto cantarolava uma das canções favoritas da irmã. Ela havia posto no despertador e todas as manhãs ficava cantarolando pela casa e rodopiando, Vicente fazia questão de prolongar o café da manhã só para assisti-la.

Pegou um pote de sorvete de menta e morango, era o favorito da menina. Parou um pouco e notou que nesse curto período que estavam juntos já sabiam quase tudo um do outro.

— Você ainda não aprendeu que eu gosto de leite condensado? – sorriu devolvendo o pote e pegando o que queria – é meu favorito.

Vicente suspirou e apanhou novamente o outro.

— Só que esse é o favorito da Pam.

— Você deu prioridade a ela? Vicente, eu não gosto de menta, então vamos levar esse – falou fazendo o sangue do rapaz ferver.

— Então você leva o seu favorito – terminou fechando a porta do freezer – que porra Manu, você cria confusão com tudo.

Não estava nem um pouco a fim de discutir no momento, mas o seu gênio complicado parecia causar um tsunami dentro do seu corpo. Achou melhor ir logo pegar algumas bolachas e salgadinhos, tudo para a pequena e faminta garota em sua casa que agora penteava o cabelo para estar apresentável.

Ela usava seu short de dormir e mais uma regata podrinha, dessa vez era amarela e sem graça. Deixou o cabelo solto, tinha secado mais cedo, caprichado como nunca mais havia feito por isso o cabelo não merecia ficar preso.

Foi até o guarda roupa e pegou a pilha composta de dois travesseiros e um cobertor, colocou em cima da cama como sempre fazia nos dias que Manu ia lá durante a noite. Seu irmão a mandava fazer isso para que a moça não desconfiasse que os dois dormiam juntos, não é uma coisa muito normal levando em conta também que a menina tinha dezesseis anos e não dez.

No estacionamento do prédio Vicente desligava o carro sendo puxado pela camisa antes mesmo de tirar a chave.

— Eu tenho sido tão má com você – fala mordendo o lábio inferior dele – porque não vamos para um motel e você me deixa pedir desculpas... daquele jeito que só eu sei.

O rapaz se afastou voltando-se para frente, há algumas semanas aquilo seria irrecusável, mas agora tinha outra prioridade.

— Manu, eu queria muito, mas hoje não vai dar – respondeu abrindo a porta com a sacola na mão.

A moça respirou fundo contando até cinco e saiu do carro indo para o elevador com o namorado. Não falaram nada enquanto subiam, ela porque se sentia rejeitada por ele, e o rapaz por não querer conversa com ela mesmo.

Mais uma vez ele se perguntava por que diabo não havia terminado ainda, uma semana tinha passado desde a volta dos dois e como já sabia, ela não cumpriu o que prometera.

[...]

— Já pensou em fazer um corte bacana? – perguntava segurando uma mecha do cabelo de Pamela – acho esse muito de menininha.

Vicente balançava a cabeça enquanto pegava mais sorvete na cozinha, escolheu o mesmo que a irmã já que havia se tornado um vicio entre os dois.

A caçula parecia entender o que estava acontecendo, sua cunhada não era boa no quesito “alfinetar disfarçadamente”, então resolveu contra atacar usando as mesmas armas.

— Sei lá, tenho medo de deixar curto e acabar ficando meio vulgar – referiu-se internamente ao corte da outra – e o Vicente gosta do meu cabelo assim.

— O problema do seu irmão é que ele quer agradar todo mundo, mesmo sem dizer a verdade – rebateu incomodada tentando disfarçar a raiva.

Pamela riu cínica.

— Tem razão, ele é muito doce – concordou olhando para o irmão e para sua surpresa ele estava apoiado na pia fitando-a.

Ambos trocaram sorrisos tímidos antes de Manuela lançar uma pérola que finalmente conseguiu atingir a menina.

— E direto. Não é sonso como você. Não leve a mau, mas você precisa tirar a máscara de songa-monga e mostrar realmente a garota forte e decidida que com certeza está aí dentro, não teve mãe para te ensinar certas coisas, mas já te digo que os garotos não gostam de meninas no seu estilo. Só dando um toque de amiga.

Vicente arregalou os olhos assustado com o que ouviu, mas não soube ao certo o que fazer na hora, estava chocado o suficiente.

— E você acha que com esse seu estilo vagaba eu vou conseguir algum? Pobre do meu irmão que nem sei como continua te suportando – falou alterando a voz se levantando.

— Me desculpa Pam, eu só falei porque pensei que já fossemos amigas o suficiente, não queria te irritar.

— Eu não sou sua amiga, tá bom? E lave a boca para se referir a minha mãe.

— Viu? Essa é a verdadeira Pamela, Vicente precisa ver que você cresceu e que não vai arrumar um marido que te bata como seu fazia com sua mãe. Mas okay, como cunhada é meu dever te alertar sobre esses perigos.

A garota travou o maxilar lançando um olhar magoado para o irmão e foi para o quarto contendo a vontade de avançar na moça que estava totalmente satisfeita com tudo o que disse, finalmente havia desfeito o nó formado há muitos dias. Seu namorado caminhou até ela parando em sua frente com os braços abertos, ela apenas encolheu os ombros fingindo estar arrependida pelo que disse.

— O que você tem na cabeça pra falar assim com ela? – rosnou contendo-se para não falar alto demais e a menina acabar escutando.

— Eu não sabia que ela era tão frágil. Desculpa tá legal?

Ele passou a mão no rosto olhando para cima ainda sem saber o que fazer, sua vontade era de gritar e expulsá-la dali no mesmo instante, mas seria injusto já que aparentemente a namorada não tinha culpa, só não soube controlar a língua.

— Tudo bem – falou coçando a nuca – acho que não tem mais clima para nada, graças a essa brincadeirinha de vocês.

Ela se levantou tocando o braço dele.

— Eu vou pra minha casa então – ergueu-se beijando seus lábios – só acho que ela não vai querer falar com ninguém agora.

— Ah você acha?

— Sinto muito, amor.

Os dois se beijaram mais uma vez antes de Manuela pegar sua bolsa para ir embora, ele a acompanhou até a porta sem se preocupar com sua volta sozinha. Mas nada poderia lhe acontecer num trajeto tão curto, sem contar que o ponto de táxi ficava bem perto dali.

Dentro do quarto a menina encarava seu reflexo no espelho diante da cama pensando nas palavras de Manu, no fundo talvez ela tivesse razão, era muito fechada, nenhum garoto se interessaria por ela daquele jeito, Gustavo só a beijou naquele dia por que provavelmente havia bebido alguns shots, não tanto quanto ela. Lembrou-se também do havia dito a outra que mesmo com aquele jeito vagaba conseguiu conquistar seu irmão, um homem responsável, carinhoso, bonito, sexy.

Ai, sexy não Pamela – pensou batendo em sua testa.

— Pam – ele bateu na porta – posso entrar?

— Pode – disse abraçando o travesseiro, só então percebendo que aquele era o dele, e tinha seu cheiro.

Sorriu afundando o nariz no tecido ouvindo a porta sendo aberta. Vicente deu um meio sorriso com a cena. A garota ergueu a cabeça ajeitando-se na cama esperando o irmão se sentar.

— Tá magoada com o que a Manuela disse? – perguntou acariciando seu rosto.

— Na verdade ela tem razão, fiquei chateada na hora porque eu não esperava ouvir aquilo. – admitiu desviando os olhos para a cama – quando a minha mãe, bem, não deixa de ser verdade.

— Não Pam, nada daquilo é verdade – disse segurando seu queixo.

— Não precisa mentir para não me ver chorar, mesmo que eu não vá – riu de si mesma – eu sou sem graça e mesmo que digam o contrário eu vou continuar assim.

Ele engoliu seco tentando afastar sua vontade de abraça-la e enche-la de beijos. Vicente não se sentia confortável em vê-la assim tão vulnerável, a cada palavra dela era uma agonia sentida em seu interior, tudo isso por causa da sua leve queda por garotas frágeis, tinha vontade de coloca-las no colo e balançar até dormir depois de vários beijos ou uma bela noite de sexo. Não tinha se esquecido de como era na faculdade, saía procurando as meninas tímidas para levar para cama, claro, não era uma época da qual se orgulhava, e se orgulhava menos agora que estava sendo atraído pela própria irmã.

Balançou a cabeça voltando ao que era realmente importante no momento

— Estou falando sério – ele se aproximou mais – é tão linda e meiga que poderia facilmente ganhar um concurso de miss, qualquer garoto se apaixonaria por você. Então antes de acreditar no que os outros falam olhe em volta, todos os caras te olham como se você fosse uma pedra preciosa. Quando você dança, céus Pamela, é a coisa mais perfeita que existe – ela sorriu sentindo os olhos arderem – tenho certeza que a sua mãe ficaria orgulhosa da moça que se tornou.

A ultima parte atingiu a menina como um tiro, ouvir que a mãe teria orgulho dela a fez sentir uma angústia no peito que não sabia se era boa ou ruim.

— Teria? – pergunta cedendo ao choro que estava segurando.

Vicente assentiu colando sua testa na dela, a garota chorava imaginando como seria se sua mãe estivesse ali, talvez ela não fosse tão tímida. Sentia falta de um carinho de mãe que nunca existiu, conselhos e dicas que só ela saberia dar, se perguntava por que Deus não permitiu que ela a conhecesse, convivesse alguns anos com ela, aquilo era tão injusto. Pelo menos tinha seu irmão para repor toda essa falta de carinho, ele agora era seu super-herói.

Passou os braços pelo pescoço dele erguendo-se para abraça-lo, as mãos dele tocaram sua cintura apertando-a levemente causando um arrepio percorrer seu corpo, em seguida a puxou para seu colo beijando levemente sua face.

— Meu amor, não chora – pediu passando as mãos em suas costas – não sabe o quanto isso me corta o coração.

Ela afastou-se encarando os olhos castanhos do irmão, descendo para seus lábios em seguida.

Os pensamentos da menina voaram para outro ponto, as palavras do rapaz sobre sua beleza e as de Manuela sobre o cabelo, considerou as opiniões de ambos formando uma duvida cruel.

— Vicente – o chamou saindo de seu colo, sentando de frente para ele na cama colocando as pernas em cima das suas – acha que se eu mudar o corte de cabelo... Vou ficar mais bonita?

O rapaz riu.

— Já disse que você é linda, mas se quiser mudar o visual eu apoio, mas admito que vou ficar com ciúmes de todos esses marmanjos secando a minha gatinha.

— Então sente mesmo ciúmes de mim? Pensei que fosse só implicância de irmão – comentou corando.

— Claro que sim, você pode ter o cara que quiser num estalar de dedos. – falou divertido tocando seu cabelo novamente.

Como podia uma garota ser tão doce? Não era justo coloca-la em sua frente num momento em que seu relacionamento aparentemente sólido estava indo de mal a pior. Estava confuso em relação a tudo desde que ela chegou, ele parou de se importar com o horário que chegava ao trabalho, com festas, a namorada, ele decidiu que cuidaria dela, faria de tudo para vê-la sorrindo todos os dias e agora se via cercado por seus próprios desejos sujos e vergonhosos.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar, Vicente estava conseguindo dissipar a nuvem de pensamentos turbulentos quando a irmã resolveu piorar tudo.

— O que eu quiser... – repetiu baixo, em seguida voltando-se para ele – até você?


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Notas finais do capítulo

Se houver alguma palavra errada podem avisar ^^