Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Site bugando aqui.
Obrigada pelos comentários :3



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— Bom dia senhora geladeira – Pamela disse contente ao abrir a mesma.

Havia acordado cedo para fazer o café da manhã, mas tomou um banho antes para espantar o calor que fazia naquela linda segunda feira, ela amava esse dia da semana, não só ela, como também o irmão, nisso todos tinham que concordar, os gostos estranhos eram parecidos. Ninguém gosta das segundas.

A menina usava uma regata podrinha e um short curto que comprara com o irmão dias antes, seu cabelo estava no costumeiro rabo de cavalo desorganizado e seus óculos de leitura, precisava verificar a validade das latas. Pamela procurava alguma coisa para fazer antes de seu irmão ir trabalhar, provavelmente o coitado estava exausto por ter dormido tão tarde, imagine, quatro e meia da manhã e os dois ainda estavam abraçados competindo para ver quem conseguia agarrar o polegar do outro, foi assim que Pamela conseguiu dispersar a nuvem negra que pairava sobre a cabeça do irmão e ele logo sorria novamente.

Ela sorriu com as lembranças, Vicente nem de longe era aquele publicitário sério que falava com ela ao telefone, não quando estavam juntos, e mesmo tendo alguns problemas de temperamento continuava sendo um verdadeiro amor.

Pamela pegou alguns ovos e depois o extrato de tomate, essa era sua receita de Masterchef como a mesma costumava dizer para a madrasta e as empregadas, mesmo que só ela achasse saborosa. Aquilo parecia mais uma carne moída ainda fresca, um monte de sangue pisado misturado numa placenta de vaca.

— Argh! Que nojo – disse abrindo a lata enquanto a manteiga derretia na frigideira.

Vicente acordou procurando a irmã pelo quarto e lembrou-se da madrugada, riu passando a mão no travesseiro da garota. Sentiu-se inteiro como não se sentia há muito tempo, os dedinhos espertos de Pamela conseguiram distraí-lo até que seus olhos não conseguiram se manter abertos, e até que parasse de pensar nas besteiras que conseguiu fazer numa única noite.

levantou-se para tomar banho e assim que terminou foi para a cozinha sentindo um cheiro estranho.

Parou encostando-se na parede observando a menina no fogão, parecia mais um avestruz desengonçado carregando as panelas de um lado para o outro e jogando extrato em cima dos ovos mexidos, depois uma fatia de queijo dentro da outra. Seu olhar desceu para seus pés no chão, não conseguiu conter o riso ao ver os dedos da menina fazendo uma espécie de dança.

— Uma graça – Pamela sorriu ao ouvir a voz do irmão – minha pequena fazendo o café da manhã, acho que hoje tem tudo pra ser ótimo.

— Exceto pela indigestão que vou lhe causar – comentou rindo – vai perder um dia de trabalho.

Ele caminhou até a mesa puxando uma cadeira para se sentar.

— Tirei o dia de folga. Acho que você está ansiosa para conhecer o mar de perto, então nós vamos passear na praia, de verdade.

Pamela soltou a colher dentro da panela sem acreditar no que ouviu. Sempre quis conhecer o mar, mas pensou que seu irmão não fosse leva-la tão cedo por causa do tempo corrido, e Manu provavelmente não tinha muito tempo sobrando para acompanha-la.

— Você tirando folga? O que fez com meu irmão? – perguntou arqueando a sobrancelha e se aproximando com os pratos – pensei que não gostasse de fazer isso, certo que não vai passar um ano inteiro trabalhando por puro prazer, mas num dia de segunda?

— Acordei sem vontade de trabalhar, meus problemas parecem sumir quando estou com você – disse remexendo os ovos no prato.

A menina sentiu as bochechas arderem com aquele comentário. Então ele realmente gostava de sua companhia, ela que sempre se achara incapaz de fazer um garoto bem a seu lado, imagine agora um homem.

Coisa de irmão mais velho, só pode.

— Vou provar – falou despertando-a de seu transe. Ela assentiu tentando sorrir.

Assistiu atenta o homem preparar uma senhora garfada, Vicente moveu a cabeça para o lado e respirou fundo levando o garfo a boca.

— Ai meu Deus, eu vou chamar o SAMU – disse levantando-se apressada até a sala, mas acalmou-se ao ouvir a risada do irmão.

— Volta aqui sua louquinha – disse virando-se na cadeira, para o alívio da menina.

— Não me dê outro susto, por favor.

— Você que se assustou sozinha – sorriu vendo-a voltar – sempre foi assustadinha.

Ela balançou a cabeça rindo.

— Mentiroso!

— Ah é?! Então me diga quem escondia os doces que ganhava de mim só para pedir outros. A mentirosa é a senhorita.

Pamela abriu a boca num ‘O’ voltando para perto do irmão.

— Eu não mentia, eu omitia – respondeu dando um tapa de leve em suas costas.

Vicente riu voltando sua atenção para o prato estranho, porém muito saboroso, para eles, pois na verdade aquilo tinha gosto mais estranho do que rins de boi cozidos apenas com água. A irmã se sentou pegando seu garfo preferido que trouxe de lá. Era uma mania que ela tinha adquirido durante os dias solitários na casa enorme que seu pai fazia tanta questão de manter do mesmo jeito desde sempre.

— Desde quando usa óculos?

— Ano passado. Mas só uso para ler, ou seja, ele não saia muito da minha cara – respondeu de boca cheia – Ei, você não me disse se voltou com a Manuela ou não.

— Sim – infelizmente, pensou.

— Nossa, parece que alguém está super feliz com a volta do namoro – comentou irônica erguendo as duas sobrancelhas enquanto comia.

Vicente suspirou soltando o talher e pôs as duas mãos em cima da mesa tomando coragem para falar. Não conseguia mais segurar o peso que era descobrir não amar mais uma pessoa que esteve a seu lado durante anos, mesmo que soubesse como o relacionamento ia rolando ladeira a baixo como uma pequena bola de neve tomando proporções gigantescas. Mas ela não merecia ser tratada assim, acabaram de reatar, ele seria uma canalha se terminasse com ela de uma hora para outra. Mais uns dias, era isso que iria fazer. Quem sabe houvesse mais alguma centelha de paixão bem lá no fundo?

Olhou para sua irmã e a viu limpando as lentes na blusa deixando uma pequena parte da barriga a mostra.

Pigarreou tentando mudar o foco.

— Você não falou com o Gustavo depois de ontem, não é?

— Ainda não – cantarolou ainda concentrada no que fazia – por quê?

— Não gostei dele – respondeu fitando-a – um garoto que beija uma menina de família daquele jeito na frente de todo mundo não é de confiança – a menina olhou para ele, colocando as mãos no colo pronta para responder.

— Não pode falar assim dele sem nem ao menos conhecer. Gustavo é uma ótima pessoa.

— Ah, por favor, eu sou homem Pam, sei muito bem o que passa na cabeça desses moleques, já tive a idade dele, hormônios a flor da pele, sei muito bem que são capazes de lamber os pés de uma garota só pra leva-la pra-

— Vicente! – alterou a voz fazendo-o parar de falar – eu sei me cuidar, e não preciso que me dê um manual de como saber se um garoto quer transar comigo.

— Espero que saiba mesmo – aliviou o tom percebendo que estava prestes a ter outro ataque de ciúmes – vem aqui.

Levantou-se segurando a mão da irmã, não queria acabar brigando por uma besteira, havia programado um dia tão legal para ele que se sentia mal só por pensar levantar o tom mais uma vez. A menina se levantou aproximando-se dele e passando os braços finos por sua cintura.

— Odeio brigar com você – murmurou apertando a garota contra seu corpo, sentindo cada centímetro entre eles sumir.

— Não é o único, ninguém resiste a mim – falou levantando a cabeça para olhá-lo.

Vicente riu beijando sua testa calmamente, ela fechou os olhos sentindo os lábios quentes do mais velho em sua pele, foi como se todos os músculos do seu corpo relaxassem de uma única vez, era esse o efeito que o irmão lhe causava com os toques carinhosos que só ele sabia como fazer. Pamela respirou fundo inalando o perfume forte que vinha de seu peito, deslizava seu nariz de um lado para o outro com um sorriso bobo no rosto, as mãos dele passeando por suas costas timidamente enquanto descia os beijos para sua pálpebra direita, depois para o nariz, deslizando sobre a pele alva da garota até sua bochecha.

O homem abriu os olhos distanciando-se um pouco para ver o rosto da garota, não pôde ter uma visão mais bela. O rosto corado, os olhos fechados, a respiração fraca e os lábios entreabertos. Vicente sentiu uma imensa vontade tocá-los, a curiosidade de saber como eram assombrou sua mente, mas ele piscou voltando a si, era sua irmã, a pequena Pamela que corria pela casa vestida como uma bailarina, que desenhava dentro do guarda-roupa, gostava de pentear o cabelo sozinha quando mal sabia falar, a sua pequena que agora estava fazendo-o mudar, mas mudar para agradá-la.

— Praia – sussurrou soltando a menina como se solta um passarinho. Ela abriu os olhos devagar ainda querendo sentir aquele cheiro, mas estava distante demais para isso.

Pamela sorriu tentando esconder a inquietação provocada pelos toques dele.

Oh meu Deus, é tão errado sentir essas coisas com o próprio irmão. Malditos hormônios!

— Eu... eu vou me arrumar – disse apontando para o quarto.

— E eu vou tomar banho – foi para o banheiro querendo fugir daquela tensão causada por ele mesmo.

[...]

Depois de uma hora se arrumando Pamela estava pronta, ainda ouvia o chuveiro sendo ligado e desligado a cada cinco minutos, não sabia o que o irmão fazia ali dentro, também não queria saber, pelo que seus amigos diziam sobre demora masculina no banho, ela decidiu mudar o pensamento. Caminhou até ao guarda-roupa e abriu duas portas, começou a tirar algumas roupas dali sem se importar com as coisas que poderia encontrar, queria apenas um lugar para pôr as suas roupas que ainda estavam dentro da mala. Não podia ficar dois meses ali sem desfazê-las.

Colocou alguns casacos e roupas de frio em cima da cama por enquanto, depois acharia um lugar para elas. Agachou-se puxando a mala até a frente do móvel, começou a pegar as peças e transferi-las.

— Deixa pra fazer isso depois – Vicente falou entrando no quarto enrolado na toalha. A garota nem se atreveu a olhar para trás, continuou o que fazia apenas sentindo-o atrás dela remexendo nas gavetas.

— Só vou começar – respondeu – preciso de roupas em locais acessíveis, sabia?

— Mulheres – revirou os olhos jogando a toalha em cima da cama, já estava vestido – vamos?

Ela levantou os braços num famoso e irresistível “me pega”. Vicente conhecia muito bem as manhas da menina, afinal, ele a viu crescer.

Num único impulso ela estava de pé, pegou sua bolsa com protetor e todas essas coisas que as garotas levam para a praia e o seguiu para fora do quarto. Ele tratou de fechar a porta e lá foram para o elevador, Pamela olhou de soslaio para o irmão e o viu digitando no celular, sentiu vontade de mandar uma mensagem para Gustavo, mas não seria uma boa ideia levando em consideração que seu irmão veria devido seu tamanho exagerado. Ela apertou as alças da bolsa contendo o impulso de pegar o celular, olhou para o espelho analisando sua roupa, só havia trocado o sutiã por um biquíni para disfarçar a falta de seus seios.

Vicente encostou-se lendo as mensagens do seu grupo de amigos, e como se nada pudesse piorar, Eduardo pôs uma foto de sua irmã de cabelos soltos dançando com Camila, achou melhor guardar o celular para não ver os comentários idiotas sobre a menina.

O elevador apitou abrindo as portas, os dois saíram ainda sem dizer nada, o homem apenas a abraçava pelos ombros caminhando para a faixa de pedestres, depois de chegarem esperaram o sinal fechar para atravessar, ela já sentia a brisa fria do mar batendo em seu rosto, a excitação era eminente e Vicente estava contente por isso.

— Esse sol acaba comigo – comentou tirando os óculos em sua camisa e pondo.

Por alguma razão todas as mulheres que estavam por perto olharam para Vicente, a irmã se sentiu incomodada com aquilo, nunca se acostumaria com esses olhares predadores em cima dele.

— Senhoras e senhores, temos um astro de Hollywood aqui – comentou arrancando uma risada dele – acho que entendo o ciúme doentio da Manuela, deve ser foda ter um namorado gostoso que todas desejam.

Ah merda, eu não chamei ele de gostoso em voz alta – pensou encolhendo os ombros.

— Hum. Então sou gostoso? Já sabia disso – comentou olhando para a garota.

— Humilde demais esse meu irmão.

— É, e acho que alguém puxou a mim, mas sabe como é, corto meu pescoço, mas não digo quem foi – passou o dedo indicador no pescoço apontando para ela.

— Idiota!

— E quanto a Manuela, bem, acho que ela já teria me largado se não fosse pelo meu bom desempenho em... certas coisas.

— Poupe-me dos detalhes – replicou.

Os dois pararam de frente para o mar, Pamela iniciou a batalha contra o vento para manter seu cabelo longe dos olhos, esse era o único mal da praia, se você não está a favor do vento, ele com certeza vai te tirar do sério.

— Quero entrar na água – Pamela disse olhando para o irmão – vem Vicente.

— Espera – falou segurando seu braço impedindo-a de continuar andando – você vai tirar a roupa?

A menina revirou os olhos ignorando o tom de horror do homem, pelo jeito que falou aquilo parecia uma coisa absurda.

— Só a blusa – falou entregando as coisas para ele.

Ele bufou vendo a irmã erguer a peça no corpo deixando tudo à mostra, tudo bem, não tudo.

— Não dava para ter trazido uma canga? – resmungou seguindo-a para a areia.

Pamela fingiu não ter escutado, continuou andando e em certo ponto parou sentindo o calor sob seus pés.

Os dois deixaram as coisas ali e foram para a beira do mar para sentirem a água na pele, depois de alguns minutos conversando besteiras, Vicente agarrou a irmã pela cintura e carregou um pouco mais para o fundo, Pamela ria como uma criança, as adolescentes da classe média alta que estavam por ali pararam o que faziam para observar a garota sortuda por namorar Vicente de Carvalho, o publicitário mais gato do Rio de Janeiro, não era famoso, mas as campanhas realizadas por ele chamava atenção dos empresários e consequentemente de suas filhas.

Entre elas estava Joice umas das amigas de Manuela – ou como Vicente chamava, uma das vadias – ela fingiu não saber quem era a verdadeira namorada do rapaz e entrou na onda de babar por ele, claro, usaria isso a seu favor mais tarde, quando estivessem indo para casa, longe dos olhares curiosos das amigas. Uma verdadeira serpente de três cabeças.

Pamela encheu a mão com água e jogou no rosto do irmão, ele riu virando para o outro lado e voltando, agarrou os quadris da menina erguendo-a do chão novamente e jogando-a dentro d’água.

— Isso não vale você é maior – falou levantando-se jogando o cabelo para traz. A água estava pouco abaixo dos seus seios, fundo o bastante para a próxima onda cobrir sua cabeça.

— Não use sua falta de tamanho para se defender, é desonesto – Vicente deu as costas para que ela subisse e se protegesse da onda.

A menina segurou-o pelos ombros tomando impulso para enrolar as pernas em sua cintura, estavam de shorts, o dela como era jeans parecia pesar dois quilos, se livraria da peça se não fosse pela vergonha e também pelo irmão.

— Está com fome? – ele perguntou começando a caminhar de volta a areia. Sua irmã assentiu apoiando a cabeça no braço. O rapaz segurou firme nas dobras dos joelhos dela fazendo-a subir mais um pouco.

Pamela ficou parada olhando para os pés dele, um na frente do outro em direção a suas coisas, imaginou como estaria sendo suas férias se não viesse para cá, com certeza comendo jogada na cama, vendo filmes, lendo livros que ela nem se lembraria de ter comprado e ajudando a cozinheira a preparar as refeições. Ou talvez estivesse fazendo um tour pelo nordeste com o pai e Carla, provavelmente ele não se sentiria a vontade perto dela, ele nunca ficava por muito tempo interagindo com a filha, todos os pais paparicam as “princesinhas”, mas o dela era diferente, mesmo com o tio dizendo que ele já foi menos frio com os filhos.

Voltou a pensar em Vicente, ele com certeza estava sendo a melhor coisa que já lhe aconteceu, em apenas três dias Pamela já se sentia em casa, sem se preocupar com o que falar ou fazer. Era carinhoso, diferente do que imaginou, e muito prestativo. Não poderia ter um irmão melhor do que ele.

— Desce pequena – falou dando um tapinha nas canelas dela.

Pamela saltou de suas costas segurando seu braço dando um leve puxão para que virasse, ela estava olhando para ele com um sorriso diferente no rosto, diferente de todos os que ele já vira nesse tempo com ela, aquele era de felicidade verdadeira.

A garota se aproximou agarrando seu pescoço com as mãos dando um abraço apertado. Vicente riu sem saber o que estava acontecendo direito, mas logo retribuiu colocando as mãos nas costas dela.

— Porque isso agora? – perguntou carinhosamente.

— Eu te amo Vicente.

Ele sorriu fungando, aquilo o pegou de surpresa.

— Eu... Eu também te amo, Pam.

A garota se afastou limpando o rosto, maldita alma de artista, tinha que chorar por tudo.

— Ei – Vicente segurou seu rosto com as duas mãos limpando ajudando a limpar a lágrima – o que deu em você?

— Puxei a mamãe – riu – não é o que vocês dizem?

Ele assentiu voltando a abraça-la.

Coitados, mal sabiam que Joice vinha pronta para soltar seu veneno em cima dos dois. A moça só faltava soltar fogos comemorando a cena que fotografava para fazer intriga, certamente mandaria para a miga com uma legenda absurda e mentirosa.

— Vicente? – falou interrompendo o abraço dos dois.

Ele olhou para o lado afrouxando os braços para a menina sair. Seu maxilar travou ao reconhecer a garota irritante que ele tinha vontade de afogar numa banheira cheia de vinagre – palavras do próprio.

— Joice – respondeu como aquele nome fosse algo nojento. O que não deixava de ser verdade.

— Manuela sabe que você está de intimidade com essa ninfeta? – perguntou mordendo o lábio escondendo o sorriso.

— Ela é minha irmã, sua vadia – vociferou cerrando os punhos.

— Sabia que eu adoro quando você me xinga? Excita – Vicente fechou os olhos contando até cinco, era melhor do que fazer uma besteira – mas não vim para flertar com você, só avisar que a Manu não vai gostar de saber que está agarrando essa pirralha em público. Ela é ciumenta, você sabe.

Sua irmã olhou para ela mais uma vez vendo o biquíni extremamente provocante que valorizava seus seios – que não eram pequenos – olhou para Vicente e o mesmo desviava o olhar para os seios da garota algumas vezes. Aquilo fez uma raiva súbita brotar dentro da menina, tentou se controlar, mas quando viu já estava falando.

— Sim, a Manu é ciumenta – Pamela falou cruzando os braços – e ela é a namorada dele, não você – olhou-a de cima a baixo fazendo uma careta de desgosto – nem nunca será a julgar pela maneira ridícula como se veste, e olhe que nem falei do caráter.

O rapaz arqueou a sobrancelha olhando para a irmã tentando achar a garotinha doce que estava abraçando segundos antes.

— Agora se me der licença tenho que levar o meu irmão pra casa de mãos dadas, coisa que ele nunca vai fazer com você por causa do nojo que sente.

— Escuta aqui garotinha-

— Ela não vai escutar nada não – Vicente pegou a bolsa no chão, segurou a mão da irmã e saiu sem dar mais atenção para a moça.

Pamela não conseguia parar de pensar no olhar de cobiça da tal Joice para cima do irmão, novamente estava com ciúmes dele.

Seus passos eram largos, o rapaz podia ver nitidamente a raiva da garota e se divertia, achava fofo como seu rosto se fechava. Mais divertido ainda foi quando entraram no elevador e a menina não parava de bater o pé no chão, nem ela conseguia achar a razão para aquilo, afinal era só seu irmão.

Os dois entraram no apartamento sem se preocupar em estar molhando o piso todo, ela entrou no banheiro batendo a porta para a surpresa de Vicente.

— Pode me dizer por que está tão brava? – perguntou abrindo a porta vendo-a apoiada na pia.

— Não viu como aquela criatura falou com você? Pelo amor de Deu, só faltou te atacar na minha frente.

— Pamela se acalma até eu que não sou um poço de paciência já estou cheio das gracinhas da Joice – replicou – e eu fiquei muito puto quando ela te chamou de ninfeta, se eu pudesse afogar ela numa banheira de vinagre...

— Jura? Porque ela é muito bonita.

Vicente a encarou rindo.

— Está com ciúmes de mim? – perguntou se aproximando divertido. Ela olhou para ele sentindo-se envergonhada pela cena.

— Tô – admitiu irritada fazendo-o gargalhar.

— Que bonitinha. Vem cá me dar um beijinho pra passar essa raiva.

Estreitou os olhos contendo o impulso de arranhar o rosto do irmão. Ele apertava suas bochechas sorrindo como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo.

— Vamos fazer o seguinte – disse colocando-se a sua frente prendendo o corpo da garota contra o mármore – a partir de hoje você é a única na minha vida, a única que eu amo com todas as minhas forças. Combinado?

Ela virou o rosto.

— Ta bem.

— O que?

— Ta bem – gritou fazendo-o rir, e num impulso dar um beijo estalado em seu rosto – agora sai que eu quero tomar banho.

Vicente a abraçou mais uma vez antes de sair.

Pamela caminhou até a porta fechando-a direito dessa vez.

Que diabos está acontecendo comigo? – perguntou-se apoiando a cabeça na madeira. Realmente aquela era uma pergunta a ser feita, mas aos dois, estavam cada vez mais estranhos, agindo como um casal que não eram.

A única que eu amo com todas as minhas forças? Você está ficando louco Vicente – pensava o rapaz pegando uma garrafa de cerveja, ouvindo o chuveiro ligado imaginando o corpo da garota despido. Era loucura aquilo, não podia estar pensando daquela forma na menina, era uma criança.

Ouviu o celular da garota tocando, foi até o sofá a passos lentos virando a garrafinha para que o liquido fizesse efeito mais rápido. Esticou o braço buscando o aparelho dentro da bolsa e o puxou vendo quem era.

— Desgraçado!


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