Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei (menos dessa vez) mas chegay.
Agradeço muito muito pelos comentários, muito feliz com a fic e espero continuar agradando vocês.
EU AMO TANTO MINHAS ABELHINHAS QUE TENHO VONTADE DE MATAR. Certo, ignorem o ataque (vendo muito a Kéfera).



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O som do despertador soou baixo, era assim que Vicente acordava todos os dias às sete da manhã, sem barulheira ou sustos por causa do volume. Estava tudo quieto no apartamento, não se ouvia nada além da doce melodia escolhida por Manuela há alguns dias.

Vicente abriu os olhos lentamente, ainda com a respiração suave encarou a garota deitada nele abraçando seu peito como se fosse um travesseiro, lentamente tocou seu rosto para tirar os fios espalhados atrapalhando sua visão. Desviou o olhar para a janela lembrando-se de quando ainda morava com o pai, de como era bom chegar em casa brincar com a irmã, fazê-la sorrir depois de dizer que o homem viajaria mais uma vez ou quando ele não dava atenção a seus desenhos, de ter raros momentos com ela, de estar ocupado estudando. Parte dele havia se arrependido de não tê-la buscado assim que se instalou no Rio.

Suas mãos desceram para os ombros descobertos de Pâmela na tentativa de acordá-la, teriam um dia cheio. Para tentar descontrair ele havia programado um almoço na praia e em seguida uma volta no shopping para comprar roupas mais leves, não tinha como ela usar todas as suas roupas. Sem contar que precisava conversar com Manuela, depois que esfriou a cabeça pôde ver a merda que fizera, e o pior de tudo era que se sua irmã não tivesse aparecido ele perderia a cabeça.

Pâmela se moveu levando a mão que antes estava segurando sua camisa até os olhos, Vicente tirou a mão de cima dela deixando-a se sentar, parecia alheia a tudo, prova viva de que ficar acordada até tarde jogando videogame não era muito bom. O homem se sentiu estranho ao finalmente se dar conta de que haviam dormido juntos na cama, aquilo era mais estranho do que parecia a julgar que irmãos não se sentiam muito bem dormindo juntos e muito menos abraçados.

Olhou para a menina novamente e a mesma continuava sentada olhando para o nada, o pensamento de que talvez ela estivesse envergonhada com a situação.

— Tudo bem? – perguntou arrastando-se na cama para sentar.

Pamela balançou a cabeça assentindo com as mãos no rosto reclamando baixo.

— Já amanheceu? – ele riu esticando o braço para desligar o despertador que continuava tocando aquela musica. – há tempos que não me canso tanto.

— Pode dormir mais um pouco se quiser, eu vou fazer alguma coisa pra comer.

Comentou jogando as pernas para fora da cama e levantando-se.

— Você fala como se colocar queijo dentro do pão e abrir uma caixa de suco fosse algo incrível – brincou voltando a deitar, recebendo um travesseiro na cabeça – Vicente!

Depois de escovar os dentes e pentear o cabelo, o homem foi para a cozinha preparar o café da manhã, não pôde deixar de sorrir ao lembrar-se da piada que a irmã fizera. Sua relação com Pamela estava avançando mais rápido do que imaginou, ambos estavam tentando se aproximar, cada um do seu jeito, mas estavam. Minutos depois estava tudo pronto, a menina não demorou muito a aparecer, estava de pijama ainda, o cabelo preso num rabo de cavalo mal feito e o cheiro de pasta de dente a fazia parecer uma criancinha que se recusava a acordar disposta num domingo ensolarado. Vicente pegou o celular para ler as mensagens ignoradas na noite anterior, seus amigos estavam convidando-o para uma festa na Lapa, o convite incluía Manu, o que fez seus pensamentos irem diretamente para a moça, aquele havia sido só mais uma briga entre tantas outras que assombravam seu namoro, não ligaria para ela agora, pois sabia que seria ignorado, mais um dos joguinhos cansativos da garota. Prontamente respondeu dizendo que não poderia, pois sua irmã estava passando as férias com ele, e logo os comentários idiotas começaram a pipocar na tela, um pedindo para apresentar e outros perguntando se era gostosa ou tinha tido o azar de puxar o irmão.

Vicente riu olhando para a garota mastigando sem nem um pingo de coragem, imaginou seus amigos conhecendo-a, ela não fazia o tipo deles, eram os típicos cafajestes que só prestam atenção no corpo de uma mulher, se bem que o de Pâmela era bem atraente, pequeno, sem muito volume, o ideal para pegar durante uns amassos.

— Puta que pariu – disse para si mesmo quando percebeu que aqueles pensamentos sujos eram direcionados a própria irmã. A menina levantou os olhos sem a mínima vontade de saber do que se tratava.

Ela sempre dizia que só existia depois das dez horas, no domingo é claro. Antes disso não fazia questão de saber de nada, preferia nem ver ninguém e só ficar ouvindo musica ainda deitada.

As horas foram passando e enquanto não desciam para almoçar, os dois resolveram jogar mais um pouco, ficar na frente de uma televisão jogando algo violento era o que deixava os dois mais a vontade na presença do outro, assuntos surgiam, os gostos e preferencias eram descobertos, e sempre cortando quando o assunto chegava em Manuela.

Agora Pamela estava no quarto colocando uma roupa leve para ir almoçar enquanto seu irmão a esperava na sala. Ela ainda não havia desfeito as malas, mesmo que Vicente já tivesse dado carta branca para arrumar seu guarda-roupa, estava receosa em fazê-lo, irmãos homens sempre têm algo secreto no meio de suas coisas, e ela torcia para que não fosse uma coisa intima.

Seu telefone tocou, a menina correu até a cama e soltou um gemido frustrado ao ver quem era.

— Oi pai – falou tentando soar contente.

— Minha princesa! Liguei para avisar que já depositei aquela quantia em sua conta, quando precisar usar lembre-se de pedir a seu irmão.

Suspirou. Ele sequer tinha perguntado como estava.

— Recado dado. Agora tenho que desligar, vamos almoçar fora.

— Ah, que bom que está se divertindo. Diga a Vicente que quero falar com ele mais tarde. Papai te ama.

Ele desligou.

Pamela ficou olhando para a tela tentando se lembrar de quando seu pai havia se preocupado com alguém de verdade, a resposta era óbvia, mas não custava refazer a pergunta pela milésima vez.

Colocou o aparelho no bolso do short e saiu do quarto para se juntar ao irmão.

— Não tinha me dado conta do quanto você é branca – comentou pegando as chaves do carro em cima da mesa.

— Se eu não fosse sua irmã e tivesse um corpão, com certeza teria notado.

Ele a olhou de soslaio enquanto a via passar pela porta e voltou a pensar no mesmo de mais cedo, se ela soubesse como ele já havia pensado.

[...]

A tarde estava realmente agradável, as pessoas alegres caminhando pela calçada, os bares cheios assim como a praia, os vendedores ambulantes faturando muito, como sempre nessa época do ano e o sol, Pamela estava rindo para o nada sentindo aquele calor no rosto e aquela brisa fresca, diferente de onde mora que nada é aquecido pelo sol em boa parte do dia.

Depois do almoço com música ao vivo, Vicente resolveu levar a menina direto ao shopping, aproveitou que já estavam na rua e faria tudo de uma só vez. Ela havia lhe contado mais sobre seus amigos e de como se divertiam, era sempre algo simples e caseiro. Não gostava de festas, até porque nunca havia ido numa de verdade com pessoas desconhecidas se embebedando e dançando sem saber a música que tocava. Diferente de Vicente que sempre que estava de folga acompanhava a namorada a esses bailes, seja de funk ou charme, só assim conseguia se divertir e esquecer um pouco o trabalho cansativo de tentar agradar os piores tipos de clientes graças ao estúpido slogan da empresa. Ser o chefe do escritório também tinha suas vantagens, uma delas era que sua presença lá não era necessária todos os dias, bastava ir apenas um dia para ver como andavam as coisas, seu chefe tinha alguém de confiança que cuidava de tudo para os dois, mas como ele gostava de ser um bom funcionário, deixava para fazer isso apenas quando era bem necessário.

Pamela estava entusiasmada para comprar novas roupas, apesar de estar na companhia de um homem e achar que seria muito melhor ir com uma mulher para ajuda-la a escolher as peças.

— Bem, avante bela dama, vamos gastar o dinheiro do velho.

A garota lançou-se um olhar reprovador para o mais velho, não era legal falar dessa forma, mesmo que seu pai merecesse.

— Vamos gastar apenas o necessário, não preciso de muita coisa, nem pretendo sair muito.

— E isso é muito bom, essa cidade está cheia de falsos galãs prontos para atacar uma garotinha indefesa – comentou parando numa loja de roupa masculina examinando um terno na vitrine.

— Acho que você não percebeu que sou muito mais esperta do que aparento. Ou vai dizer que ganhei todas aquelas partidas usando minhas flores e purpurinas? – perguntou erguendo uma sobrancelha desafiando-o.

— Direi que foi sorte – replicou segurando sua mão, levando-a para outra loja – agora vamos comprar um vestido.

Ela arregalou os olhos seguindo-o desviando das outras pessoas. Os dois pararam diante de uma vitrine, Pamela se perguntou o que estava passando pela cabeça do irmão, a coitada sequer imaginava que ele a levaria para um lugar divertido, cheio e... era a noite da Lapa, podia se esperar tudo.

Vicente tivera a ideia de leva-la no momento em que soube que ela nunca havia ido a uma festa de verdade, e mesmo que todos os seus amigos tarados estivessem lá, ele não via perigo algum, afinal ela estaria com ele.

— Boa tarde – uma atendente apareceu na porta para recebê-los. Vicente sorriu abraçando Pamela pelos ombros e colocando-a diante da mulher.

— Um vestido para essa linda garota, por favor.

— Claro, por aqui.

A moça caminhou fazendo um gesto para que eles a seguissem, Pamela pôde notar o olhar felino de todas as mulheres que estavam ali, em cima de seu irmão, pareciam não acreditar que ele era real. Olhou para cima vendo que ele estava com a barba por fazer ainda, não havia visto muita coisa a pesar dele ser um pedaço de mau caminho, ela já estava meio que acostumada com sua beleza, talvez seus olhos castanhos fossem o motivo para todo aquele alvoroço, quando se afastou um pouco viu que aquela camisa o deixara ainda mais bonito.

— O que foi? – ele perguntou notando o repentino interesse dela em seu rosto.

Ela piscou vendo que era encarado pelo irmão, sentiu-se a mais tola de todas por estar fazendo isso.

— Você é bonito – respondeu sorrindo vendo-o franzir o cenho.

— Obrigado, eu acho – devolveu o sorriso – você também é muito bonita.

Pamela riu lembrando-se de todas as vezes que se olhava no espelho procurando algum defeito em si mesma para poder jogar na cara de alguém quando dissesse isso. Vicente esticou o braço tocando o rosto da menina levemente, como uma forma de carinho inocente de irmão. Não sabia ao certo o que fazer, mas estava testando tudo.

— Se olhar bem, vai achar alguns defeitos.

— Estou olhando – respondeu com voz rouca fazendo-a estremecer – e não acho nenhum defeito.

Os dois permaneceram se encarando, olhos nos olhos como se quisessem penetrar a alma um do outro. A mão do rapaz deslizou para seu queixo deixando um rastro de fogo por onde passou, ela não conseguia parar de olhá-lo, parecia que estava hipnotizada, sem poder algum sobre seu corpo. Seu estômago revirou-se como se tivesse um inseto querendo sair, e aquele incômodo subiu até sua garganta fazendo-a desviar os olhos finalmente, estava corada com aquilo, suas mãos pareciam que foram tiradas de uma geladeira e por algum motivo ela riu.

— Porque não experimenta esses? Tenho certeza que ficarão ótimos em você – a moça voltou com algumas peças – seu namorado pode esperar aqui para ver.

— Nós não...

— Tudo bem – Vicente a interrompeu – eu espero a minha princesa experimentar.


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