Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas, dessa vez a culpa do atraso não foi minha u.u tirei uma tarde para fazer o cap e tudo fluiu como a minha fome aushuahssh mas a minha internet anda um pouco temperamental. Sobre demorar para responder os comentários, bem, sem internet não posso fazer muita coisa, posso ir até a casa da minha madrinha roubar, mas já vou muito lá para pegar livros. Por falar em livros, depois indo duas trilogias fantasticas (preciso ler mais um pouco do primeiro livro de uma delas pra dizer que é bom, mas o começo é fabuloso).
"Ah Nina, cala os dedos e posta logo"
Vamos andando.



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— Então – Camila começou virando-se para a menina – já estamos na metade do filme e a senhorita ainda não me informou em que pé está a sua relação incestuosa.

Pamela riu sem graça, era muito fácil constrange-la nos últimos dias, depois que finalmente transou com o irmão sentia-se vigiada e julgada por todos onde quer que fosse. A casa de Camila era o único lugar que se sentia bem – mesmo estando ali pela primeira vez – ela sabia de tudo e não ficava dando sermão, muito pelo contrário, ficava incentivando-a.

Já era sexta feira e Pamela não conseguia tirar da cabeça o que acontecera há dois dias, Vicente havia ido se encontrar com a tal Heloísa depois do expediente e voltado bem abalado, não disse nada apenas tomou banho e foi dormir. Óbvio que isso deixaria qualquer um intrigado, a menina tentou esconder o incomodo com o encontro, pelo jeito deu certo já que Vicente nem perguntou o porquê dela estar tão séria. Passou a noite pensando sobre tudo, as ideias estapafúrdias do pai sobre morar no Rio de uma hora para outra e querer os dois morando com ele. Completamente ridículo tudo isso, talvez seu irmão esteja certo em relação a ele, talvez esteja escondendo alguma coisa.

Balançou a cabeça voltando à outra.

— Estamos bem – disse sorrindo.

— Não é isso que quero saber – revirou os olhos pegando a pipoca – não que isso não me importe, claro. Mas suas fantasias sexuais são mais interessantes, já falei que amo incesto?

— Pelo amor de Deus Camila. Não, você não disse que gosta.

— Pamela, desembucha logo – pediu alterando a voz.

Ela apertou os dedos em cima da almofada tomando coragem para contar tudo o que estava acontecendo, certo, talvez não tudo, mas grande parte.

— Eu e Vicente-

— Rá – ela deu um grito seguido por uma gargalhada – eu sabia que você não ia resistir aos bíceps nem aquele abdômen gostoso. Jesus, e que abdômen.

— Mas eu não disse nada – murmurou fitando as mãos.

— Quando foi? Como foi? Usaram camisinha? Espero que não, eu quero um afilhado fofinho com o seu nariz e os olhos do Vicente. Imagina que coisa mais linda, se for menino eu vou ensinar a ser pegador, e se for menina ela vai se chamar Bárbara, pois a mira de Bárbara é Bárbara – Pamela a encarava com as sobrancelhas erguidas assustada com o ataque súbito da moça, parecia que estava drogada, mas ao mesmo tempo era só ela mesma, de um jeito pior – okay, divaguei um pouco.

— Eu não chamaria de pouco – acrescentou cruzando as pernas na posição de lótus – mas voltando ao assunto, sim, nós transamos, foi muito bom, esquecemos-nos desse detalhe, mas não tem problema, ele já tinha comprado as pílulas.

— Ah! – ela soltou outro grito, pondo a mão na boca dessa vez – aquele safado já tinha tudo planejado, não estranho isso, ele fez o mesmo com a Manu e todas as outras meninas que pegou ao longo de sua vida de cafajeste.

Ela soltou um gemido frustrado ao pensar no irmão planejando tudo aquilo, e se ele realmente a estivesse usando?

Não, ele não seria tão canalha a ponto de se aproveitar de mim, todas aquelas coisas que dizia não podiam ser da boca pra fora, ou talvez sim, Manuela deixou bem explicito em suas palavras que ele não gostava de perder uma presa. No fim das contas ela pode estar certa.

— Acho que falei merda – murmurou vendo a expressão entristecida da garota – por favor, diga que não está achando que o Vicente te usou.

Pamela olhou para ela com os olhos marejados.

— Sabe quando está tudo bem, mas você tem a impressão de que essa felicidade está por um fio? – Camila piscou impassível – acho que está acontecendo alguma coisa.

— Tipo?

— Se eu soubesse não estaria com toda essa agonia.

Camila riu fazendo-a rir também.

A campainha tocou duas vezes seguidas, ela olhou para a moça como se perguntasse quem era, seu irmão só iria busca-la à noite quando viesse da empresa com Eduardo, já era quase meio dia e o estômago dela reclamava – mesmo comendo pipoca – precisava comer bem.

Ela levantou correndo do sofá para atender, Pamela afundou nas almofadas rezando para que não fosse o irmão, estranho isso, pela primeira vez não queria o irmão perto. Ouviu a porta sendo destrancada e em seguida outro grito de Camila, ela riu sozinha com aquilo a moça parecia estar histérica.

Esticou a cabeça para cima para ver quem era e viu primeiro uma mala média entrando seguida por Gustavo. Seu coração saltou e a única coisa que conseguiu fazer foi se sentar direito e sorrir como uma idiota. O menino levantou a cabeça fitando-a finalmente, permaneceu sério por meio segundo, mas logo abriu um largo sorriso mostrando sua adorável covinha perto da boca. Ficaram se encarando e sorrindo até que Camila deu um leve empurrão no irmão, ele começou a vir na direção da menina que parecia mais nervosa a cada passo dele.

— Se abracem logo – Camila resmungou fechando a porta.

Pamela se levantou indo até o amigo e passou os braços por sua cintura.

Ela estranhou um pouco aquele corpo, nunca havia abraçado o amigo assim antes, sempre foram abraços rápidos e sem emoção, agora ela precisava daquilo, estava tudo embaralhado dentro dela e naquele momento eram só eles. Gustavo estava com saudades da menina, sentindo-se estranho por causa do beijo ainda, ela não havia conversado muito com ele depois daquilo o que dava a entender que não tinha gostado, não tanto quanto ele.

— Senti sua falta - ela murmurou contra sua camisa.

Gustavo sorriu beijando o topo da sua cabeça.

— Eu também senti a sua.

— Tão lindos – Camila comentou atrás deles – daria a maior força para o casal se a Pamela não estivesse namorando o irmão.

Merda, ela não fez isso.

Seus olhos arregalaram afastando-se lentamente do menino, correr para a janela e se jogar era a melhor opção, agora que o garoto sabia tudo ficaria complicado, não ia achar tão normal irmãos namorando, Camila tudo bem, era uma louca, mas Gustavo era diferente dela, mais sério em relação a certas coisas.

— Relaxa Pam, a Cacau já tinha me contado – disse apertando seu cotovelo – não vou dizer que acho certo, mas a vida é de vocês, se estão bem com isso, okay.

— Foi mal Pampers, mas eu estava derretendo por dentro, precisava contar a alguém – explicou ao receber um olhar confuso e irritado da garota – não se preocupe, o Guto sabe guardar segredo como ninguém.

Pamela suspirou aliviada com aquilo, pelo menos tinham amigos de verdade com quem poderia desabafar, Gustavo sempre foi o seu ombro para chorar quando tinha vontade, sentia um pouco de dó do garoto, enquanto seus amigos iam para festas ou azarar alguém ele estava com ela vendo filmes e ouvindo suas lamúrias. Mas se fosse ela também faria isso por uma amiga, ou amigo.

— Certo, o senhor vai tomar um banho e tirar essa inhaca de roça, espero que tenha trazido presentes e que não seja uma jaca.

— Há-há que engraçada, estou me contorcendo de rir. Não é roça, é uma fazenda. Saberia disso se fosse mais vezes lá – rebateu puxando a mala para o corredor.

— Tudo bem Bruno Mezenga – riu apanhando Pamela pelos ombros – vamos comer.

[...]

Depois de uma refeição inteira sendo alvo das piadas de duplo sentido de Camila, Pamela se viu livre quando ela foi tomar banho reclamando do calor – era só uma desculpa para deixarem os dois sozinhos.

Os dois lavaram a louça entre risos e brincadeiras sobre o colégio, faziam piadas sobre as garotas que se jogavam para cima de Gustavo e que ele esnobava por serem frescas demais, a menina até estranhou ele não estar cm ninguém, geralmente os garotos têm uma peguete em cada cidade por onde passam, talvez seja por isso que ele é seu melhor amigo.

— Então o seu pai está mesmo se mudando para o Rio? – perguntou enquanto se sentavam nos bancos do balcão.

Pamela assentiu pesarosa, ainda não tinha parado para pensar que se mudando para cá ficaria longe dele, precisava parar de pensar só em Vicente e viver um pouco a própria vida, não ia arrancar pedaço algum.

— Que pena, eu estava contando com o fim das férias para – respirou fundo contendo as palavras – ter você mais perto.

— Você está falando como se nunca mais fosse me ver – sorriu tocando seu braço.

— Levando em consideração que o Vicente me odeia e você vai estar a quilômetros de mim.

Era verdade, uma dolorosa verdade a ser encarada.

— E se você morasse com sua irmã? – perguntou fazendo o garoto sorrir amplamente.

Ele olhou para a mão da menina perto da sua e apertou os lábios contendo a vontade de tocá-la, Pamela agora estava comprometida, se fosse um pouco mais rápido talvez ela tivesse se apaixonado por ele. Mas ela não parecia o tipo de garota que arriscava perder um amigo por causa de uma paixão, mesmo que ele se declarasse todos os dias não ia rolar nada entre os dois.

— Só espero que ele não te faça sofrer – murmurou mais alto do que queria. Por sorte ela não entendeu muito bem e Camila entrou na cozinha chamando-os para a sala.

Trocaram um sorriso tímido e a seguiram, estava passando um documentário sobre fantasmas e ela os forçou a ver junto, estava com medo e curiosa ao mesmo tempo. Pamela decidiu ir, assim o tempo passava mais rápido e seu irmão chegava para busca-la.

Mal sabia que o que ele mais queria era que o chefe inventasse uma reunião de ultima hora ou um trabalho grande surgisse, aquele escritório estava sendo seu refúgio, o encontro com a mãe de Pamela havia sido confuso, descobriu que fora enganado por ela, por uma boa causa, mas foi. A Heloísa era uma amiga dela, os telefonemas eram de Ana, ela sempre perguntava quando ia poder ver a filha e a única coisa que Vicente dizia era que ainda não era a hora. Talvez não fosse, havia muita coisa envolvida, seu relacionamento com a menina era o que mais o preocupava, Pamela ficaria tão revoltada, magoada e traída que era capaz de nunca mais olhar para ele.

Passou o dia olhando para a tela do computador pensando na melhor forma de contar tudo ou boa parte, era muita coisa.

Tudo o que Ana lhe disse não parecia absurdo a seus ouvidos, sabia do que seu pai era capaz de fazer para cobrir um assunto, ou até mesmo alguém como foi o caso dela, inventou que tinha morrido só para a filha não conhecer a mãe e ele ficar como mocinho, conseguiu isso, Pamela era cega pelo pai, brigara com Vicente por sua causa algumas vezes, era a prova de que tudo seria difícil para ela, talvez não aguentasse aquela pressão.

Vicente afundou o rosto nas mãos sentindo-se esgotado, pensar não resolveria nada, era como seu chefe sempre dizia: Quer que algo dê certo? Então vá e faça você mesmo.

— Edu – chamou o amigo que jogava paciência – vamos.

Os dois foram para o estacionamento mais apressados que o normal, Vicente havia tomado coragem para contar à irmã que sua mãe esteve viva todo esse tempo, seria de uma vez só, sem rodeios. Por sorte seu pai havia ido para o sul organizar a mudança, teria mais tempo para conversar.

— Pampers – Camila começou puxando outro cartão da caixinha – o que você faria se o Gustavo te beijasse?

A menina revirou os olhos mais uma vez e afundou nas almofadas.

Estavam fazendo uma brincadeira para distrair, mas Camila fazia questão de inventar perguntas ao invés de fazer as que estavam nas fichas.

— Essa não é a pergunta verdadeira, porque faz isso Cacau? – o garoto perguntou irritado.

— Certo, qual a graça de perguntar a ela o que faria se uma cebola gigante aparecesse em seu quarto?

Os três riram.

— Isso nunca aconteceria – comentou a menina.

— Exatamente! Esse jogo é muito sem graça, o que acham do jogo do copo?

— Não! – responderam uníssonos.

A campainha tocou novamente e a moça foi atender enquanto praguejava. Gustavo tentava acertar pipocas na boca de Pamela, que ficava com a boca aberta indo de um lado para o outro as buscando.

Assim que a porta se abriu Vicente ouviu as risadas, e curioso tomou a frente vendo a irmã e o garoto sentados no chão brincando.

Eu te mato garoto, eu te mato.

— Vamos embora – rosnou fazendo a menina congelar.

Gustavo olhou por cima de sua cabeça e sorriu do mesmo modo como sorriu naquela noite na Lapa, o que despertou a ira de Vicente por lembrar-se do beijo.

— Mas já? A Pampers estava se divertindo tanto.

— Sim Camila, já – resmungou a garota se levantando com a ajuda do amigo.

Ele tocou seu cotovelo puxando-a para mais um abraço, não se esquecendo de piscar para Vicente. Suicida, isso que o garoto era.

— Até mais, Pam – disse beijando seu rosto.

— Até mais.

Eduardo deu duas batidinhas no ombro do amigo como se pedisse calma – mesmo sendo impossível dele se acalmar – e abraçou a namorada que sorria para o irmão. Ela gostava de ver o Vicente com ciúmes, um jeito de se divertir meio torto.

A menina pegou a bolsa no sofá e caminhou para perto do irmão/amante. Estava tensa e o olhar gelado que lhe foi lançado só piorou tudo, já podia até ouvir seus gritos quando chegassem em casa, ou até mesmo antes disso. Do jeito que seu irmão era explosivo talvez acontecesse no elevador.

Contorne a situação, Pamela.

Timidamente tocou seus dedos enquanto saiam do apartamento de Camila, para sua surpresa ele não fez nada, nem apertou sua mão e nem a tirou dali, engoliu o bolo de medo formado em sua garganta e deslizou os dedos mais para cima apertando sua palma, olhou em sua direção, mas ele continuava sério olhando para frente.

Vai mais difícil do que pensei.

— O que foi agora? – perguntou num suspiro – fiz algo de errado?

— Diga você – respondeu seco enquanto esperavam o elevador – eu não estava lá.

— Nos beijamos e depois fomos para cama.

— Não seja irônica comigo – rosnou entrando no elevador seguido por ela.

— Se você sabe que não fiz nada disso porque essa dúvida? Que saco!

— Eu disse com todas as letras que não queria você perto daquele moleque, e quando eu chego te encontro rolando no chão com ele.

— Não estávamos rolando no chão – revirou os olhos irritada – e o Gustavo é meu amigo, não vou me afastar dele por causa do seu ciúme doentio. Vai se tratar, Vicente.

Ele fechou os olhos buscando controle, seu ciúme era o pior defeito que poderia ter, odiava quando Manuela tinha suas crises e por pior que fosse ele também tinha as dele, bem piores. Pamela não merecia ser tratada dessa forma, sabia disso perfeitamente, mas era mais forte.

Pamela apoiou-se na barra olhando para os pés, aquilo era tão ruim.

— Tá bom, foi mal – ele disse irritado – eu extrapolei de novo, não devia descontar meu cansaço em você.

A garota cruzou os braços observando-o se aproximar, Vicente tocou seu braço esquerdo deslizando a mão até a sua, envolveu seus dedos e os levou aos lábios. Com ao outra mão tocou seu queixo fazendo-a olhar em seus olhos que brilhavam para ela, a menina engoliu tirando sua mão dali e desconectando-se dele.

— Não vai me fazer amolecer.

O elevador abriu.

Vicente suspirou e saiu sendo seguido por ela, foi até o carro e logo estavam na avenida rumo ao apartamento onde ele finalmente contaria a ela toda a verdade, se ainda tivesse coragem quando chegassem lá, sentia uma agonia no peito como se tudo fosse desmoronar ali mesmo.

Balançou a cabeça fixando os olhos na rua, sentia Pamela olhando-o de soslaio, parte dele estava contente por isso, mas a outra sabia que ela estava bem brava por causa da sua linda cena. Estavam tão bem esses dias, fazendo juramentos bobos, mas que lhe causavam grande efeito, sentia-se adolescente novamente por causa dela, era uma sensação boa.

— Você não me falou como foi o encontro com a Heloísa – comentou olhando para fora do carro.

— Porque quer saber disso agora?

— E porque não posso saber disso agora? – perguntou num tom de desafio.

Vicente balançou a cabeça negativamente enquanto estacionava na orla, bem perto do prédio onde moravam.

— Você quer parar de procurar briga? Eu já reconheci que fui infantil, sei que sou muito ciumento e isso te incomoda – começou virando-se para ela – mas eu não posso simplesmente fingir que não ouço.

— E o que tem de errado com as minhas perguntas? Você saiu com ela e eu não disse nada, e olhe que não faço ideia de como ela é. Agora, eu estava na casa da sua amiga conversando com o meu melhor amigo que, aliás, você já conhece muito bem por causa das suas pesquisas duvidosas, e o que você faz? Simplesmente transforma tudo em questões sobre fidelidade.

— Nunca duvidei da sua fidelidade, pelo amor de Deus Pamela. E quanto à Heloísa – ele parou por alguns segundos estudando se aquela era a melhor hora para falar. Melhor não. – é uma longa história.

— Posso imaginar.

— Pode imaginar o que?

— Não sei, tire suas próprias conclusões como sempre faz.

Ele bufou ligando o carro novamente, agora estava bem claro que não era hora para falar nada.

— Que diabos está acontecendo com você? – murmurou torcendo para que ela não entendesse, mas pelo olhar fervoroso que lhe foi lançado teve certeza que sim.

O silencio se instalou no automóvel e o mesmo aconteceu no apartamento, os dois estavam irritados por seus próprios motivos, preferiram não conversar muito, pois acabariam discutindo novamente. Quando Vicente se aproximava a menina dava um jeito de se afastar, não sabia o que ia fazer quando a raiva passasse, talvez pedir desculpas por agir daquela forma, mas ela estava certa, quem tinha que se desculpar era ele.

Depois de um tempo terminando de fazer o jantar, Pamela foi tomar banho. Seu irmão assumiu a cozinha na esperança de que quando ela voltasse e visse tudo pronto seu coração amolecesse e quem sabe até ganhasse uns beijos, sorriu com o pensamento. Fazia apenas algumas horas que haviam se beijado na porta de Camila, um beijo lento e demorado que foi assistido com gritinhos e palmas pela moça, ela era mesmo uma boa amiga, talvez ele devesse parar de implicar com o garoto, até porque Pamela era apaixonada por ele, era sua de corpo e alma, ninguém iria conseguir mudar isso de uma hora para outra.

Tampou a panela e caminhou até a porta do banheiro com um sorriso idiota nos lábios, encostou a cabeça na madeira ouvindo a água cair.

— Pamela – chamou alto o bastante para que só ela ouvisse – eu te amo, muito. Me perdoa, quero casar com você, ter filhos, ficar velhinho do seu lado para brigarmos com nossas bengalas e nos beijarmos sem dentadura.

A menina deixou escapar uma risada ao ouvir a ultima parte.

Vicente começou a dizer que a amava repedida e incansavelmente fazendo-a enrolar-se numa toalha para parar aquele show. Ele ria enquanto continuava a falar, sabia que a menina também estava rindo do outro lado.

Pamela destrancou a porta e a abriu vendo-o sentado encostado á parede perto da porta, balançou a cabeça rindo fazendo-o parar de falar e se levantar.

— Você é tão idiota – comentou pondo as mãos nos quadris.

— Posso falar mais uma coisa? – ela assentiu.

O rapaz se aproximou passando os braços por sua cintura.

— Eu nunca, nunca vou te trocar por nada nem ninguém – o nariz de Pamela ardeu, mas se manteve firme – você é a única que amo com todas as minhas forças, já disse isso.

— E que você me ama – ambos riram.

— Muito – acrescentou inclinando-se para beijá-la.

Mais uma vez Vicente conseguiu amolecer seu coração que insistia em dizer a si mesmo que era forte e conseguiria manter uma briga com ele por mais de uma hora.

Ele se afastou dando um ultimo beijo nela antes de alguém bater à porta.

— Depois continuamos – Pamela sussurrou para ele, voltando para dentre do banheiro.

Vicente sorriu enquanto encarava a porta sendo fechada, balançou a cabeça e deu alguns passos até a porta da frente, puxou-a de uma vez só, dando-se conta de quem era apenas quando levantou a cabeça.

A mulher segurava a bolsa à frente do corpo e a apertava com força, usava calça jeans e uma blusa azul, os cabelos soltos fizeram a garganta de Vicente se fechar.

— O que você quer Manu? – rosnou apertando a maçaneta.

— Reatar.


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