A Cruzada escrita por DemonKingley


Capítulo 17
Erika - Seguidores de um novo Deus


Notas iniciais do capítulo

É, como deu pra ver dessa vez é somente Erika.

Hoje trarei de volta das cinzas dois personagens queridos pra mim e acho que não podem ficar de fora.

Tenham uma boa leitura amores



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— Por que me chamou Margareth? — eu perguntei a ela enquanto me ajoelhava. Ela tinha me convocado para me dar uma missão.

— Que bom que veio rápido, preciso que você e aquele seu soldadinho novo vão para a próxima arma milenar — ela disse e se levantou, havia uma mesa em nossa frente com um mapa em cima, ela apontou e sinalizou o local exato. — Aqui, na costa do sul, mercadores afirmaram ter visto uma entrada em baixo de uma arvore que dava em uma caverna, tinha escritas antigas na arvore e tinha uma forte magia protegendo, não é certeza que tenha uma arma lá, mas quero que de uma olhada.

— Então iremos investigar correto? — eu falei, me levantei em seguida pegando o mapa da mesa. — Estou de partida.

— Espere um pouco — ela disse, ela segurou em meu ombro onde eu a olhei, percebi que ela queria perguntar algo, mas por algum motivo ela se calou e eu apenas sai.

Deixei o norte da cidade sobre os cuidados de Margareth que assumiu aquela localização e fui me encontrar com Tiago que passou a morar comigo desde então. Dentro do meu quarto vi ele deitado em minha cama, relaxado e dormia calmamente. Me sentei na beira da cama e abri minha gaveta para me arrumar, fiz tudo calmamente para não acordar o garoto que parecia dormir bem.

Diferente de antes levei duas espadas comigo, usei a antiga roupa de combate do Miguel, peguei meu arco, que por sinal faz bastante tempo que eu não converso.

— Arco? Ta acordado?

Estou, o que foi?

— É que eu acho que preciso conversar um pouco — eu novamente me sentei no pé da cama.

Ainda esta em depressão pelo Miguel? Ele ainda esta vivo, o único problema é que é impossível ele voltar se levantar em conta que é preciso ter um portão para ele sair de lá, e esses portões só são feitos pelo Algol ou estão na ilha das sombras isolada no meio do oceano.

— É verdade, mas eu estou confiante que um dia ele volte.

Eu olhei para a janela e avistei a tempestade que já dura tem dois dias, muitos raios e com grande risco do rio transbordar, sem falar que nossa parte agropecuaria esta bem danificada pelas fortes chuvas.

Erika, tem algo errado com você, não sinto mais aquela determinação ou aquele coração gentil e destemido que me fez seguir você. Irei perguntar só uma vez… esta tudo bem com você?

— Eu estou, não precisa se preocupar.

Nesse momento Tiago se levantou, coçou seus olhos e me viu sentada no pé da cama. Ele deu um grito de susto visto que ele dormiu em minha cama sem permissão, ele normalmente dorme no sofá ou no chão.

— Me desculpa Erika — ele falou gaguejando.

— Sabe o que eu vou cortar se você dormir na minha cama de novo? — eu falei enquanto movia meus dedos em forma de uma tesoura. — Sabe o que é?

— Minha espada não, tudo menos ela!

— Vai tentar a sorte?

— Não senhora — ele fechou os olhos por um momento onde eu desviei o olhar, pois estava um pouco pensativa. — Você parece estar de saída, para onde vamos? — ele perguntou.

— Vamos para o Sul, parece que recebemos uma dica de onde esta localizado outra arma milenar.

— Interessante, iremos só nós dois?

— Parece que Margareth mandará alguém conosco nessa viagem.

Fechei as janelas de minha casa, pois estava começando a chover dentro de meu quarto. Tiago vestiu as antigas roupas do Miguel que eu acabei dando pra ele, pois percebi que Tiago não tinha nenhuma roupa quando veio pra cá. Ficou bem nele, eles tinham a mesma altura e um porte físico um pouco parecido, mesmo que a camisa ficasse bem mais larga no corpo do Tiago.

Margareth nos deu um outro mapa com mais detalhes do local, ela nos disse que duas pessoas nos acompanharia nessa viagem e que ambas estavam nos esperando dentro da carruagem. Estava chovendo bastante, nossos cavalos eram protegidos com uma roupa para que eles aguentem o clima frio e úmido, no entanto ainda ainda tinha pena deles. Entrando na carruagem me deparei com duas pessoas interessantes.

— A quanto tempo princesa — disse Julie no banco da frente da carruagem. — Vejo que continua bela.

— Sim é verdade, esse ultimo ano te deixou com mais peitos — disse Elaine enquanto me apalpava. Eu gritava, pois era constrangedor e Tiago estava ao meu lado. — Sem falar que esse seu cabelo continua brilhando.

— Fico feliz em ver vocês minhas amigas — eu falei. — Faz bastante tempo que não as vejo.

— Margareth pediu para formarmos uma equipe com você de hoje em diante, ela disse que você tem confiança na gente e que isso ajuda muito na formação de uma equipe — Elaine disse, ela em seguida se aproximou de Tiago, ficando bem próxima do rosto dele que ficou vermelho. Tiago era bastante tímido, completamente o oposto daquele rebelde que tentou me matar a um mês — Por sinal, esse é o garoto que você trouxe consigo? É bem atraente, pena que é uma criança.

— Eu não sou uma criança!

— Um garoto que ainda nem fez dezoito aninhos esta em missão com uma linda princesa ao lado de duas formosas damas, é um menino de sorte.

— Eu não sou criança! — Tiago disse novamente.

— Ahan, claro — Elaine continuou a provocar ele deixando ambos os rostos próximos, ela parecia implicar com Tiago que se mostrava frágil a provocações. — Esse cheiro que estou sentido… — ela cheirou a roupa do garoto. — Entendo, essa é uma roupa do Miguel não é? Esse cheiro é inconfundível.

— Esta com saudades dele? — eu perguntei, ela se sentou novamente no banco e abriu seus braços colocando na parte superior dos assentos.

— Claro que estou, aquele olhar de peixe morto que se transformava em um olhar encantador durante uma batalha, a voz dele, o cheiro dele, o jeito dele falar, as brincadeiras que ele fazia e o jeito fofo que ele agia… Sabe Erika, se ele não fosse seu noivo eu dormiria com ele sem pensar duas vezes.

— Você não é a primeira que me diz isso — eu dei uma risada. — Vai ter que entrar na fila.

— Esse papo de vocês esta estranho, estão deixando o Tiago constrangido — falou Julie.

— Eu não criança!

A carruagem seguiu por algo em torno de seis horas, onde tivemos que parar nosso trajeto, pois a tempestade estava muito forte e tinha um forte risco dos cavalos não aguentarem. Julie agiu rápido e criou duas cabanas de terra utilizando sua magia, uma para os cavalos e o condutor, e outra para nós.

— Eu não sei se os cavalos aguentarão por muito mais tempo senhorita — disse o condutor. — Seria melhor darmos uma pausa por pelo menos um dia.

— Tudo bem — eu disse. — Amanhã de manhã partiremos.

— Obrigado princesa — disse o condutor enquanto entrava na cabana com os cavalos.

— E agora… O que faremos princesa? — perguntou Julie enquanto secava seu cabelo. — Ficaremos aqui por um dia?

— Provavelmente, os cavalos não aguentarão, podemos seguir a pé se quiser, mas a cavalo não iremos — eu disse, Tiago me deu uma tolha para que eu me secasse também, estava frio e a tempestade em nenhum momento cessava. — O que vocês preferem?

— Bem, se não me falha a memoria Piovan fica aqui próximo né? — disse Elaine. — Podemos ir pra lá por um tempo e em seguida prosseguir com a nossa viagem.

— Piovan? — perguntou Tiago.

— Sim, é uma cidade que fica por aqui… Miguel normalmente vinha para cá para fazer a revisão da cidade e ver como iam as coisas, acho que seria bom eu dar uma passada lá — eu falei, deixei a toalha sobre meu rosto e me deitei ali no chão. — Certo, partiremos ao amanhecer.

— Eu vou dormir com o Tiago! — gritou Elaine enquanto o abraçava.

— Só não vá abusar dele — disse Julie se deitando.

— Eu jamais faria isso com ele — ela sorriu e se deitou com ele. Tiago parecia não saber se comportar quando o assunto é mulheres, eu até entendo se levar em consideração que ele passou a vida toda odiando uma, e até pouco tempo atrás só queria saber de vingança, então é normal que ele não sabe o que fazer nesses momentos. — Vai dormir abraçado com a titia né Tiago? — ela encostou seus seios a ele, pois ela percebeu que ele é tímido e que seria ótimo para provocar ele.

— Para de me tratar como criança por favor.

— Ei, Erika, já dormiu alguma vez com o Miguel? — perguntou Elaine.

— Você esta bem afiada não é Elaine? — eu falei enquanto ri. — Esta deixando o Tiago com vergonha.

— Para de me tratar como criança!

Eu cai no sono depois de uma noite com boas risadas, e novamente eu tive um pesadelo. Nesse pesadelo, eu via Miguel vestindo uma capa com capuz que cobria todo o seu corpo em meio a uma floresta cinza, ele parecia exausto e cansado e ao seu redor vários olhos vermelhos o observava. Ele parecia nervoso e apenas corria pela floresta, pelos olhos e por tudo, parecia buscar um jeito de sair, ao mesmo que ele parecia assustado e angustiado, era como se ele fosse a presa em meio a monstros.

Sabe o que é isso Erika? — disse a voz do arco. — Parece que não é um simples pesadelo.

— Como pode ter tanta certeza?

Seus sonhos não são comuns, eu sempre tive essa impressão, mas agora tenho ainda mais certeza. São visões, parecem ser bem realistas.

Eu acordei, eu passei a mão em meus olhos e me alonguei, olhei ao redor e vi que Elaine realmente dormiu com o Tiago e Julie estava sozinha pouco mais ao lado. Eu percebi que a tempestade ainda estava forte, muitos ventos e raios, era estranho ver uma tempestade durar quase um mês sem nenhuma pausa.

— Não consegue dormir? — perguntou Julie, ela estava deitada e de costas, então apenas ouvi sua voz sem ver seu rosto.

— Não, e você?

— Estou para de proteger, eu posso facilmente dormir de olhos abertos ou estar em alerta enquanto durmo.

— Entendo…

— Esta com saudades dele não é mesmo? — ela perguntou se virando para mim. — Eu também sinto de certo modo, mas não podemos nos preocupar com isso, ele vai voltar.

— O problema é outro, eu tenho certos pesadelos, e neles eu vejo Miguel sofrendo, sendo caçado. Estou com medo de que algo a mais possa acontecer com ele.

— Não se preocupe, nada vai acontecer com ele.

— Como pode ter tanta certeza?

— Ele é o Miguel não é?

Eu ri bastante com a ultima frase dela, realmente faz um pouco de sentido. Voltei a dormir, e novamente sonhei com Miguel. Ele parecia estar subindo uma montanha, em baixo dele eu apenas avistava olhos vermelhos, mas por que ele queria subir a montanha… O que estava lá em cima?

— Acorda Erika! — tentava me acordar Tiago mexendo em meu corpo. — O condutor foi embora com os cavalos, agora só resta nós continuarmos nossa missão.

— Já amanheceu? — eu perguntei ainda sonolenta.

— Sim, embora essa tempestade não acabe nunca, toda vez que eu olho para cima, me faz pensar que é uma magia poderosa, vocês me contaram que Ethan deixa o céu vermelho, então acredito que isso também seja — respondeu Tiago.

— Mas ficar assim por um mês? Se fosse uma magia já teria sido detectado não acha? — Julie passou as mãos sobre seus cabelos para prender o mesmo e se sentou ao meu lado. — É impossível que uma magia assim não seja detectada.

— Talvez ela não esteja nesse mundo, é só uma teoria minha — Tiago acrescentou.

Era uma boa teoria, me fez pensar um pouco, mas além de Gabriel, não conheço ninguém que possa fazer isso.

— Nossa! O Tiaguinho irmãozinho é realmente muito fofo — disse Elaine abraçando Tiago. — Meu ursinho.

— Elaine, você tem sentido algum cheiro estranho? Tem alguém nos seguindo? — perguntou Tiago.

— Não, a chuva me atrapalha muito, mas eu acho que não.

Caminhamos bastante, entre as florestas e colinas. Era difícil enxergar a nossa frente, pois chovia bastante, então dependíamos bastante dos sentidos aguçados de Elaine para poder prosseguir.

— Estamos chegando? — perguntou Julie. — Estamos perto?

— Sim, só precisamos descer essa colina que chegaremos — eu não conseguia ver ela direito, a chuva parecia piorar a cada segundo que se passava.

— Vamos correr um pouco! — eu gritei entre a chuva.

— Certo! — gritaram todos de volta.

Corremos em linha reta para descer a colina, demorou alguns minutos até que finalmente conseguimos ver a cidade. Nas muralhas estavam poucos soldados que vigiavam a parte de cima da cidade, o que mostrava que estava sugestivo a ataques de bandidos.

— Alto lá! Se identifique! — gritou o guarda.

— Erika Saint-Claire, princesa de Anya e herdeira do trono — eu falei enquanto removia meu capuz para mostrar meus cabelos, pois é uma marca registrada minha.

— Cabelos vermelhos? Princesa! Se cubra agora para não pegar um resfriado! Abram o portão! — disse a voz, parecia um garoto, talvez tivesse a minha idade inclusive. Entramos na cidade, não tinha ninguém por lá, todos estavam em sua casa devido a forte chuva, peixes podiam ser vistos nadando na cidade, pois tem um grande rio que corta a mesma e ele estava transbordando. — Desculpe a falta de cortesia minha princesa — disse o garoto se ajoelhando a minha frente. — A que devo essa honra?

— Eu estou indo para o Sul, então aproveitei e passei aqui para dar uma olhada na cidade — eu falei, meus olhos estavam atentos a tudo, eu conseguia perceber pessoas olhando pela janela e alguns soldados conversando algo sobre mim. — Qual é o seu nome?

— Leônidas.

— Certo Leônidas, venha comigo — caminhamos por entre a cidade e vimos que a cidade estava bem enfraquecida em todos os sentidos. — O que esta acontecendo por aqui? Vejo que as muralhas estão bem danificadas e também vejo que temos poucos soldados — eu falei, olhei mais ao redor da cidade e percebi que algumas flechas estavam fincadas em cima de algumas casas.

— Estamos recebendo ataques em sequência de bandidos, eles não levam nada, parecem apenas querer brincar conosco, matam nossos homens por diversão.

— Entendo, e por que não mandaram um pedido de reforços? — eu fiz uma pergunta, estávamos chegando em nossa acomodação, entramos na pequena casa e o garoto me respondeu.

— Tentamos, mas os bandidos não permitem e essas chuvas dificultam os pombos, estamos encurralados.

— Certo. Quantos homens temos aqui?

— Temos duzentos.

— De onde os ataques vem?

— Eles sempre atacam pelo portão principal com tudo que tem. Deixamos as outras areas com homens protegendo, mesmo lá estando em menor numero não existe nenhum ataque.

— Entendo… Você tem noção de quem comanda as operações?

— Nenhuma, eu apenas os vejo atacando de maneira desgovernada e sem padrão, é fácil conter eles, mas esta ficando chato — ele falou, eu olhei para o redor e percebi que também tinha muitas pessoas doentes nas casas ao redor, além de soldados que pareciam não estar em condição de uma batalha. — Princesa? Algo aconteceu?

— Não Leônidas, apenas estou pensando… Elaine, Julie e Tiago, venham comigo para o portão principal por favor.

— Lá vamos nós de novo pra chuva — disse Elaine vestindo sua capa novamente.

— Não reclame, preciso de sua ajuda para verificar algo, preciso do conhecimento da Julie em guerras e da intuição que Tiago possui.

— Princesa por favor, fique aqui, não se preocupe conosco, podemos aguentar. Por hora apenas descanse.

— Não se preocupe conosco Leônidas…

— General! — gritou um homem vindo a nossa direção. — Os bandidos voltaram, o que faremos?

— Eu irei — eu falei e saltei em direção ao portão.

— General é? — disse Elaine ironizando Leônidas que tinha alta posição mesmo sendo tão jovem.

Corremos entre a chuva, pingos em nosso rosto e a forte dificuldade de enxergar a nossa frente. As ruas estavam ainda mais alagadas chegando próximos de nosso joelho. Consegui avistar alguns soldados atirando flechas e outros sendo atingidos.

— General o que faremos? — gritou o soldado. — Eles estão em maior numero. — Pretendem escalar as muralhas? — Leônidas disse puxando sua lança.

— Vamos ajudar! — eu gritei.

Saltei a muralha e puxei meu arco buscando eliminar o maior numero de pessoas possíveis. Elaine e companhia foi para a linha de frente e começaram a eliminar os inimigos sem grande dificuldades. Um a um os inimigos iam caindo, estavam em grande numero o que me deixou ainda mais intrigada, pois bandidos não tem bandos tão grandes assim. Olhei para Elaine e a vi caindo na linha de frente, olhei para o lado dela e Julie também caiu. Saltei em direção a eles, pois não estava entendendo nada do que estava acontecendo, pois ninguém os acertou.

— Elaine? — eu a segurei. — O que aconteceu?

— Tem um homem...atrás...você… — ela falou de maneira picotada, eu olhei para trás e percebi que não tinha ninguém, então tentei fazer uma nova pergunta para ela. Nesse momento eu ouvi um som de espadas em minhas costas e vi que Tiago estava lá parando algo.

— Erika se recomponha, o inimigo esta a nossa frente! — ele gritou e afastou o inimigo.

Eu olhei e depois de determinado tempo eu percebi que o inimigo estava ali. Não tinha presença nenhuma, era como se fosse invisível e era difícil de notar ele… Era parecido com Algol.

— Quem é você? — eu perguntei. — Por que esta atacando nossa cidade?

— Por que nosso Deus me ordenou — ele respondeu, nesse momento eu pisquei e o perdi de vista, porem alguns segundos depois o vi novamente no mesmo lugar.

— Que deus é esse?

— Algol — ele falou e ergueu seus braços como quem estivesse orando. — Todos nós somos fieis a Algol.

— E o que ele ordenou a vocês?

— Que atacássemos Piovan.

— E por que não invadiu a cidade?

— Nossa ordem era para atacar a cidade, não para invadir.

Eu olhei para Tiago onde o mesmo também olhou para mim. Eles tinham a mesma postura e modo de falar que Algol, o que me deixou assustada e curiosa. Eu queria saber o motivo de tamanha devoção para Algol que ao meu ver era só mais um monstro da Anarquia.

— E então? Qual o seu nome?

— Me chamo Alastor.

— O que fará agora que suas tropas estão em menor numero? — eu fiz uma pergunta, embora que eu já soubesse a resposta.

— Continuaremos a invadir, pois obedecer Algol é o minimo que podemos fazer após o mesmo aceitar se tornar um só conosco.

— O que está dizendo? Isso é muito gay! — disse Tiago.

— Nossas almas estão ligadas, sendo assim compartilhamos sentimentos, dores e até mesmo poderes.

— Dores? E todos os feridos e mortos que estão aqui? Você esta de pé mesmo depois de tudo aquilo?

— Obvio. Lutamos por Algol, aguentar a dor é o minimo que podemos fazer depois de tudo que ele fez por nós! Irmãos ataquem com tudo que vocês tem!

— Droga, essa chuva misturado com a falta de presença dele me confundiram muito — disse Elaine se levantando.

— Julie, proteja nossas costas, eu e o resto lutaremos contra Alastor — eu falei e ataquei Alastor.

Elaine e Tiago ficaram mais a frente, pois eles tinham mais instinto pra isso do que eu, fiquei atrás e tentei desviar o foco do inimigo com flechas. Era complicado de atirar, pois o inimigo era difícil de ser notado por mim, mas ainda sim dei meu melhor. Tiago e Elaine cercaram o inimigo que mesmo tendo a habilidade de Algol não tinha um milésimo do poder dele, então rapidamente Elaine arrancou o braço dele e em seguida Tiago enfiou sua espada no estomago dele e o chutou para terminar o serviço.

— Algol, por favor Algol, nos ajude nesse momento de derrota — dizia Alastor se ajoelhando. — Algol, nos ajude de sua força!

— Alastor — disse Algol aparecendo atrás do Alastor e botou sua mão sobre a cabeça de seu aliado. — Vejo que você teve algumas dificuldades aqui.

— Sim meu senhor, somos fracos demais e não tivemos o poder necessário para isso me desculpe.

Algol pego uma pequena faca e a posicionou próximo do pescoço de Alastor.

— Alastor, terei que fazer isso por um bem maior tudo bem? Isso tornará todos os nossos irmãos mais poderosos.

— Minha vida servirá para algo então?

— Sim Alastor — ele matou seu aliado que parecia chorar de felicidade em morrer nas mãos dele. Do corte que ele fez na garganta saiu uma bola de luz branca e a guardou em seu bolso. — Agora preciso de um novo irmão. — nesse instante ele passou por entre nós e pegou Leônidas desprevenido o levantando pelo pescoço.

— Solte ele! — eu gritei e apontei uma flecha na direção dele.

— Não, a alma pura desse garoto é aquilo que eu preciso comigo — ele ajoelhou o garoto e o puxou pelo cabelo deixando seu pescoço descoberto. — Contemplem o nascimento de um novo ser.

— Não! — eu gritei. Eu tentava atirar nele, porem não conseguia, não conseguia ver maldade vindo dele mesmo vendo tamanha crueldade, eu estava ficando desesperada a cada segundo que se passava.

— Você não consegue atirar não é? Nenhum de vocês conseguem me atacar — ele falou e encostou sua faca no pescoço do garoto. — Agora contemplem o nascimento de um novo ser!

Eu atirei minha flecha, porem não o acertou. Sua faca cortou a garganta do menino, em seguida ele pegou aquela luz e colocou dentro da garganta do garoto que caiu no chão.

— Por quê? Por que eu não consigo atacar? — eu perguntei. Olhei para o lado e vi que nenhum deles conseguiu atacar, eu não entendi nada, apenas fiquei desesperada ao ver um jovem garoto morrer daquele jeito.

— Não tenho tempo para explicações — Algol falou e pegou Leônidas no colo. — Com isso encerro nossas atividades por aqui.

— O que esta dizendo? Veio aqui, fez um verdadeiro caos e vai desaparecer como se nada tivesse acontecido? — eu perguntei pra ele.

— É, é exatamente isso. Eu queria testar esses homens, no entanto ainda existem alguns erros. Esse garoto tem compatível conosco, ele é um de nós agora.

— Besteira, você esta brincando conosco não é?

— Sim, eu estou. Seres inferiores como vocês são divertidos, embora você Erika, seja especial. Julio tem um certo cuidado com você e nos é ordenado de te matar assim que possível, mas eu estou interessado demais em você, quero ver até onde você pode chegar.

— Não brinque conosco!

— Brinco, brincarei sempre… Uma vez, alguém me disse algo interessante ‘’ Você é só uma marionete nesse jogo ‘’. Então eu entrarei nesse jogo, eu irei jogar até o fim e eu acredito que se a protagonista morrer não terá a minima graça.

Eu o ataquei, porem ele me afastou com um dedo me jogando contra Elaine que me segurou.

— Eu vou matar você!

— Claro, então esperarei pelo dia que você ficar forte — em uma risada ele desapareceu. Ao nosso redor todos os homens que ali estavam também desapareceu.

Me ajoelhei em ódio, pois é a segunda vez que ele nos humilha, eu chorava de tristesa não só pelo Leônidas, mas também por ser humilhada tantas vezes. Ele teve inúmeras oportunidades para nos matar, e mesmo assim prefere falar algo sobre jogo… Leônidas era apenas um garoto e ainda sim ele teve a coragem de fazer aquilo, mas… por que eu não posso atacar ele, eu consegui antes e outra pergunta… Onde foi que eu já ouvi isso antes...?


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Notas finais do capítulo

Okay, hoje quem vai responder as perguntas é o Miguel e não o autor da história. Bye bye tiu Math.

1º Qual a idade dos personagens?
R = Nos temos idades diferentes, Elaine tem 22 e Julie 19, Erika tem 18 e Tiago 17, eu assim como todos os membros da Anarquia temos entre 24 e 28 ( O mais velho é Gabriel se contra ele), Margareth assim como o antigo rei tem 47, Nora e Izabel tem 28 e 34 (ambas são irmãs de Erika). Genbu tem 20 anos e o restante do esquadrão 30, Rafael tem 24 e minha irmã mais nova parece ter 19.
2º Por que aceitou se casar com Erika?
R = Para seguir a tradição do reino, é inegável que no começo eu não gostava muito dela, mas fui obrigado a seguir a tradição do país e assim eu fiz.
3º Você ainda ama Mikaela?
R = De certo modo ainda a amo, foi uma pessoa muito importante em minha vida, graças a ela eu sou o que sou hoje. Ela me transformou e abriu as portas para uma nova vida, sou grato a ela.
4º Por que você não conversa com suas espadas diferente de Erika que conversa com o arco?
R = Na verdade eu converso sim, no entanto não é sempre.
5º Qual a data de aniversario dos personagens?
R = Po, eu não sei a data de algumas pessoas, mas eu sei que Erika faz dia 8 de setembro (era pra ser em maio, mas o autor retardado mudou de ideia) Miguel faz dia 21 de outubro, Genbu 15 de janeiro, Elaine 13 de julho, Julie 30 de Dezembro. Meus amigos da Anarquia eu não sei, mas acho que eles nasceram em maio, agosto, e novembro. Também não sei sobre Rafael.
6º Onde você nasceu?
R = Eu acredito que tenha nascido na mansão Lumière, infelizmente não sei onde se localiza.
7º Você gosta de fazer o que no tempo livre?
R = Adoro jogar xadrez, também curto muito visitar dançarinas, mas acho que Erika vai cortar minha espada fora...

Enfim galera, obrigado por lerem o capítulo, fico feliz em saber que estão gostando

Aos fantasmas, saibam que o sistema cagueta vocês hein, to de olho! kkk
Bye bye galera, até semana que vem



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