A Cruzada escrita por DemonKingley


Capítulo 13
Miguel & Erika - Minha mestra?


Notas iniciais do capítulo

Oi povinho bonito



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— Como assim ‘’se você quiser’’? Ele realmente perguntou se eu vou seguir ele… Que ridículo, até parece que eu não vou seguir você imbecil.

Eu estava conversando sozinha em meu quarto, mesmo após dar as armas para ele e aceitar viajar, eu fiquei incomodada pelo fato dele dizer essa frase. Também fico brava por ele levar Mikaela com ele para todo lugar, é insuportavel saber que ele ainda gosta dela, mas não tem nada que eu possa fazer além de aceitar, iremos para o maior país desse continente, que por sinal é o mais avançado na questão tecnologia e magia, será incrível visitar eles.

— Vamos Erika — falou Miguel, ele estava vestindo um casaco todo preto com uma camisa branca por baixo com o emblema parecido com um raio no meio, usando uma calça jeans e uma bota com pelagem na parte de cima; ele também colocou as duas espadas em sua cintura.

— Onde pensam que vão? — perguntou Genbu. — Senhorita não deveria partir na véspera de seu casamento.

Miguel naquele momento me pareceu nervoso e levantou Genbu pelo pescoço o pressionando contra parede.

— Seu covarde, você estava lá aquele dia! Na batalha contra Ethan você estava na muralha e não nos ajudou! — Miguel pressionava o pescoço de Genbu.

— Foram ordens, eu tive ordens para ficar… — Miguel o soltou. — O rei não estava confiante na batalha e pediu para que a divisão zero continuasse nos limites da muralha! Você acha que eu não queria lutar? Seu imbecil! — ele tentou socar Miguel, onde o mesmo se esquivou e acertou uma joelhada no estomago o fazendo cair de joelhos.

— Me casarei com Erika em duas semanas, logo eu voltarei então, aguarde. Vamos Erika.

Eu passei ao lado de Genbu e dei alguns tapas nas costas dele como quem diz ‘’Boa sorte’’. Me assegurei de pegar meu arco e uma espada por precaução. Mikaela veio logo em seguida usando uma camisa preta de manga cumprida que cobria e uma calça jeans por baixo, seguido de um sapato preto. Ela foi aparentemente desarmada… Mas convenhamos que alguém como ela não precisa disso, estávamos no lado de fora do castelo mais, bem próximos do portão quando alguém veio atrás.

— Espera! — veio Genbu logo atrás. — Não posso permitir que você saia com Erika sem saber se é capaz de proteger ela.

— Ah cara, para de ser chato… Me deixa viajar em paz… É pedir muito muito só um pouco de sossego? Abandone seu amor por ela. Erika é minha mulher!

Nesse momento, eu me senti como um objeto, mas creio que foi a primeira vez que ele me tratou ou me chamou de mulher, ele disse que eu era dele, eu fiquei muito feliz e corei onde Mikaela botou sua mão em minha cabeça…

— Que fofa — ela disse.

Genbu respirou fundo.

— Eu sei que ela é sua futura esposa, mas é por amar ela que não posso deixar ela sair com alguém que não pode proteger ela — Genbu falou, ele puxou sua espada e se preparou para atacar Miguel. — Se prepare.

— Francamente… Isso é irritante — ele disse enquanto liberava sua magia que parecia uivar enquanto raios ficava em volta de seu corpo. — Você é forte Genbu, não me faça enfrentar você.

Genbu não ouviu e atacou Miguel, onde o loiro de olhos azuis de maneira inédita para mim criou vários círculos mágicos no ar e lançou rajadas de raio em Genbu que criou um escudo de gelo e lançou pilares enormes em Miguel que ainda com suas mãos no bolso fez o chão se levantar criando uma barreira de terra e em seguida essa barreira lançou vários pilares de terra no jovem de cabelos prateados e ambos os ataques se chocaram. Eu percebi nesse momento que Miguel estava diferente, usava magias diferentes e também não puxou suas espadas.

— O que foi Miguel? Não vai lutar a sério comigo? — disse Genbu aparecendo atrás de Miguel usando sua magia de se locomover entre os pilares de gelo. — Então eu ganhei.

— Já chega disso — disse Margareth. — Genbu, um capitão de divisão como você não devia se levar pela emoção.

— Eu estava prestes a ganhar, ó minha rainha — Genbu se ajoelhou. — Me permita continuar.

— Ganhar? Durante a luta, ele sequer tirou suas mãos do bolso e ainda sim quebrou sua espada — a espada de Genbu virou poeira nesse instante. — Eu entendo o que você sente, mas não se deixe levar por essas emoções. De qualquer jeito, Erika, me desculpe por não poder me despedir corretamente de você… Aqui, pegue, são plantas medicinais.

— Obrigado Margareth — eu peguei as plantas. — Agora iremos partir.

Miguel caminhou até Genbu e colocou sua mão sobre a cabeça do mesmo.

— Treine para que na próxima lutemos de igual, você é meu amigo e eu torço pelo seu futuro, mas quero que se lembre que Erika é minha e se você tentar algo estupido de novo eu mato você.

— Sim senhor — disse Genbu que tratou Miguel como um superior a ele.

— Bem, vamos indo coroa, voltamos em duas semanas — disse Miguel acenando já de costas enquanto saia pelo portão principal ao lado. — Espero que não afunde esse país até lá.

— Com quem acha que esta falando pirralho — disse Margareth que acenou de volta.

Eu corri atrás de Miguel e saímos pelo portão, fomos para o norte em direção a Goldrach, levaríamos dois dias a pé, já que Miguel é o único herói encantado do universo que não tem um e não sabe montar em um cavalo… Eu não tive oportunidades de cavalgar, e sobre Mikaela não sei muito sobre muito sobre ela.

Paramos perto de um lago, onde Miguel tirou sua roupa ficando apenas de cueca e se jogou na agua. Eu fiquei vermelha e tentei tampar meus olhos, mas era tentador… então meio que acabei olhando um pouquinho…

— O que esta fazendo Miguel? — perguntou Mikaela se sentando de baixo de uma sobra feita por arvores. — Você não devia apertar o passo para chegar rápido em Goldrach?

— Eu fiquei nove meses em coma e pelo que eu sei, não tomei banhos regularmente, deixe eu ficar um pouco a vontade… Eu preciso que você vá para Drunger e vigie de perto os movimentos dele, mas enquanto isso você pode começar a desenhar o mapa de Goldrach e se possível me passar a localização de San Lorenzo.

— É pra já.

Me sentei ao lado do pequeno rio e coloquei meus pés na agua e comecei a balançar o mesmo. Miguel parecia estar pensativo, desde que acordou, em nenhum momento parou e se manteve agitado. Ele em nenhum momento perguntou sobre o que se passou nesses nove meses… Estava curiosa, mas não queria fazer perguntas chatas como essa.

— O que é isso? — ele disse passando a mão em seu rosto. — Estou com barba é isso mesmo? Nem minha barba vocês fizeram?

— É que eu achei que você parecia mais homem e maduro com uma… Então meio que deixei assim.

— Entendo — ele passou a mão em seu rosto fazendo a barba desaparecer. — Mas ainda acho que fico melhor sem — acrescentou sorrindo.

— Sim, é mesmo.

— Hm… mudou de ideia é? — ele me puxou pela perna me jogando na agua.

— Não! Minha roupa!

Ele sorria tão de maneira tão bela que eu não podia ficar brava, então apenas mergulhei e em seguida sai do pequeno rio, peguei uma outra roupa e fui para trás da arvore em que Mikaela estava encostada desenhando o mapa e comecei a trocar de roupa.

— Francamente, parece que estão se divertindo bastante — Mikaela falou, ela estava focada em seu desenho. — Parece que realmente não posso mais fazer Miguel ser meu, você venceu.

— Eu venci? O que eu venci?

— Você é realmente ingenua né? Bem, cuide bem dele por mim — ela colocou o desenho em baixo de minha mochila. — Miguel, irei na frente! — gritou Mikaela.

— Já? — ele saiu do rio e correu na direção da mesma a dando um abraço. — Obrigado, se cuida ta bem?

— Me cuidar… Esqueceu de quem esta falando? Enfim, manterei informado se algo acontecer. Se cuidem.

Ela se foi com um ultimo tchau. Miguel se vestiu e logo em seguida continuamos a caminhar pela floresta. Sons de pássaros podiam ser escultados, e pouca luz chegava até nós, era chato e me incomodava. Os passos pelas folhas secas no chão fazia um dos poucos barulhos em nossa caminhada.

— E então, esta tudo bem com você? — Miguel disse para mim tentando quebrar aquele silêncio. — Digo, é sua primeira vez fora da fronteira correto?

— Sim, nunca fui tão longe de Anya… Estou um pouco nervosa, mas isso vai ser bom pra mim. Irei ganhar uma grande experiência em minha vida.

— Quem sabe assim se torna uma boa dona de casa — ele começou a rir.

— Rainha!

— Precisa de peitos também.

— Eu tenho peitos!

— Claro que tem, só são pequenos.

— Imbecil.

— Idiota.

— Babaca.

— Tabua.

— Pinto pequeno.

— Oh, não fala do meu príncipe — ele falou, uma pequena adaga voou na nossa direção, porem Miguel a pegou com seus dedos.

— O que foi isso? — eu perguntei um pouco assustada.

— Não sei, mas parece que tem algo em torno de dez pessoas nos observando.

Aquelas pessoas vestidas de preto eram rápidas e saltavam entre as arvores, duas adagas voaram em nossa direção onde Miguel as jogou de volta atingindo dois inimigos. Eu peguei meu arco e atirei minhas flechas, porem não o suficiente para matar e consegui derrubar mais cinco. Meu futuro marido criou círculos mágicos e lançou rajadas de raio derrubando outros dois que rolavam de dor no chão.

Aquela pessoa começou a rodar em volta de Miguel saltando entre as arvores em alta velocidade onde o loiro ficou visivelmente irritado.

— Miguel! — eu falei enquanto o inimigo o atacava pelas costas.

— Ah, que saco — ele disse e levantou o inimigo pelo braço. — Quem diabos são vocês?

— Parece que continua forte, Sr. Miguel — ele retirou o pano que cobria seu rosto e se mostrou uma criança de aproximados quatorze anos. Ele tinha pele morena assim como o cabelo e seus olhos eram azuis.

— Arthur? Nossa, como você cresceu — Miguel falou, ele colocou o jovem no chão e passou a mão no cabelo do mesmo. — Fiquei sabendo que se tornou o líder de sua tribo. Parabéns.

— Líder, quando peguei o arco tinha varias pessoas que eram daqui… É dessa tribo?

— Agora que você falou… O que aconteceu lá Arthur? — perguntou Miguel.

— Ultimamente estamos sofrendo ataques de um grupo de bandido, faz dois anos que estamos encurralados e não conseguimos fazer nada… Eu pensei que se tivesse o arco poderia expulsar eles, mas foi um completo desastre.

— Entendo, sua causa foi justa.

— Também tenho que dizer que estão levando nossas mulheres e logo minhas irmãs serão levadas também, não sei até quando conseguirei esconder elas.

— Eu ajudo você, em troca quero algumas informações com suas irmãs.

— Recuso!

— Qual é…

A gente foi caminhando pela floresta até nos encontrarmos com a tribo dele, era bem construída e organizada, ficava no meio da floresta e continha vários postos para arqueiros em cima das arvores. Entramos em uma cabana onde tinha gemeas sentadas fumando dois grandes charutos.

— Olá Miguel, a quanto tempo — disse uma das irmãs.

— Olá Diane, você também Lilith, é um prazer ver vocês novamente.

Diane e Lilith eram iguais, porem se diferenciavam dos demais, pois seus olhos eram dourados. vestiam a mesma roupa, então não faço ideia de como Miguel as diferenciou, elas pareciam ser mais velhas que seu irmão com uma idade próxima a minha.

— Veio brincar conosco? — perguntou Lilith. — É o único motivo de sermos visitadas.

— Não tenho dinheiro para isso, por isso eu vim pedir um favor.

— Você não precisa pagar seu bobo, diga logo o que é.

— Quero informações sobre Aldebarã e Antares, vocês tem conhecimento disso correto? — perguntou Miguel abaixando sua cabeça. — Eu preciso aprender para derrotar Ethan e sua técnica divina.

— Antares, o sol que presenteou a terra com a confiança, os sonhos de cada Lilins, os desejos íntimos e objetivos de cada um — respondeu Diane sentando no colo de Miguel. — Também atribuído a criação.

— Lilins? — eu perguntei.

— São todas as raças conscientes na terra — respondeu Miguel.

— Aldebarã, o sol que presenteou a terra com a capacidade de liderar, seus objetivos requer apenas na gestão de um verdadeiro líder e poder — disse Lilith também sentando no colo de Miguel. — É conhecido como a balança entre o bem e o mau, pode ser declarado como criação ou destruição — ela sussurrou na orelha de Miguel.

— Ta faltando alguma coisa… Quando eu enfrentei Gabriel, teve alguma coisa que eu deixei passar…

Miguel parecia não se importar com ambas as mulheres e estava pensativo, mesmo que ele tivesse ficado em coma, foi como se na verdade ele estivesse acordado, buscando informações, aprendendo. Ele parece determinado a achar respostas.

— Obrigado meninas — ele as encarou, onde as mesmas ficaram vermelhas e saíram do colo dele.

— Não nos olhe assim… é covardia — disse Lilith. — Esse olhar…

— Vamos Erika — Miguel se levantou. — Temos uns bandidos para derrotar.

— Certo — eu disse me levantando da poltrona.

— Obrigado garotas.

— Volte mais vezes — Diane falou.

— Pode deixar.

Caminhamos para fora daquela grande tribo e fomos acompanhados pelo Arthur que nos levou até os acampamento dos bandidos, onde os observamos a distancia.

— Tem algo em torno de duzentas pessoas ali, nossas mulheres ficam naquela barraca mais em cima — disse Arthur. — Não temos como combater aquelas armas de fogo deles.

— Eles são de Goldrach, essas armas são deles… Deixe comigo — disse Miguel, no mesmo tempo tirei meu tapa olho e atirei varias flechas matando todos os inimigos em um segundo para a surpresa de todos.

— Erika? — me olhou Miguel surpreso.

— Que é? Fiquei nove meses esperando — eu respondi guardando o arco. — Vamos, deixei um vivo.

Miguel pareceu não gostar do que eu fiz, até porque matar não é algo tão simples, principalmente quando é em grande quantidade, mas para mim que viu meu pai morrer, matar uma escória como eles não faz diferença.

— De onde vocês são? — perguntou Miguel querendo confirmar o país de origem deles.

— Viemos de Barradur em Goldrach, somos da favela, por favor, tire essa flecha de meu ombro — ele implorou no chão.

— Barradur seria a favela correto? — perguntou Miguel afundando mais ainda a flecha no ombro do inimigo que gritava em dor.

— Sim, viemos da parte mais pobre do reino, fomos esquecidos pelo rei e lá não tem regras, prostituição, drogas e trafico de crianças estão reinando o lugar.

— Trafico de mulheres também pelo visto, pretende transportar essas amazonas para lá e ganhar um dinheiro não é? Arthur me estimou algo em torno de duzentas mulheres, mas aqui só tem cinquenta, as outras já foram transportadas?

— Sim, sim, elas já foram, eu ganhei muito ouro me desculpa… — ele estava dizendo enquanto Miguel tirava a flecha do ombro dele. — Obrigado mano, obrigado… — ele dizia pausadamente enquanto Miguel fez um circulo magico sobre a cabeça dele e um forte trovão o acertou o queimando por completo.

— Droga Arthur, e agora? O que pretende fazer? — perguntou Miguel.

— Irei para Barradur, é meu povo e

eu preciso protege-los, mesmo que isso comece uma guerra.

— Você não pode ganhar de simples bandidos e quer começar uma guerra contra um país? — Miguel deu uma risada. — Idiotice. Bem, vamos indo Erika, estamos próximos de Goldrach, poderemos chegar ao amanhecer se partimos essa noite.

— Miguel, nos ajude a derrotar Barradur! Por favor! — exclamou Arthur.

— Não, elas já se foram. O mundo é cruel Arthur, sua liderança não foi o suficiente para ajudar seu povo, que sirva de lição para você e que isso não volte a se repetir.

Arthur se ajoelhou e começou a chorar por saber que não conseguiu salvar a todos, ele é jovem, uma criança e já o líder da tribo, é normal que ele sofra muita pressão e que se ache impotente, mais novo que eu e já é considerado um líder, a pessoa onde todos apóiam e colocam fé.

— Não chore — eu me ajoelhei também e o abracei. — Você fez bem, tentou, em todo momento lutou pelo seu povo, mesmo em desvantagem esteve pronto para proteger sua tribo arriscando tudo. Não chore, sorria e comande sua tribo para a virtude.

Ele me abraçou também e chorou muito em meus ombros, eu entendo que Miguel não quis ser grosso, muito pelo contrario, ele mostrou que nem sempre se pode ter vitoria e para ele que perdeu a pessoa que mais admirava, meu pai, é normal que ele saiba o que Arthur esta sentindo, a sensação de ser incapaz, de ser fraco e não conseguir o poder necesssario.

— Vamos Erika, precisamos ir.

— Estou indo Arthur, quando nos virmos da próxima vez, espero que essa tribo seja tão grande a ponto de se tornar um país — eu o soltei e me levantei seguido de um forte sorriso. — Então sorria — me virei e fui logo atrás de Miguel.

Caminhamos muito até chegar em San Lorenzo, a maior cidade do país. A cidade era armada. Tinha canhões em todos os edifícios mais altos e muitos soldados marchavam pelas ruas. Muitas lojas e crianças brincando, além de muitas casas.

— Aqui é bem bonito né?

— Sim — eu respondi. — O que são aquelas coisas que os guardas seguram? E aqueles canhões? Eles são tão diferentes…

— As armas são chamadas de Rifle, era atira uma munição de chumbo e bem mais mortal que um arco. Os canhões são de longa distancia, foi construída por navegantes de outro continente, não se sabe muito, mas ao que eu sei ele atira magia em grande escala e é a arma mais mortal do nosso continente.

— Incrível, eles são realmente muito avançados.

— A gente precisa descansar, esse motel parece bom… Vamos? — ele perguntou apontando.

— Tudo bem, estou bem cansada, acho que dormir agora seria bom.

Subimos e entramos em nosso quarto. Tinha somente uma cama, um banheiro e uma poltrona. Era confortável e limpa, parece que eles cuidam bastante da higiene do local. Eu fui tomar um banho e Miguel foi logo em seguida. Deitamos para dormir, onde ele se virou para mim.

— Me desculpa — ele disse.

— Por quê?

— Eu pedi pra me esperar, e isso foi a dez meses… Esta esperando mais do que devia.

— Esta se desculpando mesmo? Gente, não acredito que você é tão humano a esse ponto.

— Que monstro você acha que eu sou?

— O do tipo que fingi não se importar, mas no fundo se importa, protetor, mentiroso e irônico e falso moralista… é, no fundo é gente boa — Eu o beijei. — Acho que é por isso que eu amo você — eu subi em cima dele onde começamos a nos beijar.

Ele passou seus braços em minhas costas e subiu por entre meu cabelo retirando minha camisa, estávamos quente, nos amando, muito provável passaríamos dos limites se uma pessoa não arrombasse a porta com um chute.

— Como ousa me ignorar o dia todo seu miserável? — disse a mulher de aproximadamente quarenta anos, tinha pele morena e cabelos encaracolados que desciam até sua cintura.

— Mestra?

— Sim sua mestra seu imbecil, e como se não bastasse você ousa trazer uma mulher para esse motel barato? Cade seu cavalheirismo?

— Na verdade eu não me importo — eu disse para ela tampando meus seios com uma coberta.

— Como se não bastasse ela é só uma criança! — ela gritou.

— Não a chame de criança, ela é minha noiva. Mudando de assunto, o que faz aqui em San Lorenzo? E melhor, como assim ignorar o dia todo?

— Se vistam, conversaremos lá fora.


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Notas finais do capítulo

Preciso informar que estou saindo de viagem, e que talvez eu demore para responder os comentários... Me desculpem por isso, mas prometo que quando voltar (segunda) responderei todos.

Se alguém tiver duvidas, como já disse, é bem vindo. E aproveito pra dizer que críticas são bem vindas.

Ps: Bye bye, love you (até os fantasmas) até semana que vem.



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