First Date escrita por Ametista


Capítulo 2
2º: SuFin


Notas iniciais do capítulo

SIM EU SEI QUE TENHO UMA ONE DESSE CASAL MUITÍSSIMO OBRIGADA BRASIL
Só que foi o mais pedido se não me engano, E COMO MEU DIRIA NÃO PROS MEUS BEBÊS?
Espero que gostem desse!
Música do cap: https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA (HUAHUAHUAHUA amo)



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Eles já se conheciam há muito tempo. Nutriam um sentimento pelo outro em segredo, apesar de que parecia muito óbvio quando se encontravam. Berwald corava, e não conseguia encará-lo nos olhos sem se perder neles. Pareciam a cor do céu: não é exatamente azul, nem roxo, mas é lindo. Tino não podia ficar muito tempo perto do outro. Era como se seu cérebro literalmente desligasse, e nada do que ele falava fazia sentido. Não conseguia raciocinar direito, e se sentia estranho, como se tivesse borboletas na barriga e qualquer coisa o faria rir.

Depois de um certo tempo procrastinando, nenhum dos dois podia aguentar. Ambos tiveram a mesma ideia, no mesmo lugar, e no mesmo dia. No mesmo momento, se levantaram de suas cadeiras no trabalho, correram até dois elevadores em lados opostos do prédio e saíram em frente ao lobby.

“Tino?”

“Berwald?” perguntaram, quase ao mesmo tempo. “E-eu, hã..eu..você..” balbuciou o menor, nervoso, e como sempre, não conseguia juntar as palavras.

“É..então..você..” Berwald também não formava uma frase. Já tinha se perdido no rosto do outro, ou melhor, nos lábios. Eram pequenos, mas pareciam tão macios..não conseguia evitar em pensar neles.

Tino balançou a cabeça, tentando sair do transe em que se encontrava, e se aproximou do outro, que ainda o encarava fixamente. Tem algo de errado comigo? Pensou, engolindo em seco. Esperava que não.

“Eu...Eu queria te perguntar se, talvez..bem, se você quer sair comigo.” Ele disse, mordendo o lábio inferior e encarando a parede. Suas bochechas começaram a arder assim que terminou a frase, mas não podiam nem ser comparadas às de Berwald.

“H-hã, eu..eu q-quero..” gaguejou, acenando com a cabeça como se o outro não tivesse captado a mensagem. Tino sorriu, e Berwald também.

“Então é um encontro! Às 7?” disse o finlandês, num tom mais relaxado do que o anterior.

“Às 7.” Confirmou o outro. “Aonde exatamente?”

“Isso você vai ter que esperar pra ver!” Respondeu Tino, entusiasmado com a simples ideia de ir a algum lugar com ele. No fundo, sabia que ele aceitaria, mas não achou que seria logo na primeira vez. “Eu te pego em casa.”

“E-Em casa? Você..sabe onde eu moro?” Perguntou Berwald, um pouco atônito.

“Acho que sei. M-Mas não estive seguindo você, isso não!” Acrescentou, voltando a corar. Berwald fez que sim com a cabeça.

“Certo..às 7.”

Tino não queria ter de esperar até as 7. Rodava os ponteiros do relógio, como se isso fosse adiantar alguma coisa. Tantas ideias passaram por sua cabeça..algumas eram simplesmente absurdas, como levá-lo numa limosine, ou pedi-lo em casamento naquele encontro. Eu mal o conheço, qual é meu problema? Isso é normal, certo? Quando se gosta de alguém, você..eu acho..

Acabou por escolher um restaurante. Teriam um show ao vivo de metal lá, e Tino adorava. Ele tem cara de quem vai gostar.

Pegou o carro, e foi até a casa do sueco. Sabia mesmo onde era, mas só por que eram vizinhos. Não que Berwald soubesse, mas o outro morava uma rua abaixo da sua.

Assim que Berwald entrou no carro, Tino teve um mal pressentimento. Estava escutando música, e pelo pouco que ouvia através dos fones, definitivamente não era metal. Ah, não..

“Desculpe a demora.” Berwald disse, um pouco envergonhado, e colocou o cinto. Tino deu de ombros.

“T-tudo bem.” Gaguejou, ainda nervoso por causa do encontro. Certo, não poderiam ir ali. Opções..hã..o restaurante perto da praia. É, vou pegar a estrada até lá. Decidiu, e partiu para lá. Berwald não fazia ideia do que o outro tinha em mente, mas não se lembrava desse caminho.

O trânsito não estava a favor deles. Tino nunca foi um motorista paciente, mas dessa vez, teria que ser. Não comece a xingar, não comece a xingar, não come-

Os pensamentos repetidos de Tino foram interrompidos por alguma coisa que acertou a traseira do carro. Respirou fundo, e sentiu o caro levantar atrás. Não pode ter estragado muito, por favor..

“Hã..você sentiu..?” Berwald perguntou, e Tino fez que sim com a cabeça.

Saiu do carro. O sueco ficou no banco, um pouco confuso com tudo isso. A traseira estava completamente amassada, com uma moto meio-enterrada no porta-malas. Tino estava à beira de um ataque de nervos. Isso deveria ser um encontro, mas agora, nada parecia estar dando certo pra eles.

“Q-quem é o dono da moto?” Perguntou, com um tom trêmulo na voz. Não estava gritando, ou pelo menos por agora. Ninguém apareceu. Berwald saiu do carro, e empalideceu com a visão da traseira do carro. “T-tudo bem, Ber, pode v-voltar pro carro! E-eu arrumo isso, juro!”

“Tem certeza que..”

“TENHO!” Gritou Tino, e engoliu em seco, Berwald não parecia horrorizado, mas agora já tinha começado. Conseguia sentir as lágrimas escorrendo, e mal se sustentava em pé. Caiu de joelhos, chorando alto. Os motoristas voltavam pelo caminho, e o carro deles sobrou.

“T-Tino, você..”

“E-eu estou bem, juro..é só que..” Disse, entre soluços. Berwald se ajoelhou também, e foi a gota d’água. “Isso..isso deveria t-ter sido um encontro..eu só..eu só queria que você estivesse feliz, mas agora-“

O monólogo foi interrompido por um abraço apertado de Berwald. Tino arregalou os olhos, corando, e parou de chorar quase imediatamente. Evolveu a cintura do sueco, quase encharcando a blusa do outro com o que restava no próprio rosto.

“Você tenta demais.” Ele disse, e Tino fez que sim com a cabeça. “Obrigado.”

“E agora..o que a gente faz, Berwald? Deita na praia e suja a roupa de areia?” perguntou, num tom irônico, mas ficou surpreso com a reação que recebeu.

“Pode ser.”

Os dois passaram um tempo até longo na praia. Nem bonita era: ficava na beira da estrada, e a maré chegava até o asfalto quando enchia. Mesmo assim, Tino não queria sair dali. Se sentia melhor lá, perto do outro, encarando ora as estrelas, ora os olhos azuis dele.

“Ei, Berwald..” disse, quase sussurrando. Estavam os dois deitados na areia molhada, abraçados como se fosse a enésima vez que aquilo acontecia.

“Hm?”

“Esse foi um bom encontro.” Disse Tino, sorrindo, e fechou os olhos. “Podemos vir aqui mais vezes?”

“Nem se me pagarem eu passo por aquele trânsito de novo.” Respondeu o sueco, e Tino riu. “Na próxima, vai ser uma praia de verdade.”

“Mas eu gostei dessa aqui.” Resmungou o menor. Berwald ergueu a sobrancelha por um segundo, e tornou a fechar os olhos.

“Então voltamos. No sábado, às 7?”

“Às 7.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado >////



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