First Date escrita por Ametista


Capítulo 3
3º: PruAus


Notas iniciais do capítulo

ME PEDIRAM ESSE NO PRIMEIRO E SEGUNDO CAPÍTULO, E EU QUERIA MAIS ÁUSTRIA NESSA FIC :V
Espero que gostem! Esse não foi lá um encontro intencional, MAAAS considerável XD
Música: https://www.youtube.com/watch?v=IlOH_i9cwnc
(Julgue-me, mas eu gosto dessa versão :v)



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Os dois tinham brigado pela quinta vez só naquela semana. Roderich não aguentava mais ficar em casa, sendo obrigado a ouvir tantos gritos da parte de Elizaveta, e não importava o que ele dissesse, ela não parecia ceder. Saiu. Foi até um pub, em sua opnião muito “meia-boca”, mas qualquer coisa serviria se não tivesse de ouvir gritos alheios o tempo todo. Claro, ele também tinha gritado. Muito, até. Mesmo assim, Roderich tinha escutado mais do que feito. Não é justo assim! Eu pelo menos podia gritar um pouquinho, pra acabar com esse estresse..eugh, as pessoas aqui cheiram a cerveja..ótima ideia, Roderich. Escolher o barzinho de esquina foi simplesmente genial. Pensou, encarando a parede como se a culpa fosse dela. Tentou pedir alguma coisa não-alcóolica, mas não tinham.

“Isso é um absurdo! E quanto a mim, e os outros, que não conseguem virar essas canecas de cerveja, hein? Ficamos excluídos?” perguntou ao barman, cruzando os braços. O mesmo assentiu.

“Ora, você e esses mariazinhas que não venham aqui.” Respondeu, coisa que não ajudou muito o já mal humorado austríaco.

As coisas já não pareciam estar indo tão bem, mas sendo um pessimista profissional, Roderich sabia que ficariam piores. E, de fato, ficaram: minutos depois do argumento, Gilbert entrou no pub, com um ar entusiasmado.

“Ah, NÃO. Você não.” Resmungou o austríaco, virando os olhos e debruçando sobre a mesa. “Eu quero uma cerveja. Só pra esquecer disso aqui.”

“Roddy! Mein gott, encontrar você aqui só pode ser alguma armação. Sério mesmo? VOCÊ bebendo?” perguntou Gilbert, com um sorriso brincalhão, e bagunçou o cabelo do austríaco, que inspirou profundamente, já ameaçando perder a calma. “Ei, Karl, eu quero uma caneca inteira, porque eu AGUENTO.”

Roderich riu, e olhou o outro com escárnio.

“Acha mesmo que isso vai me irritar, Gilbert? Sério?” Perguntou, num tom de deboche. O prussiano fez que sim com a cabeça, como se não conseguisse notar o tom de voz do outro. “...Gilbert, você sabe que isso é sarcasmo, certo?”

“Ja, claro que sei. Eu nunca seria tão idiota, não sou você.” Retrucou, com o mesmo sorriso brincalhão. Roderich se sentou mais ereto, colocando uma mão no próprio peito.

“E-ei! Com licença, você sabe MUITO bem que eu sou o mais intelectual aqui, Gilbert. Faça-me o favor. Eu tento ler todos os dias.”

“Tenta ler? E não consegue?” Zombou o prussiano, e começou a rir um tanto alto. Roderich sentiu a pálpebra pular por um segundo. Sempre tinha tiques quando ficava nervoso.

“Consigo sim. E aposto que consigo aguentar mais cerveja que você.” Disse. Todos no bar se viraram para ele. Gilbert ia lá regularmente, e eles sabiam que bebia bastante. Roderich, do outro lado, nunca estava lá.

“Fechado, garotinha. É uma aposta!” Disse Gilbert, e bateu o punho no balcão com força. Roderich engoliu em seco. Pouco depois, chegaram as duas canecas, cheias de cerveja. Gilbert não hesitou, e logo começou a virar a sua, para o horror do austríaco, e se afastava um pouco sempre que via alguma coisa escorrer pelo pescoço do prussiano. Roderich olhou para a caneca, hesitante. Sabia que não agüentaria inteira, ou ao menos não ficaria sóbrio até o final. Vamos logo com isso, Roderich. Você não vai perder uma aposta para esse idiota.

Logo no primeiro gole, Roderich sentiu a garganta queimar, e se inclinou tanto em cima do balcão que parecia que ia desmaiar. Gilbert ainda tomava a própria, sem parar. O austríaco respirou fundo, e decidiu entorna-la também. Sua garganta parecia pegar fogo, e tinha uma vontade enorme de tossir. Sentia o corpo todo esquentar rápido, e o teto se mexia em seu olhar.

“Ah..E então, Roddy? Mais uma?” Perguntou Gilbert, batendo a caneca no balcão, com força. Roderich terminou, e tentou se manter sentado sem cair. Tudo parecia rodar por um segundo, e quando voltou a focar a visão em alguma coisa, era o rosto do prussiano. Não conseguia parar de encarar, e Gilbert até corou com isso. “Hã..Roddy..?”

“A-ah..sim..” respondeu, com a voz arrastada. Gilbert riu, e pediram mais duas canecas.

À essa altura do campeonato, Roderich não sabia mais o que estava fazendo. Sentia uma vontade enorme de dormir, e ao mesmo tempo queria muito mais..contato físico. Se dissesse isso em casa, com certeza receberia muitas risadas de Elizaveta, e um tapa na cara por ser “tão esquisito”. Notícias de última hora, Roderich Edelstein queria contato físico. Em qualquer outra ocasião, só pensar nisso o faria comprar álcool gel.

Gilbert também não estava em seu melhor estado. O rosto agora estava vermelho, e ria à toa. Estava mais alegre do que o normal, e por algum motivo, isso fazia Roderich querer agarrá-lo bem ali. Estavam competindo sobre o que? O austríaco já não fazia ideia. Encontrava-se focado no rosto do prussiano, tentado a beija-lo bem ali, e quem sabe até mais. Não restava uma parte do Roderich que cruzaria os braços e entraria em pânico só de pensar.

“..Gilbie?” disse, num tom de pergunta, se inclinando no outro. Gilbert não parecia se importar.

“Hmm?..”

“Você..você é legal, Gilbie..” resmungou Roderich, e enroscou os braços no pescoço do outro. Gilbert riu.

“´Claro que sou, Roddy! Você..eu gosto de você também, Roddy.” Disse, sorrindo, e Roderich sorriu também, com um olhar meio grogue.

“Gilbie..seria tão engraçado se..se a gente se beijasse..né?” perguntou o austríaco, e riu. Gilbert assentiu.

“Aham..” disse, e puxou o austríaco para perto, levando as mãos ao cabelo dele e rindo de novo. “Roddy..?”

Roderich não respondeu, só o beijou, um tanto mais apaixonadamente do que deveria, mas fazendo uma bagunça enquanto isso, derrubando copos do balcão, e quase caindo da cadeira. Gilbert o beijava de volta, rindo enquanto isso, como se fosse alguma piada.

“Roddy..isso é um encontro?..” resmungou o prussiano, separando o beijo e se inclinando contra o peito do outro.

“Mmhmm..” assentiu Roderich, sorrindo. “Encontro...”

Na manhã seguinte, um Roderich com uma enorme dor de cabeça e confusão acordou em casa, na banheira, com o celular em mãos. Recebeu uma mensagem. Para que o celular parasse de disparar Flight of the Bumblebee, resolveu ler.

“H-HÃAA?!” O austríaco quase gritou, atônito. Era uma foto mal-tirada de Gilbert e ele mesmo, num beijo um tanto intenso, no chão do pub, com as cadeiras caídas no canto. As bochechas de Roderich coraram tanto quanto estavam na foto. “E-eu..eu fui num encontro com..” disse, assustado, e recebeu outra mensagem. Era de Gilbert.

Nunca mais mencione isso, Roddy. NUNCA MAIS.

Tapinha na cabeça,

O incrível eu.

E não vou mencionar.. pensou o austíaco, antes de cair no sono naquela banheira, e sonhar sobre alguém. Sobre Gilbert Beilschmidt.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Foi bem divertido escrever essa, admito XD



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