A seleção - Interativa escrita por MisteryGirl


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Como estão meus leitoles favolitos de todo o planeta? *Fazendo voz como se estivesse falando com bebês* Tá bom, parei!
Cheguei com mais um capítulo para vocês selecionadas. Como algumas de vocês pediram, falei um pouco sobre Michael e Stefan.
Estão curiosas para saber o que aconteceu entre Cristoph e Johana?
Lá embaixo colocarei algumas perguntas para as SELECIONADAS.
*Desde já peço perdão pelos erros, não tive tempo de revisar (minha semana de provas começou).

Angie, obrigada pela recomendação, saltitei de tanta alegria quando vi.
Bjos de arco-íris!



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Johana olhava para Cristoph com os olhos arregalados e ele a fitava com olhos cheios de raiva. Ela abria a boca para falar, mas se arrependia logo em seguida. Ela sabia que tinha machucado gravemente o primo e não sabia o que dizer em relação a isso para se desculpar. Sabia que talvez Cristoph não a perdoasse pelo que tinha dito, pois Alissa era o que ele tinha de mais precioso e infelizmente ela foi tirada dele, e agora ela tinha acabado de falar coisas grosseiras em relação aos sentimentos dele pela noiva.

Ela sabia que o que tinha falado passou uma impressão diferente – e pior – do que ela queria realmente passar. Pois ela nunca aprovou o casamento do primo por ser apegada a ele desde que era pequena, pois Cristoph sempre deu atenção e carinho a ela. Atenção essa que ela nunca conseguiu nem do próprio irmão – que era muito tímido e que sempre teve dificuldades para demonstrar os sentimentos.

Depois que começou seu relacionamento com Alissa, Cristoph deixou Johana totalmente de lado. E ela, claro, ficou com ciúmes por não receber dele a mesma atenção que antes. Johana nunca odiou Alissa, mas ela nunca aceitou o noivado deles. Para ela, Alissa era apenas uma falsa querendo ganhar a coroa as custas do primo.

Ela ainda continuava calada e pálida quando Cristoph caminhou para perto dela e a segurou pelos ombros.

– Vai! Repete o que você falou da Alissa. – Gritou ele enquanto a sacudia.

– Cristoph, me des... – Johana tentou falar enquanto as lágrimas ameaçavam cair de seus olhos.

– Nem comece. – Cristoph a interrompeu friamente.

Ele a soutou, pois acabaria machucando-a de tanta raiva que sentia se continuasse a segurá-la. Virou-se costas e fechou as mãos com força.

– Lisandro, acho melhor você levá-la para outro lugar – disse Daniel para apaziguar a situação – Preciso conversar com meu irmão.

Os soluços do choro de Johana ficavam cada vez mais constantes a medida que as lágrimas molhavam seu rosto.

– Ela não vai sair daqui enquanto não me dizer porque falava de Alissa. – Cristoph virou-se para Johana novamente – ainda estou esperando, Johana.

– Eu sinto muito. Não queria magoar você... – começou ela, mas foi interrompida outra vez.

– Não foi isso que eu lhe perguntei – ele cruzou os braços. – Você ao menos sabe o que é amar? Imagino que sim, já que falava dos meus sentimentos.

Johana não lhe deu nenhuma resposta, apenas enxugou as lágrimas do rosto e tentou ao máximo não deixar que as lágrimas caíssem novamente.

Diante do silêncio dela Cristoph prosseguiu.

– Acha que só porque ela não está mais aqui tenho que esquecê-la? Entendo que você nunca gostou do fato de ela ser minha noiva, mas isso nunca foi da sua conta, então você não tem que se meter na minha vida. E muito menos sair falando dos meus sentimentos por aí.

– Só não acho que ela era suficiente para você – Johana falou tomada pela raiva que começava a crescer dentro de si.

Ela não aceitaria as provocações de Cristoph, já sabia como ele era frio quando estava com raiva e não se daria por vencida em suas provocações.

– E quem é suficiente para mim? Você? – Cristoph soutou uma risada provocativa – Faça-me o favor Johana.

– Não estou dizendo isso. E faça-me o favor você e deixe de ser babaca, porque eu não vou cair nas suas provocações.

– Pelo amor de Deus, parem vocês dois! – Daniel se manifestou – Não sei se vocês perceberam, mas hoje é um dia importante para mim e não quero brigas entre vocês dois. Linsandro, tire Johana daqui, agora.

Lisando, que estava apenas observando a discussão quieto, levantou-se da cadeira e puxou a irmã tirando-a da cozinha. Crsitoph continuava de braços cruzados e de cara fechada.

– O que deu em você? – Daniel perguntou ao irmão.

– O que deu em mim? Você por acaso não ouviu o que ela falou da minha noiva?

– Sim, ouvi. Também não gostei da forma que ela falou da Alissa, mas você não precisava ser tão grosso com ela. Pelo amor... – Daniel pousou uma mão na cintura e passou a outra pelo cabelo –Ela só tem quinze anos! Aposto que ela nem tem noção das coisas que falou.

– Não vou permitir que ela fale da...

– Tudo bem, eu já sei. – Daniel o cortou – Mas tenta se controlar, pelo menos, e não trate a Johana daquela forma de novo, ela é apenas uma garota ingênua. E ainda é minha prima favorita.

Daniel passou o braço pelo ombro do irmão e ficou encarando Cristoph de forma provocativa até ele ceder e dar um pequeno sorriso.

– Você deveria treinar mais esse seu olhar sedutor, ele é muito fraco. – Cristoph resmungou.

– Ah, mas você cedeu a ele. Isso significa que funcionou.

Daniel voltou a pegar o copo que tinha deixado em cima da mesa e foi até a geladeira para pegar uma jarra de água.

– Eu só sorri porque você ficou olhando pra mim com – Cristoph olhou para os lados conferindo se tinha alguém por perto – essa cara de bunda – completou.

– E você ainda continua sendo um bastardo metido.

Depois de mais alguns minutos cada um voltaram para seus devidos afazeres – Daniel voltou para a sala de reuniões e Cristoph continuou irritado com o que Johana havia dito, mas tomou cuidado para não deixar transparecer aquilo que sentia e decidiu esvaziar sua raiva de outro modo.

***

Michael e Stefan estavam no jardim conversando sobre algo que nunca se cansavam. Garotas. Dificilmente se viam, mas quando o faziam aproveitavam o tempo juntos para falarem das últimas garotas com quem haviam ficado. Eles eram os típicos “cavalheiros” descarados que não se apegavam a nenhuma garota.

Os dois eram filhos de imperadores de países aliados a Illéa e se tornaram amigos ainda na infância em uma das festas dadas no castelo, onde também conheceram Daniel e Lisandro. Os quatro se tornaram amigos praticamente espontaneamente, apesar de serem totalmente diferentes em personalidade.

Lisandro era o mais quieto e calado do quarteto. Até onde sabiam, ainda não tinha dado, nem sequer, o primeiro beijo. Mas isso são apenas rumores, diz ele toda vez que tocam no assunto.

Daniel sempre foi o mais centrado, mas não era como Lisandro. Como príncipe, ele nunca pode chamar muita atenção, mas sempre se juntava com Michael e Stefan quando encontrava brechas. Ele sempre foi meio a meio.

Os outros dois nem precisa falar. Estão sempre se metendo em encrencas quando estão juntos. Se não morassem em países diferentes daria até para se dizer que são irmãos.

– Cara, quando ela se jogou em cima de mim eu não consegui resistir àqueles dois melões, se é que você me entende – Michael falou para Stefan.

– Você é louco! Ficou com a garota sem nem saber o nome dela? – Stefan perguntou sorrindo.

Michel assentiu enquanto dava um gole em sua bebida.

– Não gosto de mulheres oferecidas, elas são vulgares demais. – Stefan continuou.

– Mas são gostosas, isso é o que vale.

Stefan balançou a cabeça em desgosto para o amigo. Eles pararam de conversar sobre o determinado assunto quando Lisandro chegou com Johana na mesa. Ela estava com os olhos vermelhos e de cara fechada.

– Não preciso de babá, idiota. – cuspiu Johana para o irmão.

– Nós não estamos em casa, Johana. Comporte-se – Lisandro falou para a irmã calmamente.

– O que aconteceu com a esquentadinha? – Michael perguntou.

– Falou demais, como sempre. – Lisandro respondeu.

***

A noite havia caído tão depressa quanto Daniel esperava. A reunião tinha sido calma e acabou rápido por causa da chegada das visitas, o que foi um alívio para Daniel e os conselheiros.

Antes de Daniel sair da sala de reuniões o rei pediu para que ficasse mais alguns minutos e lhe informou que o último lotes de selecionadas tinha sido entregue ao castelo pela manhã. Os dois seguiram para a sala onde as fichas das selecionadas estavam sendo guardadas e o rei pediu para que o filho sorteasse as trinta e cinco garotas que seriam apresentadas no Jornal oficial dois dias depois.

Daniel ficou surpreso, pois ainda não sabia que teria que escolher as fichas de forma tão inesperada. Ele puxou os envelopes voluntariamente e depositou todos dentro de uma cesta. Preferiu não ver nenhuma das fichas, achou que não seria justo e preferiu esperar para conhecer todas junto com o público, no Jornal Oficial.

Agora, Daniel estava em frente ao espelho terminado de abotoar o último botão de se paletó feito sob medida. Suas mãos e sua testa suavam, mas ele não estava deixando seu nervosismo transparecer. Não quando tinha que representar o futuro rei para vários convidados.

Ouviu leves batidas na porta e a abriu. Sua mãe estava à porta, em um vestido creme digno de uma rainha, com pedras de strass no busto e mangas discretas. Seus cabelos amêndoas estavam jogados em ondas pela costa e sua coroa estava posicionada com delicadeza em sua cabeça.

Ela sorriu levemente para Daniel, mas seus olhos deixaram transparecer sua preocupação. Daniel ao perceber que a mãe estava preocupada com algo a pediu que entrasse e perguntou o que estava acontecendo.

– Seu irmão não está no quarto e não faço a mínima ideia de onde ele possa estar. Sabe o que está acontecendo, querido?

Daniel suspirou.

– Ele e Johana tiveram uma pequena discussão hoje a tarde. Johana falou de Alissa e Cristoph ouviu. O resto a senhora já deve imaginar.

– Sabe onde ele possa estar? Estou preocupada que ele volte a se fechar, logo agora que estava voltando a ter gosto pela vida – a rainha suspirou levemente.

– Pode ficar tranquila dona Samantha, tenho certeza que ele está bem. Vou achá-lo e daqui a trinta minutos ele vai aparecer no salão de festas – Daniel sorriu para tranquilizar a mãe.

– Tudo bem. Mas não demore, lembre-se de que este baile é para você. Vou lhe dar corbetura durante trinta minutos, e só.

Ela pousou a mão sobre o colarinho de Daniel e ele beijou a testa da mãe.

– Só trinta minutos. – ela sorriu e saiu do quarto de Daniel.

Daniel foi em todos os corredores da área superior do castelo, mas tudo que conseguiu achar foi uma pequena biblioteca – desde então desconhecida por ele – em um dos corredores que davam na cobertura do castelo.

Acabou encontrando Cristoph em uma das salas de exercícios físicos, em um dos andares de baixo. O irmão socava com força um dos sacos de areia da sala. Daniel imaginou que já fazia algum tempo que Cristoph estava ali, pois seus cabelos estavam molhados de suor e sua camisa estava jogada de lado. Havia suor por todo o corpo e seus músculos estavam rijos.

– Você não deveria estar terminando de se arrumar para o baile? – perguntou Daniel ao irmão.

Cristoph não se importou em responder. Olhou para Daniel e voltou a socar o saco de areia.

– E imaginar que eu pensei que tinha o irmãos mais careta e organizado do mundo. Provavelmente estava enganado – Daniel provocou para receber a tenção do irmão.

Cristoph parou de socar e tirou as luvas de box, foi até uma pequena mesinha que estava posicionada em um dos cantos da sala e pegou a garrafa de água que estava em cima dela.

– Acho melhor você ir embora, Daniel – Cristoph falou seco.

– Ah, Cristoph, cadê seu senso de humor? Pensei que você já tinha superado aquela merda.

Daniel falou referindo-se a discussão que Cristoph tinha tido com Johana.

– Você deveria estar no salão de festas há dois minutos atrás – Cristoph falou sem dar atenção ao que Daniel tinha dito.

– Ok. Tenho um irmão bipolar e que ainda por sima virou um relógio ambulante.

– Não se esqueça de acrescentar que eu sou mais gostoso que você.

Cristoph falou sério, mas, mesmo assim, fez Daniel sorrir com sua piada. O sorriso de Daniel logo foi tomado pelo estresse ao ver Cristoph recolocar as luvas.

– Se você quer ficar remoendo aquela merda feito um babaca, fique a vontade. Mas saiba que eu só estou aqui porque a mamãe está preocupada com você e eu disse a ela que levaria você para aquele salão de festas.

Daniel pegou a camisa de Cristoph do chão, foi até o irmão e arrancou as luvas da mão dele.

– Agora, deixa de babaquice e vai tomar um banho. Você não precisa fazer isso por mim nem por você, mas faça pela mamãe.

Cristoph se irritou como ato de Daniel, mas não queria deixar sua mãe preocupada. Então, saiu da sala de exercícios físicos e foi para seu quarto tomar banho.

***

O rei já andava de um lado para o outro estressado, sem saber onde seus filhos haviam se metido. Os convidados já se perguntavam onde os dois príncipes estavam. A rainha estava mais preocupada que antes. Os trinta minutos que Daniel tinha pedido já haviam se esgotado e nenhum dos dois tinha aparecido no salão de festas.

Ela estava prestes a ir até o quarto deles quando os dois adentraram no salão. Os dois irmãos estavam impecáveis e traziam no rosto um sorriso de tirar o folego das garotas ali presentes.

Cristoph caminhou para perto de seu pai seguido por Daniel.

– Nos desculpem pela demora – Cristoph falou aos convidados –, mas eu e meu irmão tivemos que resolver alguns assuntos particulares.


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Notas finais do capítulo

Fiz o capítulo um pouco maior para compensar pela demora. Michel e Stefan estão aprovados? kkkkkk
O Lisandro é uma fofura, né? Tímido, mas fofo.
Ansiosas para conhecer as selecionadas? No próximo capítulo a primeira selecionada será apresentada. Assim que eu terminar de escrever, posto.

PERGUNTA PARA AS SELECIONADAS:

1.Vocês pretendem fazer amigas na Seleção ou não?
2. Como vocês pretendem tratar as criadas?
3. Como você reagiria se fosse beijada pelo príncipe?

Hoje só tem essas perguntas. RESPONDAM SELECIONADAS!! As repostas de todas vocês são importantes e serão usadas na história.