Enfrentando a realidade escrita por Bela Stark


Capítulo 14
Não vou voltar!


Notas iniciais do capítulo

Para não ficar meio que um furo na história... Vou deixar claro que a Ludmila é dois anos mais velha que a Violetta... Em fim leia e depois vai entender :v BOA LEITURAAAA!!!



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POV VIOLETTA
– O que??? - olhei para ele sem entender nada.
– Filha... Eu não sabia... -respondeu meu pai.
Ludmila olhou para a mãe dela, Priscila de forma muito decepcionada e saiu correndo sem que pudéssemos fazer nada.
POV LUDMILA
Entramos na casa de Violetta e logo vi a Angie, Germán e ao lado deles minha mãe... Como assim?
– Mamãe, o que ta fazendo aqui???
– Sentem-se - German suspirou.
Os três se sentaram em um sofá e eu e Violetta em outro, a frente deles.
Ficou-se em silêncio um tempo que pareceu muito longo.
– Hein, vão falar ou não? - perguntei eu meio impaciente.
– Seu pai não é... Quem você acha que é... - começou minha mãe.
– Como assim? - franzi o cenho
– Eu namorava o Germán e quando conheci seu pai... - Germán interrompeu a mamãe
– Foi antes de conhecer a Maria - falou ele bem claro para Violetta.
– Tanto faz - continuo Priscila - Eu terminei com o Germán e só depois, já quando namorava seu pai descobri que estava gravida, então menti para todos que o filho era dele... Mas não...
– O que??? - se pronunciou Violetta
– Filha... Eu não sabia - German foi até Violetta.
Eu olhei para minha mãe de forma decepcionada e ela me retribuiu um olhar de arrogância, eu larguei a bolsa de qualquer jeito no sofá e sai correndo.
Eu agora mal sabia onde estava, apenas continuava correndo. Meus sapatos de saltos já tinha os deixado longe, estava descalça em um lugar como uma praça, havia um lago no horizonte. Então alguém me puxou de lado.
– Ei, calma...
– Frederico, que susto.
Eu tentei recuperar o fôlego.
– Você estava chorando - ele secou minhas lagrimas - O que aconteceu?
Eu o abracei forte então alguém chegou.
– Eu já desconfiava...
– Tomas? - olhei para ele - Não aconteceu nada...
– Achei que era diferente - suspirou ele
– Eu não te traí Tomas!
– Não me procura mais - respondeu ele de forma seca
– Esta terminando comigo? - perguntei quase sem voz
– Sim Ludmila! - respondeu ele alto, virou as costas e foi andando. Eu fui na direção em que ele ia e puxei o pelo braço
– Eu não te trai! Mas eu ia terminar porque acho que merece alguém que goste mais de você e não uma pessoa assim como eu - olhei para baixo.
– VOCÊ NÃO PRESTA - ele me empurrou e eu cai no chão, eu não esperava isso, nunca... Dele não.
Frederico se intrometeu e começou a bater nele, algumas pessoas ali se intrometeram antes que sequer eu pensasse em ir lá defender Frederico, Tomas foi caminhando para longe.
Frederico veio até mim e me ajudou a levantar.
– Acho bom começar a escolher namorados melhores - disse ele
Eu respirei fundo.
– É o Tomas, quem esperaria isso dele?
– Estava chorando por causa dele?
– Não - respondi imediatamente
– Então por quê? - perguntou Frederico
Eu respirei fundo e começamos a caminhar pelo parque.
– Eu sou filha do German
– O German que eu to pensando?
– Frederico, pelo que sei você mora na casa dele...
– É minha mãe é uma velha amiga dele... Ficou sabendo disso só agora?
– Sim - eu engoli a seco.
Ele apenas me abraçou e era tudo que eu precisava, não queria interrogatórios sobre como eu estava me sentindo ou conversar mais, apenas queria um abraço como aquele, demorado e que curasse todas as minhas magoas.
Por fim ele beijou minha testa
– Tudo vai ficar bem
Caminhamos até mais perto do lago e nos deitamos sobre a grama, ficamos em silêncio, mas não era um silêncio constrangedor era tranquilo, eu estava deitada com a cabeça no seu peito, aquilo tudo era acolhedor demais. Ele acariciava de leve meus cabelos. Eu cai no sono.
– Ludmila, esta noite já
Eu abri os olhos.
– Não vou voltar!
– Temos de voltar Ludmila...
– Se me fizer voltar pra casa de algum deles eu vou fugir - olhei séria para Frederico.
– Então vamos para um hotel, aqui é meio perigoso a noite.
– Eu deixei minha bolsa na casa da Violetta - respondi
– Tudo bem, eu tenho dinheiro aqui - Ele se levantou e me puxou
Eu de forma sonolenta deixei que ele me puxasse.
Caminhamos duas ou três quadras e ele entrou em um hotel e foi até a recepção, eu apenas me sentei ali perto e esperei.
Logo ele veio até mim e falou que já tava tudo certo. Nós fomos até o elevador e ele pressionou o botão do andar vigésimo primeiro. O quarto tinha duas camas de casais daquelas que aparentavam ser realmente muito confortáveis, um banheiro bem grande.

Sem nenhuma divisória ou coisa do tipo com o quarto havia uma sala com algumas poltronas e uma mesa de centro, uma tv que podia vira-la e assistir nas camas.
– Estou morto de fome e você?
– Sim - respondi com um leve sorriso.
– Gosta de pizza?
– Quem não gosta? - eu ri baixo
– Vou pedir então.
– Vou tomar um banho enquanto isso - fui até o banheiro e vi um roupão peguei o na mão.
– Só tem um roupão e é meio inadequado para mim, eu acho - ri mostrando que não cobriria meus seios.
Ele riu alto e pegou a mochila tirando dela uma camisa comprida.
– Comprei hoje não rasga - ele me entregou.
Eu sorri - Obrigada.
Tomei um banho bem demorado.
A camisa ficava como um vestido, meio curto, mas era bem mais confortável do que a roupa que eu estava antes. Também vesti um short preto, aqueles que se coloca por baixo de vestido para ficar mais confortável.
Eu prendi o cabelo, escovei os dentes e sai do banheiro. Frederico estava sentado no sofá assistindo tv.
– Posso tomar um banho agora? - ele perguntou.
– Quer minha permissão? - eu brinquei
– Engraçadinha - ele foi em direção ao banheiro - Ahn, antes que eu esqueça... Se a pizza chegar tem dinheiro na mesinha de vidro.
– Ok - eu virei a tv e me sentei na cama.
Logo alguém bateu na porta, peguei o dinheiro. Eram duas pizzas eu as recebi e coloquei na mesinha de centro. Então decidi ajeitar tudo para jantarmos, virei a tv de volta para a sala.
Frederico então chegou
– Como é que ta? - disse ele se exibindo de roupão
Eu comecei a rir.
– Só você mesmo!
– Ahn para, admita que eu fiquei um arraso
– Olha o egocentrismo Frederico
– Olha quem fala - ele riu e se sentou no chão em frente a mesinha. Eu me sentei a frente dele, peguei duas latas de refrigerante do frigo bar enquanto ele abria a caixa.
– Eu peguei uma pizza de calabresa e uma de chocolate com morango, gosta?
– Sim, claro - respondi dando uma lata a ele.
O resto do jantar passou nós assistindo tv e fazendo comentários engraçados sobre o filme que passava.
Já era duas e meia quando saímos da sala, Frederico puxou as cobertas, eu ia para a outra cama, mas dane-se eu me deitei ao lado dele e antes de dormir:

– Frederico...

– Eu - disse ele meio sonolento

– Obrigada

– Faço tudo por você Ludmila

Eu o abracei de lado e dormimos tranquilamente.


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