Uma noite misteriosa escrita por Rebeccake


Capítulo 11
Capítulo 11: Paciência


Notas iniciais do capítulo

Gente, passei um tempão sem postar nada... Por quê? Porque a fic não estava do jeito que eu queria, recomendo lerem de volta, algumas poucas coisas eu mudei. Também arrumei a pontuação. Agora que eu vi a capa que eu fiz pra fic, cara, que vergonha alheia. Recortei MUITO mal as imagens... Mas meu editor não tá funcionando então vai ficar assim. A fic está mto diferente da minha ideia original, é minha primeira fanfic, então não esperava que fosse do jeito que eu queria, mesmo. É mais como uma experiência, espero melhorar... Enfim, me deem um suporte aí e comentem bastante. Beijinhos e sinto muito pela demora.



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Nellie observa as paredes com padrões de listras da sala de reuniões. Aquilo era emocionante, as vezes ser uma Madrigal era como ser uma versão feminina de James Bond. Meu nome é Nellie... Nellie Gomez. Mas naquele momento Fiske estava falando de registros, e isso fazia parte dos temas mais odiados por ela: Papelada.

 Essa parte nem era tão ruim. Porém, ouvir sobre ela era totalmente entediante. Seu hábito de ouvir músicas ajudava nessa parte. Além disso, a mulher nem estava prestando muita atenção na música, ou no ambiente. A preocupação com Amy a consumia de uma forma que era impossível pensar em outra coisa a não ser nela. Estava até tentando focar em outras coisas, parecia estar tendo um déficit de atenção, uma sufocante preocupação que a impedia de se distrair, pensamentos iam e vinham, mas ocupavam sua mente por alguns segundos, até o próximo pensamento, pior que o anterior, tomasse seu devido lugar. Todos esses pensamentos acabavam no mesmo lugar. Fizera certo ao confiar Amy a Ian? Eles todos podiam ter mudado, mas, as vezes o caráter ruim persiste. Fizera certo em ficar quieta e não contar a ninguém , nem mesmo a Dan? 

A pior parte era que não havia nada a se fazer. Depois de uma decisão, aparecem outras formas de enxergar um problema. E ela não estava desesperada porque era questão de tempo até algo assim acontecer. E não era tão ruim porque ela sentia no fundo do seu ser, no coração , na mente, que não tinha sido sério. Amy era como uma irmã, sua conexão não era de sangue, mas de aventura, perigo, medo, companheirismo vividos.

Fiske pergunta algo para ela:

—Blá, blá blá blá. Pode me dar?- Lamentavelmente, Fiske conhecia Nellie bem o suficiente para saber quando ela não estava prestando nem um pouco de atenção. Ele aponta com os olhos para a pasta na frente dela. Porém a pasta escorrega da sua mão. Ops. Ela podia sentir o olhar de reprovação nas suas costas, ele era do tipo de pessoa que ficava frustrada com imprevistos.

—Blá, blá, blá.- Ele recomeça a falar como se não tivesse acontecido nada e aponta para debaixo da mesa.

Nellie vai escorregando disfarçadamente para baixo. Ninguém percebeu... Ótimo. Ela pega a pasta fugitiva e vai tentar pegar o papel que voou, agachada ,tentando não encostar no pé de ninguém. Até que algum convidado de sapatos cinzas mexe os pés espalhafatosamente e faz o papel voar mais longe. Obrigada senhor pés gigantes. Estendendo a mão, ela pega com triunfo o papel, mas sua cabeça vira para a esquerda e percebe um pequeno brilho metálico em uma parte da mesa. Ela se aproxima, intrigada pelo brilho, olhando de perto, era algo redondo, mais de perto... Era uma minicamera, o que era estranho... Os lugares das câmeras eram nos cantos dos cômodos, porque assim o cômodo inteiro era monitorado. E aquela câmera era menor que o modelo que eles usavam. Talvez Fiske tivesse colocado ali para melhorar o ângulo, ou algum dos pestinhas adolescentes(Dan) pra alguma pegadinha, se bem que ele não fazia esse tipo de coisa há 3 meses, um recorde.

De qualquer forma, era um tanto incomum. Nellie se sobressalta com uma batida na mesa. Ela levanta e acaba batendo a própria cabeça na madeira da mesa:

—Droga. E o quê está acontecendo aqui?- Névoa ocupava sua visão por inteiro, o barulho de algumas pessoas tossindo escandalosamente, fungando também. A fumaça se alastrava rapidamente, ocupando todos os lugares da sala. Quando ela andou, a impressão era não ter se movido, parecia um daqueles pesadelos. O que dava a certeza de ter se movimentado era as pessoas que esbarrava. Algumas ajoelhadas no chão, procurando a saída, com um olhar desorientado. Outras, forçando a porta.-Fiske, o que está...?

Nellie não termina a frase, pois percebe que Fiske está desmaiado e jogado em uma das cadeiras. Madison está com o casaco enrolado no rosto, a observa e fala:

—Não sabemos o que aconteceu. Apenas começou a sair uma fumaça estranha do duto de ventilação. Temos que resolver isso rápido, eu já estou...-Dito isso, Madison começa a cambalear, se segura em uma cadeira, fechando os olhos azuis lentamente, abrindo-os apenas para fechá-los de novo e cair para trás, Nellie a segura e a coloca na cadeira.

Reagan. Preciso achá-la, e rápido. Graças ao meu maravilhoso raciocínio rápido já tenho um plano, o desafio é ser mais rápida e resistir.

Apressadamente, ela vai empurrando e puxando as pessoas para passar e chegar até uma garota com cabelos loiros. Ela puxa a garota com pressa e dá de cara com outra pessoa, uma das convidadas, na verdade. Nellie se assusta, ao sentir uma mão em seu ombro. Ela se vira rápida, pronta pra reagir, segurando e contorcendo o braço da pessoa. Dando de cara com Henry. Ele a encara com os olhos azuis, surpreso. Seus olhos estão meio vermelhos, assim como os dela, por causa do contato com a fumaça. Ele aponta para o teto. Exatamente, e você é perfeito para isso. Mais pesado e mais forte, o que é melhor.

Algumas pessoas estão desmaiadas. A maioria está direcionando suas últimas forças em arrombar as portas, sem obter êxito. Porém Nellie conhece a casa bem o suficiente pra saber que há maneiras melhores de dispersar a fumaça. Henry está segurando a respiração, Nellie faz o mesmo, assim o ar contaminado vai entrar em menor quantidade em seu corpo. Ela sobe em cima da mesa, fazendo com que Henry a encare e ajude a se apoiar. Ela aponta para o sensor de incêndio, o sensor não funcionava só com a fumaça, graças a freqüência que isso acontecia  quando Sinead estava instalada por lá(todos os cômodos viraram lugares para seus testes que em maioria acabavam mal)eles instalaram uma trava do lado dos sensores, uma trava de plástico que era simples de tirar. Nellie fez sinais explicando o que ela queria. Henry a ajuda a alcançar o sensor, segurando um dos seus pés.

Ela puxa a trava e o rociador de incêndio começa a soltar água. Fazendo uma boa parte da fumaça desaparecer, infelizmente, tarde demais, apenas ela e Henry estavam acordados.

—Ouviu isso?- Henry diz, pegando Nellie pela cintura, ajudando-a a descer da cadeira. A camisa dele está colada ao corpo por causa da água, o cabelo molhado e caído em seu rosto, ele se vira repentinamente para o lado direito.

No mesmo instante a maçaneta da porta começa a girar, um barulho do cartão de leitura sendo usado na porta. Henry segura um canivete na sua mão, que tirou do bolso de sua calça e deita em cima da mão para escondê-lo. Nellie deita-se do lado dele, confiando no que quer que ele fosse fazer. Ela o encara e olha para a porta, perguntando com gestos o que iriam fazer. Ele pisca duas vezes e fecha os olhos. Nellie faz o mesmo.

A porta, enfim, abre. Os passos abafados de alguém na sala, barulho de uma pessoa arrastando corpos para fora do cômodo. Nellie cogita se levantar, mas a pessoa, ou as pessoas, que está arrastando os corpos o faz  com impressionável facilidade. Henry sente sua inquietação e segura o braço dela, como forma de impedi-la de reagir.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs tenham entendido que quando eu uso itálico são pensamentos do personagem.