O Vizinho Perfeito - Leonetta escrita por Nicky Uchiha Zoldyck
Notas iniciais do capítulo
Pessoal o próximo capítulo é só segunda E "HOT LEONETTA" no próximo também
León lia o bilhete encontrado à porta de seu apartamento: "León, tenho planos. Depois nos veremos. Violetta"
Planos? Violetta tinha planos sendo que ele passara o dia inteiro em meio a um verdadeiro turbilhão emocional por causa dela?
Leu o bilhete mais uma vez, furioso consigo mesmo por haver passado o dia inteiro pensando em quanto seria prazeroso passar outra noite ao lado de Hermione. Deus, comprara até flores para ela! E não se lembrava de comprar flores para uma mulher desde...
Droga, como ela pudera fazer isso?, pensou, amassando o bilhete quase sem perceber. Por outro lado, o que mais ele poderia esperar? As mulheres sempre determinavam o curso de um relacionamento segundo seus próprios interesses. Ele sabia disso, aceitara isso e se, em algum momento, esquecera-se de que em relação a Violetta, não tinha ninguém mais para culpar a não ser ele mesmo.
Pelo visto, ela decidira entrar em outro jogo. Mas ele não era obrigado a morrer de angústia por isso. Afinal, sabia muito bem quanto as mulheres eram perigosas em questões de jogos sentimentais.
Com um suspiro, foi até a cozinha e deixou o buquê de lilases sobre a pia. Não entendera direito o motivo, mas aquelas flores o haviam feito se lembrar de Violetta. Ao voltar para a sala, pegou seu sax e saiu, determinado a amenizar sua ira tocando no Tonks’s.
Exatamente às sete e meia da noite, Violetta tirou do forno o assado que havia preparado. A mesa estava arrumada para dois, com mais velas e mais flores precisamente arrumadas. Uma salada de colorido exótico, feita com abacate e tomates gelava juntamente com o vinho.
Assim que eles degustassem a entrada, pretendia surpreendê-lo com crepe de marisco. E se tudo saísse de acordo com o planejado, terminariam a refeição com champanhe gelado acompanhando framboesas frescas com creme. Na cama.
– Muito bem, Violetta.
Dizendo isso, tirou o avental e foi até o espelho para checar seu visual. Então calçou os sapatos novos, aplicou algumas gotas de perfume em pontos estratégicos e sorriu para seu próprio reflexo.
– Vamos capturá-lo.
Atravessou o corredor, tocou a campainha do apartamento de León e ficou esperando, com o coração acelerado. Segundos depois, tocou mais uma vez.
– Como tem coragem de não estar em casa? - protestou em voz alta. - Como ousa? Não leu meu bilhete? Claro que deve ter lido. Eu não deixei bem claro que iríamos nos encontrar depois?
Com um resmungo, bateu a mão fechada contra a porta. Em seguida, respirou fundo e endireitou as costas.
– Eu disse que tinha planos. Ah, meu Deus, você não entendeu, não é, seu cabeça-dura? Planos para nós dois! Oh, droga.
Sem hesitar, trancou a porta de seu apartamento e, na falta de uma bolsa para guardar a chave, colocou-a dentro do sutiã. Então começou a descer a escada com passos firmes, em direção à saída do prédio.
No Tonks’s:
– Está com algum problema afetivo, querido?
León olhou para Naty, parando um instante para tomar um gole de água.
– Não estou com nenhum problema, muito menos afetivo.
– Ei, está falando com Naty, lembra-se? Sua velha amiga. Ao longo dessa semana, em todas as noites em que o vi tocar, percebi que você estava tocando como se estivesse pensando em uma mulher. Hoje apareceu mais cedo, e está tocando como um homem que teve problemas com uma mulher. Por acaso discutiu com aquela garota?
– Não. Ambos temos mais o que fazer do que ficar discutindo.
– Ela ainda o está tirando do sério, não é? - Naty riu.
– Algumas mulheres exigem um pouco mais de romance do que outras.
– Isso não tem nada a ver com romance.
– Talvez seja justamente esse o seu problema. - Naty circundou o braço sobre os ombros dele, afagando-o com carinho. - Já comprou flores para ela? Disse que ela tem olhos lindos?
– Não. - Droga, já havia comprado flores para Violetta. Mas o receio de se desapontar o levara a se conter.
– O que sentimos um pelo outro é apenas atração física. Não tem nada de romântico - completou.
– Oh, meu querido. Se quiser realmente conquistar uma mulher como Violetta, terá de ser romântico, por mais que deteste a idéia.
– Por isso mesmo é que quero ficar bem longe dela. Quero continuar com minha vida simples. - Posicionando o sax, arqueou uma sobrancelha. - Agora vai me deixar tocar, ou quer me dar mais algum conselho a respeito da minha vida amorosa?
Naty balançou a cabeça negativamente, dando um passo atrás.
– Quando você realmente tiver uma vida amorosa, meu caro, pensarei em lhe dar conselhos.
León recomeçou a tocar, enquanto ouvia a música em sua mente. Em seu sangue. No ritmo de sua pulsação. Como sempre, tocou a música com todo seu sentimento, mas não conseguiu impedir-se de continuar pensando em Violetta. Talvez acabasse se acostumando com isso, pensou. Com aquela constante fixação em querer saber o que Violetta estaria fazendo e pensando.
A música continuou a sair do sax feito o lamento de um homem desesperado.
Então ela passou pela porta. Seus olhos, cheios de segredos, encontraram os dele através da neblina do ambiente. O modo como ela lhe sorriu ao se sentar à mesa, fez as mãos de León começarem a suar. Ela umedeceu os lábios e deslizou o dedo indicador sobre a frente do vestido, em um gesto sensual.
León ficou olhando, hipnotizado, enquanto, com movimentos provocantes, ela cruzava as pernas esguias cobertas por sensuais meias de seda fumê. Depois, a maneira como ela deslizou a mão do joelho até o quadril era designada justamente a fazer o olhar de um homem acompanhar o movimento. E foi o que ele fez, com a respiração alterada.
Ela continuou ouvindo a música e mantendo aquele brilho provocante no olhar. Quando as últimas notas ecoaram no ambiente, ela passou a língua sobre os lábios cobertos por um intenso batom vermelho.
Então Violetta se levantou e, sem desviar os olhos dos dele, passou a mão pelo quadril, girou sobre aqueles saltos arrasadores e se encaminhou para a saída. Antes de passar pela porta, porém, virou-se uma última vez para ele e lançou-lhe um convite silencioso com um mero arquear de sobrancelha.
O murmúrio que escapou dos lábios de León, quando ele afastou o sax, foi de absoluta reverência.
– Não vai fazer nada, meu amigo?
León começou a guardar o instrumento na maleta.
– Por acaso pareço idiota, Max?
– Não. - Max riu e continuou tocando o piano. - Definitivamente não.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!