O Vizinho Perfeito - Leonetta escrita por Nicky Uchiha Zoldyck


Capítulo 15
CAP. 15 - Tonks’s parte 2; “Não tem nada a ver com romance.”


Notas iniciais do capítulo

Pessoal o próximo capítulo é só segunda E "HOT LEONETTA" no próximo também



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León lia o bilhete encontrado à porta de seu apartamento: "León, tenho planos. Depois nos veremos. Violetta"

Planos? Violetta tinha planos sendo que ele pas­sara o dia inteiro em meio a um verdadeiro tur­bilhão emocional por causa dela?

Leu o bilhete mais uma vez, furioso consigo mes­mo por haver passado o dia inteiro pensando em quanto seria prazeroso passar outra noite ao lado de Hermione. Deus, comprara até flores para ela! E não se lembrava de comprar flores para uma mu­lher desde...

Droga, como ela pudera fazer isso?, pensou, amassando o bilhete quase sem perceber. Por ou­tro lado, o que mais ele poderia esperar? As mu­lheres sempre determinavam o curso de um re­lacionamento segundo seus próprios interesses. Ele sabia disso, aceitara isso e se, em algum mo­mento, esquecera-se de que em relação a Violetta, não tinha ninguém mais para culpar a não ser ele mesmo.

Pelo visto, ela decidira entrar em outro jogo. Mas ele não era obrigado a morrer de angústia por isso. Afinal, sabia muito bem quanto as mulheres eram perigosas em questões de jogos sentimentais.

Com um suspiro, foi até a cozinha e deixou o buquê de lilases sobre a pia. Não entendera direito o motivo, mas aquelas flores o haviam feito se lembrar de Violetta. Ao voltar para a sala, pegou seu sax e saiu, determinado a amenizar sua ira tocando no Tonks’s.

Exatamente às sete e meia da noite, Violetta tirou do forno o assado que havia preparado. A mesa estava arrumada para dois, com mais velas e mais flores precisamente arrumadas. Uma salada de colorido exótico, feita com abacate e tomates ge­lava juntamente com o vinho.

Assim que eles degustassem a entrada, preten­dia surpreendê-lo com crepe de marisco. E se tudo saísse de acordo com o planejado, terminariam a refeição com champanhe gelado acompanhando framboesas frescas com creme. Na cama.

– Muito bem, Violetta.

Dizendo isso, tirou o avental e foi até o espelho para checar seu visual. Então calçou os sapatos novos, aplicou algumas gotas de perfume em pon­tos estratégicos e sorriu para seu próprio reflexo.

– Vamos capturá-lo.

Atravessou o corredor, tocou a campainha do apartamento de León e ficou esperando, com o coração acelerado. Segundos depois, tocou mais uma vez.

– Como tem coragem de não estar em casa? - protestou em voz alta. - Como ousa? Não leu meu bilhete? Claro que deve ter lido. Eu não deixei bem claro que iríamos nos encontrar depois?

Com um resmungo, bateu a mão fechada contra a porta. Em seguida, respirou fundo e endireitou as costas.

– Eu disse que tinha planos. Ah, meu Deus, você não entendeu, não é, seu cabeça-dura? Planos para nós dois! Oh, droga.

Sem hesitar, trancou a porta de seu aparta­mento e, na falta de uma bolsa para guardar a chave, colocou-a dentro do sutiã. Então começou a descer a escada com passos firmes, em direção à saída do prédio.

No Tonks’s:

– Está com algum problema afetivo, querido?

León olhou para Naty, parando um instante para tomar um gole de água.

– Não estou com nenhum problema, muito me­nos afetivo.

– Ei, está falando com Naty, lembra-se? Sua velha amiga. Ao longo dessa semana, em todas as noites em que o vi tocar, percebi que você estava tocando como se estivesse pensando em uma mu­lher. Hoje apareceu mais cedo, e está tocando como um homem que teve problemas com uma mulher. Por acaso discutiu com aquela garota?

– Não. Ambos temos mais o que fazer do que ficar discutindo.

– Ela ainda o está tirando do sério, não é? - Naty riu.

– Algumas mulheres exigem um pouco mais de romance do que outras.

– Isso não tem nada a ver com romance.

– Talvez seja justamente esse o seu problema. - Naty circundou o braço sobre os ombros dele, afagando-o com carinho. - Já comprou flores para ela? Disse que ela tem olhos lindos?

– Não. - Droga, já havia comprado flores para Violetta. Mas o receio de se desapontar o levara a se conter.

– O que sentimos um pelo outro é ape­nas atração física. Não tem nada de romântico - completou.

– Oh, meu querido. Se quiser realmente con­quistar uma mulher como Violetta, terá de ser ro­mântico, por mais que deteste a idéia.

– Por isso mesmo é que quero ficar bem longe dela. Quero continuar com minha vida simples. - Posicionando o sax, arqueou uma sobrancelha. - Agora vai me deixar tocar, ou quer me dar mais algum conselho a respeito da minha vida amorosa?

Naty balançou a cabeça negativamente, dando um passo atrás.

– Quando você realmente tiver uma vida amo­rosa, meu caro, pensarei em lhe dar conselhos.

León recomeçou a tocar, enquanto ouvia a música em sua mente. Em seu sangue. No ritmo de sua pulsação. Como sempre, tocou a música com todo seu sentimento, mas não conseguiu im­pedir-se de continuar pensando em Violetta. Talvez acabasse se acostumando com isso, pensou. Com aquela constante fixação em querer saber o que Violetta estaria fazendo e pensando.


A música continuou a sair do sax feito o lamento de um homem desesperado.


Então ela passou pela porta. Seus olhos, cheios de segredos, encontraram os dele através da ne­blina do ambiente. O modo como ela lhe sorriu ao se sentar à mesa, fez as mãos de León co­meçarem a suar. Ela umedeceu os lábios e deslizou o dedo indicador sobre a frente do vestido, em um gesto sensual.

León ficou olhando, hipnotizado, enquanto, com movimentos provocantes, ela cruzava as per­nas esguias cobertas por sensuais meias de seda fumê. Depois, a maneira como ela deslizou a mão do joelho até o quadril era designada justamente a fazer o olhar de um homem acompanhar o mo­vimento. E foi o que ele fez, com a respiração alterada.

Ela continuou ouvindo a música e mantendo aquele brilho provocante no olhar. Quando as úl­timas notas ecoaram no ambiente, ela passou a língua sobre os lábios cobertos por um intenso batom vermelho.

Então Violetta se levantou e, sem desviar os olhos dos dele, passou a mão pelo quadril, girou sobre aqueles saltos arrasadores e se encaminhou para a saída. Antes de passar pela porta, porém, virou-se uma última vez para ele e lançou-lhe um convite silencioso com um mero arquear de sobrancelha.

O murmúrio que escapou dos lábios de León, quando ele afastou o sax, foi de absoluta reverência.

– Não vai fazer nada, meu amigo?

León começou a guardar o instrumento na maleta.

– Por acaso pareço idiota, Max?

– Não. - Max riu e continuou tocando o piano. - Definitivamente não.


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