O Vizinho Perfeito - Leonetta escrita por Nicky Uchiha Zoldyck


Capítulo 14
CAP. 14 - Conversa de garotas parte 2 e ... preparativos




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Assim que León pasou pela porta da frente e saiu para o corredor em direção ao seu aprtamento, Fran acomodou Hugo no sofá com uma barreira de almofadas para que não se virasse e subiu para o estúdio.


– Posso entrar agora? - sussurrou Francesca, co­locando a cabeça no vão da porta entreaberta do estúdio de Hermione.

– Ah, meu Deus, Fran. O que vou fazer aqui? - Aturdida, Violetta colocou um segundo lápis atrás da orelha, derrubando o primeiro sem nem parecer se dar conta disso. - Pensei que não iria haver nenhuma conseqüência. Quer dizer, o que há de mal em se deixar levar pelo encantamento de um homem bonito, atraente e irresistível?

– Deixe-me pensar... - Fran sentou-se diante da mesa de trabalho da amiga.

– Nenhum mal! Absolutamente nenhum mal.

– E se você acabar se apaixonando um pou­quinho por ele, isso fará parte do jogo, certo?

– Absolutamente certo.

– Mas o que fazer quando você vai um pouco além do limite?

Francesca franziu o cenho, preocupada.

– Você foi além do limite?

– Acabei de fazer isso - Violetta respondeu.

– Oh, querida. - Em um gesto carinhoso, Fran deu a volta pela mesa e abraçou a amiga. – Tudo bem. Acabaria acontecendo, mais cedo ou mais tarde.

– Eu sei, mas sempre pensei que aconteceria mais tarde.

– Todos nós pensamos isso.

– León não vai gostar de saber que eu me apaixonei por ele. Vai ficar aborrecido com isso. - Apoiando a cabeça no ombro da amiga, Violetta exalou um suspiro trêmulo.

– Também não estou muito contente com isso, mas acabarei me acostumando.

– Claro que sim. Coitado do Thomás. - Com um suspiro, Fran afagou o ombro da amiga e se afastou um pouco.

– Ele nunca a interessou de verdade, não é mesmo?

Violetta balançou a cabeça negativamente.

– Sinto muito.

– Ora. - Fran dispensou seu primo preferido com um gesto de mão.

– O que vai fazer?

– Ainda não sei. Para ser sincera, estou pen­sando em sair correndo e me esconder em algum lugar - confessou, forçando um sorriso.

– Isso é para covardes.

– Tem razão. Seria uma atitude covarde. E que tal dar tempo ao tempo e ver se isso passa?

Francesca balançou a cabeça, rindo da ingenuidade da amiga.

– Sua boba. Quando se é atingido pela flecha de cupido, meu bem, a cura não vem assim, tão facilmente.

Violetta respirou fundo.

– Então, que tal irmos fazer compras?

– Agora, sim, começou a falar com sensatez. - Com um breve gesto de comemoração, Fran se encaminhou para a porta.

– Vou ver se a Camila ou a Lena pode ficar com Hugo, então enfrenta­remos esse problema como mulheres de verdade.


Violetta comprou um vestido novo. Um modelo pre­to, básico e discretamente colado ao corpo que fez Fran revirar os olhos e dizer:

– Ele está perdido.

Violetta também comprou um bonito par de sapa­tos pretos com saltos altos, finos e transparentes. Ah, e lingerie também, claro. Do tipo que uma mulher usa quando espera ser admirada por um homem e que o faça sentir vontade de tirá-la. De fato, sentiu um arrepio pelo corpo, ao imaginar León deslizando aquelas mãos firmes sobre seu corpo, retirando-lhe a lingerie com vagarosa sen­sualidade. Escolheu um conjunto de lingerie bran­ca para usar sob o vestido preto. Era excitante a idéia de surpreendê-lo.

Depois escolheu flores, velas para o candelabro e um ótimo vinho. Ingredientes delicados para despertar um outro tipo de apetite. Um apetite primitivamente voraz.

Quando chegou em casa, estava mais esperançosa e bem mais calma. Havia algo a ser feito, e pelo menos isso incutiu um foco a seus pensamentos. Sim, queria passar o restante do dia preparando cada detalhe, porque a noite teria de ser perfeita.

Escreveu um bilhete para León e enfiou-o por baixo da porta do apartamento dele. Depois trancou-se em seu próprio apartamento e respirou fundo, antes de deixar alguns itens na cozinha e levar os outros para seu quarto.

Arrumou as flores nos vasos e os distribuiu por lugares estratégicos. Depois ajeitou as velas no candelabro e o colocou sobre a mesa, junto ao va­sinho com flores frescas. Em um outro canto da sala, acendeu uma vela perfumada, para ir per­fumando o ambiente com um aroma agradável, enquanto ela terminava de preparar a mesa.

Desembrulhou dois elegantes cálices de vinho e colocou-os junto aos pratos, lembrando-se de que precisava pôr o vinho para gelar.

Ao chegar ao quarto e olhar para a cama, he­sitou. sentou. Puxar os lençóis até o pé da cama pareceria uma sugestão muito evidente? Pensando nisso, riu consigo. Havia sentido ter pudores daquele tipo àquela altura dos acontecimentos?

Quando terminou os preparativos, parou um ins­tante para admirar o resultado. De fato, tudo estava no lugar onde ela gostaria que estivesse. Satisfeita, providenciou os últimos detalhes para o jantar.

Manteve os ouvidos apurados, na esperança de ouvi-lo começar a tocar. Sempre que ouvia León tocar o sax, era como se parte dele estivesse ali com ela. No entanto, o apartamento em frente continuou silencioso.

Com cuidado, escolheu alguns CDs estratégicos e os deixou ao lado do aparelho de som. Em se­guida, foi para o quarto e, com um arrepio de expectativa, estendeu o vestido novo sobre a cama juntamente com a lingerie provocante, imaginan­do como seria usá-los. Com certeza, o efeito seria poderosamente sedutor.

Com outro arrepio de expectativa, dessa vez se­guido por um calor inesperado em seu âmago fe­minino, foi tomar um banho relaxante.

Antes de entrar na banheira, acendeu outra vela perfumada e serviu-se do vinho que costumava deixar ali, para quando estivesse relaxando na banheira. Ao sentir a água quente sobre o corpo, fechou os olhos com um suspiro. Então imaginou as mãos de León sobre sua pele, em vez da água cheia de espuma.

Quase uma hora depois, espalhou pelo corpo uma leve camada de creme hidratante perfumado, até sua pele se tornar acetinada e agradavelmente perfumada.


Enquanto ela fazia isso, León lia o bilhete encontrado à porta de seu apartamento: "León, tenho planos. Depois nos veremos. Violetta"

Planos? Violetta tinha planos sendo que ele pas­sara o dia inteiro em meio a um verdadeiro tur­bilhão emocional por causa dela?


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