A Garota da Ilha Deserta- Fedemila escrita por CRAZY


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi galera. Adorei os comentários!!!!
Boa leitura!!!



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( Por Ludmila)

Ele saiu da casinha de cabeça baixa e foi em direção ao barco. Depois de observa-lo entrar, olhei para o lado e vi seu diário em cima de sua cama. Por curiosidade, o peguei para ler. Pulei algumas páginas, e li alguns trechos de outras. Até que cheguei em uma página onde estava escrito assim:

"Hoje foi um dia difícil. Eu e Ludmila brigamos, e acho que nunca mais vamos nos reconciliar. Descobri que ela é a princesa da Espanha, da família Ferro, sim, a mesma que fugiu na guerra. Ela está muito brava e triste comigo. Tentei explicar a ela que se eu soubesse que um dia iria encontra-la viva e ainda por cima me apaixonar por ela, nunca teria participado da festa, mas sempre fui ensinado dessa maneira! Não sei o que fazer. Ainda a amo, mas acho que ela não me ama mais. Se fosse possível fazer alguma coisa pra mudar tudo isso que aconteceu eu faria. Mesmo se fosse impossível. Faria qualquer coisa para tê-la de volta."

Ao terminar de ler aquilo senti algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, não só pelo que estava escrito, mas também porque eu estava conseguindo ler. Ele estava realmente arrependido. Então comecei a ler o resto das páginas, uma atrás da outra. Em todas elas ele falava de mim, de como me amava, de como estava arrependido e fazia declarações. Fiquei a madrugada inteira lendo até que caí no sono.

Acordei com muito barulho e o Sol ainda não havia nascido. O que estava acontecendo? Espera um pouco. Federico! Corri até a praia e vi o navio indo embora. Desesperada, corri até o mar e fiquei no lugar em que eu conseguia alcançar. Estava tão fria!

– Federico! Federico espere!- Eu comecei a gritar. Então um Angelo apareceu na parte de trás do navio e chamou alguém. Era Federico. Ele correu até a ponta do navio e entrou numa canoa. Com ajuda dos outros ele caiu no mar. Remou até mim o mais rápido que pode. Eu estava congelando.

– Ludmila, você está louca?- Disse ele baixinho.

– Por que está sussurrando?

– Eles não podem saber ser nome.

– A é.- Eu disse batendo o queixo.

– Vem. Sobe senão vai congelar de verdade.

Ele me ajudou a entrar na canoa e perguntou:

– Porque resolveu vir com a gente.

– Por que eu...- Eu não posso falar que era porque eu gostava dele porque eu ainda tinha um pouco de medo. E se fosse uma cilada? Bom, acho que não. Mas mesmo assim eu tinha um pouco de medo.

– Por que eu achei seu diário e vim trazer e pensei: A Itália deve ser linda mesmo. por que não ir?

– Obrigado, mas não me convence muito sua resposta.

– Bem... Eu... Achei....

– Não precisa me dar explicações.

Finalmente conseguimos entrar no navio e me deram uma toalha para que eu me secasse.

– Então senhorita Agostina, de onde você é?- Perguntou Giovanni.

– Da Esp...

Federico tossiu e então eu me dei conta.

– De... Milão. E por favor me chame só de Luíza.

– Luíza, você é plebeia ou vem de uma família rica?- Perguntou Angelo.

– Plebeia.- Eu. Se eu falasse que era de família rica eles iriam querer saber qual e aí ia complicar tudo.

– E onde fica sua casa, para que possamos leva-la até ela. Sua família deve estar preocupada.

– Eu... não tenho família. Meus familiares morreram.- Federico sorria e piscava para mim, para indicar que eu estava indo bem.

– Meus pêsames senhorita Agostina.- Disse Bartolomeo com expressão triste.

– É... Obrigado.

– Em que a senhorita trabalha?- Perguntou Bartolomeo voltando a sorrir para mim. Nunca vi alguém tão sorridente.

– Eu....

Olhei para Federico, para ver se me ajudava. E ele logo respondeu por mim:

– Ela é... pintora.

Olhei torto pra ele. Como assim eu era pintora? Nunca pintei nada na vida!

– É! Pintora!- Eu disse.

– Que maravilha! A senhorita deve ser realmente muito talentosa.- Disse Bartolomeo. Será que ele não poderia me chamar só de Luíza?

– Poderia pintar um quadro para mim?- Perguntou Angelo, parecendo ansioso pela resposta.

– Bom... Eu... Sim!- Respondi. Federico, aonde você me meteu?

– Ótimo! Eu gostaria que você pintasse ser um vaso de flores, pode ser?

– Pode.

– Bom, acho que temos material de pintura em algum lugar. Só um momento.- Disse Bartolomeo se retirando.

Depois de uns quinze minutos voltou com alguns pincéis, tinta e uma tela. Colocou em minha frente e eu comecei a pintar. Eles me deixaram em um quarto pintando. Aquilo não ia ficar nada bom!

Depois de uns trinta minutos pintando eu chamei Angelo para ver o quadro.

– Federico, você pode vir também.- Eu disse a Federico, vai que eu preciso de sua ajuda, o que era provável que iria acontecer. Sempre que chamo Federico eles me olham estranho, não sei porque.

– Mas já terminou?- Perguntou Angelo.

– Sim.

– Mas... Uma pintura demora dias!- Disse Angelo andando até o quarto onde estava o quadro.

– Bom... Eu pinto mais rápido do que os outros pintores.

– Sim. Deu para notar.- Disse Angelo rindo.

– Você está se saindo melhor que o esperado. Só essa coisa de pintura que não ficou boa.- Disse Federico baixinho.

– Mas essa parte foi você que inventou.- Eu respondi no mesmo tom e voz.

– Sim, tem razão.

Angelo olhou o quadro e fez uma cara confusa.

– Ficou tão ruim assim?- Perguntou Federico baixinho novamente.

– Pior do que você imagina.- Respondi.

Ele correu ao lado de Angelo e me olhou assustado. Corri ao lado deles e Angelo comentou:

– Bem, está meio...

– É muito... poético.- Disse Federico.

– É o ponto de vista de quem já perdeu a família inteira entende? Tudo meio borrado e... estranho, tudo se torna sem sentido.- Inventei.

– Sim! Genial! Luíza isso é realmente esplendido!- Disse Angelo sorrindo.

– Obrigado.

Bom, depois daquilo consegui me familiarizar mais com eles. Estava entardecendo e uma forte chuva começou, ou melhor, uma tempestade. O navio balançava muito. Cada um estava em seu quarto e eu estava prestes a morrer dentro do meu. E se afundasse?! Para saber melhor o que estava acontecendo saí do meu quarto e fui até o convés.

O mar estava agitado e as ondas eram gigantes, a chuva era fria e me molhava muito e eu tremia de frio. Me agarrei no mastro, que segura as velas, e entrei em desespero. Aquele barco ia afundar! De repente escuto alguém gritando:

– Ludmi... quer dizer Luiza!

Olho para trás e vejo Federico correndo em minha direção.

– O que faz aqui?

– Eu só queria ver o que estava acontecendo.

– Não faça isso! Você e eu estamos correndo o risco de ficar doentes!

– Federico vamos afundar!- Eu disse chorando e o abraçando.

– Não, não vamos.

– Federico tenho medo!- Falei batendo o queixo.

– Olha pra mim.

Fiz o que ele mandou. Ficamos muito perto. Ele colou a mão no meu rosto e disse:

– Eu estou aqui tudo bem? Na ilha você me protegia e agora que você está indo para o meu mundo, novo para você, eu vou te proteger entendeu?

Fiz que sim com a cabeça.

– Eu te amo.- Disse ele.

– Eu também.- Respondi sem querer.

Ele foi se aproximando de mim e por fim me beijou.

...


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem gente!!!