It's You escrita por Malina


Capítulo 15
Just one more time


Notas iniciais do capítulo

Oi, não me matem pela demora, mas ai está, espero que gostem galera, fiz com muito carinho ~mentira~ mas anyway, enjoy



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O coração de Maura batia forte quando ouviu a voz rouca ecoando em seu quarto. Sem pensar duas vezes pediu para que entrasse, mas Jane ali ficou; onde não tinha visão de Maura.

– Jane? Pode entrar... – Ela disse cabisbaixa, sabendo que fora a culpada pela mudança de comportamentos.

– Eu só... Vim checar se estava bem.

– Eu estou bem. Não quer ficar?

– Não. Eu já vou indo – No mesmo momento Jane afastou-se da porta

– Jane! Espere! – Maura gritou, e a morena voltou para a porta. – Por favor... Não faça isso, fica aqui.

– Eu não sei se consigo Maur... – Disse Jane cabisbaixa

– Eu não entendo porque está tão chateada. Eu só fiz o correto.

– Por que estou tão chateada? – Perguntou incrédula – Maur, você me rejeitou mesmo sabendo que sente o mesmo por mim!

Jane entrou no quarto enfurecida. Queria acabar com aquele assunto, porém não queria conversar com Maura. Optou por acabar com aquilo de vez por todas. Andou até a janela que havia no quarto, assim não precisava olhar pra Maura.

– Jane eu já expliquei! E se não der certo? E se perdermos a amizade que construímos? Você não pensou nisso?

Depois de um tempo em silencio Jane voltou-se para Maura e disse.

– Como perder o que já está perdido?

Maura sentiu uma pontada no peito ao ouvir palavras tão duras, abaixou a cabeça e uma lagrima escorreu.

– Eu... eu sinto sua falta – Ela olhava para Jane com seus olhos brilhantes, implorando para que a morena ficasse.

Depois de anos de amizade elas já entendiam o que uma queria dizer com um simples olhar, ou até mesmo quando havia algo errado. Jane entendia aquele olhar, porém fazia o possível para não encontrar os olhos claros e penosos da amiga. A lágrima que escorria de seu rosto estava corroendo Jane por dentro, ela nunca conseguira ver Maura triste, não aguentava tal imagem, e sempre fazia o possível para colocar novamente um sorriso no rosto da doutora, mas agora suas ações eram limitadas, não queria abraça-la, ou fazer qualquer outro tipo de contato, mas aquilo a torturava, então lentamente Jane aproximou-se da cama de Maura, delicadamente sentando na beirada, logo ao lado da doutora, que observava cada passo, cada movimento da morena.

Vagarosamente Jane estendia a mão até tocar o rosto de Maura, assim limpando a lagrima que pousava delicada na bochecha da doutora. Maura acariciou a mão da morena, elas se olhavam fixamente, ambas com o mesmo pensamento, mesmo desejo, mesma vontade. Jane se aproximava lentamente, cada vez mais do rosto da legista. Seus lábios roçavam levemente, os corações acelerados, as mãos suadas, assim como da primeira vez.

– Jane...

– Shh... Um último beijo, só isso que peço. E então eu paro de te perturbar com isso.

– Vem cá – Disse Maura ofegante puxando Jane pela nuca, e seus lábios se abraçaram.

Um beijo caloroso, molhado, um beijo perfeito, o último que teriam. Jane soltou o ar que segurava juntamente com um baixo suspiro quase que um gemido baixo. A morena segurava Maura fortemente, esperando que aquilo nunca acabasse. Ambas faziam o possível para não desmoronar naquele mesmo instante, principalmente Maura, ela não se permitiria ceder.

Foi uma batida na porta que as fizeram separar abruptamente, Jane pulou da cama, ficando em pé totalmente ereta ao lado de Maura, que com a voz fraca permitiu a entrada de quem batia.

– Olá doutora Isles, eu vim apenas checar suas cicatrizes – Disse o enfermeiro entrando no quarto.

– Tudo bem – Respondeu Maura. A mesma olhou para Jane com um olhar suplicante e disse – Pode esperar lá fora?

Jane não entendeu o porquê do pedido da loira, a detetive já vira as cicatrizes de Maura, as viu sendo feitas, mas mesmo assim obedeceu, e com um sorriso saiu do quarto. O enfermeiro aproximou-se de Maura e com o consentimento da doutora ele abaixou a coberta que a cobria. Para aliviar a tensão o homem com um sorrio começou a falar.

– Como está se sentindo?

*****

Jane andava de um lado pro outro na sala de espera do hospital, indecisa se ficava ou se iria para casa, cansada e sem vontade de ver Maura e passar por um constrangimento, ela pegou o elevador e foi para seu carro. Seguiu o caminho que sabia de cor e salteado, estava indo para o departamento, ela queria ver o pessoal de novo, e talvez se atualizar no caso, mesmo que quebrando as regras de Cavanaugh. O caminho inteiro até o precinto Jane pensava em dar a volta e ir ver Maura mais uma vez, mas resolveu não se ouvir e continuou sua rota ao som de Iron Maiden no volume máximo para distrair a mente. Quando chegou ao departamento sentiu um leve nervosismo, esfregou as mãos e subiu as escadas assim entrando no local. Foi direto para a lanchonete onde encontrou seu irmão e sua mãe discutindo, foi até eles e sem saberem que ela estava lá ela disse:

– Ma te fez panquecas de coelho?

– Jane! – Frankie disse assustado – O que está fazendo aqui?

– Você deveria estar descansando – Angela interveio

– Já descansei o bastante ma. Queria dar uma passada, ver como está indo tudo.

– Cavanaugh vai te matar

– Não estou fazendo nada de errado Frankie.

– Filha, você disse que ia passar no hospital. Você foi?

– Ma, você tem clientes pra atender, depois eu converso com você sobre isso.

Angela bufou e saiu irritada da conversa, deixando Frankie e Jane conversarem. Eles foram até a mesa mais perto e se sentaram de frente um pro outro.

– Ta tudo certo com você Jane?

– Sim, nenhum problema.

– Você foi ver Maura?

Jane respondeu com um aceno de cabeça.

– E como foi?

– Normal... Ela está se recuperando rápido.

– Sim está. Por que não a visita tanto quanto nós. Só te vimos lá três vezes, se não menos.

– Nós passamos por muita coisa Frankie.

– Exatamente por isso Jane, vocês deveriam estar juntas pra apoiar uma a outra. Vocês passaram por aquilo juntas, não acha que deveriam terminar juntas também?

– Como já dizia Rolling Stones you can’t always get what you want – Disse levantando da mesa – Vou ver como o pessoal lá em cima está.

Jane andou até o elevador, enquanto esperava ele chegar em seu andar ela olhou para seu irmão que parecia decepcionado, suspirou e quando ouviu o som do elevador, entrou no mesmo, com a cabeça abaixada. Saindo do elevador caminhou até a sala dos detetives, já cumprimentando policiais que por ela passavam. Entrou na sala com as mãos suadas, Boucher foi o primeiro a notar sua presença, ele abriu um sorriso, e foi cumprimenta-la, fazendo que os outros a notasse.

– Jane! – Ele a abraçou – Como você tá?

– Bem... Obrigada.

Os outros detetives apenas deram um aperto de mão e um sorriso.

– Como está indo o caso? – Jane perguntou para Korsak.

– Ta indo né... Mas não podemos falar dele pra você, e você sabe.

– Ah qual é Korsak, ninguém precisa saber.

– Nada disso Rizzoli, estamos muito feliz em te ver, mas só podemos discutir sobre o caso em uma semana.

– Okay sargento Korsak – brincou – Mas me conte como ta indo aqui.

– Ah, não posso agora Jane, eu e Frost temos que trabalhar.

– Ah beleza então, vou falar com Sam, ele é uma boa pessoa que fala comigo.

Eles riram. Jane acenou um tchau para Korsak e Frost, logo depois pegou uma cadeira e sentou ao lado de Sam na mesa do mesmo.

– E ai Sammy? Como você tá?

– Estou bem... E você?

– Bem sim.

– Ta sem assunto?

– Pois é – Sorriu

– As coisas estão difíceis aqui sabe? Toda essa pressão de pegar esse assassino e a pessoa que pegou você e Maura.

– Bom, uma coisa eu posso te dizer, esse cara que nos pegou, ele tinha uma ligação muito forte com as meninas.

– É... Mas acho que o difícil mesmo é porque você não tá aqui. Digo... Você é a melhor detetive aqui.

– Muito obrigada Sam, isso é muito gentil da sua parte.

– Apenas destacando um fato – disse corando.

– Estou cansada disso, quero voltar logo ao trabalho.

– Então não complique né Rizzoli, vá pra casa antes que Cavanaugh a veja aqui e faça algo.

– Acho que sim. É eu estou indo, mas antes vou dar uma passada no necrotério e dar um oi à Maura.

– Jane?

– O quê? – Boucher a olhava tristemente, depois que Rizzoli percebeu o que disse, logo se sentiu triste novamente – Ah... me desculpe, acho que foi demais pra um dia. Te vejo mais tarde Sam.

Ela saiu sem dar chance ao rapaz de se despedir. Jane correu como um furacão para fora do precinto, direto para o carro. E lá ficou, observando a movimentação de pessoas ao seu redor, cada uma com seus próprios problemas, então imaginou. Gostaria de conhecer alguém que esteve na mesma situação que eu, um conselho seria bem vindo.


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Notas finais do capítulo

Que conselho você daria para Jane? E para Maura? Comentem