It's You escrita por Malina
Notas iniciais do capítulo
Oi, desculpa a demora, mas fiquei atolada de coisas... mas mesmo assim. Sei que está curtinho, mas é só pra não deixar em branco.
Boa leitura :*
POV. Maura.
Talvez Jane estivesse exagerando, eu sei que a deixei triste, e a desapontei, mas era a coisa certa a fazer. Não posso estragar a amizade, simplesmente não posso. Mas sinto tanta falta de Jane, da minha Jane... Ela me ama do mesmo jeito que eu a amo, isso é tão novo e tão bom... Mas eu joguei fora, recusei, e não me arrependo. Eu ainda estou internada no hospital, eu recebo visitas frequentemente e acho isso incrível, saber que as pessoas se importam e se preocupam comigo. A única pessoa que não me visitava era Jane, e nada os outros falavam quando eu perguntava algo sobre a tal, digo, já faz dois dias, ela não deveria me excluir assim, eu sinto sua falta, quero conversar com ela, mas claramente Jane não quer o mesmo. Talvez eu devesse enviar uma mensagem pra ela.
Peguei meu celular que estava ao lado da cama e estava preparada para escrever algo quando alguém bateu na porta e a abriu.
– Doutora Isles? – Era Boucher.
– Sim, Sam?
– Preciso fazer perguntas sobre o que aconteceu, se não se importa.
– Não me importo. Sente-se.
Ele entrou no quarto e sentou na cadeira dos visitantes.
– Eu farei as mesmas perguntas para a detetive Rizzoli. Podemos começar? – Fiz que sim com a cabeça – Eu preciso que diga “sim” ou “não”
– Ah... sim, podemos.
– Você lembra como vocês foram parar lá?
– Sim. Eu e Jane estávamos conversando em meu escritório, então o telefone de Jane tocou, ela disse que era uma mensagem de Frost e que tínhamos mais uma vítima. Fomos em carros separados para a cena do crime, mas quando chegamos no local, ele estava vazio. O endereço supostamente apontado por Frost nos levava até uma espécie de galpão. Nós entramos, e fomos surpreendida pelo homem mascarado.
– Vocês sabem quem era o homem?
– Não. Nunca vi seu rosto, porém lembro muito bem de sua voz – E dito isso a voz daquele homem horrível veio em minha mente, fazendo meu estomago revirar.
– Você lembra do que aconteceu antes de serem resgatadas?
– Sim. O homem apareceu, e nos soltou, ele tinha uma arma, e nos ameaçava, foi tudo tão horrível.
– Lembra do tiro?
– Sim... cada detalhe. – Respirei fundo e continuei – O mascarado tinha a arma apontada para Jane, ele dizia que nos mataria antes do resgate chegar. Então ele atirou... mas eu não podia deixar –Soltei uma risada fraca – é irônico, um dia antes Jane me perguntou se eu levaria um tiro por ela, e eu disse que talvez. Acho que agora sei a resposta.
– Ele ia atirar em Jane? – Sam parecia chocado.
– Sim. Quando ele atirou eu só me joguei na frente, foi instinto.
Flashback ON
Jane olhava fixamente o homem mascarado, ele ia atirar, eu sabia que iria. Então ele botou o dedo no gatilho sem puxá-lo, vi o rosto de Jane que ainda estava grudado no homem, ela estava disposta à levar aquele tiro, e eu temia que ela levasse. Queria fazer algo, pará-lo de algum jeito, mas não havia mais tempo, ele não hesitaria em puxar o gatilho. Minhas mãos suavam frio, um turbilhão de coisas passava em minha mente, o medo de perder Jane era tanto, o que faria sem ela? Então eu congelei, apenas fiquei parada enquanto aquele homem se preparava... E então eu apenas ouvi um tiro e o calor da bala me perfurando. E lá estava eu, sangrando no colo de quem mais amo, de quem sempre vou amar.
Flashback off
– Jane sabe que você fez isso? – ele perguntou com receio.
– Não, e não quero que saiba.
– Mas ela precisa saber, Maura.
– Não precisa não. A deixe fora disso, pelo menos por um tempo.
– Certo... – Sam limpou a garganta e voltou às perguntas – Você lembra de algo mais?
– Sim. O irmão das vítimas esteve lá.
– Tyler? O que fazia lá?
– Sim, quando o homem mascarado nos prendeu nas cadeiras, e nos forçou a dizer o nome do assassino Jane disse que tinha sido Tyler. Porém ela sabia que não tinha sido ele, alguns dias depois ele apareceu nos ameaçando.
– Nós estamos tentando questionas Tyler há tempos, mas não conseguimos contato.
– Ele deve ter sumido depois do mascarado tentar mata-lo.
– Pode me contar sobre a parte em que vocês estavam presas nas cadeiras?
– Sim... Bom ele queria receber informações do assassino, então nos amarrou em cadeiras, uma de frente pra outra... foi quando... – Meu estomago revirou e sentia pontadas na coxa só de lembrar – Quando ele cortou minha... minha coxa.
– Ah... Eu sinto muito.
– Tudo bem, você tem que fazer essas perguntas.
Ele me deu um sorriso tímido. Limpei minha garganta que estava seca, Sam levantou-se e me entregou o copo d’agua que tinha no criado mudo. Ele voltou ao seu lugar e continuou.
– Você lembra de algo mais?
– Nada que seja relevante. Nem sei ao certo quanto tempo passamos lá.
– Uma semana.
– Uma semana? – Me espantei. O tempo passava devagar quando se estava no escuro.
– Sim... bom, eu acho que está tudo certo por enquanto. Obrigada doutora.
– Sem problemas.
Ele levantou-se, me deu um último sorriso e saiu fechando a porta.
O que eu não faria para ter Jane comigo, apenas como minha amiga, sinto saudades dela, da minha melhor amiga. Jane significa tanto pra mim, ela é minha melhor amiga, a pessoa que mais confio, como posso viver sem minha única amiga? Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos.
– Pode entrar.
A porta abriu lentamente e um corpo foi aparecendo.
– Oi Maura – soou uma voz embargada
– Jane? É você?
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