It's You escrita por Malina


Capítulo 13
I'm only human


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui! Fiz tantas promessas né? Mas olha a continuação do cap 12 aqui. Tive alguns problemas pra escrever. Não estava achando o caderno em que havia escrito tudo, e tal.

Esse capítulo é pra Letícia e Vitória com acento (lua) shaushau depois de me ameaçarem de morte aqui está.

Boa leitura seres pensantes :*



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Jane estava em desespero. O que acabara de acontecer? Ele atirou em Maura? Como pôde fazer isso? Onde ele estava? Maura estava com os olhos arregalados olhando para Jane, a detetive podia ver medo nos olhos da loira, que com certeza via o mesmo nos olhos de Jane. A legista tinha a respiração forte, ela estava com a cabeça no colo da detetive, que não controlava mais suas lágrimas.

– Vai ficar tudo bem Maura, eu ouço eles vindo. Vai ficar tudo bem, não vou deixar que nada aconteça com você – Jane dizia esperançosa, e gritou: - AQUI EM BAIXO! SOCORRO!

– Jane...

– Shh... Não fale nada, vai ficar tudo bem, você vai pro hospital – A detetive agora fazia pressão no ferimento de bala no peito de Maura, que soltou um grito de dor – ta tudo bem, me desculpe por isso

– Ele não... ele não...

– Maura, pare de falar.

– Jane. Me desculpe pelo o que eu disse...

– Não fale assim Maura! Você não está morrendo!

– Deixa... me deixa falar... Jane, eu... eu te amo. Te beijei porque te amo...

– Maur... Eu também te amo... Eu... eu ouço eles vindo então não ouse morrer okay? Quando saímos daqui nós vamos começar tudo de novo ta bom?

– Ta...

E o som da porta sendo arrombada tomou conta do lugar. Korsak e Boucher entraram no cômodo correndo e se assustaram ao ver sangue no chão.

– O que houve? Vocês estão bem? – Perguntou Korsak preocupado.

– Eu estou, mas Maura... ele atirou em Maura.

– Vamos tirar vocês daqui. Boucher pegue a doutora Isles e eu ajudo Jane.

– Não deveríamos esperar o socorro? – Perguntou o moreno

– Não temos tempo. Pra onde ele foi, Jane?

– Eu não sei... ele sumiu. – Jane respondeu tendo a loira tirada de seus braços e logo se apoiando em Korsak.

– Você lembra como ele era?

– Não ele... – Fez uma cara de dor ao se levantar – Ele usava uma máscara, mas lembro muito bem de sua voz.

– O que houve com a perna dela? – perguntou Boucher.

– Ele fez isso nela. Queria saber quem era o assassino das gêmeas. Podemos falar disso depois?

– Sim. Vamos para o hospital.

***

Na sala de espera do hospital estava Angela, Frankie, Frank, Korsak, Frost, Sam e Cavanaugh todos muito preocupados com as meninas. Após alguns minutos o médico chegou para conversar com eles.

– Como elas estão doutor? – Perguntou Angela.

– Jane está indo bem, ela só estava um pouco desidratada, e está descansando. Maura por outro lado estava em estado crítico, a bala passou perto mas não tocou a aorta, ela teve um grave sangramento, conseguimos controlar e ela está estável, mas ainda em cirurgia.

Angela caiu sentada no sofá da sala de espera, não queria que nada acontecesse com suas meninas.

– Obrigada... Quando posso ver minha filha?

– Agora mesmo, eu levo você até o quarto.

Acompanhada ao médico, Angela andava pelos corredores brancos do hospital. Ela não sabia se se sentia segura naquele local, tantas coisas já aconteceram, tantas vezes que já esteve lá com Jane, ou Frankie. Já no quarto, viu Jane um pouco pálida demais, na hora correu para segurar sua menina em seus braços.

– Jane Clementine Rizzoli, eu estava tão preocupada! Como pôde fazer isso comigo?

– Não é como se eu tivesse pedido pra ele me sequestrar – Jane respondeu com a voz sufocada por causa do abraço forte – Me solta ma.

– Eu estava muito preocupada! – Deu um tapa no braço da filha.

– Não me agrida! – Sorriu, mas seu sorriso foi ficando triste e logo preocupado – Maura? Onde ela está? Ela está bem?

– Ela está em cirurgia, mas o médico disse que ela ta estável.

– Ele atirou nela mãe... Ele... como alguém pode fazer isso com Maura? Ela é tão...

– Eu sei, minha filha... Eu sei... – Ela sentou ao lad de Jane e acariciava seus cachos.

– Ela vai sair dessa né ma?

– Com certeza. Ela é forte, Maura vai conseguir.

– Espero que sim... ainda não acredito que ele fez isso...

Um dia depois...

Jane já estava fora do hospital, e dormia em sua casa. Maura estava em observação, e hoje as visitas seriam permitidas, Jane estava ansiosa. Queria falar com a loira o mais rápido possível, queria certificar-se de que ela estava bem mesmo, e queria conversar sobre o “eu te amo” porém não sabia se aguentaria, estava tão feliz e tão triste, mas sabendo que seus sentimentos são recíprocos Jane fica extasiada, precisava de Maura, precisava sentir seus lábios novamente. E ela faria.

No hospital ela se identificou e seguiu uma enfermeira que a guiava até o quarto de Maura, e quando chegou até a porta que se encontrava fechada ela dispensou a enfermeira. Respirou fundo, era agora. Ainda tentando controlar sua respiração e desacelerar o coração, ela abriu a porta e entrou no quarto. Maura ao ouvir a porta abrindo virou o rosto para quem viria, seu coração acelerado, com medo.

– É você – Disse ela

– Sou eu.

– Você está bem?

– Sim, você?

– A cirurgia foi bem, minha cicatriz ainda está marcada, mas em alguns dias deve sumir.

– Fico feliz... – Disse Jane desajeitada. Ela esfregava as cicatrizes em sua mão.

– O que foi?

– Hm?

– Você está esfregando a cicatriz.

– É que... no caminho do hospital eu vim ensaiando o que eu diria à você, mas agora parece que tudo sumiu – Sorriu nervosa.

– Jane...

– Maura, olha eu só queria dizer que eu realmente quero algo com você. Algo mais que uma amizade, eu não menti sabe?

– Não Jane.

– Não sei se você se lembra, mas você disse que me amav...

– Não! – Interrompeu – Eu... eu me lembro, mas não podemos Jane.

– Como não? Seus sentimentos são recíprocos. Podemos fazer isso.

– Meus sentimentos não deveriam ser recíprocos. Somos amigas Jane, melhores amigas, inclusive você é minha única amiga. Não posso estragar o que temos, você é muito importante pra mim, não posso arriscar.

– Mas... Maura...

– Não posso arriscar te perder.

Jane avançou e sentou em frente à Maura na cama, segurando o rosto da loira ela disse:

– Você não vai me perder. Nunca – A morena aproximou seu rosto da outra, mas essa se afastou.

– Não posso...

Jane suspirou frustrada, e levantou-se bruscamente.

– Então você me beija, diz que me ama, me dá esperanças e diz que não me quer?

– Eu te quero Jane! Mas não posso. E o beijo... foi um erro, eu me arrependo de ter te beijado.

– Eu me arrependo de ter parado o beijo.

– Jane... Por favor não complique as coisas, não vai acontecer.

– Eu... – Suspirou deixando uma lágrima cair – Com licença

E como um furacão, Jane saiu do quarto deixando Maura sozinha com suas lágrimas.

A detetive nem se importou em ir pra casa, correu para o estacionamento do hospital e se trancou em seu carro, pensando em tudo que aconteceu. Engoliu o choro que ameaçava vir, limpou a garganta e abaixou o quebra sol. No espelho que ali tinha ela se olhou, em seu rosto era possível ver sua tristeza de longe, ela queria chorar, mas não podia, não se permitiria.

Maura em seu quarto não se arrependia do que tinha feito e dito, mas estava completamente triste, seu amor era correspondido porém não podia tê-lo para si e ela fez essa escolha. Não queria perder Jane, não podia perder sua amiga, mas pensando em tudo o que disse para a morena ela percebeu que já tinha estragado tudo. Perdeu sua amiga, sua melhor amiga, sua única amiga, seu porto seguro, sua confidente, sua pessoa, o amor de sua vida.

Jane se assustou quando ouviu alguém bater no vidro de seu carro, era sua mãe.

– Quero ficar sozinha – Disse alto para que a mais velha ouvisse.

– Pode ir abrindo essa porta Jane Clemen... – Antes de terminar de falar a porta já estava sendo aberta.

Angela sentou no lado do passageiro e calmamente ela olhou para Jane, e suspirando perguntou.

– O que houve?

– Nada.

– Você não pode mentir pra mim, pode tentar, mas não vai me convencer. Vamos lá Jane, você está horrível.

– Nossa muito obrigada ma, ajudou muito.

– Jane, eu estou aqui pra ajudar, posso muito bem te ouvir.

A morena desviava o olha de sua mãe, e olhando para o muro em sua frente e apertando o volante com toda sua força disse.

– Eu a perdi ma...

– Oh minha querida. – Angela acariciava calmamente os cabelos de sua filha – Vocês vão se entender, sempre se entendem.

– Não dessa vez ma.

– Você disse isso quando atirou no Paddy e ela te perdoou.

– Aquilo foi diferente.

– Vai dar tudo certo. Você deveria falar com ela.

– Não. Não deveria.

***

Maura olhava fixamente para a tv desligada que tinha em seu quarto do hospital, agora ela duvidava de suas ações. E novamente ouviu a porta abrindo, assustada ela olhou para quem chegara. Era apenas uma enfermeira.

– Vim apenas tirar um pouco de sangue.

– Ah, okay.

Maura esticou seu braço enquanto a enfermeira amarrava o torniquete em seu braço. Em intenção de distrair Maura a mulher puxou assunto.

– Você tem muita sorte.

– Como? – Perguntou distraída.

– Um cara atirou em você e você sobreviveu.

– Ele não atirou em mim.


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Notas finais do capítulo

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